terça-feira, 25 de julho de 2017

What the Health

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Documentário
Duração: 97 min
Direção: Kip Andersen e Keegan Kuhn
Elenco: -

Sinopse: o documentário explora o elo entre alimentação, doenças e os bilhões de dólares em jogo do sistema de saúde, indústria farmacêutica e alimentar. Os mesmos diretores de "Cowspiracy" (2014). 

Crítica: a conexão entre doenças, o consumo de produtos de origem animal e a indústria farmacêutica é fortemente abordada no filme, que coloca em evidência dados concretos e estatísticas importantes que revelam os interesses econômicos entre laboratórios e governos.
Basicamente, prova-se que basta mudar a dieta (sem nenhum produto animal) para se ter uma vida mais saudável, ao invés do uso de inúmeros medicamentos e da realização de intervenções cirúrgicas. Aliás, a obra deixa claro que comer carne é como fumar e que comer animais é prejudicial ao planeta. O documentário vai a fundo, mostrando como os abates dos animais (em grande escala) é perigoso.
Desmentem-se lendas como a de que leite é necessário, que é preciso comer carne porque tem proteína, que para fazer atividades físicas você precisa ter força e, para tanto, teria que comer carne, queijo, leite etc.
Enfim, a mensagem dada por médicos, nutricionistas, pesquisadores, e pacientes que alteraram radicalmente seus hábitos alimentares, é que as alimentações vegana e vegetariana previnem uma série de doenças como câncer, asma, diabetes, hipertensão, osteoporose, demência, entre outras. Com uma alimentação à base de vegetais (como, por exemplo, arroz integral, feijão e muitos legumes e verduras) é, sim, possível, suprir o organismo de todas as vitaminas que ele precisa. O sangue circula melhor, a disposição aumenta, a resistência a doenças é maior, o bem-estar é notável e a vida ganha outro ritmo. A única exceção seria a vitamina B12, obtida por meio de suplementos.
Uma aula de sabedoria. Um filme que deveria ser feito por todos: crianças e adultos. É preciso se informar, se reeducar e abrir a mente para que toda a humanidade seja beneficiada. 

Avaliação: ****

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Em Ritmo de Fuga (Baby Driver)

País: Reino Unido
Ano: 2017
Gênero: Ação policial
Duração: 113 min
Direção: Edgar Wright
Elenco: Ansel Elgort, Lily James, Jamie Foxx, Jon Hamm, Kevin Spacey, Eiza Gonzalez e Jon Bernthal.

Sinopse: Baby (Ansel Elgort) é um rapaz mudo que precisa ouvir músicas o tempo todo para silenciar o zumbido que perturba seus ouvidos. Motorista de uma gangue de criminosos, ele cai na estrada em fuga após um assalto a banco não sair como planejado. 

Crítica
Avaliação: a conferir
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De Canção em Canção (Song to Song)

País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Drama, romance
Duração: 129 min
Direção: Terrence Malick
Elenco: Ryan Gosling, Rooney Mara, Michael Fassbender, Natalie Portman, Cate Blanchett, Bérénice Marlohe, Holly Hunte e Val Kilmer.

Sinopse: nesta história de amor moderna, ambientada na cena musical de Austin, Texas, dois casais interligados – os compositores Faye e BV, o magnata da música Cook e uma garçonete que ele ilude – buscam o sucesso num cenário de rock‘n‘roll, sedução e traição. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Gatos (Kedi)

País: EUA/Turquia
Ano: 2016
Gênero: Documentário
Duração: 79 min
Direção: Ceyda Torun
Elenco: -

Sinopse: centenas de milhares de gatos vagam pela metrópole de Istambul livremente. Durante milhares de anos eles entraram e saíram da vida das pessoas, tornando-se uma parte essencial das comunidades que tornam a cidade tão rica. Não reivindicando nenhum dono, esses animais vivem entre dois mundos, nem selvagens nem domesticados - e trazem alegria e propósito para as pessoas que eles optam por adotar. Em Istambul, os gatos são os espelhos para as pessoas, permitindo-lhes refletir sobre suas vidas de maneiras que nada mais poderia. 

