domingo, 30 de agosto de 2009

Não se Preocupe, Estou Bem

Título original: Je Vais Bien, Ne T’en Fais Pas
País: França
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Philippe Lioret
Elenco: Mélanie Laurent, Isabelle Renauld e Julien Boisselier.

Sinopse: Elise (Mélanie Laurent), ao voltar para casa, após um período de férias na Espanha, recebe a notícia que seu irmão gêmeo, saiu de casa. Após uma violenta discussão com o pai, teria fugido de casa sem deixar rastro. Ela se desespera… até receber o primeiro cartão-postal dele que, entre outras palavras, diz: ‘Não se preocupe, estou bem’, o que dá nome ao longa-metragem.

Crítica: o filme é, definitivamente, para um público seleto. Traz à tona a relação pais e filhos, numa família de classe média, onde os poucos diálogos restringem-se a conversas superficiais e as cobranças e as comparações sobram.
A trama mostra como uma mentira pode ser prejudicial e tomar uma dimensão impensável. Erro comum em muitas famílias, na intenção de poupar seus entes queridos.
Na história, você se pergunta o tempo todo o porquê desse ato por parte dos pais. A revelação vai surgindo aos poucos e surpreende. Com ela, vem o amadurecimento da filha e a mudança de relacionamento com seu pai e sua mãe.
Os atores estão ótimos. O cenário é lindo. E a música, Lili, que o irmão compôs para ela, é de querer ouvir de novo e de novo.

Avaliação: ***

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sábado, 29 de agosto de 2009

Minha Quase Verdadeira História

Título original: Mein Führer – Die wirklich wahrste Wahrheit über Adolf Hitler
País: Alemanha
Ano: 2007
Gênero: Comédia
Duração: 89 min
Direção: Dani Levy
Elenco: Ulrich Mühe, Helge Schneider e Sylvester Groth.

Sinopse: nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, em 1944, Adolph Hitler (Helge Schneider), já derrotado, tenta superar a depressão, enquanto seus generais preparam um complô para tirá-lo do poder e dominar a Alemanha. Crítica: produzido, dirigido e encenado totalmente por alemães, trata-se de uma paródia de alguns momentos da vida de Hitler.
O roteiro é bem pastelão, e Hitler é mostrado como um homem completamente ridículo, idiota e sem cérebro nenhum. Se essa era a intenção, foi cumprida com louvor.

Avaliação: ***

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Fale Comigo

Título original: Talk to Me
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Biografia, drama
Duração: 118 min
Direção: Kasi Lemmons
Elenco: Don Cheadle, Chiwetel Ejiofor, Bruce McFee, Mike Epps, Peter MacNeill, Peter MacNeill, Adam Gaudreau, Taraji P. Henson, Cedric the Entertainer e Martin Sheen.

Sinopse: história real de Ralph Waldo “Petey” Green, um ex-condenado negro e extrovertido que se tornou um ícone da rádio de Washington D.C., na década de 60. Inspirado na vibrante música soul da época e na grande consciência social, Petey gerou controvérsia em uma estação comandada por um homem branco. Com o apoio de seu produtor Dewey Hughes, o estilo “conte as coisas como elas são” que Petey tinha no ar deu voz ao espírito da comunidade durante um período conturbado e excitante da história dos EUA.

Crítica: bem dirigido e produzido, conta de forma bastante detalhada a vida de “Petey” Green, que apesar de seu afiado senso de humor, não chegou a se projetar na mídia em escala nacional. Sua linguagem era considerada ultrajante e ofensiva, afugentando patrocinadores e produtores.
Seu personagem é interpretado com maestria por Don Cheadle. O restante do elenco também é eficiente.
O cenário, ambientado na década de 60, situa o espectador no momento vivido na época.
Confira. Vale a pena!

Avaliação: ***

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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Coração Vagabundo

Título original: Coração Vagabundo
País: Brasil
Ano: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 60 min
Direção: Fernando Grostein Andrade
Elenco: Caetano Veloso, Pedro Almodóvar, Michelangelo Antonioni e David Byrne.

