terça-feira, 5 de novembro de 2002

Promessas de Um Novo Mundo

Título original: Promises
País: Israel/EUA
Ano: 2001
Gênero: Documentário
Duração: 106 min
Direção: Justine Arlin, Carlos Bolado e B.Z. Goldberg
Elenco: -

Sinopse: retrata a história de sete crianças israelenses e palestinas em Jerusalém que, apesar de morarem no mesmo lugar vivem em mundos completamente distintos, separados por diferenças religiosas. Com idades entre 8 e 13 anos, raramente elas falam por si mesmas e estão isoladas pelo medo. Neste filme, suas histórias oferecem uma nova e emocionante perspectiva sobre o conflito no Oriente Médio.
Crítica: um documentário valioso, que acompanha durante alguns anos 7 crianças judias e palestinas, registrando o que pensam sobre seu país, a situação política e os problemas entre as duas nacionalidades.
Sem fazer discursos, é uma obra comovente e humana, mostrando como é complicada a situação e quase insolúvel o problema. Enquanto crianças, eles ainda têm abertura para tentar um acordo, mas com o tempo, as pressões, as dificuldades, tudo se complica e fica mais grave.
O grande mérito da fita é manter-se totalmente imparcial, retratando as opiniões e visões dos dois lados, afinal todos saem perdendo com os conflitos.
No caso do DVD há, também, cenas da preparação para a noite de cerimônia do Oscar (sim, o filme concorreu merecidamente, mas não ganhou) e de 4 anos depois, bastante interessantes, quando as crianças já estão crescidas.
O encontro promovido pelos diretores entre todas elas no final é de emocionar até os mais durões.
Um filme imperdível!!!

Curiosidade: venceu o prêmio de Melhor documentário na Mostra Internacional de São Paulo (Crítica e Público).
Avaliação: ****

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quarta-feira, 14 de agosto de 2002

Testemunha da História

Título original: Testemunha da História
País: Brasil
Ano: 2001
Gênero: Documentário
Duração: 220 min
Direção: Boris Casoy
Elenco: -

Sinopse: documentário que mostra imagens e notícias de fatos importantes do século XX.

Crítica: a retrospectiva é excelente. Didática, informativa e sucinta, afinal resumir os acontecimentos de um século em 220 minutos é difícil.
As imagens de arquivos enriquecem o trabalho jornalístico. O material deveria ser exibido nas escolas de nosso país.
Avaliação: ****

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segunda-feira, 22 de julho de 2002

Betty Fisher e Outras Histórias

Título original: Betty Fisher et Autres Histories
País: França/Canadá
Ano: 2001
Gênero: Suspense, drama
Duração: 103 min
Direção: Claude Miller
Elenco: Sandrine Kiberlain, Nicole Garcia, Mathilde Seigner, Luck Mervil, Edouard Baer, Stéphane Freiss, Yves Jacques, Roschdy Zem, Consuelo De Haviland, Yves Verhoeven, Annie Mercier, Alexis Chatrian, Enzo Crebessegues e Arthur Setbon.

Sinopse: em luto após da morte de seu filho Joseph (Arthur Setbon), a novelista Betty Fisher (Sandrine Kiberlain) entra em depressão profunda. Tentando fazer com que ela se sinta melhor, sua mãe, Margot (Nicole Garcia) simplesmente sequestra outra criança, Jose (Alexis Chatrian), para que ele ocupe o lugar do filho perdido. Mesmo sabendo de que se trata de um crime, Betty aceita o novo menino e passa a cuidar dele como seu filho. Enquanto isso, a verdadeira mãe de Jose, Carole (Mathilde Seigner) sai à procura do garoto com a ajuda do namorado.

Crítica: fala sobre dor, perda e mudanças de comportamento e personalidade que podem moldar uma criança durante sua infância, acarretando consequências para toda uma vida.
Bem produzido e com um elenco eficiente (destaque para Nicole Garcia), tem o suspense como base de toda a trama. Apenas o final decepciona um pouco. Na pressa de resolver tudo, os acontecimentos são atropelados e soam superficiais, tendo em vista toda a tensão da história.
Creio que o excesso de subtramas também tenha interferido no contexto geral. Elas só funcionam quando estão amarradas perfeitamente e são essenciais ao foco do filme.
De qualquer maneira, é um convite à reflexão sobre as ações e mentes humanas.
Avaliação: ***

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segunda-feira, 15 de julho de 2002

Magnólia

Título original: Magnolia
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Drama
Duração: 180 min
Direção: Paul Thomas Anderson
Elenco: Matt Damon, Robin Williams, Ben Affleck, Minnie Driver, Stellan Skarsgård, Casey Affleck e Cole Hauser.

