sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Elysium

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 109 min
Direção: Neill Blomkamp
Elenco: Matt Damon, Wagner Moura, Jodie Foster, Sharlto Copley e Alice Braga. 

Sinopse: no futuro, o mundo é dividido entre dois grupos: o Elysium, extremamente rico, e a Terra, pobre e em decadência. Para trazer de volta a igualdade entre as pessoas, um homem colocará em prática um plano ousado.

Crítica: a trama se passa na Terra de 2159, quando a escassez de recursos e a superpopulação fizeram do planeta um lugar completamente insalubre. As diferenças sociais chegaram ao ápice e os "bem-aventurados" financeiramente voaram longe do resto – para a estação espacial que dá nome ao filme.
O início do longa apresenta a infância de Max (Matt Damon) e Frey (Alice Braga) num orfanato. Ele promete levá-la para Elysium quando crescer.
Depois de alguns flashbacks e clichês, a história flui num bom ritmo, a representação das condições terrenas e da desumanização no tratamento das pessoas é um dos pontos altos e destacam-se também as cenas de lutas entre os militares da estação espacial Elysium e aqueles que tentam adentrá-la. A mistura entre agilidade e câmera lenta nas destruições de corpos e robôs é eficiente nas sequências. Em uma cena de humor negro, Max não alcança muitos resultados ao dialogar com um robô atendente.
No entanto, apesar de uma ótima ambientação dos dois mundos, ser um filme de ficção e levantar discussões interessantes, não é um trabalho impactante. Os personagens não têm muito espaço para aprofundamentos. Max vive o mártir, Spider (Wagner Moura) está um pouco caricato, mas surpreende pela importância do papel no filme, Jodie Foster exagera na personificação da tirana; e Alice Braga é ela mesma mais uma vez, com a mesma expressão de sofrida como em todos os filmes em que atuou.
Elysium, planeta onde vive os ricos, poderia ter sido mais explorado para prender a atenção do espectador. O melhor são as lutas com os robôs, que esmeram pela perfeição e o visual geral dos dois mundos.
Um entretenimento que vai frustrar parte das expectativas depositadas na produção.


Avaliação: ***

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42 – A História de uma Lenda (42)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Direção: Brian Helgeland
Elenco: Chadwick Boseman, Harrison Ford, Christopher Meloni e Alan Tudyk.

Sinopse: 1946. Jackie Robinson (Chadwick Boseman) é um jogador de beisebol que disputa a liga nacional dos negros até ser recrutado por Branch Rickey (Harrison Ford), o executivo de um time que disputa a maior competição do esporte nos Estados Unidos. Rickey quer que Robinson seja o primeiro negro a disputar a Major League na era moderna, o que faz com que ambos tenham que enfrentar o racismo existente não apenas da torcida e da diretoria, mas também dentro dos campos.

Crítica: histórias de heróis, de superações, de racismo não são novidade como tema. Mas a direção neste filme surpreende. Ser baseado na vida real de Jackie Robinson já ajuda, porém o ritmo dado à trama é dinâmico, sem muitas apelações emotivas (com exceção de algumas passagens) e Harrison Ford está irreconhecível no papel de Branch Rickey, executivo do time de beisebol.
A trajetória do atleta é árdua e passou por humilhações que poucos aguentariam: xingamentos, jogadores se recusando a jogar com eles, jogos sendo cancelados, técnicos sendo trocados por autoridade do governo que não queriam ver um negro jogando no time, hotéis se recusando a receber a equipe de jogadores, apenas porque havia um negro entre eles. A trama se passa logo após a Segunda Guerra Mundial, onde muitos ‘homens de cor’, como eram intitulados, lutaram defendendo os Estados Unidos. Mas, no retorno à casa, são obrigados a passar por privações, proibições, punições, usar banheiros exclusivos para negros, lugares exclusivos para assistir aos jogos. Uma discriminação absurda!
Com o apoio de Rickey, Jackie conseguiu um grande feito: foi o primeiro jogador afro-americano da Major League Baseball, o nível mais alto de jogo em beisebol profissional nos Estados Unidos da América. Em 15 de abril de 1947, Jackie Robinson rompe a "linha de cor" no beisebol americano.
Ao final do longa, aparecem as fotos reais do jogador, da equipe, do técnico, do executivo Rickey.
Vale a pena conferir.


Avaliação: ***

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Cine Holliúdy

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 91 min
Direção: Halder Gomes
Elenco: Edmilson Filho, Miriam Feeland e Roberto Bomtempo.

Sinopse: interior do Ceará, década de 1970. A popularização da TV permitiu que os habitantes da cidade desfrutassem de um bem até então desconhecido. Porém, o televisor afastou as pessoas dos cinemas. É aí que Francisgleydisson entra em ação. Ele é o proprietário do Cine Holliúdy, um pequeno cinema da cidade que terá a difícil missão de se manter vivo como opção de entretenimento.

