terça-feira, 24 de abril de 1990

Gandhi

Título original: Gandhi
Ano: 1982
País: Índia/Inglaterra
Gênero: Drama
Duração: 188 min
Direção: Richard Attenborough
Elenco: Ben Kingsley, Candice Bergen, Edward Fox, John Gielgud, Trevor Howard, John Mills, Martin Sheen, Ian Charleson, Athol Fugard, Günther Maria Halmer, Saeed Jaffrey, Geraldine James, Alyque Padamsee e Amrish Puri.

Sinopse: o filme retrata a vida de Mahatma Gandhi, considerado o principal líder da luta pela independência da Índia, após décadas de dominação do imperialismo inglês. Apesar de biográfico e de não entrar em discussões político-ideológicas, o filme mostra a situação de pobreza e exploração do povo indiano e momentos marcantes de sua luta e organização, como o terrível massacre em Amristar, onde os ingleses atingiram 15 mil homens, mulheres e crianças desarmados, e a dramática marcha até o mar na qual Gandhi liderou milhares de seus conterrâneos indianos a provar que o sal marinho pertencia a todos e não era apenas uma mercadoria britânica. Retrata, também, como Gandhi colocando em prática a política de desobediência civil, fundamentada no princípio da ação não violenta, considerada por ele como a maior força a ser empregada na defesa dos direitos das pessoas. Durante toda sua luta pacífica, foi agredido e aprisionado várias vezes, interrogado e ainda submetido a toda ordem de pressões e coerções quanto se possa imaginar. O que estava em jogo era muito mais que a simples emancipação política de uma expressiva colônia britânica; para os ingleses a perda da Índia acarretaria inúmeros prejuízos financeiros com a derrocada de investimentos e a perda de patrimônios estabelecidos naquela localidade.
Apesar da simplicidade, Gandhi era um homem de família rica, estudou Direito na Inglaterra e viveu na África do Sul. Pertencia ao "Partido do Congresso", que representava os interesses da maioria hindu.
Foi durante a luta pela independência que surgiu a divisão político-religiosa entre hindus e muçulmanos, que culminou com a divisão da região, originando dois países, a Índia e o Paquistão.
Crítica: o filme nos coloca em contato com o jovem advogado Gandhi chegando à África do Sul e sendo submetido a situações constrangedoras de discriminação apenas pelo fato de ser indiano (o que também acontecia com os negros sul-africanos). Seus francos posicionamentos contra a opressão dos ingleses o colocam em evidência e o tornam desde esse princípio de história num nome forte na luta pelos direitos, contra a intolerância, a favor da liberdade dos povos oprimidos por longos anos de colonialismo europeu. Vale a pena assisti-lo. Uma aula de história, com muitos detalhes e uma excelente interpretação de Ben Kingsley.
Curiosidade: vencedor de 8 Oscares em 1983, incluindo o de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (Ben Kingsley). A obra levou 20 anos para ser concluída.
Sir Ben Kingsley (nascido Krishna Pandit Bhanji em Scarborough, Yorkshire, 31 de Dezembro de 1943) é um ator inglês de ascendência indiana (Gujarati) e russo-judaica.
O seu pai, Rahimtulla Pandit Bhanji, foi um médico nascido no Quênia de ascendência indiana, e a sua mãe, Anna Lyna Mary Bhanji, uma modelo e atriz.
Avaliação: ****

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sábado, 14 de abril de 1990

Muito Mais Que Um Crime

Título original: Music Box

País: EUA

Ano: 1989

Gênero: Drama

Duração: 124 min

Direção: Costa-Gravas

Elenco: Jessica Lange, Armin Mueller-Stahl, Frederic Forrest, Donald Moffat, Lukas Haas, Cheryl Lynn Bruce, Mari Töröcsik, J.S. Block, Sol Frieder e Michael Rooker.

 

Sinopse: quando seu pai Mike Laszlo (Armin Mueller-Stahl) é acusado de ter cometido centenas de crimes de guerra na Hungria, e ameaçado de deportação, a talentosa advogada criminalista Anne Talbot (Jessica Lange) sai em sua defesa. Mas o julgamento é levado para Budapeste e as evidências que surgem levantam sérias dúvidas sobre a inocência do pai.


Crítica
: Costa Gravas é um cineasta grego, naturalizado francês, conhecido por seus filmes de denúncia política. ‘Muito Mais Que Um Crime’ é mais um ótimo trabalho que revela atrocidades cometidas durante o nazismo.

Sob a justificativa do “fiz apenas o que me mandaram”, “trabalhava apenas no escritório” ou simplesmente omitindo toda a verdade a fim de apagar os erros do passado, muitos homens que cometeram crimes contra a humanidade viveram suas vidas tranquilamente, tendo fugido do país natal.

Aqui, a denúncia parte do governo húngaro e revela uma realidade dura e crua à medida que uma filha defende o pai das acusações no tribunal, acreditando cegamente na sua inocência.

As interpretações são boas, sobretudo das testemunhas relatoras dos atos desumanos cometidos contra eles mesmos, parentes e amigos.

O roteiro bem conduzido, com uma sequência dinâmica de informações e acontecimentos e um desfecho forte, demonstra o quanto é importante manter viva a lembrança de um passado que não pode nem deve ser esquecido.

Vale a pena assistir.


Avaliação
: ***

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