Crítica: o documentário é apaixonante – seja para quem gosta ou não de felinos. A direção foi feliz na escolha dos felinos personagens, dos depoimentos de que quem convive com eles e o que a presença desses seres admiráveis mudou na vida de cada um.
Cada gato tem uma personalidade e parecem pensar e nos “questionar” com aqueles olhos enigmáticos.
Istambul é o cenário, onde centenas e centenas de felinos vivem nas ruas (a estimativa é de 150 mil, portanto, impossível passar sem percebê-los). Eles escolhem a quem dar amor e a relação (mesmo que indo e vindo; os gatos são livres para sair e perambular pelas ruas) é perfeita. A interação, de fato, ocorre.
O filme é emocionante. As tomadas, a trilha sonora (uma das mais competentes que tenha visto no cinema) e, claro, a beleza dos reis felinos são mesmo merecedoras de um documentário que os homenageie. Pena que sejam somente 79 minutos.
Memorável!!! 

Avaliação: ****

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A Luta de Steve (Gleason)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Documentário
Duração: 110 min
Direção: J. Clay Tweel
Elenco: Steve Gleason, Michel Varisco, Mike Gleason e Scott Fujita.

Sinopse: ​a história do jogador da NFL, Steve Gleason, que aos 34 anos foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica. A previsão dos médicos para seu tempo de vida era de dois a cinco anos, ainda assim Gleason optou por viver com o propósito de dedicar seu tempo a esposa, ao filho recém-nascido e outras pessoas que sofrem da mesma doença. 

Crítica: o jogador norte-americano Steve Gleason sofre da mesma enfermidade do físico britânico Stephen Hawking – a esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa do sistema nervoso, que acarreta paralisia motora progressiva, irreversível, de maneira a limitar todos os movimentos, inclusive a fala.
Os neurônios se desgastam ou morrem e já não conseguem mais mandar mensagens aos músculos, o que gera enfraquecimento dos músculos, contrações involuntárias e incapacidade de mover os braços, as pernas e o corpo. E quando os músculos do peito param de trabalhar, fica muito difícil respirar por conta própria.
É todo esse quadro que acompanhamos na vida de Steve, que encontra forças no nascimento do filho que está por vir para lutar contra a morte.
De herói do esporte ele passa a herói das pessoas que têm o mesmo diagnóstico. Cria uma fundação para angariar fundos para equipamentos e tratamentos para facilitar a vida de quem também tem ELA.
O filme mostra o seu envolvimento com esse projeto, a sua relação com o pai, o seu casamento, o nascimento de Rivers (seu filho) e todos os passos dos sintomas da doença que só se agravam.
É impossível não se comover com seus depoimentos. Para ele o pior é perder a fala. Recorre, então, a um aparelho controlado pelo movimento dos olhos em um teclado virtual, onde consegue se comunicar com o uso da sua própria voz, sintetizada.
As dificuldades são impressionantes e o cuidado 24 horas cada vez mais necessário. Steve começou a gravar vídeos com receio de não ver seu filho nascer, mas está hoje com 40 anos e tenta ser um pai presente na medida do possível. Um exemplo para os que acreditam que a vida não teria sentido após a descoberta de uma doença terminal. 

Avaliação: ****
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Poesia sem Fim (Poesía Sin Fin)

País: França/Chile
Ano: 2016
Gênero: Biografia
Duração: 120 min
Direção: Alejandro Jodorowsky
Elenco: Adan Jodorowsky, Pamela Flores, Brontis Jodorowsky, Alejandro Jodorowsky e Jeremias Herskovits.

Sinopse: autobiografia do diretor Alejandro Jodorowsky que homenageia através da sua história a herança artística do Chile. Durante a juventude do artista chileno, ele se libertou de todas as suas amarras, como família e limitações, e foi introduzido no principal círculo artístico boêmio dos anos 1940 no Chile, onde conheceu promissoras pessoas do ramo que se tornariam reconhecidas no século XX. 

Crítica: “Poesia sem Fim” é mais uma obra teatral e uma ode à arte do que cinema. Mesmo a poesia, que seria o centro da história, visto que é uma biografia do poeta Alwjandro Jorodowsky, às vezes, é deixada de lado pelo excesso de cores, de fantasias, de figuras, de cenas exageradamente surreais.
O conjunto não agrada. Peca pelo exagero em tudo, apela sem necessidade. Uma pena, pois em vários momentos nota-se que houve criatividade nos cenários que, de forma inteligente, são mudados, como que em um palco de teatro.
Contudo, a direção preocupada demais em chocar, equivocadamente achando que assim atingiria o público (inclusive aquele que não é fã de poesia), deixa de fisgar o espectador com o verdadeiro trabalho do poeta e com a situação política vivida no Chile na época. Quando ele, então, decide partir para Paris, que é onde mais sua obra deve ter ganhado inspiração, o filme acaba.
O que se viu na tela foi somente um amontoado de ideias mal executadas e um resultado burlesco. 