Crítica: ‘Cine Holliúdy’ ganhou o circuito dos festivais nacionais e internacionais e, por onde passou, divertiu o público. E não é para menos. A história do sonhador Francisgleydisson (Edmilson Filho) e sua luta para manter um cineminha de interior frente ao avanço da TV é, além de engraçada, criativa e original.
Uma comédia simples, mas bem feita: o humor cativa o espectador, as falas são inteligentes, e as atuações (em boa parte) bem naturais. As cenas da plateia assistindo ao primeiro filme exibido por ele são muito boas. Depois, Francisgleydisson sobe ao palco e simula lutas marciais, como as exibidas na tela, e rouba a cena. Parece coisa de improviso e funciona bem. Nessa trajetória em defesa do cinema, ele tem o apoio da esposa e do filho.
No contexto, surgem as figuras caricatas: o prefeito safado, a primeira dama perua, os ‘capachos’ do prefeito, o padre engraçado, o esperto que não que pagar o ingresso, o cego que fala demais, entre outros.
O regionalismo é explorado ao máximo, com palavras e expressões típicas do Ceará, o que expõe a riqueza da diversidade cultural do nosso país.
A abertura e o final do filme são interessantes. Enfim, uma comédia brasileira para rir de verdade.


Avaliação: ***

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As Bem Armadas (The Heat)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 117 min
Direção: Paul Feig
Elenco: Sandra Bullock, Demian Bichir e Melissa McCarthy.

Sinopse: duas policiais muito diferentes e adeptas de métodos pouco ortodoxos precisam encontrar um gângster russo.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Dose Dupla (2 Guns)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 100 min
Direção: Baltasar Kormákur
Elenco: Denzel Washington, Mark Wahlberg e Paula Patton.

Sinopse: agente especial e perito em inteligência militar são contratados para roubar um banco. Mas descobrem que a tarefa é investigar um ao outro.

Crítica: até que para um filme desse gênero, o roteiro de Blake Masters (atuante em séries de TV) surpreende.
O filme diverte e tem um texto criativo, o que ajuda muito no ritmo da trama. Denzel Washington faz o papel de Denzel Washington com suas caras e bocas e jeito marcado de andar. Mas quem rouba a cena é Mark Wahlberg, ator pouco aproveitado no cinema americano. Ele esbanja carisma e faz um par perfeito com Washington em cenas e situações que garantem boas risadas.
O elenco de apoio traz atores como Fred Ward, Edward James Olmos e Bill Paxton (com um excelente papel canastrão) que reforçam a história. O mesmo não se pode dizer de Paula Patton cuja expressão não se altera em momento algum: seja drama ou comédia.
Momentos interessantes, tiroteios e uma boa edição de som garante a diversão para quem busca apenas um bom filme.


Avaliação: ***

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Reveron – Genialidade e Angústia de um Artista (Reveron)

País: Venezuela
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 111 min
Direção: Diego Rísquez
Elenco: Luigi Sciamanna, Sheila Monterola e Luis Fernandez.

Sinopse: entre 1924 e 1954, o grande artista plástico venezuelano Armando Reverón conviveu com Juanita, o grande amor de sua vida. O filme acompanha o romance entre os dois, a evolução do trabalho plástico de Reverón e o desenvolvimento de sua enfermidade mental, em um espaço mágico conhecido como El Castillete.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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A Família (Malavita)

País: Espanha/França
Ano: 2013
Gênero: Policial
Duração: 111 min
Direção: Luc Besson
Elenco: Robert De Niro, Tommy Lee Jones, Michelle Pfeiffer e Dianna Agron.

Sinopse: após entrar para o programa de proteção à testemunha, uma família americana ligada à máfia é transferida para a França. De início eles se adaptam à nova vida, mas aos poucos os velhos hábitos da máfia voltam à tona e eles passam a resolver os problemas que surgem a seu modo.

Crítica: nos primeiros minutos assiste-se a uma típica família americana chegando em sua nova residência no norte da França. Os filhos adolescentes de Fred Blake (Robert DeNiro) e Maggie (Michelle Pfeiffer) estão cansados e entediados no banco detrás do carro depois de onze horas de viagem.
Bom, as aparências enganam e a família não é tão pacata e tradicional assim. Fred, na verdade, se chama Giovanni Manzonni e está se refugiando na Normandia com a família sob custódia do programa de proteção a testemunhas do FBI.
Infelizmente, essa comédia de humor negro não traz outros grandes atrativos. Luc Besson (de Além da Liberdade), que já provou ser um ótimo diretor de tramas de ação, parece encontrar dificuldades em outros gêneros. O filme oscila entre situações que funcionam e outras tantas que soam forçadas, entre comédia sem graça e violência demais.
O conjunto poderia ter rendido mais se o roteiro tivesse se comprometido no desenvolvimento das motivações pessoais de cada personagem. Aqui, cada um é mais caricato que o outro.
O que resta é graça por graça, a diversão pela diversão. E, mesmo assim, para os menos exigentes, porque fazer humor negro não é tarefa fácil.


Avaliação: **

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Timor Leste – O Massacre que o Mundo Não Viu

País: Brasil
Ano: 2001
Gênero: Documentário
Duração: 80 min
Direção: Lucélia Santos
Elenco: -

Sinopse: três meses após deixar de ser uma colônia portuguesa em 1975, Timor Leste foi invadido pela vizinha Indonésia e seu povo sofreu durante 25 anos um dos massacres mais cruéis do século XIX. O Povo timorense resistiu bravamente às atrocidades cometidas pelo governo indonésio e ignorados pela opinião pública internacional. Um terço da população foi assassinada durante sua luta de independência. E após o povo timorense ter finalmente confirmado sua soberania num plebiscito supervisionado pela ONU em 1999, as tropas indonésias deixaram sua última marca: queimaram 90% do país. Lucélia Santos chegou ao Timor com sua equipe em 2000, um ano após a destruição e, registrou durante um mês a trágica situação do povo maubere. Timor Leste - O Massacre Que o Mundo Não Viu conta toda essa história, mostra a realidade de Timor Leste e a esperança de seu povo de um futuro melhor.