Sinopse: o filme acompanha um único dia da vida de vários personagens, cujas histórias se interligam a todo instante. Temos Earl Partridge (Jason Robards), um sexagenário produtor de televisão, que está em seu leito de morte, aguardando o câncer encerrar o trabalho que já iniciou. Ele é casado com Linda (Julianne Moore), uma mulher muitos anos mais jovem, que aceitou o casamento unicamente pelo dinheiro, mas que, naquelas horas finais, descobre que o ama. Earl tem ao seu lado o enfermeiro Phil Parma (Philip Seymour Hoffman), uma boa pessoa, que sensibiliza com os problemas de seu paciente, e luta para colocá-lo ao lado de seu filho, Frank Mackey (Tom Cruise), antes do evento trágico. Paralelamente, Jimmy Gator (Philip Baker Hall) é um âncora de um programa tipo ‘O Céu é o Limite’, produzido por Earl, e que é exibido há mais de 30 anos. Ele também está combalido pelo câncer. Do ponto de vista pessoal, Jimmy tem problemas de relacionamento com sua filha Claudia (Melora Walters), rebelde, viciada em drogas pesadas, e que se entrega ao sexo com estranhos. Ela encontra no policial de rua, Jim Kurring (John C. Reilly), uma chance de estruturar novamente sua vida. Do ponto de vista profissional, Jimmy, devido ao câncer e à ausência de diálogo com a filha, começa a ter dificuldades de comandar o espetáculo televisivo, respondendo de antemão as perguntas que ele mesmo elaborou para seus candidatos. Um deles é o garoto Stanley Spector (Jeremy Blackman), um gênio de conhecimentos gerais, que está prestes a bater o recorde do programa e, por isso, receber um boa quantia em dinheiro como prêmio, sobre o qual seu pai não vê a hora de colocar as mãos. Enquanto isso, Donnie Smith (William H. Macy), famoso por ter sido, no passado, o detentor deste recorde, atualmente é um quarentão fracassado, lutando para manter-se no emprego de favor, e tentando conquistar um jovem barman.
Crítica: o roteiro se preocupa em apresentar, logo no início, todos os seus personagens, de forma a situar o espectador. As várias tramas e subtramas, paralelas ou que se interligam, não são lineares, e nas mãos de outro cineasta talvez se perdessem, ainda mais pela duração que o filme tem. Mas o trabalho de contato com o público é bem conduzido. Todas as histórias são importantes e exigem a atenção de quem as assiste. Como forma de deixar a narração mais atraente, são empregados alguns recursos de linguagem cinematográfica: cortes rápidos e bruscos de câmera; longos travellings (reparem na bela cena que Anderson percorre com o garoto Stanley os corredores do estúdio de gravação do programa de perguntas e respostas); zooms; e muita música de fundo. Com roteiro e estilo indubitavelmente originais, direção brilhante e interpretações merecedoras dos melhores elogios, é um filme que marca. Pela sua complexidade, vê-lo mais de uma vez nunca é demais.
Avaliação: ***

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terça-feira, 25 de junho de 2002

A Caminho de Kandahar

Título original: Safar É Gandehar
Ano: 2001
País: Irã
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: Mohsen Makhmalbaf
Elenco: Nelofer Pazira, Hassan Tantai, Sadou Teymouri e Ike Ogut.

Sinopse: Nafas (Niloufar Pazira) é uma jovem afegã que fugiu de seu país em meio à guerra civil dos Talibãs e hoje trabalha como jornalista no Canadá. Quando recebe a carta de sua irmã mais nova, que ficou no Afeganistão, avisando-lhe que irá se suicidar antes da chegada do próximo eclipse solar, Nafas resolve retornar ir até lá para tentar salvá-la.
Crítica: misto de documentário e drama, a trama dá uma idéia do que ocorre no momento no Afeganistão, sob o domínio crescente dos talebans. No filme, mostra-se um momento anterior, mas a devastação já é total. Não há comida, escolas, saúde, liberdade. As mulheres, obrigadas a usar a burka (vestido que cobre o corpo inteiro) não têm direito a nada. Até mesmo quando estão doentes, não podem ser examinadas por um médico. A consulta se dá com a paciente por detrás de uma divisória, na qual há uma abertura, para que o médico possa examinar os olhos ou a língua. Sequer pode falar com ele, só por meio de um intermediário, geralmente uma criança. A dura e cruel realidade vitima crianças e adultos, pois muitos campos permanecem minados, de guerras anteriores. Esclarecedor relato de uma região sem esperança.
Avaliação: **

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terça-feira, 18 de junho de 2002

Pearl Harbor

Título original: Pearl Harbor
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 183 min
Direção: Michael Bay
Elenco: Ben Affleck, Josh Hartnett, Kate Beckinsale, Cuba Gooding Jr., Tom Sizemore, Jon Voight, Colm Feore, Alec Baldwin, Andrew Bryniarski, William Lee Scott, Greg Zola, Ewen Bremner, James King, Catherine Kellner e Jennifer Garner.

Sinopse: 07 de dezembro de 1941. Os japoneses atacam de surpresa as forças armadas americanas em Pearl Harbor e os Estados Unidos entram na guerra. O filme focaliza o impacto devastador da guerra em dois jovens pilotos e uma bela enfermeira. Os dois jovens são Rafe MacCawley (Ben Aflleck) e Danny Walker (Josh Hartnett), que cresceram como irmãos e aprenderam a voar fazendo a pulverização de plantações. Agora ambos tornaram-se pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos e vão para a base de Pearl Harbor e se apaixonam pela mesma mulher, a enfermeira Evelyn (Kate Beckinsale).
Crítica: no auge da Segunda Grande Guerra, os EUA preferiram abster-se de tomar partido abertamente. Camufladamente, as frotas americanas abasteciam com armamentos, utensílios e alimentos as nações que compunham os Aliados, enquanto que as corporações americanas lucravam fortunas comercializando tanto com as potências do Eixo como dos Aliados.
O Japão, que se encontrava em frontal oposição à Rússia, à China e à Manchúria, pressentia a iminência do ataque norte-americano, tendo de encarar uma guerra em duas frentes. Adiantando-se aos movimentos dos americanos, o exército nipônico realizou um ataque relâmpago a uma base estratégica norte-americana no Pacífico, Pearl Harbor.
Eis o cenário no qual se passa o filme que, por sinal, desconsidera os processos históricos e os motores que conduziram à situação ali retratada.
Além disso, como todo filme americano, um romance meloso recheia o enredo, fugindo do foco.
Mostra somente um lado da moeda, como se os americamos fossem vítimas. Sabemos que a verdade é outra. Basta ler os jornais e assistir aos noticiários.
Uma superprodução, que serve de entretenimento somente, não como aula de história.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 12 de junho de 2002