Avaliação: *
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Monsieur & Madame Adelman

País: França
Ano: 2016
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 120 min
Direção: Nicolas Bedos
Elenco: Doria Tillier, Nicolas Bedos, Lola Bessis e Denis Podalydès.

Sinopse: por mais de 45 anos, Sarah e Victor estiveram juntos. Como eles conseguiram isso? Quem realmente é Sarah, essa mulher enigmática que sempre viveu na sombra do seu marido? Amor, ambição, traição e segredos alimentam a odisséia deste casal incomum.

CríticaSarah (Doria Tillier) e Victor (Nicolas Bedos) estiveram juntos por 45 anos. No funeral dele, Sarah é abordada por um jornalista que deseja contar a história de seu marido, um renomado escritor, a partir do olhar da mulher que sempre o acompanhou. A partir de então, ela passa a contar as minúcias do relacionamento que tiveram, incluindo segredos bastante íntimos. 

Crítica: na primeira cena, Sarah (Doria Tillier) recebe um jornalista para contar como foi a vida ao lado do seu esposo e escritor, Victor (Nicolas Bedos) já falecido.
A surpresa é que a direção, na condução dessa entrevista repleta de memórias, dá atenção maior à esposa, à mulher que, entre altos e baixos, esteve ao seu lado, viveu à sua sombra, mas foi a responsável por ele encontrar um estilo literário para suas histórias.
A dupla (Sarah e Victor) encarna com louvor o casal protagonista que leva o espectador a refletir sobre quais seriam os limites do amor – carnal, fraterno, incondicional e até egoísta. Aliás, Doria Tillier rouba a cena no papel de Sarah.
Durante a entrevista, marcada por flashbacks, descobrimos segredos e detalhes da relação que os dois compartilhavam. Uma grata surpresa surge no desfecho da trama.
O tom ácido nos diálogos mantêm um humor inteligente, bastante típico do cinema francês.
De fato, uma bela história de amor, de amadurecimento e de aprendizado para se ver e ouvir.

Avaliação: ****

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Julho-Agosto (Juillet Août)

País: França
Ano: 2016
Gênero: Comédia dramática
Duração: 98 min
Direção: Diastème
Elenco: Luna Lou, Pascale Arbillot, Alma Jodorowsky, Patrick Chesnais, Thierry Godard, Jérémie Laheurte, Lou Chauvain e Ali Marhyar.

Sinopse: duas irmãs, Laura de 14 anos e Josephine com 18, passam o mês de Julho com sua mãe que está grávida e mês de Agosto com seu pai que está solteiro. Durante o verão algumas as decisões são tomadas, segredos são revelados e os relacionamentos das filhas com os pais passam por grandes transformações. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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O Quadro (Le Tableau)

País: França/Bélgica
Ano: 2011
Gênero: Animação
Duração: 76 min
Direção: Jean-François Laguionie
Elenco: Jessica Monceau, Adrien Larmande e Thierry Jahn.

Sinopse: três personagens diferentes vivem em um quadro inacabado: os Toupins são totalmente pintados, os Pafins têm algumas cores e os Reufs são apenas esboços. A diferença entre eles faz com que os Toupins comecem a agir com superioridade, desvalorizando os outros grupos. Buscando restaurar a harmonia da pintura, Ramo, Lola e Plume vão partir em uma jornada para encontrar o pintor que poderá finalizar o quadro.

Crítica
Avaliação: a conferir

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Carros 3 (Cars 3)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Animação
Duração: 108 min
Direção: Brian Fee
Elenco: Owen Wilson, Jason Pace, Kerry Washington, Nathan Fillion e Lea DeLaria.