Crítica: eu sou suspeita para dar nota a documentários, porque simplesmente adoro filmes desse gênero.
Eu já havia lido a biografia de Sérgio Vieira de Melo onde parte do livro é dedicada ao tempo que passou no país, de novembro de 1999 a maio de 2002, como administrador de transição da ONU. O país havia, enfim, se tornado independente após 24 anos de ocupação indonésia.
A violência cometida durante esse período e, ainda após, quando os indonésios não aceitaram a votação do povo pela independência, é retratada no filme. Pessoas que perderam quase tudo, inclusive a dignidade, e que sobreviveram ao horror dão depoimentos valiosos. Testemunhos de autoridades como Xanana Gusmão, que lutou pela independência e foi o primeiro presidente depois da libertação do jugo indonésio; do próprio Sérgio (já falecido em um atentado contra a ONU em 2003); dentre outros.  
As imagens muito fortes foram feitas durante um mês por Lucélia Santos e sua equipe, logo após a declaração da independência. O texto é simples, mas suficiente para mostrar as brutalidades das quais o homem é capaz de fazer com uma arma na mão e sob o domínio de um ditador.
O povo timorense foi valente e muitas vidas foram perdidas nos movimentos de resistência. Mas, hoje, podem de cabeça erguida dizer que venceram. O preço foi alto: duzentas mil vítimas de combates e chacinas; as forças policiais e militares usavam, de forma sistemática e sem qualquer controle, meios brutais de tortura; a população rural, nas áreas de maior disputa com a guerrilha, era cercada em "aldeias de recolonização"; mulheres foram estupradas (inclusive feridas em hospitais) e submetidas à esterilização forçada. Todo tipo de manifestação era impedido e motivo para mais mortes.


Avaliação: ***

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Rush – No Limite da Emoção (Rush)

País: EUA/Alemanha/Reino Unido
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 123 min
Direção: Ron Howard
Elenco: Chris Hemsworth, Daniel Brühl, Alexandra Maria Lara, Olivia Wilde e Pierfrancesco Favino.

Sinopse: anos 1970. O mundo sexy e glamouroso da Fórmula 1 é mobilizado principalmente pela rivalidade existente entre os pilotos Niki Lauda e James Hunt. Eles possuíam características bem distintas: enquanto Lauda era metódico e brilhante, Blunt adotava um estilo mais despojado, típico de um playboy. A disputa entre os dois chegou ao seu auge em 1976, quando ambos correram vários riscos dentro do cockpit para que pudesse se sagrar campeão mundial de Fórmula 1.

Crítica: o longa belamente dirigido por Ron Howard (mesmo diretor de “Uma Mente Brilhante”) merece todas as atenções. Longe de ser exclusivo a amantes da Fórmula I, a trama conta a rivalidade sem limites entre dois pilotos, Niki Lauda (austríaco) e James Hunt (inglês), nos anos 70.
Detalhes da vida pessoal dos dois rivais são mostrados ao espectador. É impossível não se envolver. O roteiro é excelente e representa as cenas de corrida com maestria, inclusive a que quase custou a vida do austríaco Lauda, em 1976, no circuito de Nurburgring, na Alemanha.
De temperamentos opostos, a rixa é levada para as pistas numa época em que não havia segurança alguma, tanto que muitos morriam. Era uma emoção total: a vida por uma corrida.
Não apenas Lauda e Hunt são retratados com incrível autenticidade, como personagens laterais no roteiro, a exemplo de Clay Regazzoni, companheiro do austríaco na Ferrari, Louis Stanley, dono da BRM, e Teddy Mayer e Alistair Caldwell, à época, dirigentes da McLaren.
As sequências do acidente de Lauda e sua recuperação também são brutalmente realistas e duras de assistir, sem pieguice e diálogos melodramáticos. O trabalho de maquiagem na reconstrução das queimaduras sofridas pelo ex-piloto no incêndio de Nurburgring é excepcional.
O clímax do filme no GP do Japão, em Fuji, também merece destaque, não apenas pelas grandes cenas de ação, como a atenção dada ao ruído industrial dos motores dos anos 70 e da troca de marchas. Tudo descrito de forma meticulosa, totalmente fiel ao que ocorreu.
Entre os atores, Brühl é certamente o destaque da película. O protagonista de ‘Edukators’ e 'Adeus, Lênin' incorporou o sotaque e os maneirismos de Nick Lauda e a interpretação ficou fidedigna, assim como a semelhança com o ex-piloto.
Hemsworth (Hunt) também impressiona no papel de Hunt, o que é uma surpresa tendo em vista seus trabalhos até então: Thor, Star Trek, Os Vingadores, entre outros do gênero.
As duas horas de filme valem o ingresso.

Avaliação: ****

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A Religiosa (La Religieuse)

País: França/Bélgica/Alemanha
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 114 min
Direção: Guillaume Nicloux
Elenco: Pauline Étienne, Isabelle Hupert, Martina Gedeck, Agathe Bonitzer, Marc Barbé e Louise Bourgoin.

