sexta-feira, 21 de maio de 1999

O Resgate do Soldado Ryan

Título original: Saving Private Ryan
País: EUA
Ano: 1998
Gênero: Ação, drama, guerra
Duração: 170 min
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Tom Hanks, Edward Burns, Jeremy Davies, Matt Damon, Tom Sizemore, Vin Diesel, Adam Goldberg, Barry Pepper, Giovanni Ribisi, Dennis Farina e Ted Danson.

Sinopse: o Capitão John Miller (Tom Hanks), após desembarcar na praia de Omaha, na costa Francesa, em 06 de Junho de 1944 (o Dia D), onde perde a maioria dos seus homens, recebe a missão de resgatar com vida o soldado James Ryan, caçula de quatro irmãos, dentre os quais três morreram em combate. Porém, John não sabe se Ryan está vivo ou morto ou se foi capturado pelo inimigo, mas sai à procura do soldado levando consigo sete homens, entre eles o médico Wade (Ribisi) e um intérprete de francês e alemão, o Cabo Upham (Davies).
Crítica: causou grande comoção nos primeiros 20 minutos, tidos como os mais violentos da história do cinema. Sem dúvida, há mais sangue ali do que se costuma se ver. Mas há de se convir também que aquela seqüência inicial representa apenas uma parte do que realmente aconteceu no dia 06 de junho de 1944, o Dia D.
A Operação Overlord liberou o norte da França da ocupação nazista dividindo-se em cinco áreas: Omaha e Utah para as tropas americanas e Gold, Juno e Sword para os britânicos e canadenses. Nas primeiras horas daquele dia, enquanto ainda estava escuro, centenas de pára-quedistas foram lançados em territórios franceses, para minar as forças alemãs e facilitar o ataque que viria do mar. É claro que nem tudo saiu como planejado e muita gente morreu sem nem mesmo ter dado um tiro contra o exército de Hitler.
E foi na praia de Omaha que a infantaria liderada pelo fictício Capitão John Miller (Tom Hanks) desembarcou e foi massacrada pelos nazistas. O próprio Spielberg confessou que seu intuito não era o de glamourizar o que tinha acontecido, mas sim mostrar da forma mais fiel possível como foi o início da invasão. E, realmente ele conseguiu. Logo que os primeiros centímetros da frente das embarcações começa a se abrir, os tiros começam a voar na direção dos americanos. Para muitos, aquela era a primeira missão e sequer puderam molhar os pés no mar francês. As cenas aquáticas e as explosões são excelentes do ponto de vista técnico. Além do efeito visual, demonstram a qualidade de som utilizado. Dentro do mar, há um silêncio quase confortante no meio de todo aquele mar vermelho. De um destes estouros vem uma das visões mais estarrecedoras e comuns daquele momento. Capitão Miller não consegue ouvir um de seus subalternos chamando-o. Está perdido, sem saber o que fazer, ou para onde ir... e ele é um dos líderes de campo. Ninguém estava preparado para aquilo. Tom Hanks demonstra nesta cena como é um magnífico ator, e Spielberg muda mais uma vez a história do cinema.
Passados os 20 minutos da chegada no continente europeu, começa a narrativa que dá título ao filme. A missão de resgate ao tal soldado Ryan tem início assim que o alto comando do exército americano fica sabendo que três dos quatro irmãos Ryan morreram durante a invasão. O paradeiro do quarto, o pára-quedista James Ryan, é incerto e cabe ao Capitão Miller e alguns de seus homens descobrir onde ele está e fazê-lo voltar para os Estados Unidos. O argumento escrito pelo roteirista Robert Rodat mistura ficção e realidade. Enfim, a produção e a direção excelente, os efeitos visuais perfeitos, a riqueza de detalhes, o cenário construído de forma sublime e o elenco afiadíssimo são mais que razões suficientes para assistir a esse clássico de Spielberg.
Curiosidade: como não existe uma grande quantidade de uniformes intactos da Segunda Guerra, foram costurados 3 mil conjuntos idênticos aos utilizados na época, além de 2 mil botas. As 2 mil armas levaram cerca de três meses para ficarem prontas e muitos dos veículos anfíbios que se vê em cena tiveram que vir dos Estados Unidos, pois os que estavam na Europa também não tinham condições de uso. Cerca de 750 homens extras (muitos deles haviam participado da filmagem de Coração Valente) foram chamados para trabalhar como figurantes.
Em 1999, foi vencedor do Oscar de Melhor Direção, Montagem, Fotografia, Som e Edição de Som.
Avaliação: *****