Sinopse: durante mais uma disputa eletrizante nas pistas, o campeão Relâmpago McQueen acelerou demais e acabou perdendo o controle. Agora, após ter capotando várias vezes e quase ter partido dessa para melhor, o vermelinho vai ter sua vida alterada para sempre. O acidente foi tão grave que, com os estragos, McQueen pode ter que se aposentar de vez. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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D. P. A. – Detetives do Prédio Azul – O Filme

País: Brasil
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Duração: 89 min
Direção: André Pellenz
Elenco: Letícia Braga, Anderson Lima, Pedro Henriques Motta, Tamara Taxman, Ronaldo Reis, Letícia Pedro, Caio Manhente e Cauê Campos.

Sinopse:  Os Detetives do Prédio Azul estão mais imbatíveis do que nunca. Bento, Sol e Pippo vão unir forças para a maior missão de suas vidas: desvendar um mistério para salvar o prédio azul da demolição. O enigma surge com uma inesperada queda de luz durante a festa de Dona Leocádia. Além de rachaduras que aparecem nas paredes do edifício, a temida síndica é enfeitiçada e se transforma em uma pessoa boa. As crianças ficam ainda mais desconfiadas quando descobrem que a única testemunha da confusão desapareceu: o quadro falante da Vó Berta. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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Transformers – O Último Cavaleiro (Transformers – The Last Knight)

País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Ação
Duração: 149 min
Direção: Michael Bay
Elenco: Mark Wahlberg, Anthony Hopkins, Isabela Moner, Josh Duhamel, Jerrod Carmichael, Laura Haddock, Tyrese Gibson e Santiago Cabrera.

Sinopse: o gigante Optimus Prime embarcou em uma das missões mais difíceis de sua vida: encontrar, no espaço sideral, os Quintessons, seres que possivelmente são os responsáveis pela criação da raça Transformers. O problema é que, enquanto isso, seus amigos estão precisando de muita ajuda na Terra, já que uma nova ameaça alienígena resolveu destruir toda a humanidade. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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terça-feira, 11 de julho de 2017

Soundtrack

País: Brasil
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Julio Uchoa
Elenco: Selton Mello, Ralph Ineson, Thomas Chaanhing, Lukas Loughran e Seu Jorge.

Sinopse: decidido a realizar uma exposição de arte, o fotógrafo Cris (Selton Mello) viaja até uma estação de pesquisa polar para se isolar e tirar selfies que capturem as sensações causadas por uma série de músicas pré-selecionadas. No local, ele conhece o botânico brasileiro Cao (Seu Jorge), o especialista britânico em aquecimento global Mark (Ralph Ineson), o biólogo chinês Huang (Thomas Chaanhing) e o pesquisador dinamarquês Rafnar (Lukas Loughran). Os cinco precisam conviver juntos e descobrem diferentes perspectivas sobre a vida e arte. 

Crítica: “Soundtrack” tem perfil de filme de festival. Retrata a relação amigável e profissional de pessoas num lugar frio e inóspito como a Islândia.
Com propósitos diferentes, um fotógrafo (Cris – vivido por Selon Mello), um botânico (Cau – Seu Jorge), um biólogo (Huang – Thomas Chaanhing), um pesquisador (Rafnar – Lukas Loughran) e um especialista em aquecimento global (Mark – Ralph Ineson) expõem suas particularidades e discutem diferenças.
O texto é bom (ainda que as algumas atuações não sejam naturais o suficiente para convencer), a trilha sonora acompanha bem as cenas e a fotografia é incrível.
Paulatinamente vamos conhecendo os personagens. Saudades da família, a arte de registrar por meio da fotografia e preocupações com o futuro (aquecimento global, preservação ambiental) estão entre os temas explorados.
Mark (Ralph Ineson) é presença forte na trama e as conversas dele com o personagem de Selton Mello são uma das razões para assistir ao longa, pela comoção que causam.
Apesar disso, falta uma justificativa mais persuasiva que sustente o desfecho da história.

Avaliação: ***

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Pink

País: Índia
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 136 min
Direção: Aniruddha Roy Chowdhury
Elenco: Tapsee Pannu e Amitabh Bachchan.

Sinopse: o filme fala sobretudo sobre a questão do machismo e de como os homens e a sociedade selecionam e rotulam as mulheres com base em suas roupas ou em origem étnica. Uma mulher foi agredida sexualmente, mas acaba sendo julgada por tentativa de homicídio do estuprador. Está na hora de questionar o machismo e a cultura do estupro na Índia. 

