segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Guerra dos Botões (La Guerre des Boutons)

País: França
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 105 min
Direção: Yann Samuell
Elenco: Eric Elmosino, Mathilde Seigner, Fred Testot, Alain Chabat, Vincent Bres e Salom Lemire.

Sinopse: a história se passa em 1960, numa aldeia no sul da França. Um grupo de meninos, com idades entre 7 a 14 anos, é liderado por Lebrac numa guerra contra as crianças da aldeia vizinha. Trata-se de uma batalha sem piedade, que dura por gerações. Eles lutam pela honra e lealdade, mas utilizam-se dos meios necessários para vencer. O exército de pequenos homens tenta de todas as formas não ser percebido por pais e mães, o que é complicado quando voltam para casa com as roupas rasgadas e sem botões.

Crítica: é uma adaptação do romance homônimo escrito pelo francês Louis Pergaud, em 1912. De lá para cá, quase um século depois, já é a quarta regravação cinematográfica. O remake anterior, de 1994 e com mesmo nome, foi produzido na Irlanda, e possivelmente, a melhor transposição da história das crianças de aldeias rivais, os Velrans, liderados por Azteca, e os Longevernes, por sua vez chefiados por Lebrac, que freneticamente travavam emocionantes batalhas nos campos do sul da França. Aos derrotados perdiam-se os botões das camisas, para desgosto dos pais e, consequentemente, para os filhos, que recebiam broncas e apanhavam.
Bem diferente da versão irlandesa, e também das outras duas francesas – 1962 e 1937 –, a versão atual mantém alguns semblantes da fábula de Pergaud apostando em uma transgressão no conteúdo narrativo. Em vez de manter o enredo na aproximação e cumplicidade entre os seus líderes – Azteca e Lebrac –, o novo remake ignorou por completo o relacionamento entre os dois e preferiu criar e explorar a história pessoal do último, o líder dos Longevernes, atribuindo uma responsabilidade de homem-da-casa, onde vivem ele, sua mãe e suas duas irmãs pequenas, já que o pai faleceu. E para isso, entre aprendizados de Liberdade e Independência na Escola, o garoto/adulto, de enorme potencial de inteligência, terá que decidir precocemente sobre o seu futuro.
Aqui, o diretor inclui o personagem Tintin, soldado na Guerra da Argélia (1954-1962) e irmão da namorada de Lebrac, Marie. Na intenção de pôr um tom mais sério à trama, ao falar da guerra, a opção desperdiça o potencial de outros personagens, como os professores das crianças da vila Velran e Logeverne, responsáveis por momentos hilariantes quando entram em atrito e se comportam exatamente como os alunos.
De qualquer maneira, consegue prender a atenção do espectador, com boas críticas às guerras de verdade e um humor bem extraído dos diálogos e situações. Lembra um pouco o estilo da película ‘O Pequeno Nicolau’, que teve recorde de público na França em 2009.

Avaliação: ***

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