segunda-feira, 3 de julho de 2017

A Terra Vermelha (La Tierra Roja)

País: Bélgica/Brasil/Argentina
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Diego Martinez Vignatti
Elenco: Geert Van Rampelberg, Eugenia Ramírez Miori, Enrique Piñeyro, Hector Bordoni e Jorge Aranda.

Sinopse: Pierre (Geert Van Rampelberg) trabalha em uma fábrica multinacional e é responsável por derrubar árvores em bosque para plantar pinheiro a fim de fazer papel. Um dia, Pierre conhece Ana, uma professora rural que luta pelos problemas ocorridos na população pelo uso inadequado de agrotóxicos e ele se encontra entre o fogo cruzado. 

Crítica: o tema central e bastante relevante do longa é o uso indiscriminado de agrotóxicos, abarcando também outros assuntos correlatos, como o desmatamento, o clientelismo político, a corrupção, a desigualdade social, a exploração dos camponeses.
A trama se passa na floresta de Misiones, no nordeste da Argentina, onde o belga Pierre (Geert van Rampelberg) é contramestre de uma multinacional que corta árvores ilegalmente e em seu lugar planta pinheiros para produzir papel. Os habitantes sofrem de câncer e de doenças de pele e os bebês nascem com malformações.
A história nos mostra dois lados: os mocinhos e os vilões. Do lado dos mocinhos, está a professora Ana (Eugenia Ramírez Miori), o médico Balza (Enrique Piñeyro) e um ativista local (Hector Bordoni). Do lado oposto, Pierre, seu capataz, os chefes da papeleira multinacional alegando que geram empregos e o governador (que fecha os olhos para as denúncias feitas pelo médico e pelos moradores locais, já preocupadíssimos com a quantidade de pessoas enfermas).   
Difícil é acreditar que um belga não soubesse dos malefícios do uso contínuo de agrotóxicos (nas plantações e, por conseguinte, no rio que banha a região).
Não falta violência ou cenas de ação, mas o filme se perde um pouco com um romance entre Pierre e a professora Ana, que por vezes traz situações novelescas. E a tentativa de explorar o lado bom de Pierre como treinador de rugby dos adolescentes (que trabalham para ele) também acaba não tendo o efeito esperado no filme.  
Tenta-se dramatizar com uma ficção (salientando que algumas atuações também deixam a desejar) quando, de repente, um documentário pudesse ter sido um gênero melhor para explorar um tema tão sério e importante para ser explorado. 

Avaliação: ***

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