terça-feira, 25 de junho de 2002

A Caminho de Kandahar

Título original: Safar É Gandehar
Ano: 2001
País: Irã
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: Mohsen Makhmalbaf
Elenco: Nelofer Pazira, Hassan Tantai, Sadou Teymouri e Ike Ogut.

Sinopse: Nafas (Niloufar Pazira) é uma jovem afegã que fugiu de seu país em meio à guerra civil dos Talibãs e hoje trabalha como jornalista no Canadá. Quando recebe a carta de sua irmã mais nova, que ficou no Afeganistão, avisando-lhe que irá se suicidar antes da chegada do próximo eclipse solar, Nafas resolve retornar ir até lá para tentar salvá-la.
Crítica: misto de documentário e drama, a trama dá uma idéia do que ocorre no momento no Afeganistão, sob o domínio crescente dos talebans. No filme, mostra-se um momento anterior, mas a devastação já é total. Não há comida, escolas, saúde, liberdade. As mulheres, obrigadas a usar a burka (vestido que cobre o corpo inteiro) não têm direito a nada. Até mesmo quando estão doentes, não podem ser examinadas por um médico. A consulta se dá com a paciente por detrás de uma divisória, na qual há uma abertura, para que o médico possa examinar os olhos ou a língua. Sequer pode falar com ele, só por meio de um intermediário, geralmente uma criança. A dura e cruel realidade vitima crianças e adultos, pois muitos campos permanecem minados, de guerras anteriores. Esclarecedor relato de uma região sem esperança.
Avaliação: **

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terça-feira, 18 de junho de 2002

Pearl Harbor

Título original: Pearl Harbor
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 183 min
Direção: Michael Bay
Elenco: Ben Affleck, Josh Hartnett, Kate Beckinsale, Cuba Gooding Jr., Tom Sizemore, Jon Voight, Colm Feore, Alec Baldwin, Andrew Bryniarski, William Lee Scott, Greg Zola, Ewen Bremner, James King, Catherine Kellner e Jennifer Garner.

Sinopse: 07 de dezembro de 1941. Os japoneses atacam de surpresa as forças armadas americanas em Pearl Harbor e os Estados Unidos entram na guerra. O filme focaliza o impacto devastador da guerra em dois jovens pilotos e uma bela enfermeira. Os dois jovens são Rafe MacCawley (Ben Aflleck) e Danny Walker (Josh Hartnett), que cresceram como irmãos e aprenderam a voar fazendo a pulverização de plantações. Agora ambos tornaram-se pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos e vão para a base de Pearl Harbor e se apaixonam pela mesma mulher, a enfermeira Evelyn (Kate Beckinsale).
Crítica: no auge da Segunda Grande Guerra, os EUA preferiram abster-se de tomar partido abertamente. Camufladamente, as frotas americanas abasteciam com armamentos, utensílios e alimentos as nações que compunham os Aliados, enquanto que as corporações americanas lucravam fortunas comercializando tanto com as potências do Eixo como dos Aliados.
O Japão, que se encontrava em frontal oposição à Rússia, à China e à Manchúria, pressentia a iminência do ataque norte-americano, tendo de encarar uma guerra em duas frentes. Adiantando-se aos movimentos dos americanos, o exército nipônico realizou um ataque relâmpago a uma base estratégica norte-americana no Pacífico, Pearl Harbor.
Eis o cenário no qual se passa o filme que, por sinal, desconsidera os processos históricos e os motores que conduziram à situação ali retratada.
Além disso, como todo filme americano, um romance meloso recheia o enredo, fugindo do foco.
Mostra somente um lado da moeda, como se os americamos fossem vítimas. Sabemos que a verdade é outra. Basta ler os jornais e assistir aos noticiários.
Uma superprodução, que serve de entretenimento somente, não como aula de história.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 12 de junho de 2002

Terra de Ninguém

Título original: No Man’s Land
País: Bélgica
Ano: 2001
Gênero: Comédia
Duração: 98 min
Direção: Danis Tanovic
Elenco: Branko Djuric, Rene Bitorajac, Filip Sovagovic, Simon Callow e Katrin Cartlidge.

Sinopse: Chiki (Branko Djuric) e Nino (Rene Bitorajac) são dois soldados que lutam por lados opostos em meio a Guerra da Bósnia. Em meio ao combate, eles se vêem ilhados em plena fronteira da guerra. Sem ninguém em quem confiar, sem poder deixar o local sem levar um tiro e ainda com um soldado ameaçando explodir o local caso eles se movam, os dois são obrigados a negociar por suas próprias vidas para poderem sobreviver.
Crítica: o roteiro do filme é excelente. As mudanças no relacionamento entre os dois protagonistas, ora querendo se matar ora dando uma trégua, dão o tom do filme, sempre cru, seco e objetivo. A reviravolta na história, representada pelo soldado "preso" em cima de uma mina, também surpreende.
Traz fortes críticas à ONU, à Bósnia e à Sérvia, à guerra e à mídia. Mesmo não sendo um assunto novo, vale a pena assistir pela maneira como é contada a convivência de dois soldados em uma situação aparentemente sem saída.
Curiosidade: em 2002, conquistou o Oscar Melhor Filme Estrangeiro.
Avaliação: ***

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domingo, 9 de junho de 2002

Os Garotos da Minha Vida

Título original: Riding in Car with Boys
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 132 min
Direção: Penny Marshall
Elenco: Drew Barrymore, Steve Zahn, Mika Boorem, Brittany Murphy, Adam Garcia, Lorraine Bracco e James Woods.

