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segunda-feira, 20 de abril de 2020

Viajante da Meia-Noite (Midnight Traveler)

País: EUA/Qatar/Reino Unido/Canadá
Ano: 2019
Gênero: Documentário
Duração: 88 min
Direção: Hassan Fazili
Elenco: -

Sinopse: um relato em primeira pessoa da saga do diretor afegão Hassan Fazili e sua família na busca por asilo. Depois de ter chamado a atenção dos fundamentalistas com um documentário sobre os combatentes altamente armados do Taliban, em 2015, o grupo islâmico coloca uma recompensa pela cabeça de Fazili. Não tendo outra opção senão fugir com sua esposa e duas filhas, ele narra com precisão as agruras pelas quais os refugiados passam diariamente, em vários pontos do mundo.

Crítica: o documentário filmado somente com três celulares é sensacional. O "nome" faz juz às inúmeras viagens feitas na calada da noite ou pelo fato de a família de Hassan Fazili dormir ao relento.
Hassan é cineasta e entrevistou, para um dos seus filmes, um ex-combatente do Talibã. Ao revelar segredos, despertou a ira do grupo extremista e precisou fugir do Afeganistão com sua esposa (também cineasta) e seus dois filhos. Caso contrário, seriam mortos.
Passou por vários campos de refugiados na Europa durante alguns anos. No caminho, de um país a outro, caronas e noites a céu aberto. Fome, sede, frio, medo, insegurança e incertezas. Os filhos adolescentes sofrem com a instabilidade, a mudança constante e a ausência de uma lar de verdade.
Ainda que as condições nos campos não sejam ótimas, é melhor do que dormir na rua. O problema é a longa espera por asilo em algum país do mundo e a xenofobia. Na Bulgária, ocorre o caso mais extremo. Agressão quando tentam ir a um mercadinho; protestos contra a presença deles e de outros imigrantes na frente do campo e o injusto aprisionamento deles (quando quem deveria ter sido detido era o grupo de “nazis”).
Por fim, Hassan e seus familiares conseguem asilo na Alemanha.
O documentário “caseiro” capta bem a dor de não se estar em casa, o processo de adaptação da família aos locais e às situações, o crescimento dos filhos, os questionamentos sobre o futuro.

Avaliação: ***

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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Teerã: Cidade do Amor (Tehran: City of Love)

País: Irã/Reino Unido/Holanda
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: Ali Jaberansari
Elenco: Forough Ghajabagli, Mehdi Saki e Amir Hessam Bakhtiari.

Sinopse: o que um ex-campeão de fisiculturismo, a secretária de uma clínica de beleza acima do peso e um cantor religioso cabisbaixo têm em comum? Todos eles, por mais diferentes que possam ser ou parecer, estão desencantados com a vida e anseiam por amor e conexão em uma cidade que não os acolhe.

Crítica: uma mulher trabalha em uma clínica de estética e "brinca" com alguns homens da lista de clientes como se fosse outra pessoa, mudando sua voz no telefone para parecer mais sexy e marcar encontros que nunca acontecem; um cantor de funeral se separa da noiva e busca mudar de área na música, indo para casamentos; e um personal trainer, outrora tri-campeão de bodybuilding, encontra um jovem talentoso que também desperta um interesse amoroso.
Esses três personagens poderiam estar em qualquer lugar do mundo. O retrato da trama é a solidão, é estar só mesmo havendo pessoas ao lado, é a busca do amor (todo tipo de amor) e a falta de reciprocidade.
As histórias sensíveis e bem construídas (e ainda com boa dose de humor) nos trazem reflexão, dor e identificação. Não há julgamentos ali. Todos buscam o mesmo: ser amado. Mas como? Todos os caminhos parecem tortuosos. Sofremos quando os personagens sofrem com as decepções. As alegrias duram pouco. Por que amar e ser amado é tão difícil? Por que buscamos isso constantemente?
A conexão entre o que sentimos e desejamos e o que conseguimos parece nunca ocorrer.
Os enredos são muito criativos. Os diálogos são tocantes. E os atores passam a mensagem, com total naturalidade.
Um filme para ver e repassar adiante.