Sinopse: no século XVII, a jovem Suzanne (Pauline Étienne) sonha em ter uma vida livre, mas seus pais têm outros planos para ela: colocá-la em um convento. Embora resista aos planos, Suzanne é forçada a seguir a preparação para a vida religiosa, entre madres superiores tirânicas, e outras carinhosas em excesso. Aos poucos, a jovem começa a preparar seu plano de fuga. Remake do filme de 1966, adaptado do romance de Denis Diderot.

Crítica: adaptado pela segunda vez para o cinema, o romance agora ganha uma produção esmerada, com bela fotografia, e uma atuação impressionante de Pauline Etienne (protagonista Suzanne). O foco está na psicologia das personagens. Suzanne é obrigada a ir para um convento por questões econômicas e, também, por um erro da mãe no passado.
A releitura mantém a crítica às conveniências da sociedade hipócrita e à instituição religiosa que vai contra o que se prega: amor ao próximo, generosidade, compreensão.
A trama é equilibrada entre a tortura infringida à Suzanne e as denúncias feitas ao rigor do sistema religioso.
Vale destacar a atuação de Isabelle Huppert (sempre brilhante) como madre superiora do segundo convento para onde Suzanne é levada. Sua personagem lida com dúvidas e tormentos de alguém que não está ali por livre e espontânea vontade.
Um clássico! Vale a pena conferir.


Avaliação: ****

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Boa Sorte, Meu Amor

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 95
Direção: Daniel Aragão
Elenco: Vinicius Zinn, Christiana Ubach e Maeve Jinkings.

Sinopse: Dirceu vê a necessidade de mudar o estilo de vida quando conhece Maria, uma estudante de música com alma de artista.

Crítica: Pernambuco tem sido uma surpresa na cinematografia brasileira, não só pelas boas histórias, mas pelo jeito original de se fazer filme. O excelente “O Som ao Redor” deixou marcas.
Agora, outro diretor, Daniel Aragão esbanja talento nesse que é seu primeiro longa-metragem.
Com uma narrativa diferente, todo filmado em preto e branco e uma trilha sonora caprichada, a trama tem início com uma conversa entre pai e filho (Dirceu) numa fazenda no interior de Pernambuco, onde o pai conta a história de amor entre o avô e uma escrava.
O filho que mora na cidade logo conhecerá uma moça (Maria) por quem se apaixonará loucamente. Ela, de família rica, vive longe dos pais e vai ganhando a vida fazendo bicos, mas tem como sonho ser uma grande pianista.
Dirceu e Maria tem formas diferentes de pensar e ver a vida, mas acabam se aproximando.
Enquanto a história se desenrola, cenas da cidade de Recife são mostradas (a fotografia é espetacular) e críticas à sociedade machista são pinceladas a cada momento.
Um trabalho interessante que deveria estar presente em mais salas de cinema do país.


Avaliação: ***

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Jobs

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Biografia
Duração: 127 min
Direção: Joshua Michael Stern
Elenco: Ashton Kutcher, Josh Gad, Annika Bertea, Dermot Mulroney, James Woods, Matthew Modine, J. K. Simmons, Lukas Haas e Elden Henson.

Sinopse: a história da ascensão de Steve Jobs, de rejeitado no colégio até tornar-se um dos mais reverenciados empresários do universo da tecnologia no século 20. A trama passa pela jornada de autodescobrimento da juventude, pelos demônios pessoais que obscureceram sua visão e, finalmente, pelos triunfos que transformaram sua vida adulta.

Crítica: o mundo como hoje conhecemos deve muito a uma figura polêmica, competitiva, inteligente e propensa a constantes reinvenções: Steve Jobs. Em meados dos anos 1970, ele previu que as pessoas no futuro usariam o computador como extensão de seus corpos. Mais ainda: seriam dependentes dessa extensão, aprimorada e diminuída em formatos de celulares, tablets, aplicativos e jogos alienantes. Acertou em cheio.
O fundador da Apple vivido por Ashton Kutcher é um homem autocentrado na ideia de sucesso a qualquer preço e, por vezes, mesquinho. Vive unicamente em função do trabalho e abandona pessoas com quem viveu e trabalhou.
Esse retrato quase unilateral, que não exprime a dimensão do seu personagem, talvez se dê em parte porque o filme não pôde utilizar como fonte a biografia oficial de Jobs, cujos direitos pertencem a outro estúdio.
O espectador não conhece Steve Jobs (salvo em raros momentos) fora do ambiente de trabalho. A trama retrata um acontecimento marcante de sua vida, ou uma consequência imediata. Se o filme tivesse mostrado mais do Steve Jobs humano, no cotidiano, haveria mais envolvimento com quem está na plateia. Mas o que nos é apresentado é apenas o ‘monstro’ ou o ‘visionário’.
Em compensação, o escritor fez a escolha certa ao focar a história entre a fundação da Apple e a apresentação do iPod. A atuação esforçada de Ashton Kutcher merece aplausos, mas esbarra no roteiro incompleto. Surgem lacunas no filme quando, por exemplo, Jobs sendo um filho adotado corta relações com sua namorada grávida e, depois, ainda permanece anos sem vê-la. Além disso, o desligamento de Jobs da Apple e sua triunfal volta à empresa poderia ter sido melhor explorado.
Os atores coadjuvantes estão em sintonia, porém têm pouco espaço para crescer e acrescentar à personalidade do protagonista.
Mas o gênio é de grande dimensão e reconhecemos que é difícil filtrar tudo em duas horas de tela. Outras cinebiografias devem fazer jus à sua obra. Vamos aguardar.


