terça-feira, 29 de janeiro de 2008

4 meses, 3 semanas e 2 dias

Título original: 4 luni, 3 saptamani si 2 zile
País: Romênia
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 113 min
Direção: Cristian Mungiu
Elenco: Anamaria Marinca, Laura Vasiliu, Vlad Ivanov, Alexandru Potocean, Ion Sapdaru, Teodor Corban, Tania Popa, Cerasela Iosifescu, Doru Ana, Eugenia Bosânceanu, Marioara Sterian, Adi Carauleanu e Ion Grosu.

Sinopse: Otilia (Anamaria Marinca) e Gabita (Laura Vasiliu) dividem um quarto num dormitório estudantil, nos últimos dias do comunismo, no ano de 1987. Elas estudam em uma universidade de uma pequena cidade na Romênia. Gabita está grávida e o aborto é ilegal no país, mas Otilia irá ajudar a amiga, alugando um quarto num hotel barato e chamando um certo Sr. Bebe (Vlad Ivanov) para resolver o problema. Porém, ao saber que Gabita está com a gravidez mais adiantada do que imaginava, Sr. Bebe aumenta as exigências para o serviço. Ele cobra um preço que as duas não estão preparadas para pagar.
Crítica: um filme comovente e tenso, devido às drásticas situações pelas quais passam as personagens. Algumas cenas, com imagens escuras, ajudam a inserir o espectador nesse clima. Um pouco lento no início, mas desenvolvendo-se muito bem.
Anamaria Marinca, como Otilia, está sublime, passando ao espectador uma real sensação de angústia e tormento. Abordar um tema tão moralmente discutido – seja pela religião, por uma política hipócrita ou pelos olhos críticos da sociedade –, como o aborto, é difícil.
O questionamento sobre qual decisão tomar levamos para casa, ao final do longa. Forte e produndo. Vale a pena assistir.
Avaliação: ***

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sábado, 26 de janeiro de 2008

Paranoid Park

Título original: Paranoid Park
País: França/EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 81 min
Direção: Gus Van Sant
Elenco: Gabe Nevins, Daniel Liu, Taylor Momsen, Jake Miller e Lauren McKinney.

Sinopse: Alex (Gabe Nevins) é um jovem de 16 anos que namora Jennifer (Taylor Momsen) e tem Jared (Jake Miller) como seu melhor amigo. Um dia, ele e Jared vão a Paranoid Park, o paraíso dos skatistas, e combinam de voltar ao local no sábado à noite. De última hora, Jared precisa viajar e Alex decide ir sozinho. Lá, conhece outros skatistas e aceita o convite de um deles para subir em um trem de carga, sem imaginar o problema que teria.

Crítica: uma crítica sensível à adolescência e juventude norte-americana. O filme, na verdade, propõe perguntas a serem respondidas a partir da reflexão sobre a história mostrada.
O caminho escolhido para contar o enredo é pouco convencional. O diretor embaralha a linha temporal da trama colocando o começo no meio e mostrando no final aquilo que provavelmente ficaria por conta de nossa imaginação e, ainda, quebra a lógica do suspense comum desvendando o grande mistério muito antes do fim. E põe a responsabilidade disso no personagem/narrador, que vai contando o que aconteceu da maneira que vai lembrando.
Além do discurso reflexivo, a estética cinematográfica também destaca-se.
Um bom filme!!!

Avaliação: ***

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O Gângster

Título original: American Gangster
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Policial
Duração: 157 min
Direção: Ridley Scott
Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe, Chiwetel Ejiofor, Josh Brolin, Lymari Nadal, Ted Levine, Roger Guenveur Smith, John Hawkes, RZA, Yul Vazquez, Malcolm Goodwin, Ruby Dee, Ruben Santiago-Hudson, Carla Gugino e Skyler Fortgang.