Avaliação: ****

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domingo, 5 de abril de 2020

O Poço (El Hoyo)

País: Espanha
Ano: 2019
Gênero: Ficção
Duração: 94 min
Direção: Galder Gaztelu-Urrutia
Elenco: Ivan Massagué, Zorion Eguileor, Alexandra Masangkay, Antonia San Juan e Emilio Buale.

Sinopse: dentro de um sistema prisional vertical, os presos são designados para um determinado nível e forçados a racionar alimentos a partir de uma plataforma que se move entre os andares. “O Poço" é uma alegoria social sobre a humanidade em sua forma mais sombria e faminta.

Crítica: "Se todos comessem apenas o que precisam, a comida chegaria ao andar mais baixo". Tal afirmativa resume bem a ideia do filme, que é difícil de assistir.
Com diálogos fortes e imagens por vezes asquerosas, o longa traz à tona a realidade que não queremos ver e uma mensagem incrivelmente atual, para o mundo todo. O egoísmo extremado, o desejo de posse, o desrespeito ao outro, a ganância, a gula, a fúria, o desespero. O que somos capazes de fazer quando em circunstâncias extremas? Até que ponto mantemos a nossa civilidade? Até quando somos humanos? O que nos transforma em animais?
A história tem um cenário sombrio e se passa dentro de uma estranha construção, como um prédio com um poço no meio, pelo qual pessoas recebem comida em uma plataforma que desce do andar mais alto ao mais baixo.
O que começa como um banquete luxuoso vai descendo de andar em andar. Assim, quem está abaixo se alimenta dos restos de quem está acima. Ou seja, quanto mais inferior o seu nível, menos você come.
Uma crítica à ostentação e à verticalidade social. Parece familiar, não?

Avaliação: ****

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quarta-feira, 25 de março de 2020

As Amigas (Le Amiche)

País: Itália
Ano: 1955
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Michelangelo Antonioni
Elenco: Eleonora Rossi Drago, Gabriele Ferzetti e Valentina Cortese.

Sinopse: após passar uma temporada em Turim, uma jovem mulher retorna para sua cidade natal para abrir um novo empreendimento no ramo da moda e se envolve com uma mulher perturbada - e seus amigos ricos.

Crítica: Antonioni nos leva à reflexão sobre a sociedade italiana dos anos 1950 por meio das relações de Clelia e um grupo de amigas problemáticas e, sem dúvida, prende nossa atenção do início ao fim.
O foco é: “qual o propósito das nossas vidas”? Aos poucos, tomamos conhecimento da vida de cada uma dessas mulheres.
A obra tem início com um ponto de virada na vida dessas mulheres. Clelia (Eleonora Rossi Drago) retorna a Turin, sua cidade natal, para abrir um salão de moda, o que não esperava é que, no quarto ao lado do seu, no hotel, ela encontraria Rosetta (Madeleine Fischer), que tentara suicidar-se sem êxito. Em razão disso, Clelia acaba conhecendo suas amigas, Momina (Yvonne Furneaux), Nene (Valentina Cortese) e Mariella (Anna Maria Pancani). Todas elas acabam envolvendo-se romanticamente com outros homens, apenas para descobrir que isso irá revelar a ausência de finalidade de suas vidas.
De maneira simples, pautando-se apenas na relação interpessoal dessas amigas e seus pretendentes, constrói-se uma história que, lentamente, revela o quão próximas cada uma delas se encontra da situação de Rosetta. A princípio, a garota que tentara o suicídio é tratada com certo desprezo por parte de Momina e Mariella, mas isso vai se apagando ao longo da projeção, que utiliza esse acontecimento como propulsor da narrativa, explicitando o pensamento superficial de certas personagens, além de revelar como os homens à sua volta são extremamente parecidos uns com os outros – aliás, isso se estende para suas aparências físicas, fator que também dialoga com a trama.
O que mais chama atenção em “As Amigas” é como se lida com tais questões aproveitando cada uma de suas personagens. O jogo de câmeras também é bastante interessante. Valendo lembrar que o filme é de 1955.