Avaliação: ***

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Lovelace

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Biografia
Duração: 93 min
Direção: Rob Epstein e Jeffrey Friedman
Elenco: Amanda Seyfried, Peter Sarsgaard e Sharon Stone.

Sinopse: cinebiografia de Linda Lovelace (Amanda Seyfried), a protagonista do clássico do gênero pornô "Garganta Profunda".

Crítica: o filme é uma versão comportada e sensível da vida da atriz pornô que foi a musa da liberação sexual dos anos 70. Mas ela fez muito mais do que isso: lutou durante anos contra a pornografia e a violência doméstica (foi abusada pelo próprio marido). ‘Lovelace’ vale por mostrar, ou relembrar, ao mundo esse lado da polêmica atriz, mas não se aprofunda muito nos eventos posteriores ao filme produzido na época.
O longa se sustenta na boa interpretação de Amanda Seyfried, que se entregou totalmente ao papel e interpreta uma Linda Lovelace delicada, repleta de dramas e frustrações na carreira de atriz pornô. Os outros atores também têm boas atuações, como Peter Sarsgaard (Chuck, o marido de Linda), James Franco (o playboy Hugh Hafner), Sharon Stone (irreconhecível como a mãe de Linda), Adam Brody, Chris Noth, Bobby Cannavale e Hank Azaria.
A direção é boa, mas exagerou no excesso de flashbacks, não demarcando bem as transições entre passado e presente.
Fora a performance de Amanda, os destaques ficam por conta da narrativa e da fotografia/cenografia. Tudo retratado com eficiência, criando o clima dos anos 70: figurino, cenário, cidades, veículos e até mesmo os cinemas são muito bem retratados.
‘Garganta Profunda” tornou-se um divisor de águas na indústria pornográfica e, como muitos consideram, do cinema em geral. Toda essa repercussão deve-se ao fato de que a produção rendeu cerca de 600 milhões de dólares em todo o mundo, virou símbolo da liberdade sexual e alçou a pornografia, até então restrita à marginalidade, a um status social de entretenimento legítimo.


Avaliação: ***

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Invocação do Mal (Conjuring)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Terror
Duração: min
Direção: James Wan
Elenco: Vera Farmiga e Patrick Wilson.

Sinopse: família chama demonologistas para enfrentar uma entidade demoníaca poderosa, que demonstra ser a maior ameaça.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Aviões (Planes)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Animação
Duração: min
Direção: Klay Hall
Elenco: Carlos Alazraqui, Dane Cook e Stacy Keach.

Sinopse: Dusty é um avião que tem medo de altura e sonha em participar de corridas internacionais.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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O Ataque (White House Down)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 131 min
Direção: Roland Emmerich
Elenco: Channing Tatum, Maggie Gyllenhaal, Joey King, Jamie Foxx e James Woods.

Sinopse: o policial John Cale tinha o grande sonho de entrar para a equipe do serviço secreto que protege o presidente dos Estados Unidos, mas vê sua intenção ir por água abaixo quando não é aprovado na seleção. Sem saber como dar a notícia para sua filha, ele a leva para um passeio à Casa Branca. O que John não esperava era que neste mesmo dia o local fosse atacado por um grupo paramilitar fortemente armado. Com o governo tendo que enfrentar o caos na nação e o relógio correndo, cabe a John encontrar algum jeito de salvar o presidente do ataque.

Crítica: apesar de ser similar ao recente lançamento “Invasão à Casa Branca”, é melhor que este na construção de cenários e na história, ainda que carregada de coincidências, clichês e reviravoltas improváveis. Mas cinema americano é assim em geral. Sem elas, não haveria filme.
Os personagens também são mais cativantes e, aqui, o grupo paramilitar americano é inimigo do estado.
Channing Tatum é John Cale, policial do congresso determinado a impressionar sua estranha filha Emily, cujo ídolo é o presidente (Jamie Foxx) dos EUA. Imediatamente depois do rapaz ser entrevistado para o Serviço Secreto, a Casa Branca é tomada por extremistas e cabe a ele resgatar o presidente, sua filha e salvar o país. Depois, tudo é previsível: o herói apanha o tempo inteiro, a criança esperta engana os terroristas e o gabinete de crise é incapaz de lidar com problemas.
Até que o longa não exagera nas cenas de explosões e sim nos combates corpo a corpo em locais pequenos. A dupla Tatum e Foxx estão em total sintonia, lembrando Mel Gibson e Danny Glover na primeira versão de ‘Máquina Mortífera’ – pessoas com passados diferentes, que se tornam amigos diante das dificuldades.
Mesmo com algumas incoerências, é possível se divertir com o filme que não poupa o patriotismo exagerado, tão comum nos filmes do Tio Sam.


Avaliação: ***

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Tabu

País: Portugal/Brasil/Alemanha/França
Ano: 2012
Gênero: Ficção
Duração: 110 min
Direção: Miguel Gomes
Elenco: Teresa Madruga, Laura Soveral, Ana Moreira, Henrique Espírito Santo, Carloto Cotta, Isabel Cardoso, Ivo Müller e Manuel Mesquita.