Sinopse: penetra-se na intimidade de Caetano Veloso, acompanhando-o em duas turnês, nos EUA e no Japão. Diante da câmera, ele se prepara nos bastidores e confessa alguns momentos de insegurança – como quando lamenta supostas falhas no seu inglês numa entrevista no rádio. Andando pelas ruas de Nova York e Osaka, ele dispara comentários sobre sua formação, polemiza à distância com Hermeto Paschoal e encontra fãs estrangeiros capazes de cantarolar suas músicas. São ouvidos sobre ele amigos e admiradores, como Pedro Almodóvar, que o escalou para uma cena de seu filme “Fale com Ela”; David Byrne; e Michelangelo Antonioni, que recebeu do compositor uma música em sua homenagem, antes de morrer, em julho de 2007.

Crítica: o documentário, bastante despretensioso e singelo, aproxima Caetano Veloso do público, do espectador. Mas o curto tempo não permite uma profundidade maior sobre a vida e carreira do artista, que o merecia.

Avaliação: ***

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Gigante

Título original: Gigante
País: Argentina/Uruguai
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 84 min
Direção: Adrián Biniez
Elenco: Horacio Camandule, Leonor Svarcas, Fernando Alonso, Diego Artucio e Ariel Caldarelli.

Sinopse: Jara (Horacio Camandule) é um tímido segurança de supermercado, que descobre Julia (Leonor Svarcas) pelas câmeras de vigilância. Ela trabalha como faxineira no local e passa a ser acompanhada por Jara. Apaixonado por ela, o segurança passa a conduzir sua vida em torno da rotina de Julia e seu desejo em conhecê-la.

Crítica: o filme bem interessante e com um roteiro criativo e inteligente. O ator Horacio Camandule é perfeito para o papel.
A história passa-se um pouco lenta; talvez o intuito do diretor fosse retratar com mais veracidade a dificuldade de Horacio para conhecer Jara.

Avaliação: ***

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domingo, 23 de agosto de 2009

A Onda

Título original: Die Welle
País: Alemanha
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 101 min
Direção: Dennis Gansel
Elenco: Jürgen Vogel, Frederick Lau, Jennifer Ulrich e Max Riemelt.

Sinopse: Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de “A Onda”. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo, mas é tarde demais.
Crítica: o longa mostra como os mecanismos usados por regimes autocráticos acabam por dominar as individualidades e criar uma massa uniforme. O filme é muito valioso em seu contexto porque inspira discussões contemporâneas sobre educação, filosofia e política. Só final trágico (diferente do que ocorreu realmente) é que não é muito satisfatório, pois pode levar a interpretações errôneas. Quem ainda não o viu, deve vê-lo. Um filme marcante!
Curiosidade: baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967.
Avaliação: ****

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Bruno

Título original: Brüno
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Comédia
Duração: 81 min
Direção: Larry Charles
Elenco: Sacha Baron Cohen, Gustaf Hammarsten, Clifford Bañagale, Chibundu Orukwowu, Chigozie Orukwowu, Josh Meyers, Toby Hoguin, Robert Huerta, Gilbert Rosales, Thomas Rosales Jr., Marco Xavier, Bono, Chris Martin e Elton John.

Sinopse: Brüno, um afetado e exibicionista repórter gay especializado em moda, vai alfinetar o universo fashion na América. Adaptação para o cinema de um personagem criado para a televisão por Sacha Baron Cohen.

Crítica: o filme abusa das sátiras e críticas ao mundo fashion e das celebridades, que parecem fazer qualquer coisa para serem a “bola da vez”.
No entanto, o excesso acabou por estragar a fita. Apelativo demais na maioria das cenas, o que não é necessário para se passar um recado diretamente.
Com mais criatividade e inteligência, as críticas teriam mais resultado.

Avaliação: **

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sábado, 22 de agosto de 2009

A Teta Assustada

Título original: La Teta Asustada
País: Espanha/Peru
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Claudia Llosa
Elenco: Magaly Solier, Susi Sánchez, Efraín Solís, Marino Ballón e Antolín Prieto.