Terra de Ninguém

Título original: No Man’s Land
País: Bélgica
Ano: 2001
Gênero: Comédia
Duração: 98 min
Direção: Danis Tanovic
Elenco: Branko Djuric, Rene Bitorajac, Filip Sovagovic, Simon Callow e Katrin Cartlidge.

Sinopse: Chiki (Branko Djuric) e Nino (Rene Bitorajac) são dois soldados que lutam por lados opostos em meio a Guerra da Bósnia. Em meio ao combate, eles se vêem ilhados em plena fronteira da guerra. Sem ninguém em quem confiar, sem poder deixar o local sem levar um tiro e ainda com um soldado ameaçando explodir o local caso eles se movam, os dois são obrigados a negociar por suas próprias vidas para poderem sobreviver.
Crítica: o roteiro do filme é excelente. As mudanças no relacionamento entre os dois protagonistas, ora querendo se matar ora dando uma trégua, dão o tom do filme, sempre cru, seco e objetivo. A reviravolta na história, representada pelo soldado "preso" em cima de uma mina, também surpreende.
Traz fortes críticas à ONU, à Bósnia e à Sérvia, à guerra e à mídia. Mesmo não sendo um assunto novo, vale a pena assistir pela maneira como é contada a convivência de dois soldados em uma situação aparentemente sem saída.
Curiosidade: em 2002, conquistou o Oscar Melhor Filme Estrangeiro.
Avaliação: ***

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domingo, 9 de junho de 2002

Os Garotos da Minha Vida

Título original: Riding in Car with Boys
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 132 min
Direção: Penny Marshall
Elenco: Drew Barrymore, Steve Zahn, Mika Boorem, Brittany Murphy, Adam Garcia, Lorraine Bracco e James Woods.

Sinopse: nos anos 60, Beverly D'Onofrio (Drew Barrymore) é uma garota que vive em uma cidade do interior dos Estados Unidos e sonha em chegar à universidade e tornar-se uma escritora. Porém, seus planos são subitamente interrompidos quando, aos 15 anos, ela fica grávida de Ray Murphy (Steve Zahn), um motoqueiro que conheceu há apenas poucas semanas. Com medo de que sua filha se tornasse mãe solteira, os pais de Beverly a obrigam a se casar com Ray e abandonar os estudos para cuidar da criança. Mas Beverly não desiste de seu sonho e, após enfrentar alguns erros e obstáculos, busca enfim realizá-lo.
Crítica: baseado no livro autobiográfico (de título homônino) de Beverly D'Onofrio, o longa é uma tragicomédia. O que acontece com Beverly foi muito comum no fim do anos 60: depois de se envolver em relações amorosas complicadas, ela fica grávida e se casa, atendendo às exigências dos pais.
A trama avança e recua no tempo para mostrar a determinação, as dificuldades e a recusa de Beverly em desistir de seus planos, tornando-se uma heroína improvável na busca de algum sentido em sua vida. O drama de Bev demonstra como os fatos inesperados podem afetar os sonhos, mas são impedir que sejam realizados.
A história apela um pouco para o melodrama, mas a eficiente atuação de Drew Barrymore leva o enredo adiante.
Avaliação: ***

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quinta-feira, 6 de junho de 2002

Murder on a Sunday Morning

Título original: Murder on a Sunday Morning
País: França
Ano: 2001
Gênero: Documentário
Duração: 111 min
Direção: Jean-Xavier de Lestrade
Elenco: -

Sinopse: narra uma história real de crime e preconceito. Domingo, sete de maio de 2000, aproximadamente às 7h, Jacksonville, Flórida. Mary Ann Stephens, assassinada com um tiro no olho à queima roupa logo após um café da manhã com seu marido, James Stephens, em famoso hotel da cidade. Segundo ele, em depoimento à polícia, o crime foi cometido por um homem negro entre 20 a 25 anos, usando camiseta preta, bermuda e chapéu pescador. Duas horas depois, o adolescente Brenton Butler, negro e com 15 anos de idade, foi pego andando próximo ao local do crime. O marido de Mary Ann identificou Butler como autor do disparo, dando início a um dos casos mais assustadores de erro de identidade e de racismo.

Crítica: ao contar este fato cruel e verídico, o documentário exibe a realidade do funcionamento do sistema de justiça americano como nunca se viu antes, expondo o preconceito racial e o abuso de poder que resultaram na prisão do menor.
O caso teve o envolvimento de diversas pessoas, incluindo policiais e jornalistas; todos prontos para condenar o garoto negro, exceto seu advogado, Patrick McGuiness. O acusado ficou seis meses em cárcere esperando pelo julgamento.
O filme mostra ainda imagens inéditas do julgamento de Brenton e entrevistas exclusivas com os envolvidos no processo.