Sinopse: nos anos 60, Beverly D'Onofrio (Drew Barrymore) é uma garota que vive em uma cidade do interior dos Estados Unidos e sonha em chegar à universidade e tornar-se uma escritora. Porém, seus planos são subitamente interrompidos quando, aos 15 anos, ela fica grávida de Ray Murphy (Steve Zahn), um motoqueiro que conheceu há apenas poucas semanas. Com medo de que sua filha se tornasse mãe solteira, os pais de Beverly a obrigam a se casar com Ray e abandonar os estudos para cuidar da criança. Mas Beverly não desiste de seu sonho e, após enfrentar alguns erros e obstáculos, busca enfim realizá-lo.
Crítica: baseado no livro autobiográfico (de título homônino) de Beverly D'Onofrio, o longa é uma tragicomédia. O que acontece com Beverly foi muito comum no fim do anos 60: depois de se envolver em relações amorosas complicadas, ela fica grávida e se casa, atendendo às exigências dos pais.
A trama avança e recua no tempo para mostrar a determinação, as dificuldades e a recusa de Beverly em desistir de seus planos, tornando-se uma heroína improvável na busca de algum sentido em sua vida. O drama de Bev demonstra como os fatos inesperados podem afetar os sonhos, mas são impedir que sejam realizados.
A história apela um pouco para o melodrama, mas a eficiente atuação de Drew Barrymore leva o enredo adiante.
Avaliação: ***

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quinta-feira, 6 de junho de 2002

Murder on a Sunday Morning

Título original: Murder on a Sunday Morning
País: França
Ano: 2001
Gênero: Documentário
Duração: 111 min
Direção: Jean-Xavier de Lestrade
Elenco: -

Sinopse: narra uma história real de crime e preconceito. Domingo, sete de maio de 2000, aproximadamente às 7h, Jacksonville, Flórida. Mary Ann Stephens, assassinada com um tiro no olho à queima roupa logo após um café da manhã com seu marido, James Stephens, em famoso hotel da cidade. Segundo ele, em depoimento à polícia, o crime foi cometido por um homem negro entre 20 a 25 anos, usando camiseta preta, bermuda e chapéu pescador. Duas horas depois, o adolescente Brenton Butler, negro e com 15 anos de idade, foi pego andando próximo ao local do crime. O marido de Mary Ann identificou Butler como autor do disparo, dando início a um dos casos mais assustadores de erro de identidade e de racismo.

Crítica: ao contar este fato cruel e verídico, o documentário exibe a realidade do funcionamento do sistema de justiça americano como nunca se viu antes, expondo o preconceito racial e o abuso de poder que resultaram na prisão do menor.
O caso teve o envolvimento de diversas pessoas, incluindo policiais e jornalistas; todos prontos para condenar o garoto negro, exceto seu advogado, Patrick McGuiness. O acusado ficou seis meses em cárcere esperando pelo julgamento.
O filme mostra ainda imagens inéditas do julgamento de Brenton e entrevistas exclusivas com os envolvidos no processo.

Curiosidade: ganhou o Oscar de Melhor Documentário, em 2002.
Avaliação: ****

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domingo, 2 de junho de 2002

O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel

Título original: Lord Of The Rings – Fellowship of the Ring
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Aventura
Duração: 178 min
Direção: Peter Jackson
Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Liv Tyler, Viggo Mortensen, Sean Astin, Cate Blanchett, John Rhys-Davies, Billy Boyd, Dominic Monaghan e Orlando Bloom.

Sinopse: numa terra fantástica e única, chamada Terra-Média, um hobbit (ser de estatura entre 80 cm e 1,20 m, com pés peludos e bochechas avermelhadas) recebe de presente de seu tio um anel mágico e maligno, que precisa ser destruído antes que caia nas mãos do mal. Para isso o hobbit Frodo (Elijah Woods) terá um caminho árduo, repleto de perigo, medo e personagens bizarros. Ao seu lado para o cumprimento desta jornada, aos poucos, ele poderá contar com outros hobbits, um elfo, um anão, dois humanos e um mago, totalizando 9 seres que formarão a Sociedade do Anel.
Crítica: considerado gênio por alguns, J.R.R. Tolkien não imaginava a revolução que causaria na literatura quando publicou, na década de 30, o livro O HOBBIT, aventura infanto juvenil passada num lugar anterior à Terra como conhecemos hoje. Seus 12 anos de dedicação a 3 volumes foram parar nas telas graças ao excelente trabalho do diretor Peter Jackson. E que adaptação!
O roteiro é de uma qualidade surpreendente. Além de conseguir manter a alma da obra de Tolkien intacta, o longa ainda desperta o interesse do público que desconhece os livros do inglês. Preservando as passagens mais importantes e apagando outras desnecessárias (as alterações são mínimas), "A Sociedade do Anel" ganha muito em fluidez da narrativa, que não apresenta furos e nunca se mostra quebrada. Assim como no livro, os personagens e a trama são apresentados ao público logo no início (o que toma mais ou menos uma hora de projeção), dando espaço para a ação e emoção nas duas horas seguintes. Algumas pessoas chegaram a reclamar de uma certa lentidão no início, mas era impossível iniciar a história sem deixar o espectador a par de tudo o que está acontecendo na Terra-média. O desenvolvimento inicial dos personagens é excelente, e contribui muito para os resultados que o filme alcança no final.
Os efeitos especiais são espetaculares, contudo empregados com moderação e inteligência, nunca tentando tomar o lugar do enredo. Os cenários digitais são impossíveis de serem diferenciados de cenários verdadeiros e os personagens criados são muito realistas.
Com toda essa direção de arte e um elenco primoroso, a obra cinematográfica só poderia ser um sucesso. E essa é só a primeira da trilogia.
Curiosidade: em 2002, conquistou o Oscar nas categorias de: Melhor Trilha Sonora, Melhor Efeitos Especiais, Melhor Fotografia e Melhor Maquiagem.
Avaliação: ****

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