Sinopse: Fausta tem "a Teta Assustada", uma doença que é transmitida pelo leite materno das mulheres que foram violadas ou maltratadas durante a guerra do terrorismo no Peru. A guerra acabou, mas Fausta vive para recordá-la porque "a doença do medo" lhe roubou a alma. Agora, a súbita morte de sua mãe a obrigará a enfrentar seus medos e o segredo que oculta em seu interior: ela introduziu uma batata na vagina, como escudo, como um protetor, e acredita que assim ninguém se atreverá a tocá-la.

Crítica: o filme começa bem, com uma senhora cantando uma música que retrata como, durante a ditadura militar, ela grávida viu seu marido ser assassinado pelo exército para, na sequência, ser estuprada por um soldado. Pouco depois ela morre e passamos a acompanhar Fausta, que por conta do trauma da mãe contrai uma doença psicológica conhecida como "teta assustada" (crença local) cujos sintomas são medos irracionais, sangramentos e desmaios quando exposta a esses medos. Seu medo maior é ser estuprada, e, para se proteger, insere uma batata na vagina.

Após esse início seguro, o longa-metragem perde totalmente o rumo e o ritmo. Começa uma sucessão de cenas completamente inúteis, quase que deixando a protagonista de lado para dar ênfase a uma festa de casamento cuja função na história não fica clara. Fausta começa a se tornar uma personagem extremamente ignorante e algumas metáforas visuais começam a ser jogadas aqui e ali, sem fazer sentido algum. E os poucos diálogos existentes são ruins.
No final, fica a terrível sensação de se ter assistido a nada: a obra é lenta, maçante e vazia. Sem lições, reflexões ou ensinamentos.

Avaliação: **

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Pecado de Hadewijch

Título original: Hadewijch
País: França
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Bruno Dumont
Elenco: Julie Sokolowski, Karl Sarafidis, Yassine Salime, David Dewaele, Brigitte Mayeux-Clerget, Michelle Ardenne e Sabrina Lechêne.

Sinopse: Hadewijch (Julie Sokolowski) é uma noviça em crise, entre sua fé em deus e a possibilidade de viver livre. Após um longo período de hesitação ela é enviada, pela madre superiora, para viver fora dos limites do convento. Ao viver com uma família da elite parisiense, liderada por um diplomata, ela começa a questionar sua vocação e se envolver com um novo amigo.

Crítica
: o drama lida com temas complexos e controversos, disparidades sociais e islamismo. Aqui, a jovem Celine escolheu a religião para renegar uma herança social que a constrange – seu pai é um ministro francês. Mas o fato é que a menina, seja em Paris ou nos conjuntos habitacionais da periferia onde mora seu amigo, não consegue encarar o mundo e continua sofrendo das mesmas mazelas existenciais que a vitimavam no convento. Fé, martírio, sacrifício, nada parece consolar a alma confusa da jovem parisiense.
É um filme difícil, lento em muitas partes e, da forma que foi editado (não linearmente), permite duas leituras. A discussão proposta pelo cineasta é válida, contudo uma forma mais objetiva de levantar a discussão do que é ou não certo traria resultados mais palpáveis.

Avaliação
: **

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domingo, 16 de agosto de 2009

Paris

Título original: Paris
País: França
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 130 min
Direção: Cédric Klapisch
Elenco: Juliette Binoche, Romain Duris, Karin Viard, François Cluzet, Fabrice Luchini, Albert Dupontel e Gilles Lellouche.

Sinopse: a história de Pierre (Romain Duris), um rapaz parisiense que está doente e pensa que vai morrer. Sua condição faz com que ele olhe para todos à sua volta de uma maneira nova e diferente, imaginando que sua morte repentina daria um novo significado à existência das outras pessoas e à vida de toda a cidade.
Crítica: a narrativa fragmenta-se em vários núcleos, explorando diversos personagens unidos apenas pela linha tênue do acaso. A ideia não é original e é bem comum em longas franceses, o que não nos impede de conferirmos mais um.
Os personagens secundários vão surgindo e crescendo aos poucos, gravitando em torno de Pierre.
Mescla comédia, drama e romance, com bons diálogos. Às vezes, apenas num ritmo lento demais, que faz a trama perder um pouco do ritmo.