Curiosidade: ganhou o Oscar de Melhor Documentário, em 2002.
Avaliação: ****

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domingo, 2 de junho de 2002

O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel

Título original: Lord Of The Rings – Fellowship of the Ring
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Aventura
Duração: 178 min
Direção: Peter Jackson
Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Liv Tyler, Viggo Mortensen, Sean Astin, Cate Blanchett, John Rhys-Davies, Billy Boyd, Dominic Monaghan e Orlando Bloom.

Sinopse: numa terra fantástica e única, chamada Terra-Média, um hobbit (ser de estatura entre 80 cm e 1,20 m, com pés peludos e bochechas avermelhadas) recebe de presente de seu tio um anel mágico e maligno, que precisa ser destruído antes que caia nas mãos do mal. Para isso o hobbit Frodo (Elijah Woods) terá um caminho árduo, repleto de perigo, medo e personagens bizarros. Ao seu lado para o cumprimento desta jornada, aos poucos, ele poderá contar com outros hobbits, um elfo, um anão, dois humanos e um mago, totalizando 9 seres que formarão a Sociedade do Anel.
Crítica: considerado gênio por alguns, J.R.R. Tolkien não imaginava a revolução que causaria na literatura quando publicou, na década de 30, o livro O HOBBIT, aventura infanto juvenil passada num lugar anterior à Terra como conhecemos hoje. Seus 12 anos de dedicação a 3 volumes foram parar nas telas graças ao excelente trabalho do diretor Peter Jackson. E que adaptação!
O roteiro é de uma qualidade surpreendente. Além de conseguir manter a alma da obra de Tolkien intacta, o longa ainda desperta o interesse do público que desconhece os livros do inglês. Preservando as passagens mais importantes e apagando outras desnecessárias (as alterações são mínimas), "A Sociedade do Anel" ganha muito em fluidez da narrativa, que não apresenta furos e nunca se mostra quebrada. Assim como no livro, os personagens e a trama são apresentados ao público logo no início (o que toma mais ou menos uma hora de projeção), dando espaço para a ação e emoção nas duas horas seguintes. Algumas pessoas chegaram a reclamar de uma certa lentidão no início, mas era impossível iniciar a história sem deixar o espectador a par de tudo o que está acontecendo na Terra-média. O desenvolvimento inicial dos personagens é excelente, e contribui muito para os resultados que o filme alcança no final.
Os efeitos especiais são espetaculares, contudo empregados com moderação e inteligência, nunca tentando tomar o lugar do enredo. Os cenários digitais são impossíveis de serem diferenciados de cenários verdadeiros e os personagens criados são muito realistas.
Com toda essa direção de arte e um elenco primoroso, a obra cinematográfica só poderia ser um sucesso. E essa é só a primeira da trilogia.
Curiosidade: em 2002, conquistou o Oscar nas categorias de: Melhor Trilha Sonora, Melhor Efeitos Especiais, Melhor Fotografia e Melhor Maquiagem.
Avaliação: ****

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sábado, 18 de maio de 2002

Vanilla Sky

Título original: Vanilla Sky
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama, romance
Duração: 135 min
Direção: Cameron Crowe
Elenco: Tom Cruise, Penélope Cruz, Kurt Russell, Cameron Diaz, Jason Lee, Johnny Galecki e Kurt Russell.

Sinopse: versão americana de Preso na Escuridão, filme espanhol de 1997. Um homem mulherengo está apaixonado pela namorada do melhor amigo. Sua vida parece desabar quando ele tem o rosto desfigurado em uma colisão de automóvel, provocada por uma ex-namorada enfurecida. Porém, a namorada do amigo revela que está apaixonada por ele e os médicos informam que podem restaurar seu rosto. Apesar das boas notícias, coisas estranhas e terríveis começam a acontecer e ele já não tem controle de sua vida.

Crítica: tudo começa quando o jovem executivo de sucesso David Ames (Tom Cruise) se envolve com a bela Sofia Serrano (Penélope Cruz), despertando o ciúmes de Julie (Cameron Diaz), a linda amiga de David. Tudo porque Julie achava que tinha algo de especial com ele, enquanto David definia sua relação com ela como “apenas uma amiga com quem às vezes eu durmo”. Um acidente de carro envolvendo David e Julie custa a vida da bela modelo e deixa David desfigurado. A partir desse ponto David entre em uma crise de identidade que leva o filme para uma sequência de situações complexas e surrealistas, culminando em um final reflexivo, profundo, cult, ou seja, estranho e complicado, o que decididamente não agradou todo mundo.
Realmente tem que ter paciência para assisti-lo e estar disposto a pensar no sentido da vida e outras questões filosóficas, mas nada muito profundo, afinal trata-se de uma produção hollywoodiana. Tom Cruise e Cameron Diaz estão bem em seus papéis, mas Penélope Cruz está longe de suas atuações inspiradas.
Uma curiosidade: “Vanilla Sky” é o nome do quadro de Monet que David tem no quarto.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 10 de maio de 2002

O Filho da Noiva

Título original: El Hijo de La Novia
País: Argentina
Ano: 2001
Gênero: Comédia, drama
Duração: 123 min
Direção: Juan José Campanella
Elenco: Ricardo Darín, Eduardo Blanco, Norma Aleandro, Natalia Verbeke, Héctor Alterio, Gimena Nobile, Claudia Fontan, Rogelio Romano, Pablo Ingercher Casas, Rubén Green, Humberto Serrano, Jorge Fungaray, Gabriel Eisbruch, León Dogodny, Lucas de Diego, Marcelo Crisóstomo, Valentino Carranza, Daniel Kazimierski e Diego Mackenzie.