Sinopse: ambientado na Nova York da década de 1970, o longa mostra a trajetória de Frank Lucas (Denzel Washington), o maior gângster que já existiu na cidade. À frente dos negócios de seu ex-chefe, conhecido como "Bumpy" (Clarence Williams III), ele vai até o Vietnã, em plena guerra contra os EUA, atrás de matéria-prima para vender a heróina mais pura e barata encontrada no mercado norte-americano, concorrendo diretamente com a máfia italiana. Baseado em sólidos valores éticos e sempre contando com o apoio de sua família, Lucas começa a demonstrar sua incrível capacidade de coordenar e alterar as regras do universo da máfia local. Paralelamente a isso, o policial Richie Roberts (Russell Crowe), que há tempos vem sofrendo na polícia de Nova York no combate ao crime organizado, por ser um policial honesto dentro de um departamento totalmente corrupto, começa a se dar conta de que algo está mudando no dia-a-dia das ruas da cidade. O encontro inevitável entre os dois fará com que inesperadamente unam forças para limpar a cidade dos malfeitores, sejam eles bandidos ou policiais.

Crítica: baseado em fatos reais, conta a história do primeiro grande gângster negro dos Estados Unidos que, em plena Guerra do Vietnã, aproveitou a caótica situação em que se encontrava a sociedade norte-americana para passar por cima de todos e vender pó-branco de altíssima qualidade por um preço baixíssimo, causando a ira dos competidores. Sempre se mantendo nos bastidores e evitando aparições públicas chamativas (cometeu esse erro uma única vez, o que acabaria por, indiretamente, criar o seu abismo mais tarde), Frank Lucas conseguiu montar um império das drogas a partir “do nada”, assim como Tony Montana (vivido por Al Pacino) havia feito no filme Scarface (1983). A trajetória de ascensão de Lucas e, paralelamente, a história da investigação de narcóticos chefiada pelo detetive Richie Roberts são retratadas com muita eficiência e num ritmo excelente. Mesmo com vários coadjuvantes e pequenas histórias paralelas, o espectador não é sobrecarregado e acompanha tudo. Além disso, deve-se salientar a atuação do elenco e os diálogos fortes e propícios.
Apesar de contar com alguns clichês e exageros dramáticos, às vezes difíceis de serem evitados, nada impede de classificarmos o longa como de primeira qualidade.
Filmado com planos elegantes e clássicos (nada do estilo “câmera trêmula”), mostra sangue, o lado feio do crime e nudez, porém nunca abusando desses elementos. Tudo bem estruturado e amarrado. E o ato final é de tirar o fôlego.

Avaliação: ****

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Conversando com o Jardineiro

Título original: Dialogue Avec Mon Jardinier
País: França
Ano: 2007
Gênero: Comédia
Duração: 107 min
Direção: Jean Becker
Elenco: Daniel Auteil, Jean-Oierre Darroussin, Fanny Cottençon, Alexia Barlier,
Hiam Abbass, Élodie Navarre, Roger Van Hool, Michel Lagueyrie, Christian Schiaretti, Jean-Claude Bolle-Reddat, Bernard Crombey e Nicolas Vaude.

Sinopse: pintor bem-sucedido (Daniel Auteuil) deixa Paris para retornar à pequena cidade onde nasceu, há mais de 50 anos. Sua casa antiga está abandonada, cercada por plantas e mato. Ele decide contratar um jardineiro (Jean-Oierre Darroussin) a fim de ajudá-lo na limpeza. Para sua surpresa, o profissional é um velho amigo de colégio, que o pintor não via há décadas. Logo uma amizade madura nasce entre os dois, permeada pelas diferentes experiências de vida de cada um.
Crítica: sensível e humano, o filme enfoca as trocas e/ou valores de dois colegas de infância, após 50 anos de separação. Um estudou, assimilou hábitos urbanos e acostumou-se à correria do dia-a-dia; o outro permaneceu em uma pequena cidade, não teve acesso a uma faculdade, mas é um mestre na difícil arte de viver, dando valor às pequenas coisas da vida. Apesar das diferenças, a interação entre os dois é espontânea e completa.
Simples e profundo ao mesmo tempo, o longa faz uma homenagem à amizade e à vida. Belas paisagens, ótimos diálogos, bonitas pinturas e um enredo extremamente envolvente. Em algum momento, nos sentimos identificados com os personagens.
Assista. É excelente!