Sinopse: uma idosa temperamental, a empregada cabo-verdiana e uma vizinha dedicada a causas sociais partilham o mesmo andar em um prédio em Lisboa. Quando a primeira morre, as outras duas passam a conhecer um episódio do seu passado: uma história de amor e crime passada numa África de filme de aventura.

Crítica: Tabu é uma obra difícil de descrever, mas é um daqueles filmes que você vai lembrar muito tempo depois, não só pela história em si, mas pela forma como é apresentado.
O título já é algo que instiga a curiosidade. A trama começa mostrando alguém que você pensa que será o centro da história, mas não é. Em seguida, percebe-se que o foco é outro completamente diferente. Além disso, o longa foi filmado de maneira pouco usual para os padrões atuais: em janela 4:3, com um granular diferenciado e totalmente em preto em branco, além de partes em 16mm. Todos estes recursos são usados com perfeição e são justificados a cada movimento de câmera.  
O roteiro é uma releitura do clássico homônimo de 1931, assinado por F.W. Murnau e Robert Flaherty, no entanto existe uma inversão clara de valores. Ambos se dividem em dois capítulos: Paraíso e Paraíso Perdido, o original segue esta ordem, enquanto a produção de Miguel Gomes caminha na direção contrária.
A primeira parte de Tabu é situada na Lisboa contemporânea e apresenta a personagem Pilar, uma mulher de meia idade engajada em diversas causas sociais. De início, acredita-se que ela será o centro da trama, mas logo percebemos que o foco é sua vizinha, uma idosa viciada em jogos, com ideias mirabolantes, beirando a loucura.
Esta é Aurora. De rotina solitária, divide o apartamento com sua empregada cabo-verdiana Santa, uma mulher “linha dura” que segue à risca as orientações da filha de sua patroa. Aliás, o humor não proposital de Santa é o ponto alto do primeiro capítulo. Com respostas secas, ela consegue estabelecer grandes transições entre comédia e drama.
Graças a um delírio da idosa conhecemos o seu antigo amante: Ventura. Ele é o responsável por iniciar um grande flashback ao paraíso dos dois, a África Colonial. Nesse segundo momento, o filme deixa a comédia de lado e assume uma postura mais dramática. A narrativa agora é outra, a voz de Ventura convida a todos para descobrir os pecados do casal e os motivos que culminaram em sua expulsão deste local. E muitas surpresas virão.
A edição de som é primorosa, com um rigor técnico que impressiona. Na maior parte do longa, o áudio dos personagens é retirado, restando apenas o som ambiente e os movimentos dos lábios, tornando-se um verdadeiro e eficiente filme mudo. O entendimento da história não é prejudicado e, pelo contrário, torna-se até mais claro e vigoroso. A trilha sonora mescla ritmos africanos e uma balada dos Ramones que são muito bem executados nas cenas.
Miguel Gomes tem um trabalho realmente incomum e ainda prova que é possível conciliar perfeição técnica e poesia no cinema. ‘Tabu’ foi apresentado em diversos festivais internacionais de cinema. Outro sucesso do cineasta é: ‘Aquele Querido Mês de Agosto’, eleito o Melhor Longa-Metragem pela crítica na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2008.
Apesar do ritmo lento, o enredo consegue capturar o espectador desacostumado com suas obras e envolver todos os cinéfilos de plantão.

Avaliação: ****

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A Filha do Meu Melhor Amigo (The Oranges)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia dramática
Duração: 90 min
Direção: Julian Farino
Elenco: Hugh Laurie, Leighton Meester e Adam Brody.

Sinopse: a família Walling e a família Ostroff sempre foram muito próximas. Durante as férias, a jovem Nina Ostroff volta para a casa, depois de passar cinco anos distante dos pais. Para a surpresa de todos, ela se apaixona por David Walling, homem muito mais velho do que ela. Esta nova relação afeta a amizade entre as famílias.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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One Direction: This Is Us

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Documentário
Duração: 92 min
Direção: Morgan Spurlock
Elenco: Liam Payne, Harry Styles e Zayn Malik

Sinopse: o documentário registra a banda pop britânica One Direction em uma apresentação ao vivo. O grupo é formado por Harry Styles, Liam Payne, Louis Tomlinson, Zayn Malik e Niall Horan.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Cabaré Biblioteca Pascal

País: Hungria/Alemanha
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 111 min
Direção: Szabolcs Hajdu
Elenco: Orsolya Török-Illyés, Oana Pellea e Razvan Vasilescu.

Sinopse: a cigana Mona vive nas ruas da Hungria ganhando a vida como artista. Ela vai precisar convencer uma assistente social de que pode ser uma mãe responsável se quiser recuperar a guarda de sua filha. Para isso, a andarilha irá contará histórias fantásticas que ultrapassam as fronteiras da realidade. Mona constrói um mundo de sonhos e ilusões para tentar amenizar a dor que sofreu por toda a vida.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Os Estagiários (The Internship)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 120 min
Direção: Shawn Levy
Elenco: Vince Vaughn, Owen Wilson e Rose Byrne.