Avaliação: ***

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sábado, 15 de agosto de 2009

O Grupo Baader Meinhof

Título original: Der Baader Meinhof Komplex
País: Alemanha /França/República Tcheca
Ano: 2008

Gênero: Biografia, drama
Duração: 150 min
Direção: Uli Edel
Elenco: Martina Gedeck, Moritz Bleibtreu, Johanna Wokalek, Jan Josef Liefers, Bruno Ganz, Nadja Uhl, Jan Josef Liefers, Stipe Erceg e Niels-Bruno Schmidt.

Sinopse: Alemanha, anos 70: atentados a bomba, a ameaça do terrorismo e o medo do inimigo interior abalam as bases da ainda frágil democracia alemã. As crianças radicais da geração nazista, lideradas por Andreas Baader (Moritz Bleibtreu), Ulrike Meinhof (Martina Gedeck) e Gudrun Ensslin (Johanna Wokalek). travam uma guerra violenta contra o que veem como a personalização do facismo. O objetivo é criar uma sociedade mais humana, mas os desdobramentos levam à perda da sua humanidade.

Crítica: o filme, repleto de ação, mortes, explosões e drama psicológico, possui um roteiro que vai fundo nos bastidores do grupo Baader Meinhoff. Na década em que sexo, drogas e rock'n roll eram a base da juventude, um movimento surgiu com alta dose de ideologia e terminou com a execução de diferentes crimes. Atentados a bomba e ações terroristas ameaçaram por anos a democracia européia. Buscar os direitos do homem sem aplicar uma forma humana de protesto foi o maior erro destes jovens que, por uma revolução limpa, acabaram sujando muitas histórias com sangue.
O longa se situa no período pós-nazista, em meados de 1970, e no princípio já nos mostra Ulrike Meinhof, jornalista com ideologias que futuramente viriam a encabeçar o grupo revolucionário. E, assim, somos apresentados, um a um, aos componentes do contigente Baader Meinhof.
O diretor também registra com maestria e ferocidade os motivos que movem sues integrantes, Baader, Ensslin e Meinhof, utilizando discursos completos e passagens jornalísticas que ilustram o cenário de desconfiança mundial vivido.
Depois dessa apresentação, o diretor ainda encontra espaço para dividir com a história cenas de ação do grupo terrorista, fazendo a demonstração de atos que desencadearam nos mais violentos: a cena em que as duas moças deixam um prédio enquanto ele se explode às suas costas, e a do assassinato do juiz em meio ao trânsito, ambas surrealmente expansivas e culposamente empolgantes. Outro elogio é a capacidade de recriar magistralmente o clima de instabilidade vivido na Alemanha Ocidental, algo que só reforça o clima de revolução política e social de Der Baader Meinhof Komplex.
A partir do ponto que a polícia prende os cabeças da organização, Uli Edel dá uma freada no ímpeto com que vinha narrando.
Trata-se de uma produção importantíssima para um país que até hoje se auto-avalia para não cometer novamente erros devastadores.
Der Baader Meinhof Komplex é instigante e revelador. Mais uma obra-prima do cinema alemão que, nos últimos anos, vem nos presenteando com excelentes filmes.

Curiosidade: adaptação do livro Der-Baader-Meinhof Komplex, de Stefan Aust.
A produção foi rodada em 74 dias e utilizou mais de 6 mil personagens extras.
Avaliação: ****

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Tempos de Paz

Título original: Tempos de Paz
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 82 min
Direção: Daniel Filho
Elenco: Tony Ramos, Daniel Filho, Dan Stulbach, Louise Cardoso, Ailton Graça, Leonardo Thierry, Anselmo Vasconcelos, Maria Maya, Iafa Britz, Bernardo Jablonski, Felipe Martins, Camila Lins, Pablo Sanábio, Breno de Filippo e Ewa Maria Parszewska,

