Shakespeare Apaixonado
Título original: Shakespeare in Love
País: EUA/Inglaterra
Ano: 1998
Gênero: Comédia romântica
Duração: 122 min
Direção: John Madden
Elenco: Joseph Fiennes, Gwyneth Paltrow, Geoffrey Rush, Judi Dench, Simon Callow, Ben Affleck, Rupert Everett e Colin Firth.
Sinopse: comédia romântica que se passa em 1593, mas com ares dos anos 90. Tudo começa quando o jovem Will Shakespeare (Joseph Fiennes) depara-se com uma provação: o bloqueio da criatividade. Não importa o quanto tente, ele não consegue buscar entusiasmo para escrever uma nova peça teatral. Mas então, num momento extraordinário em que a vida imita a arte, ele apaixona-se por Lady Viola (Gwyneth Paltrow), uma mulher que o faz viver sua própria aventura de amor. Crítica: no filme há dois enredos paralelos: a história de Shakespeare se apaixonando e, nesse amor, encontrando inspiração para descrever o amor de Romeu e Julieta. Construir uma peça dentro de um filme é um recurso interessante, mas não representa exatamente uma novidade: o próprio Shakespeare utilizou esse artifício, colocando uma peça dentro de outra (em Hamlet, por exemplo).
Gwyneth Paltrow faz a personagem Viola, uma jovem rica, apaixonada pelo teatro, e pela qual Will (Shakespeare) se apaixona. Viola ama tanto o teatro que se disfarça de rapaz para conseguir fazer um papel na peça de William. Vale lembrar que, nessa época, denominada com justiça Era Elisabetana, o teatro constituía uma atraente diversão para o povo em geral, contudo representar era algo totalmente proibido às mulheres, sendo os papéis femininos interpretados por rapazes travestidos de mulher. O diretor mostra que, mais que musa e amada de Will, Viola é uma personagem paralela à da rainha Elisabeth, com vários pontos comuns entre as elas: a renúncia ao amor em nome do dever e da posição social, a paixão e o devotamento ao teatro e o desempenho de trabalhos masculinos – a rainha, dando ao reino britânico a hegemonia que este nunca tivera antes; e Viola, salvando simbolicamente o teatro e a arte, pois, ao representar o papel de Romeu, torna possível a apresentação da peça naquele momento. As duas: mulheres à frente de seu tempo, cultas, inteligentes, arrojadas. São palavras de Elisabeth: “Eu sei o que significa para uma mulher exercer a tarefa de um homem”. Uma bela produção, um belo filme.
Curiosidade: em 1999, levou 5 Oscars, inclusive o de melhor filme e melhor atriz (Gwyneth Paltrow).
Avaliação: ****
Read more...
País: EUA/Inglaterra
Ano: 1998
Gênero: Comédia romântica
Duração: 122 min
Direção: John Madden
Elenco: Joseph Fiennes, Gwyneth Paltrow, Geoffrey Rush, Judi Dench, Simon Callow, Ben Affleck, Rupert Everett e Colin Firth.
Sinopse: comédia romântica que se passa em 1593, mas com ares dos anos 90. Tudo começa quando o jovem Will Shakespeare (Joseph Fiennes) depara-se com uma provação: o bloqueio da criatividade. Não importa o quanto tente, ele não consegue buscar entusiasmo para escrever uma nova peça teatral. Mas então, num momento extraordinário em que a vida imita a arte, ele apaixona-se por Lady Viola (Gwyneth Paltrow), uma mulher que o faz viver sua própria aventura de amor. Crítica: no filme há dois enredos paralelos: a história de Shakespeare se apaixonando e, nesse amor, encontrando inspiração para descrever o amor de Romeu e Julieta. Construir uma peça dentro de um filme é um recurso interessante, mas não representa exatamente uma novidade: o próprio Shakespeare utilizou esse artifício, colocando uma peça dentro de outra (em Hamlet, por exemplo).
Gwyneth Paltrow faz a personagem Viola, uma jovem rica, apaixonada pelo teatro, e pela qual Will (Shakespeare) se apaixona. Viola ama tanto o teatro que se disfarça de rapaz para conseguir fazer um papel na peça de William. Vale lembrar que, nessa época, denominada com justiça Era Elisabetana, o teatro constituía uma atraente diversão para o povo em geral, contudo representar era algo totalmente proibido às mulheres, sendo os papéis femininos interpretados por rapazes travestidos de mulher. O diretor mostra que, mais que musa e amada de Will, Viola é uma personagem paralela à da rainha Elisabeth, com vários pontos comuns entre as elas: a renúncia ao amor em nome do dever e da posição social, a paixão e o devotamento ao teatro e o desempenho de trabalhos masculinos – a rainha, dando ao reino britânico a hegemonia que este nunca tivera antes; e Viola, salvando simbolicamente o teatro e a arte, pois, ao representar o papel de Romeu, torna possível a apresentação da peça naquele momento. As duas: mulheres à frente de seu tempo, cultas, inteligentes, arrojadas. São palavras de Elisabeth: “Eu sei o que significa para uma mulher exercer a tarefa de um homem”. Uma bela produção, um belo filme.
Curiosidade: em 1999, levou 5 Oscars, inclusive o de melhor filme e melhor atriz (Gwyneth Paltrow).
Avaliação: ****