Crítica: o filme é falado em híndi, uma das 18 línguas regionais oficialmente reconhecidas na Índia.
A trama traz temáticas sérias: o machismo e o abuso sexual no país. Após a introdução, onde só ouvimos as vozes e identificamos que há homens e mulheres bebendo, surge na tela, de forma dinâmica, imagens de três moças em um táxi voltando para casa preocupadas e de cinco rapazes em outro carro, sendo que um está ferido.
Aos poucos, descobrimos o que de fato houve. Acusações dos dois lados, envolvimento com a polícia, um vizinho estranho que sempre observa as meninas e muita injustiça.
A maior parte do longa se passa no tribunal. A discussão é interessantíssima e o advogado que defende uma das acusadas faz um discurso louvável às mulheres e ao seu poder de dizer não.
O roteiro aponta vários sinais da sociedade machista que impera na Índia – deduções, julgamentos precipitados, ideias preconcebidas, preconceito e, sobretudo, o comportamento anormal dos rapazes. Uma frase dita pelo advogado durante o julgamento resume um pouco do que é abordado em “Pink”: “precisamos salvar os homens; se eles forem salvos, as mulheres também estarão salvas”
As atuações são excelentes e a direção é precisa em sua mensagem. Um filme urgente para as sociedades que ainda não reconhecem a mulher como um ser humano merecedor de respeito. 

Avaliação: ****

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A Mulher que se Foi (Ang Babaeng Humayo)

País: Filipinas
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 226 min
Direção: Lav Diaz
Elenco: Charo Santos-Concio, John Lloyd Cruz, Michael De Mesa e Nonie Buencamino.

Sinopse: em 1997, a pena de Horacia Somorostro (Charo Santos-Concio), imputada injustamente, chega ao seu fim. Ao sair, Horacia reencontra sua filha, mas descobre que seu marido não está mais vivo, e ninguém sabe do paradeiro de seu filho. Enquanto isso seu ex-amante rico, que, como ela descobre, foi responsável por sua falsa acusação, está em prisão domiciliar com os amigos, suspeito de haver perpetrado múltiplos sequestros. Ela começa então a planejar sua vingança. O filme é baseado na obra de "God Sees the Truth, But Waits", de Leo Tolstoy. 

Crítica: o cultuado diretor filipino Lav Diaz é conhecido pelo público cinéfilo por filmes com longa duração. São obras de quatro, cinco e até oito horas de duração. Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza de 2016, “A Mulher Que se Foi”, apesar de mais curto, ainda tem 3h47 de duração. Mas o longa nos surpreende. Ainda que 226 minutos sejam um pouco demais, a narrativa do filme não é contemplativa ou de longos momentos parados – muito se conta e muito se vê.
Ele retrata sem vergonha alguma as mazelas do seu país: pobreza, preconceito, prostituição, políticos corruptos e igreja conivente e a desconfortante desigualdade social.
A atriz Charo Santos-Concio cresce em seu personagem Horacia, uma mulher presa injustamente por 30 anos.
Na vingança que planeja ela volta a lugares do seu passado, revê a filha (que nunca a visitou na cadeia), descobre que seu filho desapareceu, se disfarça para descobrir o paradeiro do seu ex-namorado (responsável por seu calvário) e conhece novas pessoas. Uma delas fará ela ter uma visão diferente do que ela pensaria do futuro arquitetado para si.
A presença do personagem Holanda (um travesti desiludido com a vida) aparece de forma quase apagada na trama para depois reaparecer e se deixar notar. Ele rouba a cena. Um dos momentos divertidos (que são poucos) ele canta com Horacia a canção "Somewhere", de Amor, Sublime Amor (comédia musical de 1961).
Enfim, o diretor sabe como contar histórias. Que o seu trabalho passe a ser reconhecido por mais cinéfilos que acreditam no cinema como forma de crítica, de denúncia, de alerta, de vigília. 

Avaliação: ***

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Homem-Aranha: de Volta ao Lar (Spider-Man – Homecoming)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Ação
Duração: 134 min
Direção: Jon Watts
Elenco: Tom Holland, Zendaya, Marisa Tomei, Robert Downey Jr., Michael Keaton, Jacob Batalon, Laura Harrier e Tony Revolori.

