quarta-feira, 19 de maio de 1993

A Cidade da Esperança

Título original: City of Joy
País: França/Inglaterra/EUA
Ano: 1992
Gênero: Drama
Duração: 134 min
Direção: Roland Joffé
Elenco: Patrick Swayze, Pauline Collins, Om Puri, Sam Wannamaker, Shabana Azmi, Ayesha Dharker, Santu Chowdhury, Imran Badsah Khan e Art Malik.

Sinopse: o jovem médico americano Max Lowe (Patrick Swayze) decide largar a carreira e ir para a Índia. Lá ele reencontra uma razão para viver ao se deparar com a triste realidade de milhões de pessoas vivendo na mais absoluta pobreza, com atendimento médico precário, oprimidos por um gângster que domina a cidade de Calcutá. Adaptação da obra de Dominique LaPierre.

Crítica: um retrato realista e duro das mazelas vividas pela população pobre da Índia, que não são poucas.
Foi a melhor interpretação de Patrick Swayze.
Mais uma bela obra, contundente e crítica, do diretor Roland Joffé.

Avaliação: ***

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domingo, 2 de maio de 1993

1492 – A Conquista do Paraíso

Título original: 1492, Conquest of Paradise
País: EUA/França/Espanha
Ano: 1992
Gênero: Épico
Duração: 140 min
Direção: Ridley Scott
Elenco: Gérard Depardieu, Sigourney Weaver, Armand Assante, Fernando Rey, Angela Molina e Tcheky Karyo.

Sinopse: vinte anos da vida de Colombo, desde quando se convenceu de que o mundo era redondo, passando pelo empenho em conseguir apoio financeiro da Coroa Espanhola para sua expedição, o descobrimento em si da América, o desastroso comportamento que os europeus tiveram com os habitantes do Novo Mundo e a luta de Colombo para colonizar um continente que ele descobriu por acaso, além de sua decadência na velhice.

Crítica: tudo começa com a grande luta que o navegador teve que empreender para conseguir o apoio necessário para realizar a viagem, sofrendo restrições por parte dos religiosos, enfrentando o desdém dos políticos e a indiferença dos comerciantes. Somente com o apoio do banqueiro Santangél e da rainha Isabel da Espanha (protagonizada por Sigourney Weaver, um tanto quanto deslocada no papel), foi possível reverter sua perspectiva e permitir que ele viesse a inscrever seu nome na história.
O grande mérito do filme reside em nos colocar lado a lado com a trajetória de Cristóvão Colombo, acompanhando-o nas caravelas, sofrendo com ele os reveses de uma viagem longa e desgastante e triunfando com o desembarque em terras americanas em 1492. Aliás, a sequência da chegada é deslumbrante, os homens se jogando ao chão, os passos de Colombo, as cores das bandeiras e os sons que acompanham esse momento permitem-nos entender como foi grandioso esse acontecimento. A trilha sonora é excelente.
Como a história dos homens é marcada por vitórias e derrotas, os momentos de sofrimento e humilhações também são retratados, apesar de nem sempre muito reais.
A atuação de Gerard Depardieu como Colombo é convincente, mas a história nem tanto. Com cenas fantasiosas e romantizadas demais, a versão ficou um pouco superficial.
Mas, vale a pena assistir à película para ver como Colombo passou de homem festejado a inimigo do estado. Seus méritos como navegador são considerados indiscutíveis, porém, sua capacidade como administrador foi tida como insatisfatória. Alguns dos seus projetos em terras americanas fracassaram e as despesas realizadas tornaram-no indesejado na corte espanhola.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 26 de abril de 1993

Chaplin

Título original: Chaplin
País: EUA/França/Itália/Reino Unido
Ano: 1992
Gênero: Biografia, drama
Duração: 143 min
Direção: Richard Attenborough
Elenco: Robert Downey Jr., Geraldine Chaplin, Milla Jovovich, Paul Rhys, John Thaw, Moira Kelly, Marisa Tomei, Anthony Hopkins, Penelope Ann Miller, Dan Aykroyd, Kevin Kline, Maria Pitillo, Kevin Dunn, James Woods, Diane Lane, Deborah Moore e Nancy Travis.

Sinopse: a vida de Charles Chaplin (Robert Downey Jr.), um dos maiores gênios do cinema, é retratada desde a sua infância pobre até o recebimento de um Oscar Especial. O filme foca também suas várias ligações amorosas, os problemas de ordem política, que o levaram a ser expulso dos Estados Unidos, e, claro, seus filmes.
Crítica: por ser tratar de Chaplin, o filme foi muito conciso. Sua vida é repleta de acontecimentos, desde sua infância muito pobre (merecia maior destaque, assim como as dificuldades encontradas para fazer seus filmes) até o reconhecimento mundial. Muitos aspectos foram superficialmente abordados ou sequer citados. Claro que seria impossível retratar a incrível trajetória desse mestre do cinema mudo, mas o diretor deveria ter explorado mais suas relações com o irmão (sempre presente) e as transformações pelas quais suas películas passaram ao longo do tempo, por exemplo. Algumas partes ficam soltas no longa (a difícil relação com o pai e a origem dos problemas de saúde da mãe não são mostradas claramente), só compreendidas por quem já leu a biografia de Chaplin. Um bom filme para os admiradores do artista e para os que virão a ser, depois de assisti-lo.
Curiosidade: mesmo diretor de Gandhi, que venceu o Oscar de Melhor Filme em 1983.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 16 de abril de 1993