Avaliação: ****

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segunda-feira, 23 de março de 2020

Você Não Estava Aqui (Sorry We Missed You)

País: Reino Unido/Bélgica/França
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Ken Loach
Elenco: Kris Hitchen, Debbie Honeywood e Rhys Stone.

Sinopse: após a crise financeira de 2008, Ricky (Kris Hitchen) e sua família se encontram em situação financeira precária. Ele decide adquirir uma pequena van, na intenção de trabalhar com entregas, enquanto sua esposa luta para manter a profissão de cuidadora. No entanto, o trabalho informal não traz a recompensa prometida e, aos poucos, os membros da família passam a ser jogados uns contra os outros.

Crítica: Ken Loach retrata aqui, como em seus filmes anteriores, a realidade: uma sociedade que escraviza, que limita nossas ações, que impede que tenhamos uma vida plena, mesclando trabalho e lazer, que nos rouba o tempo de estar em família.
O centro da história é uma família, cujo pai tenta tornar-se autônomo achando que aquilo o salvará da crise financeira, que o valor a ser ganho o permitirá pagar as dívidas, viajar e oferecer um futuro melhor para seus filhos.
A contramão vem logo no início da trama, quando se percebe que não é tão fácil e simples quanto parece. Na primeira dificuldade, o “vendedor” do negócio não cede, não abre exceções, não pensa, não sente. Parece um robô.
A sucessão de problemas fecha as portas e sufoca a família que poderia estar em qualquer lugar do mundo.
Como conseguir tempo para ganhar dinheiro na vida contemporânea? Como obter tempo para cuidar dos filhos se nos tornamos presos a um sistema financeiro que nos suga?
Os diálogos expositivos sobre a vida atual são excelentes. O momento presente é cruel. É uma luta constante contra o tempo que passa rápido e nos consente poucos alívios, poucos prazeres, poucos risos, e quase nenhuma liberdade.

Avaliação: ****

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Uma Vida Oculta (A Hidden Life)

País: Alemanha/EUA
Ano: 2020
Gênero: Drama
Duração: 174 min
Direção: Terrence Malick
Elenco: August Diehl, Valerie Pachner e Tobias Moretti.

Sinopse: Franz Jägerstätter (August Diehl) é um fazendeiro austríaco que se torna herói em circunstâncias um tanto quanto inusitadas. Quando ele é convocado a lutar junto ao exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial, ele se recusa e acaba, com apenas 36 anos de idade, condenado à pena de morte por traição à pátria.

Crítica: "Uma Vida Oculta" é um filme singular de Terrence Malick.
Para contar a trajetória real de Franz Jägerstätter (August Diehl), um camponês austríaco que, durante a Segunda Guerra Mundial, é preso por se recusar a jurar lealdade a Hitler, o diretor abusa das imagens da natureza e dos humanos, no plano contraplongée (ou seja, filmado acima dos olhos, com a câmera de cima para baixo - recurso conhecido como "câmera alta").
Ele explora também o recurso dos close-ups as mãos, os braços, as pernas e os pescoços de uma comunidade que trabalha para manter o vilarejo “pacífico” onde vivem.
A felicidade visível é exortada com poesia, bela fotografia, olhares, sensações. August Diehl e Valerie Pachner (em atuações impressionantes) conseguem manifestar, seja com as falas, seja com os olhos, a plenitude do que estão vivendo e do que viverão com a chegada do nazismo: passarão da beleza de uma vida plena à dor indescritível da separação, da humilhação, da perda de tudo o que lhes era tão natural.
Franz Jägerstätter é um mártir sem nome, como tantos outras na história passada e presente.
Quando ele é preso, a narrativa fica mais densa e ganha um ritmo lento que interfere na avaliação da obra. O tempo excessivo enfraquece a mensagem final.
A ideia era a imersão total no desastre que a guerra é, na falta de sentido na sua existência, no seu poder de destruição e de desunião, na crueldade que traz e na injustiça que alastra.
A decisão de coragem do camponês (que acreditava nos valores cristãos) corrói a vida em família: deixa a esposa e as três filhas expostas à ignorância do vilarejo que não entende nem aceita sua escolha.
De qualquer maneira, o filme é belo, intenso, sensível e de grande potencial. Franz e sua esposa Franziska são inesquecíveis e um exemplo de que o amor é o único caminho para salvar o mundo.
Malick entrega um filme que se destaca ao não retratar o conflito ou seu impacto em grande escala como protagonista da narrativa. A prioridade é contar as histórias de vidas cujos nomes foram esquecidos, sofreram e ainda assim tiveram a ousadia de enfrentá-lo, colocando seus valores e princípios em primeiro lugar.