Sinopse: aos 42 anos, Rafael Belvedere (Ricardo Darín) está em crise, assumiu muitas responsabilidades e não tem mais tempo para qualquer tipo de diversão. Boa parte de seu tempo é gasto no gerenciamento do restaurante fundado pelo pai, no qual até tem um relativo sucesso, mas sem nunca conseguir escapar da sombra paterna. Rafael raramente visita sua mãe, Norma (Norma Aleandro), que está perdendo a memória, pois ela sempre implica com suas acompanhantes. Sua ex-esposa o acusa de não dar a devida atenção ao filho e ainda há Naty (Natalia Verbeke), atual namorada de Rafael, que sempre lhe exige comprometimento. Em meio a todas estas responsabilidades Rafael sofre um ataque cardíaco, que faz com que se encontre novamente com Juan Carlos (Eduardo Blanco), um amigo de infância, que o ajuda a reconstruir seu passado e ver o presente com outros olhos.
Crítica: relações humanas, sonhos, mudanças, limites. Todas estas questões são abordadas no “Filho da Noiva”. A produção é um drama, mas que também nos permitir rir em diversas passagens (grande trunfo do filme), e se passa durante a tempestade econômica em Buenos Aires.
Conta a história de Rafael Belvedere (interpretado pelo maravilhoso Ricardo Darín), um quarentão que passou a vida cuidando de um restaurante que herdou de seu pai, o apaixonado Nino. Porém, era um homem sem realizações pessoais. Foi abandonado pela mulher, mal conhecia sua filha adolescente, ficou quase um ano sem ver sua mãe que sofre com os primeiros sintomas do mal de Alzheimer. Além disso, passa as madrugadas assistindo Zorro, não quer assumir compromisso algum com sua atual namorada, apenas levando o relacionamento. Isso tudo acompanhado de seu enorme vício no tabaco.
Na primeira parte do filme, muitos nos identificamos com o persongaem pelo comodismo, pela praticidade, malandragem, preguiça, tudo que nos impede de buscar nossos verdadeiros sonhos.
Na seqüência do filme, uma grande transformação se inicia na vida de Rafael. Primeiro, seu pai anuncia que quer casar na igreja com sua companheira, com quem já vive há quarenta anos. Nino quer renovar esse amor e realizar um grande sonho de sua amada. Depois, o protagonista sofre com uma grave doença, chegando bem perto da morte. A partir daí, sua opção de vida muda. Ele resolve vender o restaurante, se aproximar da filha, visitar sua mãe e, finalmente, ajudar seu pai no sonho de casar novamente com sua mãe.
Até aqui, pode se pensar que o filme é apenas um enorme drama. Mas não é. O humor está presente em quase todos os diálogos, bem construídos. Há diversas passagens com um ar sarcástico e tom irônico.
Uma história brilhante, com mensagens positivas. Ao final, saímos com a sensação de: pena que acabou.
Avaliação: ****

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segunda-feira, 6 de maio de 2002

O Homem Que Não Estava Lá

Título original: The Man Who Wasn’t There
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Comédia, drama
Duração: 116 min
Direção: Ethan Coen e Joel Coen
Elenco: Billy Bob Thornton, Tony Shalhoub, Richard Jenkins, Frances McDormand, Scarlett Johansson, Michael Badalucco, James Gandolfini, Katherine Borowitz e Jon Polito.

Sinopse: Ed Crane (Billy Bob Thornton) é um sujeito melancólico que possui uma barbearia. Sua esposa bebe muito e provavelmente está traindo-o com seu chefe, que possui U$10 mil para investir em uma nova loja de departamentos. A idéia de Ed, porém, é investir em uma loja de lavagem à seco – um mercado promissor, segundo ele. Para conseguir o dinheiro, ele utilizará as informações que tem de sua esposa como forma de chantagem, o que envolverá muitos riscos.

Crítica: o filme deve ser o mais sério dos irmãos Cohen. A história toma rumos inesperados que vão envolvendo seu protagonista numa teia de acontecimentos que misturam o trágico e o cômico.
O primeiro ponto que se destaca é a fotografia: a opção pelo preto-e-branco foi muito acertada para ambientar os anos 40, e também para acentuar a frieza contida do personagem principal. A direção de arte é caprichadíssima, reconstituindo em cada detalhe as roupas, os objetos, os automóveis e o estilo de uma pequena cidade californiana do período pós-guerra.
O roteiro não se preocupa em buscar o “grande momento”, nem o gran finale, mas sim em contar a história tão particular de um homem tão particular. Um homem que, no fundo, poderia ser qualquer um de nós.
A direção de Joel Coen é sóbria, afinando-se perfeitamente com o aparente descaso crônico do barbeiro Ed, bem interpretado por Billy Bob Thornton.

Curiosidade: ‘O Homem Que Não Estava Lá’ deu aos irmãos Coen o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes (empatado com David Lynch por ‘Mulholland Drive’).