Avaliação: ****

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Novo Século Americano

Título original: The New American Century / Il Nuovo Secolo Americano

País: Itália/EUA

Ano: 2007

Gênero: Documentário

Duração: 100 min

Direção: Massimo Mazzucco

Elenco: -

 

Sinopse: aborda os aspectos históricos, filosóficos e econômicos que sugerem que os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 não foram perpetrados por terroristas muçulmanos, mas sim concebidos e orquestrados pela própria administração americana que estava no poder à época dos eventos.


Crítica
: ‘Novo Século Americano’ apresenta os antecedentes que culminaram em um dos piores governos norte-americanos e a manipulação deste mesmo governo. Em 20 de janeiro, George Walker Bush completou seu último dia na presidência dos Estados Unidos, após dois mandatos marcados pelos ataques ao Afeganistão e Iraque, a prisão de Guantánamo, as fotos de Abu Graib, o furacão Katrina.

Porém, a sensação é que, oito anos após a administração Bush, este e outros filmes sobre o tema chegaram tarde demais. Mesmo com boas imagens de arquivo, o fime não ganha fôlego e cansa pelo excesso de didatismo. Pior ainda por ter seus fatos narrados pelo ator Paulo Betti.

O longa não traz novidades. É de conhecimento do mundo que o governo Bush soterrou valores da sociedade norte-americana. Também não constitui fato inédito que Osama Bin Laden, financiado pelos EUA na década de 80, foi um bode expiatório para o ataque ao Afeganistão, assim como Sadam Husseim para a invasão ao Iraque.

No entanto, o documentário merece mérito ao mostrar como foram formadas as cabeças pensantes que coordenaram os atos de Bush e as conexões econômicas da indústria bélica. São priorizados quatro nomes: Dick Cheney, ex-vice-presidente; Donald Rumsfeld, ex-secretário da Defesa; Paul Wolfowitz, ex-presidente do Banco Mundial e conhecido por sua interferência na política externa; Richard Perle, ex-chefe do Comitê Consultivo de Política de Defesa. A atuação dos quatro, como retrata o documentário, iniciou-se há 34 anos, após a renúncia do presidente Nixon, atingido pelo escândalo de Watergate. No governo Ford, de 1974 a 77, o quarteto aproximou-se de postos ligados à segurança dos Estados Unidos e viriam a criar um ciclo que perduraria até o duplo mandato de Bush. Lançariam-se as bases para o conceito de Guerra Preventiva (atacar antes de ser atacado, já que, segundo a doutrina, o mundo inteiro é uma ameaça constante aos Estados Unidos).


Avaliação
: ***

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sábado, 19 de janeiro de 2008

O Caçador de Pipas

Título original: The Kite Runner
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Direção: Marc Foster
Elenco: Khalid Abdalla, Atossa Leoni, Shaun Toub, Sayed Jafar Masihullah Gharibzada e Zekeria Ebrahimi.

Sinopse: Kabul. Amir (Zekeria Ebrahimi) e Hassan (Ahmad Khan Mahmidzada) têm 12 anos e são amigos que se divertem em um torneio de pipas. Após a competição, um ato de traição de Amir marcará para sempre a vida de ambos. Ele passa a viver nos Estados Unidos, retornando ao Afeganistão somente após 20 anos. É quando ele enfrenta a mão de ferro do governo talibã para tentar se redimir e corrigir erros do passado.
Crítica: o filme não é melhor que o livro best-seller de Khaled Hosseini, em que é inspirado, mas consegue transpor fielmente a história, bastante comovente e sensível. Os atores mirins são excelentes e bastante carismáticos. A produção e o roteiro, impecáveis. Assista e indique aos seus amigos.
Curiosidade: as cenas foram filmadas na China por motivos de segurança.
Avaliação: ****

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sábado, 12 de janeiro de 2008

Desejo e Reparação

Título original: Atonement
País: Inglaterra
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 130 min
Direção: Joe Wright
Elenco: Keira Knightley, James McAvoy, Romola Garai, Saoirse Ronan, Romola Garai, Brenda Blethyn, Vanessa Redgrave, Juno Temple e Daniel Mays.