Sinopse: quando são demitidos, dois homens na casa dos quarenta anos de idade (Vince Vaughn e Owen Wilson) começam a procurar por novas alternativas de trabalho. Apesar de não conhecerem nada de mídias digitais, eles são contratados como estagiários em uma grande empresa de produtos eletrônicos, onde devem conviver com chefes vinte anos mais novos do que eles.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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O Verão do Skylab (Le Skylab)

País: França
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 113 min
Direção: Julie Delpy
Elenco: Julie Delpy, Lou Alvarez, Eric Elmosnino, Noémie Lvovsky, Bernadette Lafont, Vincent Lacoste e Emanuelle Riva.

Sinopse: durante o aniversário de uma bisavó, toda a família se reúne na Bretanha. A festa marca o encontro entre as pessoas mais diferentes, que não se encontravam há anos, incluindo o tio traumatizado pelas experiências na guerra, a garota pré-adolescente que espera encontrar o primeiro amor, a tia que não suporta mais o imenso apetite sexual do marido, o tio de esquerda e um outro, de direita, o adolescente que deseja ser considerado adulto e mesmo um avô com tendências suicidas. Enquanto isso, a televisão anuncia a passagem do Skylab nos céus, um enorme satélite que pode se chocar com a Terra.

Crítica: Julie Delpy tem criatividade e uma boa mão para diálogos de filmes, mas aqui a história não decola a ponto de segurar a atenção de quem está na poltrona do cinema.
No meio do filme, já estamos cansados. Os encontros familiares, tão retratados nos longas franceses, aqui perdem o ritmo, se é que em algum momento os atinge.
A protagonista infantil Albertine (Lou Alvarez) está bem no papel, assim como o pai Jean (Eric Elmosnino), marido de Anna (Julie Delpy, que também atua no longa como mãe de Albertine). Aliás, o ator rouba a cena certas vezes e com muita naturalidade. Naturalmente engraçado.
Os demais (é gente demais na família) não têm o espaço suficiente para marcar sua presença, mesmo muitos sendo bem conhecidos na cinematografia do país. Nas discussões, temas políticos, relação com filhos, situações mal resolvidas, envelhecimento, são assuntos levemente abordados, mas nada muito profundo.
Pode ser um passatempo, mas longe de ser um filme imperdível!


Avaliação: **

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O Círculo (EL Circulo)

País: Uruguai/Chile/Alemanha
Ano: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 75 min
Direção: José Pedro Charlo
Elenco: -

Sinopse: o filme trata da vida do militante tupamaro e médico Henry Engler. De origem sueca, Henry era um neurologista conhecido por suas descobertas sobre a doença de Alzheimer. Seu passado vem à tona neste filme que mostra um outro lado do médico: a militância no grupo guerrilheiro Tupamaro, do qual foi um dos principais líderes, responsável pela organização de assaltos, sequestros e até mortes. Preso por doze anos, passou onze deles em isolamento total, constantemente deslocado de prisão e submetido a torturas e ameaças, em plena ditadura militar. O diretor recorre a lugares significativos da vida de Engler depois de 1973, em particular os quartéis onde foi preso, o Centro Imanet de Uppsala e Bella Unión. Ali o personagem tem encontro com militantes da esquerda uruguaia. Nesse trajeto, relembra diversos casos sobre as condições de cativeiro e a relação com seus carcereiros.

Crítica: a história é interessante e até lembra um pouco a do Che Guevara, mas com menos glamour, claro.
O documentário faz uma retrospectiva da vida do médico-guerrilheiro (hoje exercendo a profissão médica na Suécia), ouvindo seu depoimento e dos seus companheiros da época.
O problema é que alguns depoimentos são mornos e não acrescentam muita emoção à trama. Faltam, também, fotos da época e imagens de arquivo que tornassem os relatos mais reais. Esses recursos sempre ajudam mais a envolver os espectadores e a ausência deles pesou contra o filme.


Avaliação: **

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O Ataque (White House Down)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 131 min
Direção: Roland Emmerich
Elenco: Channing Tatum, Maggie Gyllenhaal, Joey King, Jamie Foxx e James Woods.

Sinopse: o policial John Cale tinha o grande sonho de entrar para a equipe do serviço secreto que protege o presidente dos Estados Unidos, mas vê sua intenção ir por água abaixo quando não é aprovado na seleção. Sem saber como dar a notícia para sua filha, ele a leva para um passeio à Casa Branca. O que John não esperava era que neste mesmo dia o local fosse atacado por um grupo paramilitar fortemente armado. Com o governo tendo que enfrentar o caos na nação e o relógio correndo, cabe a John encontrar algum jeito de salvar o presidente do ataque.

Crítica: apesar de ser similar ao recente lançamento “Invasão à Casa Branca”, é melhor que este na construção de cenários e na história, ainda que carregada de coincidências, clichês e reviravoltas improváveis. Mas cinema americano é assim em geral. Sem elas, não teria trama.
Os personagens também são mais cativantes e, aqui, o grupo paramilitar americano é inimigo do estado.
Channing Tatum é John Cale, policial do congresso determinado a impressionar sua estranha filha Emily, cujo ídolo é o presidente (Jamie Foxx) dos EUA. Imediatamente depois do rapaz ser entrevistado para o Serviço Secreto, a Casa Branca é tomada por extremistas e cabe a ele resgatar o presidente, sua filha e salvar o país. Depois, tudo é previsível: o herói apanha o tempo inteiro, a criança esperta engana os terroristas e o gabinete de crise é incapaz de lidar com problemas.
Até que o longa não exagera nas cenas de explosões e sim nos combates corpo a corpo em locais pequenos. A dupla Tatum e Foxx estão em total sintonia, lembrando Mel Gibson e Danny Glover no primeiro Máquina Mortífera – pessoas com passados diferentes, que se tornam amigos diante das dificuldades.
Mesmo com algumas incoerências, é possível se divertir com o filme que não poupa o patriotismo exagerado, tão comum nos filmes do Tio Sam.