Avaliação: ****

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segunda-feira, 29 de abril de 2002

Assassinato em Gosford Park

Título original: Gosford Park
País: Inglaterra
Ano: 2001
Gênero: Comédia, suspense
Duração: 137 min
Direção: Robert Altman
Elenco: Michael Gambon, Bob Balaban, Kristin Scott Thomas, Charles Dance, Jeremy Northam, Maggie Smith, Clive Owen, Adrian Scarborough, Eileen Atkins e Tom Hollander.

Sinopse: novembro de 1932. Gosford Park é a magnífica casa de campo onde Sir William McCordle (Michael Gambon) e sua esposa juntam amigos e parentes para uma festa no fim de semana. Eles convidaram um grupo eclético, que inclui uma condessa, um herói da 1ª Guerra Mundial, o ídolo britânico Ivor Novello e um produtor americano de filmes, que faz os longas de Charlie Chan. Enquanto os convidados ocupam os luxuosos aposentos de cima, seus empregados juntam-se aos criados da casa na cozinha e nos corredores nos andares de baixo. Nesse cenário luxuoso, uma série de eventos que misturam gerações, classes, sexo e estórias pessoais trágicas culminam em um misterioso assassinato.
Crítica: ‘Assassinato em Gosford Park’ pode ser considerada como uma das melhores criações do diretor Robert Altman, tendo em vista alguns de seus antigos trabalhos. Nem tanto pela obra em si, mas pelo destaque de seus marcantes personagens, cada um com características bem definidas, e bem interpretados pelo elenco competente. As conversas ocorridas entre os personagens, durante a festa, são interessantes. No contexto geral, é um bom filme, mas não é tão cult quanto parece; apenas utiliza-se de um papo “bem cabeça” para conduzir o público.
Curiosidade: conquistou o Oscar de Melhor Roteiro Original, em 2002.
Avaliação: ***

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domingo, 28 de abril de 2002

Jogo de Espiões

Título original: Spy Game
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Suspense
Duração: 127 min
Direção: Tony Scott
Elenco: Robert Redford, Brad Pitt, Catherine McCormack, Zoltán Benkóczy e Ági Bánfalvi.

Sinopse: Nathan Muir (Robert Redford) é um agente da CIA que está prestes a se aposentar quando descobre que seu ex-pupilo Tom Bishop (Brad Pitt) foi preso na China por espionagem. Os dois já foram grandes amigos há muito tempo. Ainda assim, com toda sua habilidade e irreverência, Muir parte em missão para resgatar o colega, ao mesmo tempo em que vai relembrando situações que passaram juntos: a guerra do Vietnã, quando conheceu e recrutou Bishop, o treinamento do rapaz, as missões em que atuaram juntos e a mulher que abalou a amizade dos dois.

Crítica: muito suspense e clima de espionagem internacional, cenas de ação e várias locações internacionais, incluindo Alemanha, Hungria, China, República Checa e Marrocos.
Bom roteiro e convincentes atuações garantem o entretenimento do espectador, apesar do filme não ter recuperado nas bilheterias americanas o que gastou: 92 milhões de dólares.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 22 de abril de 2002

Moulin Rouge – Amor em Vermelho

Título original: Moulin Rouge
País: Inglaterra
Ano: 2001
Gênero: Musical
Duração: 126 min
Direção: Baz Luhrmann
Elenco: Ewan Macgregor, Nicole Kidman, John Leguizamo, Richard Roxburgh, Christine Anu, Richard Roxburgh, David Wenham, Garry McDonald, Jacek Koman, Caroline O'Connor, Natalie Jackson Mendoza e Kylie Minogue.

Sinopse: a história se passa em 1899 e gira em torno de um jovem poeta, Christian, que desafia a autoridade do pai ao se mudar para Montmartre, em Paris, considerado um lugar amoral, boêmio e onde todos são viciados em absinto. Lá, ele é acolhido por Toulouse-Lautrec e seus amigos, cujas vidas são centradas em Moulin Rouge, um salão de dança, um clube noturno e um bordel (mas cheio de glamour) de sexo, drogas, eletricidade e – o que é ainda mais chocante – de cancan. É então que Christian se apaixona pela mais bela cortesã do Moulin Rouge, Satine.
Crítica: de grande exuberância visual. Música, roteiro, figurino, direção e elenco estão em plena harmonia. Os atores são muito bons, destacando-se Ewan Macgregor e Nicole Kidman, que formam um par romântico no filme.
Foi o primeiro musical em 23 anos (isso foi em 2002) a ser indicado para o Oscar de melhor filme. A última indicação nesta categoria ocorrera em 1979, com ‘O Show Deve Continuar’. Curiosamente, a canção The show must go on (O show deve continuar) da banda inglesa Queen é utilizada em ‘Moulin Rouge’.
A escolha por canções populares (Madonna, Police, U2...) em novas versões interpretadas pelos atores também foi brilhante. Imperdível para os amantes de musicais.
Curiosidade: em 2002, conquistou o Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino.
Avaliação: ***

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quinta-feira, 18 de abril de 2002

Dia de Treinamento

Título original: Training Day
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Ação, policial
Duração: 123 min
Direção: Antoine Fuqua
Elenco: Denzel Washington, Ethan Hawke, Tom Berenger, Snoop Dogg, Dr. Dre, Scott Glenn e Macy Gray.