O Óleo de Lorenzo

Título original: Lorenzo's Oil
País: EUA
Ano: 1992
Gênero: Drama
Duração: 129 min
Direção: George Miller
Elenco: Nick Nolte, Susan Sarandon, Laura Linney, Margo Martindale, Ann Hearn, Kathleen Wilhoite, Peter Ustinov, Gerry Bamman, Paul Lazar, James Rebhorn e Maduka Steady
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Sinopse: Augusto Odone (Nick Nolte) e Michaela Odone (Susan Sarandon) são os pais de um garoto que tem uma rara doença cerebral. Frustrados pelos médicos não terem o diagnóstico para uma doença tão grave, eles começam a pesquisar e a estudar sobre a doença, tentando encontrar uma nova esperança para seu filho.

Crítica: um filme forte, que de muitas formas aproxima nossa realidade do terrível drama vivido pela família de Lorenzo.
A narrativa e o roteiro bem conduzidos, assim como a interpretação do elenco, tornam a trama ainda mais emotiva (até demais).
As atuações de Nick Nolte, Susan Sarandon (esta foi indicada ao Oscar) e do então ator mirim Zack O'Malley Greenburg são consistentes e merecem aplausos. O esforço inesgotável dos dois testa a resistência de seus laços de união, a profundidade de suas crenças e os limites da medicina convencional.
Baseada em fatos reais, a história intensa e impactante tem uma mensagem bastante positiva. Preparem seus corações. Recomendo.

Avaliação: *****

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terça-feira, 13 de abril de 1993

Arquitetura da Destruição

Título original: Undergångens Arkitektur
País: Suécia
Ano: 1992
Gênero: Documentário
Duração: 121 min
Direção: Peter Cohen
Elenco: -

Sinopse: trata do uso da arte e da estética pela Alemanha nazista. Foi lançado, originalmente, na Suécia em 1989.

Crítica: é um dos melhores estudos sobre o Nazismo, com um foco interessantíssimo. Hitler, o arquiteto da destruição, tinha grandes pretensões e queria dar uma dimensão absoluta à sua megalomania. O nazismo tinha como princípio fundamental embelezar o mundo, nem que para isso tivesse que destruí-lo.
O documentário traça a trajetória de Hitler e de alguns de seus mais próximos colaboradores, com a arte. Muito antes de chegar ao poder, o líder nazista sonhou em tornar-se artista, tendo produzido várias gravuras, que posteriormente foram utilizadas como modelo em obras arquitetônicas.
Destaca ainda a importância da arte na propaganda, que por sua vez teve papel fundamental no desenvolvimento do nazismo em toda a Alemanha.
Numa época de grave crise, no período entre guerras, a arte moderna foi apresentada como degenerada, relacionada ao bolchevismo e aos judeus. Para os nazistas, as obras modernas distorciam o valor humano e na verdade representavam as deformações genéticas existentes na sociedade; em oposição defende o ideal de beleza como sinônimo de saúde e consequentemente com a eliminação de todas as doenças que pudessem deformar o "corpo" do povo.
Com esse discurso, os nazistas passaram a perseguir diversos grupos da sociedade, principalmente as pessoas com deficiências e os judeus, tratando-os como se fossem bactérias ou vírus, – um verdadeiro câncer a ser contido e removido da sociedade alemã. A medicina alemã deveria trabalhar em prol desse corpo do povo, e não em prol do indivíduo, e nesse sentido diversos médicos acabaram se tornando filiados ao Partido Nacional Socialista Alemão a fim de conseguirem subir na carreira. Nasce assim uma "medicina nazista" que valoriza o corpo, o belo e estará disposta a erradicar os males que possam afetar essa obra.
Do ponto de vista social, o embelezamento é vinculado diretamente à limpeza. A limpeza do local de trabalho e a do próprio trabalhador. Os nazistas consideram que ao garantir ao trabalhador a saúde e a higienização, libertam-no de sua condição proletária e, garantem-lhe dignidade de burguês, eliminando assim a luta de classes.
A Guerra é vista como uma arte. Com cenas de época, oficiais, mostra-nos a visita de Hitler à Paris logo após a ocupação.
O domínio sobre a França, Bélgica, Holanda possibilitaram aos nazistas a pilhagem de obras de arte. Em 1941 a conquista da Grécia; nova viagem de Hitler, que tinha na beleza da antigüidade um de seus modelos.
O filme dedica ainda um bom tempo à perseguição e eliminação dos judeus como parte do processo de purificação, não só da raça, mas de toda a cultura, mostrando o processo de extermínio. É interessante perceber que, durante toda a guerra, mesmo no período final com a proximidade da derrota, os projetos arquitetônicos do III Reich tiveram andamento, pretendendo construir a nova Berlim, capital do mundo.
Imperdível!