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quarta-feira, 19 de maio de 1999

Encontro Marcado

Título original: Meet Joe Black
País: EUA
Ano: 1998
Gênero: Romance
Duração: 186 min
Direção: Martin Brest
Elenco: Brad Pitt, Anthony Hopkins, Claire Forlani, Jake Weber e Marcia Gay Harden.

Sinopse: em Nova York, uma médica residente (Claire Forlani) conhece por acaso um recém-chegado na cidade (Brad Pitt). Eles se sentem atraídos, mas logo após se despedirem ele morre em um acidente. Em seguida, a própria Morte decide por utilizar o corpo desta vítima e vai falar com um magnata da mídia (Anthony Hopkins), dizendo que está ali para levá-lo mas, como pretende conhecer os hábitos dos humanos, propõe retardar esta partida se o milionário tornar esta "férias" interessantes e instrutivas. Ironicamente, a filha do magnata é a jovem médica que tinha se sentido atraída por um desconhecido no início da história. Seria impossível para ela imaginar que estava diante da Morte, que apenas utilizava naquele momento aquele corpo como invólucro, mas outra coisa inimaginável também acontece: a Morte se apaixona pela filha do milionário.

Crítica: uma refilmagem do clássico ‘Uma Sombra que Passa’, de 1934. Mas aqui o romance, que tem uma mensagem bonita, não atinge seus propósitos.
O filme é longo demais e, em muitas cenas, é bem monótono (o original possuía apenas 78 minutos).
Situações são mal exploradas e há personagens mal trabalhados. Ou seja, não convence, sendo esse seu maior defeito. Com uma trama tão forçada era preciso nos fazer acreditar que Brad Pitt representava a morte em seu personagem, o que infelizmente não acontece em momento algum. E a culpa não é de Brad Pitt (ele até está bem no papel), mas das circunstâncias estranhas que foram criadas e dos sentimentos mal explorados.
O longa até tem diálogos inteligentes, com momentos que nos levam a pensar no que realmente nos move no mundo: trabalhar para viver, viver para trabalhar e vencer, ou ter uma vida na qual, se fechássemos os olhos amanhã, descobriríamos que teria valido a pena cada minuto.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 17 de maio de 1999

Gênio Indomável

Título original: Good Will Hunting
País: EUA
Ano: 1997
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Gus Van Sant
Elenco: Matt Damon, Robin Williams, Ben Affleck, Minnie Driver, Stellan Skarsgård, Casey Affleck e Cole Hauser.

Sinopse: o drama é sobre o rebelde Will Hunting (Damon), um garoto dotado de grande inteligência que vive se metendo em encrenca. Sem família e com pouca educação formal, ele devora livros, só que guarda tudo que aprende para si e procura empregos que dispensam qualificação. Um professor do MIT descobre que Will é um gênio e quer o garoto em sua equipe de matemática, porém, como Will tem problemas com a polícia, é preciso fazer um acordo com a justiça. São impostas duas condições: ele tem que trabalhar com o professor e fazer terapia. Sean McGuire (Robin Willians) é o terapeuta chamado para domar o dificíl temperamento do rapaz. Ambos são igualmente teimosos, mas surge uma amizade que convence Will a encarar seu passado e seu futuro.
Crítica: o roteiro engenhosamente construído gerou um excelente filme. Bons diálogos, principalmente entre Hunting e seu terapeuta; atuações convincentes (destaque para Matt Damon); e sem pieguices. Algumas cenas são desnecessárias, mas esse excesso não compromete a mensagem do longa. Imperdível!
Curiosidade: vencedor dos Oscars de Melhor Roteiro Original e de Melhor Ator Coadjuvante (Williams), em 1998.
Matt Damon e Ben Affleck são amigos de infância. Escreveram juntos o roteiro.
Avaliação: ****