Avaliação: ***

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Se Puder, dirija!

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 84 min
Direção: Paulo Fontenelle
Elenco: Luiz Fernando Guimarães, Lavínia Vlasak, Leandro Hassum e Barbara Paz.

Sinopse: João trabalha como manobrista de estacionamento, está separado de Ana e virou    pai ausente de Quinho. Infeliz no amor e na família, ele quer reverter esse cenário e promete para a ex que irá passar um dia daqueles com o filhão. Para isso, ele resolve pegar "emprestado" o carro de uma fiel cliente do estacionamento onde trabalha com Ednelson. O problema é que a saidinha simples acabou virando uma complicada aventura. Agora, João precisa devolver o carro antes que sua dona descubra que seu carro saiu para "passear" com outro motorista, mas a tarefa não vai ser nada fácil para eles.

Crítica:

Avaliação: **

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No Lugar Errado

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 84 min
Direção: Guto Parente, Luiz Pretti e Pedro Diógenes
Elenco: Márcio Minervino, Micheli Santini e Súlian Princivalli.

Sinopse: quatro grandes amigos se reúnem após um longo período de tempo e, após alguns drinks e conversas, fatos incômodos sobre as relações deles começam a surgir.

Crítica: o ponto de partida para o filme é a peça Eutro, de Rodrigo Fischer. E tanto quanto no teatro o cenário também é simples: dois puffs, algumas almofadas, latas de cerveja, dezenas de cigarros e quatro atores. Ali, se reflete sobre o vazio e a existência.
A trama se passa durante a noite na qual Fred e sua namorada recebem um casal de amigos para uma festa. O reencontro exaltado após a longa viagem dos visitantes se transforma aos poucos: a saudade dá lugar a uma rede de histórias complexas, vínculos feitos e desfeitos, amizade, sexo e amor entrelaçados de forma confusa. Enfim, os quatro começam a lavar a roupa suja.
O ambiente escuro e a fotografia em preto-e-branco engolem os personagens. Às vezes, vê-se apenas pedaço de um ou de outro. A câmera fica imóvel quando um deles sai de cena. Pernas, braços ou olhares ganham a atenção da câmera quando menos se espera. Assim, vemos o que não costuma ser mostrado nas telas. Esse experimentalismo faz de ‘No Lugar Errado’ uma obra que sai da mesmice.
O diretor mantém o foco principalmente no sentimento de tensão entre os personagens, que desenvolvem diálogos interessantes, pouco óbvios, mas que caem diversas vezes em dramas exagerados. Ações e reações parecem fazer parte de um jogo adolescente e não conseguem ser justificadas pela quantidade de álcool ingerido, apesar de o roteiro induzir a isso.
Exibido na 35ª edição da Mostra de São Paulo, é o terceiro filme do grupo composto por Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diogenes e Ricardo Pretti. Os outros foram: ‘Estrada para Ythaca’ e ‘Os Monstros o antecedem’.


Avaliação: ***

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O Casamento do Ano (The Big Wedding)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 89 min
Direção: Justin Zackham
Elenco: Robert De Niro, Robin Williams, Diane Keaton, Katherine Heigl e Amanda Seyfried.

Sinopse: Missy e Alejandro se conhecem desde pequenos e estão prestes a se casar. Al, como é chamado pelos mais íntimos é adotado e fica feliz com a notícia de que sua mãe biológica irá ao seu casamento. Mas tem um problema... Ela é muito religiosa e não acredita no divórcio. Com isso, o jovem pede para seus pais adotivos, divorciados há anos, para fingirem que vivem juntos e felizes.

Crítica: um elenco caro num filme completamente dispensável. A comédia que apela para estereótipos e clichês nem sequer faz rir. Usa uma fórmula ultrapassada e enfadonha. Infelizmente, o dinheiro no cinema, às vezes, se presta a isso: lançar histórias desprezíveis no cinema.
Ellie (Keaton) volta a casa na qual morou e criou seus filhos para o casamento de um deles, Alejandro (Ben Barnes). Lá vivem seu ex-marido, Don (De Niro), e sua nova mulher Bebe (Sarandon), que um dia foi a melhor amiga de Ellie. Chegam também para o casamento os irmãos de Alejandro, Lyla (Heigl) e Jared (Topher Grace).
O conflito central se dá quando Don e Ellie têm de fingir serem casados novamente para não desagradar a mãe biológica de Alejandro, uma colombiana religiosa que chega aos Estados Unidos para a cerimônia. Para os roteiristas, colombianos não aceitam a separação por serem cristãos. "É uma tradição no país deles", diz um personagem a certa altura. Que os americanos têm profundo desconhecimento sobre a América Latina, já sabemos. Mas achar que, em pleno século 21, alguém ainda veja o divórcio como pecado é de doer.
E por aí vai. Tudo vai piorando. Nada salva: nem atuações nem os diálogos, vergonhosamente mal escritos.


Avaliação: *

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