Sinopse: Jake Hoyt (Ethan Hawke) é um jovem policial de Los Angeles que sempre sonhou em entrar para a equipe de narcóticos da polícia local. Quando finalmente consegue o posto, recebe como oficial de treinamento e parceiro Alonzo Harris (Denzel Washington), um policial veterano e corrupto. Exposto a todo tipo de corrupção, o jovem policial é obrigado a participar desses acontecimento realizados por Alonzo, a fim de encobrir um engano cometido por ele junto à máfia russa, que pode fazer com que ele seja morto se não conseguir uma grande quantia de dinheiro.
Crítica: uma história boa, mas previsível. O que torna o filme mais intenso é o fato de que tudo se passa em apenas um dia de trabalho. Conta a história do policial Hoyt, que quer entrar para o departamento de narcóticos da LAPD (polícia de Los Angeles) e tem que passar por um "dia de treinamento", avaliação nas mãos de um "famoso" policial do departamento de narcóticos, personagem de Denzel Washington.
Denzel consegue dar um ar de ambigüidade ao policial que interpreta (em alguns momentos apoiamos e, depois, queremos que ele desapareça). Ele alterna muito bem sua ambição em combater o crime com seu lado sujo e jeito de criminoso.
O papel de Ethan Hawk não exige muito, seu personagem não tem traços marcantes, a não ser a grande vontade de ser um bom profissional e fazer justiça como as leis mandam (da forma mais limpa possível). Porém, no decorrer da trama, Ethan se revela e consegue dar equilíbrio ao seu personagem, controlando-o até nas partes mais difíceis (como no final) onde as coisas começam a se complicar demais. Uma atuação exímia.
A fotografia retrata bem os bairros e a cultura black dos EUA. Brooklin ficou muito bem carecterizado. Um longa-metragem bem dirigido e elaborado, mas não imperdível.
Curiosidade: Denzel Washington levou o Oscar de Melhor Ator em 2002.
Avaliação: ***

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domingo, 14 de abril de 2002

A Última Ceia

Título original: Monster's Ball
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 111 min
Direção: Marc Forster
Elenco: Billy Bob Thornton, Halle Berry, Peter Boyle, Heath Ledger, Sean "Puffy" Combs, Dante Beze, Coronji Calhoun, Taylor Simpson, Amber Rules, Gabrielle Witcher, Charles Cowan Jr., Taylor Lagrange, Anthony Bean, Francine Segal e John McConnell.

Sinopse: Hank Grotowski (Billy Bob Thornton) e seu filho Sonny (Heath Ledger) trabalham juntos em uma prisão localizada no sul dos Estados Unidos. Hank é extremamente racista e precisa lidar com este sentimento todos os dias, devido à presença de negros na prisão. Um deles, Lawrence Musgrove (Sean "Puffy" Combs), recebe periodicamente a visita de sua esposa Leticia (Halle Berry). Após ser condenado à morte, Leticia segue sua vida juntamente com seu filho Tyrell. Porém, duas tragédias acabam fazendo com que as vidas de Leticia e Hank se cruzem.
Crítica: mesmo abordando temas já bastante explorados, como racismo, dramas pessoais, perdão e arrependimento, um filme com bom roteiro e elenco pode emocionar e agradar. Mas não é o caso de “A Última Ceia”.
Não sei ao certo qual o propósito do diretor. A trama é monótona, enfadonha, pouco objetiva e piegas em algumas partes. As cenas de sexo são exageradas e parecem querer passar mais que os diálogos, só que isso não acontece. A entrega do Oscar a Halle Berry é uma das maiores injustiças do cinema. Há uma cena, que deveria ser dramática, e o que a atriz representa é um verdadeiro fiasco.
Um elogio vai para o talentoso Heath Ledger, que apesar da pequena aparição, marcou presença na tela com a cena em que seu personagem, Sonny, se suicida.
Avaliação: **

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domingo, 17 de março de 2002

Cine Majestic

Título original: The Majestic
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 153 min
Direção: Frank Darabont
Elenco: Jim Carrey, Martin Landau, Laurie Holden, Allen Garfield, Bruce Campbell, Amanda Detmer, Daniel Von Bargen, Karl Bury, Bob Balaban, Gerry Black, Brent Briscoe, Cliff Curtis, Jeffrey DeMunn e Catherine Dent.

Sinopse: na era de ouro de Hollywood (1951), Peter Appleton é um roteirista de cinema prestes a estrear sua obra "Sand Pirates of the Sahara". Acusado injustamente de ser simpatizante ao comunismo, Peter acaba perdendo tudo o que construiu, inclusive sua namorada. Em uma noite de chuva, sofre um acidente de carro e perde a memória, sendo levado para uma cidade interiorana da Califórnia. Vivendo o drama de não se conhecer, Peter é confundido com um herói da Segunda Guerra, filho do dono das salas de cinema da pequena cidade, que havia desaparecido há 8 anos. É com essa nova identidade que Peter começa a se interessar novamente pela Sétima Arte.
Crítica: no início da década de 50, a iminente Guerra Fria já começava a atingir a sociedade norte-americana. Aspirantes a comunistas, ou qualquer simpatizante com idéias de esquerda, começavam a ser perseguidos pela justiça, a chamada caça às bruxas. Liderada pelo senador republicano Joseph McCarthy (1908-1957), a iniciativa incluía também investigar os profissionais de Hollywood, muitos deles tidos como conspiradores. Roteiristas, diretores e atores eram chamados a depor, justificar falhas de comportamento e, principalmente, dedurar possíveis revolucionários entre os seus pares.
Essa fase negra da democracia americana, o período do "McCarthismo", é retratada na produção de Cine Majestic.
Bastante emotivo e com um roteiro dramático e minucioso, o filme é ótimo e traz um Jim Carrey completamente diferente do que estamos acostumados a ver. Atua com desenvoltura em momentos profundamente sérios e tristes.
Assista. Vale a pena.
Avaliação: ****