Sinopse: em abril de 1945 os combates da Segunda Guerra já cessavam na Europa, mas o Brasil ainda estava tecnicamente em guerra. O combate entre Segismundo, interrogador alfandegário e ex-torturador da polícia política de Getúlio Vargas, com o ex-ator polonês Clausewitz, confundido com um nazista fugitivo, se desenrola na sala de imigração do porto do Rio de Janeiro. Tudo porque o fim da Guerra, por ironia do destino, é o que tira a paz de Segismundo. Ele teme a vingança de seus ex-prisioneiros. E hoje chefe da imigração na Alfândega do Rio de Janeiro, Segismundo é quem decide quem entra ou não no país. Clausewitz terá que usar todo o seu talento de ator para provar que não é um seguidor de Hitler. O filme retrata um período crítico da história brasileira e aborda, ainda o maniqueísmo e a luta pela vida.

Crítica: surpreendente, justamente por não tratar da pobreza e violência nas cidades brasileiras, tema tão recorrente nos filmes nacionais.
Com uma direção primorosa, a trama mantém-se em seu foco objetivamente, trazendo à tona momentos vergonhosos do Brasil. O cenário cuidadosamente reconstituído, merece elogios.
Uma história rica em detalhes e com interpretações excelentes de Tony Ramos e Dan Stulbach. O restante do elenco, como é comum nas películas brasileiras, precisam esforçar-se mais para convencer em suas atuações.
Entretanto, recomendo. É uma amostra do que pode ser um bom cinema.

Avaliação: ***

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sábado, 8 de agosto de 2009

O Contador de Histórias

Título original: O Contador de Histórias
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Luiz Villaça
Elenco: Maria de Medeiros, Daniel Henrique, Paulinho Mendes, Malu Galli, Jú Colombo, Marco Antonio, Paulo Henrique, Matheus de Freitas, Luciana, Carnieli, Clayton dos Santos da Silva, Cabelinho de Fogo e Chico Diaz.

Sinopse: aos 6 anos de idade, Roberto Carlos Ramos é deixado em uma entidade assistencial por sua mãe, que tem a esperança de estar lhe proporcionando melhores condições de vida. Aos 13, porém, Roberto continua analfabeto, tem mais de 100 fugas e várias infrações no currículo e é considerado "irrecuperável". Mas o encontro com uma pedagoga mudará para sempre sua vida.
Crítica: uma grande produção brasileira, que conta a história verídica de Roberto Carlos Ramos, o Contador de Histórias, que não só venceu as dificuldades da vida como aprendeu muito com elas e, hoje, utiliza isso para ajudar crianças e adolescentes.
O enredo é ótimo e o elenco também. As partes animadas com ilustrações que figuram o pensamento de Roberto ainda menino são o grande destaque da trama.
Forte e intenso, traz ao espectador fortes emoções, mostrando a situação dos inúmeros meninos de rua e dos centros de reabilitação de jovens no País. A lição é inesquecível: a educação é capaz de mudar tudo, tudo mesmo.
O Brasil deveria produzir mais filmes assim, de pessoas comuns e trajetórias nobres.
Confira. Vale a pena!
Avaliação: ****

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A Vida Secreta das Abelhas

Título original: The Secret Life of Bees
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 114 min
Direção: Gina Prince-Bythewood
Elenco: Dakota Fanning, Paul Bettany, Hilarie Burton, Queen Latifah, Jennifer Hudson, Alicia Keys, Tristan Wilds, Nate Parker, Sophie Okonedo, Shondrella Avery, Addy Miller, Joe Chrest, Emily Alyn Lind e Taylor Kowalski.

Sinopse: nos anos 60, no sul dos Estados Unidos, a adolescente Lily Owens (Dakota Fanning), de 14 anos, e a amiga Rosaleen (Jennifer Hudson) fogem da dura criação para descobrir o que aconteceu com a mãe de Lily. No caminho, conhecem três irmãs criadoras de abelhas que as conduzem por uma jornada inesquecível.

Crítica: com cara de filme independente, a trama traz boas atuações e comove, como é de se esperar de histórias que relatam a luta de direitos civis dos negros. Mas aqui o racismo é apenas um dos assuntos abordados.
Na verdade, o tema central é a culpa: a forma como o sofrimento silencioso e venenoso desse sentimento pode arrasar as pessoas. E para que essa mensagem fosse transmitida, couberam a Dakota Fanning (Heróis), Sophie Okonedo (Ensinando a Viver) e Paul Bettany (Coração de Tinta) os maiores esforços.
Em alguns momentos, a emotividade é excessiva, quebrando um pouco o ritmo natural dos acontecimentos.