Avaliação: ****

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Mulher (Woman)

País: França
Ano: 2019
Gênero: Documentário
Duração: 104 min
Direção: Anastasia Mikova e Yann Arthus-Bertrand
Elenco: -

Sinopse: reflexões sobre o mundo de hoje a partir da perspectiva de 2.000 mulheres de diferentes países. Tal observação é sombria quando revela injustiças às quais as mulheres são submetidas. Em um mundo onde a desigualdade afeta uma mulher durante toda a sua vida, forçando-as a casar, privando da educação, do direito de votar ou até mesmo de sair sozinha, milhões de mulheres apenas suportam suas vidas, ao invés de vivê-las.

Crítica: o filme da jornalista Anastasia Mikova e do fotógrafo Yann Arthus-Bertrand é um projeto colossal cujo objetivo foi recolher as palavras de mulheres de todo o mundo, com testemunhos íntimos, de dimensão universal.
Todas as entrevistas foram feitas por mulheres, não poderiam ter sido feitas por homens. As perguntas são bastante íntimas, são mulheres a falar para mulheres. Pessoas prepararam as perguntas com as mulheres em cada região, por entender que não é fácil falar para uma câmara quando se vai falar sobre a vida íntima para milhões de pessoas. Foram dois anos de filmagens e mais um ano de preparação.
Foram entrevistadas 2.000 mulheres, em 50 países, obtendo-se reflexões gerais sobre educação, o mundo do trabalho, mas também sobre a independência financeira, a sexualidade ou a menstruação.
Para editar-se o documentário, as entrevistas de 2-3 horas (um verdadeiro desabafo) foram reduzidas a 1 ou 2 minutos. Certamente, um trabalho árduo para os diretores.
Este documentário é uma oportunidade para ouvir o que, em geral, não se ouve, de retratar as injustiças sofridas e a força de resistência que anima as mulheres em todo o mundo.
Imperdível! Excepcional! Necessário!!!

Avaliação: ****

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Adoráveis Mulheres (Little Women)


País: EUA
Ano: 2019
Gênero: Drama
Duração: 135 min
Direção: Greta Gerwig
Elenco: Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh, Eliza Scanlen, Laura Dern, Meryl Streep, Timothée Chalamet e Louis Garrel.

Sinopse: As irmãs Jo (Saoirse Ronan), Beth (Eliza Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh) amadurecem na virada da adolescência para a vida adulta enquanto os Estados Unidos atravessam a Guerra Civil. Com personalidades completamente diferentes, elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas pelas outras.