Sinopse: aos 13 anos, a jovem Briony (Saoirse Ronan/ Romola Garai) já demonstra ter um grande talento como escritora, principalmente por sua intensa criatividade. Um dia, ela pensa ter visto sua irmã mais velha, Cecília (Keira Knightley), sendo assediada por Robbie (James McAvoy), o filho da governanta de sua casa. Ela fica em silêncio até o dia em que uma prima é estuprada. Levada por sua imaginação fértil, Briony tem certeza de que foi o jovem Robbie e o acusa. O rapaz é preso, mas Cecília está apaixonada por Robbie e é a única que não acredita na acusação de Briony. Baseado no best- seller homônimo do britânico Ian McEwan.
Crítica: com uma direção de arte primorosa e uma trilha instigante que dialoga com a cena, o drama escrito por Ian McEwan é bonito e triste até o fim. Seja pelo drama de Cecília que vê sua história de amor naufragar, seja por Robbie que é acusado de algo que não cometeu e obrigado a pagar por isso. Ou por Briony que amargará uma culpa por anos. Depois de assistir à película uma certeza é fatal: a culpa é algo que o ser humano carrega para sempre.
O mais interessante do filme é a forma como ele dialoga com as expectativas do público. Algumas cenas são mostradas por ângulos/olhares diferentes e começamos a perceber que a verdade é algo subjetivo, nem sempre se mostra como é, assim como é proposto na obra do autor. Em se tratando de cinema, quem detém a verdade? O diretor ou nós que assimilamos a história da forma que achamos mais apropriada?
Vanessa Redgrave põe brilho na história ao interpretar Briony envelhecida, atingindo seu ápice nos minutos finais da trama.
Amores destruídos, guerra, diferença de classe social e certa ingenuidade nos amores constantes em filmes de épocas estão aqui incluídos.
Para os fãs do escritor e dos gêneros drama e romance, não perca. A obra, bem transportada para as telas de cinema, emociona (sem ser piegas) e provoca questionamentos.
Curiosidade: vencedor do Oscar de Melhor Trilha Original (2008).
Avaliação: ****

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Edifício Yacoubian

Título original: Omaret Yakobean
País: Egito
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 161 min
Direção: Marwan Hamed
Elenco: Adel Iman, Nour El-Sherif, Youssra, Essad Youniss, Ahmed Bedir Hend Sabri, Khaled El Sawy, Khaled Saleh, Ahmed Rateb, Somaya El Khashab, Bassem Samra, Mohamed Imam, Youseff Daoud, Wael Mahassad e Jihan Qamary.

Sinopse: o Yacoubian é um dos edifícios mais antigos e charmosos do centro do Cairo. A rotina dos moradores sintetiza a atual sociedade egípcia: Zaki El Dessouki (Adel Imam) é um playboy decadente, mas que mantém a pose. Sua vizinha Bothayna (Hend Sabri), jovem pobre, precisa ceder às investidas do patrão para sustentar a família. O jornalista Hatem (Khaled El Sawy) usa seu dinheiro para seduzir um segurança. Baseado em romance homônimo de Alaa Al Aswany, best-seller no Egito.
Crítica: diferentes classes sociais, credos, opções sexuais, modos de vida e princípios éticos convivem num edifício decadente no centro do Cairo (Egito).
O filme, mesmo um pouco novelesco, é ousado e aborda todas essas questões. Tem um bom roteiro e direção, com várias histórias bem conduzidas; já o elenco é razoável.
A trama surpreende. Vale a pena ver.
Avaliação: ***

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domingo, 6 de janeiro de 2008

A Vida dos Outros

Título original: Das Leben der Anderen
País: Alemanha
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 132 min
Direção: Florian Henckel von Donnersmarck
Elenco: Martina Gedeck, Ulrich Mühe, Sebastian Koch, Ulrich Tukur e Thomas Thieme.