Avaliação: ***

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quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Último Dançarino de Mao

Título original: Mao's Last Dancer
País: Austrália
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 117 min
Direção: Bruce Beresford
Elenco: Chi Cao, Bruce Greenwood e Kyle MacLachlan.

Sinopse: aos 11 anos, Li Cunxin foi tirado de uma pobre aldeia chinesa para estudar balé na escola de dança de Madame Mao, em Pequim. Em 1979, ele consegue entrar para a Companhia Houston Ballet durante um intercâmbio cultural no Texas, onde começa uma vida nova e livre. Os oficiais chineses tentam levá-lo de volta à China, mas manobras legais e o casamento com uma bailarina americana conseguem mantê-lo nos EUA. Para lutar pelos seus sonhos, porém, ele terá de abandonar para sempre sua família. Baseado na autobiografia do bailarino chinês Li Cunxin.

Crítica: apesar de perder um pouco da trama, ao ser transportada para o cinema, é tocante e sensível, mostra duas culturas diferentes - chinesa e americana -, o sonho de um menino, suas dificuldades, caminhos e renúncias rumo ao sucesso.
Por ser baseado em fatos reais, acaba sendo um filme previsível. Mas emociona e comove. Portanto, merece ser visto.

Avaliação: ***

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domingo, 2 de agosto de 2009

Tempo de Recomeçar

Título original: Life as a House
País: EUA
Ano: 2001
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Irwin Winkler
Elenco: Kevin Kline, Kristin Scott Thomas, Hayden Christensen, Jena Malone, Mary Steenburgen, Mike Weinberg, Scotty Leavenworth, Ian Somerhalder, Jamey Sheridan, Scott Bakula, Sam Robards, John Pankow e Kim Delgado.

Sinopse: George Monroe (Kevin Kline) é um arquiteto de meia idade que descobre repentinamente que está com câncer e tem pouco tempo de vida. Ele então decide aproveitar o tempo que lhe resta para se aproximar de Sam (Hayden Christensen), seu filho problemático e rebelde, bem como fazer as pazes com Robin (Kristin Scott Thomas), sua ex-esposa. Ao mesmo tempo, George decide por construir uma casa, na intenção de deixá-la como herança para Sam.

Crítica: não é uma obra-prima, nem trata de um tema inovador, mas é comovente por abordar o relacionamento entre pais e filhos.
Kevin Kline (de Um Peixe Chamado Wanda, A Escolha de Sofia, Será Que Ele É?) é a maior qualidade do filme. Ele interpreta George Monroe, um arquiteto de meia-idade, decadente, divorciado, afastado emocionalmente de seu filho Sam, que chega ao fundo do poço ao ser despedido do emprego. Numa tentativa desesperada de retomar o curso de sua vida, George se entrega de corpo e alma a duas tarefas eternamente adiadas: construir a tão sonhada casa e retomar o contato com o filho rebelde. Isso vai lhe exigir o máximo de esforço e dedicação, mas poderá transformar completamente a sua existência, ou o que resta dela.
O simbolismo é evidente: a construção da obra traça um paralelo com a reconstrução da vida. Ao derrubar um velho barraco para erguer no mesmo terreno uma bela e sonhada casa, George está na realidade tentando se livrar de todos os conceitos errados que fizeram seus relacionamentos humanos desabarem durante o tempo. O tema da segunda chance – ainda que tardia – é sempre empolgante. E a continuidade dos ensinamentos representada pela transição pai/filho nunca deixa de
emocionar.
Assim, ‘Tempo de Recomeçar’ fatalmente faz a platéia chorar. Sem emoções baratas, graças principalmente à dignidade da atuação de Kline, que até fez um curso com pedreiros e marceneiros para melhor desempenhar seu papel.