Avaliação: ****

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segunda-feira, 15 de março de 1993

Nada é Para Sempre

Título original: A River Runs Through It
País: EUA
Ano: 1992
Gênero: Drama
Duração: 123 min
Direção: Robert Redford
Elenco: Brad Pitt, Craig Sheffer, Emily Lloyd, Brenda Blethyn, Tom Skerrit, Edie McClurg, Stephen Shellen, Vann Gravage, Nicole Burdette e Susan Traylor.

Sinopse: baseado num romance autobiográfico de Norman Maclean. O livro conta a história do autor, e sua criação religiosa de filho de pastor presbiteriano na Montana do início do século XX. Desde a infância, Norman (Craig Sheffer) viveu à sombra de Paul (Brad Pitt), o irmão mais novo. E ambos receberam do pai as noções de vida e amor por meio da pesca. Já adultos, Norman virou um homem respeitável e Paul, um jornalista sempre às voltas com encrencas de toda espécie.
Crítica: com uma adaptação bem feita do romance, a trama aborda a complexidade dos sentimentos em relações familiares.
Bastante sensível e com boas atuações, a história envolve (apesar de ser um pouco lento).
Tem, também, uma belíssima fotografia.
Avaliação: ***

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 1993

Os Imperdoáveis

Título original: Unforgiven
País: EUA
Ano: 1992
Gênero: Faroeste
Duração: 135 min
Direção: Susanne Bier
Elenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Richard Harris, Jaimz Woolvett, Saul Rubinek, Frances Fisher, Anna Levine e Rob Campbell.

Sinopse: no Velho Oeste, a história de um ex-criminoso que volta à ativa para sustentar a família. A violência de Bill Munny (Clint Eastwood) é lendária, mesmo tendo abandonado o crime há um bom tempo. Seu retorno provoca o orgulho de um xerife corrupto e obriga Munny a dar novos rumos a seus planos. Os conflitos morais que se seguem dão uma visão nua e crua do Velho Oeste.
Crítica: em 1992, Clint Eastwood lançou sua homenagem ao gênero que o consagrou. O longa-metragem veio num momento em que os fãs do faroeste já andavam impacientes, além de marcar o retorno triunfal de Clint. O filme foi dedicado a Sergio Leone, seu grande mentor, que o iniciou na carreira de ator.
“Os Imperdoáveis” é um faroeste eficiente, que foge dos clichês e, ainda, atualiza o gênero com um roteiro esperto, mas sem abrir mão do clássico western.
Clint, nesse trabalho, critica o mito do herói hollywoodiano desde o início. Não há personagens fúteis, com seus afazeres banais e suas vidinhas mais ou menos. Aqui, o diretor traça um perfil sujo, violento e cruel, mas acima de tudo realista, mostrando o que todo mundo sabe que existiu, porém que a grande indústria televisiva norte-americana insiste em transformar em lenda. Algo tipicamente hollywoodiano, já que os americanos precisam de um herói.
O filme conta uma história simples, com objetivo centrado e roteiro inteligente. Quando o filme começa, Will Munny (Eastwood) já é um ex-pistoleiro. Viúvo (mas com grande respeito por sua finada esposa), vivendo uma vida pacata cuidando dos seus filhos, Munny não tem mais motivos para sorrir. Até que o jovem Scholfield Kid (Jaimz Woolvett) aparece no rancho propondo o seguinte: matar dois vaqueiros que retalharam o rosto de uma prostituta. Como recompensa eles ganhariam a bolada de 1000 dólares. Para tanto, Munny chama seu parceiro Ned (Morgan Freeman). Os três partem em busca dos detratores, mas antes precisam enfrentar a violência do xerife Bill (Gene Hackman).
O texto retrata os personagens como eles são: não-cultos, todavia com "leis" próprias que são seguidas à risca. O dinamismo e o realismo nas interpretações são a peça-chave da história. Aliado à ótima direção, o elenco ganha destaque. O próprio Clint, por exemplo, tem um dos seus melhores desempenhos como ator, captando exatamente a essência do personagem. Morgan Freeman está tão bem que em diversos momentos "pedimos" sua presença em cena. Gene Hackman repete a boa performance do seu filme anterior, O Julgamento Final, como o xerife mal-encarado, enquanto o Richard "Dumbledore" Harris esbanja seu talento.
A fotografia cria uma atmosfera perfeita para as cenas dramáticas, passando a idéia de que somos nós que estamos na mira da espingarda. O filme despertou um gênero fundamental para o cinema que há tempos estava adormecido. Uma bela homenagem aos seus mestres!
Curiosidade: indicado a nove Oscars, em 1993, tendo ganho os de Melhor Filme, Direção, Ator Coadjuvante (Gene Hackman) e Edição.
Avaliação: ****

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