Sinopse: narra uma história real do dramático (e às vezes hilário) sistema de espionagem existente na Alemanha Oriental durante o período da Guerra Fria. Nos anos 80, o Ministro da Cultura se interessa por Christa, atriz popular que namora Georg, o mais conhecido dramaturgo do país e um dos poucos que consegue enviar textos para o outro lado da fronteira. Com a suspeita dos dois serem infiéis às idéias comunistas, eles passam a ser observados pelo frio e calculista Capitão Gerd, temido agente do serviço secreto, que fica fascinado pelas suas vidas e personalidades.
Crítica: o início parece meio lento, mas logo a história e seus personagens crescem. Mostra o clima de desconfiança e paranóia gerados por um Estado totalitário, ditatorial e onipresente. Também a possibilidade de resistir a esta realidade massacrante, preservando a dignidade humana. E a proteção vem de onde menos se espera, de um agente da Stasi, que modifica sua compreensão da realidade, a partir do trabalho sujo de espionagem da vida alheia. Uma trama inteligente e envolvente, repleta de personagens curiosos. Recomendadíssimo!!!
Curiosidade: vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2007.
Avaliação: ***

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P.S. Eu te Amo

Título original: P.S, I Love You
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Comédia, drama, romance
Duração: 127 min
Direção: Richard LaGravenese
Elenco: Hilary Swank, Gerard Butler, Jeffrey Dean Morgan, Kathy Bates, Lisa Kudrow, Jeffrey Dean Morgan e Gina Gershon, James Marsters, Harry Connick Jr., Dean Winters, Anne Kent e Brian McGrath.

Sinopse: Holly Kennedy (Swank) é uma mulher linda e inteligente, casada com o amor de sua vida: um irlandês engraçado e impetuoso chamado Gerry (Gerald Butler). Quando Gerry morre devido a uma doença, a vida de Holly desmorona. A boa notícia é que ele deixou tudo planejado. Antes de morrer, Gerry escreveu várias cartas que irão guiá-la, não apenas por sua dor, mas também por sua redescoberta, embora a mãe de Holly (Kathy Bates) e suas melhores amigas, Denise (Kudrow) e Sharon (Gershon), temam que essas cartas a estejam prendendo ao passado. Com as palavras de Gerry como guia, Holly embarca em uma jornada de redescoberta tocante, excitante e por vezes engraçada, em uma história sobre casamento, amizade e sobre como um amor tão intenso pode transformar a finitude da morte no início de uma nova vida.
Crítica: baseado no best-seller da escritora irlandesa Cecelia Ahern, o filme tem um enredo bem inteligente e interessante, diferente dos romances que costumamos ver.
Triste e alegre, mostra uma verdadeira história de amor e, em nenhnum momento, cansamos de vê-la. Após a morte do marido de Holly, achamos que tudo será previsível e que não haverá muito a acrescentar. Mas o que ocorre é o contrário, aí é que ficamos presos à tela.
Os momentos vividos juntos vem à tona e tudo funciona perfeitamente. O elenco é ótimo, inclusive os coadjuvantes que são bem marcantes na trama.
Divertido, tocante e impressionante, apropriado para casais e não casais. Não perca!

Avaliação: ****

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Coisas que Perdemos pelo Caminho

Título original: Things We Lost in the Fire
País: EUA/Reino Unido
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 118 min
Direção: Susanne Bier
Elenco: Halle Berry, Benicio del Toro, David Duchovny, Alison Lohman, Alexis Llewellyn, Micah Berry, John Carroll Lynch, Robin Weigert, Omar Benson Miller
Paula Newsome, Sarah Dubrovsky, Maureen Thomas, Caroline Field e James Lafazanos.

Sinopse: Audrey Burke (Halle Berry), recém-viúva, mãe de dois filhos, aproxima-se de Jerry Sunborne (Benicio Del Toro), melhor amigo de seu falecido marido, e recebe o apoio que precisava para se reerguer. Ele passa a morar em sua casa e juntos irão aprender a conviver com a perda e outras dificuldades da vida.
Crítica: o longa, que alia tristeza e esperança, desenvolve-se amparado nas boas atuações do elenco e numa direção cheia de nuances, sem declinar para exageros melodramáticos.
A diretora opta por closes nos olhos e expressões dos personagens, passando com maior nitidez a dor que os angustia.
De início, o filme não empolga muito. Lento em algumas partes e um vai-e-vem de cenas desnecessárias que prejudicam o roteiro, a trama começa a se desenvolver melhor depois da primeira parte.
Muito da história se deve ao talentoso Benício Del Toro, que encarna Jerry de forma impecável. Este é um viciado em heroína que tenta largar a droga a todo preço, muito embora o único que acredite nele seja Brian (Duchoveny numa atuação correta). Fazendo um Jerry introspectivo e louco, Del Toro em momento algum exagera; faz sim uma bela ligação entre ele e a viúva, num jogo de ambigüidades fortíssimo que permeia toda a história. Nesse aspecto também ele consegue estabelecer uma relação boa com os filhos do amigo, que o adotam quase como pai e que vai servir de base para outras interessantes discussões que o filme traz, como por exemplo, o sentimento da perda e a tentativa de superação.
No final, é que vamos entender o porquê do nome em inglês “Things We Lost in The Fire”, numa analogia interessante entre um acontecimento banal do passado do casal com o destino que ambos tiveram na vida.
Um filme sensível!
Avaliação: ***