Sinopse: depois de atuar ao lado dos Vingadores, chegou a hora do pequeno Peter Parker (Tom Holland) voltar para casa e para a sua vida, já não mais tão normal. Lutando diariamente contra pequenos crimes nas redondezas, ele pensa ter encontrado a missão de sua vida quando o terrível vilão Abutre (Michael Keaton) surge amedrontando a cidade. O problema é que a tarefa não será tão fácil como ele imaginava. 
Crítica
Avaliação: a conferir

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Os Pobres Diabos

País: Brasil
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Duração: 93 min
Direção: Rosemberg Cariry
Elenco: Chico Diaz, Silvia Buarque, Gero Camilo e Everaldo Pontes.

Sinopse: esta comédia narra as viagens do Gran Circo Teatro Americano pelo sertão nordestino. Na cidade de Aracati, é montada uma peça sobre a crise no inferno. A trama rocambolesca, inspirada na literatura de cordel, mostra a chegada do bandido Lamparina no inferno, e a participação de Lúcifer no capitalismo internacional. Nos bastidores, amores e tragédias movimentam a vida da trupe. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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terça-feira, 4 de julho de 2017

Okja

País: Coreia do Sul
Ano: 2016
Gênero: Ficção Científica
Duração: 118 min
Direção: Joon-Ho Bong
Elenco: Seo-Hyun Ahn, Tilda Swinton, Jake Gyllenhaal, Paul Dano e Steven Yeun.

Sinopse: Nova York, 2007. Lucy Mirando (Tilda Swinton), a CEO de uma poderosa empresa, apresenta ao mundo que uma nova espécie animal foi descoberta no Chile. Apelidada de "super porco", ela é cuidada em laboratório e tem 26 animais enviados para países distintos, de forma que cada fazenda que o receba possa apresentá-lo à sua própria cultura local. A ideia é que os animais permaneçam espalhados ao redor do planeta por 10 anos, sendo que após este período participarão de um concurso que escolherá o melhor super porco. Uma década depois, a jovem Mija (Seo-Hyun Ahn) convive desde a infância com Okja, o super porco fêmea criado pelo avô. Prestes a perdê-la devido à proximidade do concurso, Mija decide lutar para ficar ao lado dela, custe o que custar. 

Crítica: o filme tem uma história bombástica, mas contada, por meio de ficção e pitadas de humor satírico, pode causar uma impressão, à primeira vista, de um contexto leve, sem maiores repercussões. Ledo engano.
Na Coreia do Sul, estão Mija (Seo-Hyun Ahn, com uma performance genuína) e sua porca Okja – escolhida a mais bela para o concurso do ”Super Porco” organizado pela empresa de Lucy Mirando (Tilda Swinton – excelente no papel). Outros 25 porcos em 25 países também concorriam para o concurso.
É comovente ver a relação de amor e amizade entre Mija e seu bichinho de estimação (Okja tem um olhar cativante e um jeito dócil e manso). E, por isso mesmo, extremamente doloroso será ver a separação das duas quando Okja terá que ser levada para Nova York para ser apresentada.
A partir daí começa a sofrida maratona de Mija para resgatar sua porca e, mais importante, livrá-la do que a empresa pretende fazer com ela.
Entram em ação ativistas da Frente de Libertação de Animais (FLA), com Joy (Paul Dano) no comando do grupo, já há anos libertando animais de zoológicos, cativeiros e laboratórios.
Os acontecimentos que se sucedem no difícil resgate de Okja são duros e cruéis. Para manter certa leveza à história, grande parte dos personagens é bastante caricata, presunçosa e vaidosa. Contudo, o núcleo da trama está mesmo focado em Mija e sua bela porcona. Difícil não se contorcer com o que vimos e ouvimos – animais criados em laboratórios, mutações forçadas, alimentos geneticamente modificados, animais assassinados em massa. Tudo em nome de uma carne saborosa e suculenta e de muito lucro.
A crítica à nossa gananciosa indústria alimentícia é feroz. O diretor coreano escolheu uma forma inteligente e lúdica de alertar a sociedade para o que estamos fazendo com os animais e de censurar nosso pensamento pequeno para com eles, ao acharmos que não sofrem sendo confinados aos milhares e encaminhados para a morte, porque simplesmente queremos acreditar que sua existência tenha o único propósito de nos alimentar.
Excêntrico e original, pode se dizer que, pela força da narrativa, talvez uma parcela do público até se torne vegetariana após ver Okja. Imperdível! Pena que não será exibido nas grandes telas de cinema, tendo em vista ser uma produção da Netflix.

Avaliação: *****
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