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sexta-feira, 15 de março de 2002

Iris

Título original: Iris
País: Inglaterra
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Richard Eyre
Elenco: Kate Winslet, Judi Dench, Jim Broadbent, Hugh Bonneville, Hugh Bonn, Eleanor Bron, Angela Morant, Penelope Wilton, Juliet Aubrey, Kris Marshall, Tom Mannion, Saira Todd, Juliet Howland, Charlotte Arkwright e Harried Arkwright.

Sinopse: história da cultuada escritora e filófosa britânica Jean Iris Murdoch (Judi Dench). Baseia-se em dois livros biográficos escritos por seu marido, o também escritor e professor John Bayley (Jim Broadbent). O filme divide a narrativa em dois tempos, trazendo Kate Winslet e Judi Dench na pele da escritora em diferentes estágios de sua vida.
Crítica: sensível e comovente, revelando o lado dramático de quem convive com pessoas que sofrem de Mal de Alzheimer. O roteiro, dividido em duas épocas, conduziu perfeitamente o espectador pela vida de Íris. Aliás, a interpretação de Judi Dench é soberba.
Curiosidade: Jim Broadbent ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de Ator Coadjuvante, em 2002.
Avaliação: ****

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terça-feira, 12 de março de 2002

Mundo Cão

Título original: Ghost World
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 119 min
Direção: Terry Zwigoff
Elenco: Thora Birch, Scarlett Johansson, Steve Buscemi e Brad Renfro.

Sinopse: Enid (Thora Birch) e Rebecca (Scarlett Johansson) são duas adolescentes recém-saídas do segundo grau que começam a enfrentar as incertezas da existência. Planejam um futuro, cheio de possibilidades, em que serão sempre amigas, mas logo percebem que a realidade da vida adulta é bem diferente do que imaginavam. Rebecca trabalha em um café, recebendo um salário baixo que ela espera que um dia vá ajudá-la a pagar o aluguel de um sonhado apartamento. Enid por sua vez frustra-se em seu curso de artes, no qual é esnobada por uma professora arrogante e por colegas pretensiosos. Mas é nesse ambiente que conhece Josh (Brad Renfro), um rapaz diferente que ela considera "a única pessoa decente no mundo”.

Crítica
: o filme usa e abusa de um humor ácido e sarcástico, que envolve e agrada o espectador. 
Mostra a vida de duas adolescentes recém-saídas da escola e que precisam decidir o que fazer de suas vidas. A questão principal é que elas não se enquadram com a “normalidade” das outras pessoas, sendo constantemente ridicularizadas por essas. 
O roteiro é brilhante, os diálogos são bastante inteligentes e a atuação dos atores, em perfeita sintonia, é sublime.
Vale a pena assistir.

Avaliação
: *** 

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domingo, 10 de março de 2002

Bicho de Sete Cabeças

Título original: Bicho de Sete Cabeças
País: Brasil
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 74 min
Direção: Laís Bodanzky
Elenco: Rodrigo Santoro, Othon Bastos, Cássia Kiss, Daniela Nefussi, Jairo Mattos, Altair Lima, Lineu Dias, Caco Ciocler, Gero Camilo, Marcos Cesana, Luis Miranda, Valeria Alencar, Gustavo Machado, Cláudio Carneiro, Talita Castro e Antônio de Andrade.

Sinopse: Neto (Rodrigo Santoro) é um jovem de classe média baixa que leva uma vida comum até o dia em que o pai o interna em um manicômio depois de encontrar um cigarro de maconha em seu bolso. O fato é a gota d’água que deflagra a tragédia na família. Neto é um adolescente em busca de emoções e liberdade, com pequenas rebeldias incompreendidas pelo pai, como pichar muros e usar brincos. A falta de entendimento leva ao emudecimento na relação dentro de casa e o medo de perder o controle sobre o filho vira o amor do avesso. No manicômio, Neto conhece uma realidade absurda e desumana, onde os internos são devorados por um sistema corrupto e cruel. Baseado em fatos reais.

Crítica: extremamente crítico e perturbador, o filme aborda de maneira competente as instituições falidas de tratamento a pessoas portadoras de necessidades especiais e de dependentes químicos, o despreparo dos pais ao descobrirem o uso de drogas por parte dos filhos, a falta de diálogo nas famílias e toda a tragédia que isso pode acarretar.
Bom texto e uma excelente interpretação de Rodrigo Santoro são os pontos altos da trama que comove à medida que os acontecimentos vêm à tona. A crueldade e o desespero da situação vivida por Neto é perceptível aos olhos do espectador.
Pena que a atuação de alguns atores não esteja no mesmo nível do protagonista. De qualquer forma, a obra, com uma direção equilibrada, não perde seu mérito e merece ser vista e recomendada. É um verdadeiro alerta para a importância das relações humanas.
Avaliação: ***

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