Crítica: O clássico “Adoráveis Mulheres” recebe sua oitava adaptação para o cinema, sem falar nas produções para TV, teatro e óperas.
Baseado no livro homônimo, conta a história de quatro irmãs, seus amores, sonhos, esperanças, desilusões, desavenças, mas também a alegria de viver de cada uma.
No início do longa, lemos a frase da autora Louisa May Alcott  que diz: “conto histórias felizes porque já vivi muitas histórias tristes”.
De fato, o roteiro nos conduz pela relação unida dessas irmãs, sempre buscando algo positivo em meio aos momentos tristes e à condição nada vantajosa da mulher no século 19. Elas moram com a mãe. O pai está na guerra. As dificuldades financeiras se impõem e sacrifícios serão feitos, ou arranjos comuns à sociedade prevalecerão.
Saoirse Ronan (Jo), Emma Watson (Meg), Eliza Scalen (Beth) e Florence Pugh (Amy) interpretam as irmãs de personalidades distintas.
Jo é feminista, determinada e quer ser uma escritora importante no mundo da literatura. Meg tem um sonho de se casar e ter a sua família. Beth quer ser uma grande pianista e Amy quer ser uma grande pintora.
O elenco é estupendo. Meryl Streep (March) é a tia rica e mal humorada que quer convencer Amy (já que as outras não se encaixariam no perfil) a se casar com um homem rico para salvar a família da pobreza. Há o vizinho, interpretado por Timothée Chalamet (Laurence), que acaba sendo grande amigo e confidente de todas as irmãs em suas aventuras. E Louis Garrel (Friderich Bhaer) é o amigo e professor que ajuda Jo em suas escritas.
Sem dúvida, Saoirse Ronan (no papel de Jo) é o grande destaque do filme, seguida por Florence Pugh (que faz Amy, a irmã mimada).
O filme é muito belo e agradável de se ver. Tudo está em harmonia: direção artística, maquiagem, figurino, trilha sonora, fotografia.
A mensagem principal de "Adoráveis Mulheres" é a forte ligação entre as irmãs, apesar de todos os intempéries da vida. Em cena, elas brilham; os homens são coadjuvantes.

Avaliação: ****

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sábado, 4 de janeiro de 2020

O Farol (The Lighthouse)


País: EUA/Canadá
Ano: 2019
Gênero: Suspense, Terror
Duração: 109 min
Direção: Robert Eggers
Elenco: Robert Pattinson e Willem Dafoe.

Sinopse: início do século XX. Thomas Wake (Willem Dafoe), responsável pelo farol de uma ilha isolada, contrata o jovem Ephraim Winslow (Robert Pattinson) para substituir o ajudante anterior e colaborar nas tarefas diárias. No entanto, o acesso ao farol é mantido fechado ao novato, que se torna cada vez mais curioso com este espaço privado. Enquanto os dois homens se conhecem e se provocam, Ephraim fica obcecado em descobrir o que acontece naquele espaço fechado, ao mesmo tempo em que fenômenos estranhos começam a acontecer ao seu redor.

Crítica: isolamento e loucura são temas tratados no suspense “O Terror”. A fotografia preto e branco, com textura antiga, ajuda a criar o clima de tensão, onde real e imaginário se misturam.
Ephraim Winslow (Robert Pattinson) é o novato que vai trabalhar com Thomas Wake (Wilem Dafoe), já há anos no farol. Visivelmente explorado pelo chefe bêbado e agressivo, Winslow vê todos os seus limites testados.
Ambos têm segredos a esconder e razões para trabalharem num local tão isolado. Quanto o afastamento da sociedade pode afetar a sanidade de alguém?
A narrativa é exemplar, com diálogos excepcionais, e sugere sempre violência ou erotismo, mas aliviados com uma boa dose de humor.
A expressão corporal é um componente marcante no longa-metragem. A direção certeira não deixa a trama ficar enfadonha ou seus personagens caricatos. Para compor as cenas, tudo tem seu papel: luzes, trilha sonora, efeitos visuais, psicologia dos personagens e até a presença de aves marinhas.
Há brutalidade explícita, mas há também profundidade nos sentimentos dos protagonistas.
Com um desfecho triunfal, é um filme difícil de esquecer.

Avaliação: ****

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