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Meu Nome Não é Johnny

Título original: Meu Nome Não é Johnny
País: Brasil
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 107 min
Direção: Mauro Lima
Elenco: Selton Mello, Cléo Pires, Cássia Kiss, André de Biase, Ângelo Paes Leme, Rafaela Mandelli, Gillray Coutinho, Luis Miranda, Aramis Trindade, Kiko Mascarenhas, Flavio Bauraqui, Orã Figueiredo, Hossein Minussi, Ivan de Almeida e Flávio Pardal.

Sinopse: João Guilherme Estrella (Selton Mello) tinha tudo, menos limite. Típico jovem da classe média, viveu intensamente sua juventude. Inteligente e simpático, era adorado pelos pais e popular entre os amigos. Com espírito aventureiro e boêmio, mergulhou em todas as loucuras permitidas. E também nas não permitidas. No início dos anos 1990, se tornou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro. Investigado pela polícia, foi preso e seu nome chegou às capas dos jornais. Em vez de festas, passou a freqüentar o banco dos réus. Sua história revela sonhos e dramas comuns à toda juventude.
Crítica: baseado no livro homônimo escrito por Guilherme Fiúza, o longa conta a história real de João Guilherme Estrella, que hoje atua como produtor musical. Nascido numa família carioca de classe média, passou sua juventude nos anos 80 e 90 envolvido com venda de drogas e é esta passagem de sua vida que a história enfoca.
A recriação da época é sutil, porém bem marcada pela direção de arte e criação do figurino, transportando com competência o espectador à realidade vivida pelo protagonista nas várias fases que o filme abrange, desde seu envolvimento com as drogas – primeiramente como usuário, depois como traficante – até sua prisão.
Mas ao ressaltar apenas o aspecto humano do personagem, e não se aprofundar nas questões da drogatização e como a classe média também financia o tráfico, a trama fica superficial e pode levar a conclusões perigosas.
Selton Mello, carismático em seu personagem, tem uma excelente atuação. Os demais poderiam ter sido melhor dirigidos.
De qualquer maneira, é uma obra bem filmada, melhor do que muitos filmes brasileiros.
Avaliação: ***

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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O Tango de Rashevsky

Título original: Le Tango des Rashevski
País: Bélgica/Luxemburgo/França
Ano: 2003
Gênero: Romance
Duração: 100 min
Direção: Sam Garbarski
Elenco: Laurence Masliah, Hippolyte Girardot, Ludmila Mikaël, Michel Jonasz, Daniel Mesguich, Natan Cogan, Jonathan Zaccai, Rudi Rosenberg, Tania Garbarski, Selma Kouchy, Mosko Alkalai, Véronique Biefnot e Laurence Masliah.

Sinopse: Rosa (Laurence Masliah), apesar de judia, não seguia a religião judaica, mas mesmo assim reservou um lugar no cemitério judaico, o que só é descoberto após seu falecimento. O fato surpreende seus familiares, que ficam completamente perdidos. Eles precisam, então, se reunir para tomar uma decisão. Questionamentos sobre identidade e religião surgem. E o aparecimento de uma família não-judia, no enterro, complica ainda mais a situação.
Crítica: um filme leve e inteligente, que levanta questões comuns a todos: o que somos realmente e em que acreditamos. O ambiente familiar está muito bem criado e flui naturalmente.
Avaliação: ***

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