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domingo, 2 de maio de 1999

O Grande Lebovski

Título original: The Big Lebovski
País: EUA
Ano: 1998
Gênero: Comédia
Duração: 117 min
Direção: Ethan Coen e Joel Coen
Elenco: Jeff Bridges, John Goodman, Julianne Moore, Steve Buscemi, David Huddleston, Philip Seymour Hoffman, Tara Reid, Philip Moon, Mark Pellegrino, Peter Stormare, Flea, Torsten Voges, Jimmie Dale Gilmore, Jack Kehler e John Turturro.

Sinopse: Jeff Lebowski (Jeff Bridges) gosta de ser chamado de O Grande Lebowski. Acha-se o cara mais esperto do pedaço, quando na verdade é um desocupado que gasta o seu tempo ouvindo Rock dos anos 60 e jogando boliche. Mas sua vida vai mudar. Confundido com um milionário da Califórnia, ele se vê envolvido com bandidos da pesada, advogados atrapalhados, detetives, seqüestradores e, como se não bastasse, com a polícia. Com sua vida ameaçada, Lebowski procura seu amigo Walter (John Goodman), um veterano do Vietnã que irá ajudá-lo com seus métodos pouco ortodoxos.

Crítica: na mesma linha do filme Fargo (tambgém dos irmaõs Coen), O Grande Lebowski resgata a imagem do americano comum, aquele que não participa diretamente das ações sociais, políticas e econômicas do país.
Sujo, maltrapilho, bêbado e drogado, o desempregado Jeff Lebowski (Jeff Bridges) encarna o herói às avessas, o capitão anti-América, que luta, em plena crise da Guerra do Golfo, pela menos nobre das causas: reaver o prejuízo de seu tapete urinado.
As discrepâncias aparecem logo na abertura. Enquanto o narrador descreve a vida besta de Lebowski ("o homem mais preguiçoso da cidade"), a câmera percorre a terra árida do oeste americano até desvendar o complexo urbano de Los Angeles. Ali estão as duas Américas: a interiorana e a mundana. A visão antagônica se aprofunda quando Lebowski (também conhecido como "the Dude", "almofadinha", em inglês) entra em cena.
Confundido com um magnata, o desempregado-padrão (que paga um litro de leite com cheque), tem a casa invadida, leva uma surra e ainda por cima vê seu pobre tapete maldosamente danificado. Com a displicência dos mais legítimos vagabundos, Jeff entra no castelo do outro Lebowski (David Huddleston), para cobrar um novo tapete. Descobre um político paraplégico, rodeado por um bajulador e enamorado de uma atriz de filme pornô.
Entre uma e outra confusão, Lebowski, o desocupado, passa o tempo na companhia de dois amigos, Donny (Steve Buscemi) e Walter Sobchak (John Goodman), jogando boliche.
Numa de suas melhores atuações, John Goodman encarna um caricato veterano do Vietnã, responsável pelas passagens cômicas do longa. Ele simboliza a falência da América, órfã do discurso da violência como paliativo para as mazelas políticas. Mesmo com todas as espetadas na multifacetada sociedade norte-americana, ‘O Grande Lebowski’ jamais assume um tom pesado de crítica social. Mas consegue com seu humor ácido entorpecer e envolver os cinéfilos. Como o personagem principal, a narrativa segue seu rumo desgovernado pontuada por porres, tapinhas e viagens de ácido.
Hilariante! Muito bom!

Avaliação: ***

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