Avaliação: ***

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À Deriva

Título original: À Deriva
País: Brasil
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 103 min
Direção: Heitor Dhalia
Elenco: Laura Neiva, Camilla Belle, Vincent Cassel, Débora Bloch, Max Huzar, Cauã Reymond, Izadora Armelin, Maysa Miranda, Thomas Huszar, Josefina Schiller, Gabriela Flarys, Valentine Fontanella, Bernardo Bichucher, Daniel Passi, Nathalia Zemel, Rafaela Prestes e Gregorio Duvivier.

Sinopse: uma tradicional família de classe média alta passa as férias de verão em Búzios, Rio de Janeiro. A viagem se configura como um esforço coletivo entre os pais e seus três filhos de reconstruir a família e reconquistar a felicidade já perdida. Filipa (Laura Neiva), uma menina de 13 anos, carrega consigo os conflitos clássicos de sua idade. Encontra-se em pleno ritual de passagem da adolescência para a idade adulta, quando depara-se com a crise inesperada no casamento de seus pais. Ao longo da história, Filipa tenta desesperadamente desvelar um caso amoroso entre seu pai e uma mulher mais jovem, vizinha de sua casa de praia. O tom mais urgente e perigoso do longa, apesar de delicado, é potencializado por um crime passional envolvendo um casal vizinho, que deixa uma casa manchada de sangue e abandonada, um lugar que ironicamente servirá de parque de diversões para as crianças do balneário.
Crítica: o filme fala de amor, intriga, traição e todos os delicados sentimentos que se acham presentes quando um casamento está em crise. É contado contado através do olhar de Filipa (Laura Neiva), uma adolescente de 14 anos cheia de dúvidas, inseguranças, descobertas e sonhos comuns a todos aqueles que, estão prestes a entrar na idade adulta. A imagem com coloração ‘antiga’ e amarelada dá um tom nostálgico e situa bem a época em que o filme se passa (final dos anos 80), apesar de dar um ritmo mais arrastado à trama. Débora Bloch e Vicent Cassel estão bem convincentes em seus papéis.
Curiosidade: selecionado para a mostra ‘Um Certo Olhar’ do 62º Festival de Cannes.
Avaliação: ***

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sábado, 1 de agosto de 2009

Mesrine – Inimigo Público Nº 1

Título original: Mesrine: L Instinct de Mort
País: França/Canadá/Itália
Ano: 2008
Gênero: Ação
Duração: 113 min
Direção: Jean-François Richet
Elenco: Vincent Cassel, Cécile De France, Gérard Depardieu, Gilles Lellouche, Roy Dupuis, Elena Anaya e Michel Duchaussoy.

Sinopse: primeiro de dois filmes sobre a história do famoso gângster francês Jacques Mesrine (Vincent Cassel), que atuou nos anos 70 e se tornou o inimigo número 1 da polícia parisiense. Esta primeira parte é ambientada nos anos 60, em Paris, e início dos anos 70, no Canadá, durante a ascensão criminal de Mesrine, um homem comum, nascido em uma família de classe média, na cidade de Clichy.

Crítica: é um bom filme de ação, com tudo que o gênero exige – dinâmica, velocidade, suspense, uma boa dose de pancadaria, explosões –, mas sobretudo com uma história bem escrita e contada. O diretor investe boa parte de seu trabalho para investigar a personalidade do personagem. Conhecemos, então, o quanto Mesrine era contraditório. Doce, mas pronto para estourar a qualquer momento; educado, porém extremamente decisivo em um assalto; frio, explodia quantas cabeças fossem necessárias para chegar ao seu objetivo.
A atuação de Vincent Cassel (Senhores do Crime) é brilhante. O francês, também conhecido por ‘Doze Homens e Outro Segredo’, entrega-se às complexidades de seu personagem. Talentoso, constrói um Mesrine pura adrenalina. Impossível imaginar qual será seu próximo passo.
‘Inimigo Público N º1’ é um filme-explosão. Dividido em duas partes, o jeito é aguardar a segunda onde descobriremos um Mesrine com menos glamour e onde a morte o aguarda.

Avaliação: ***

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Bilheterias Brasil - TOP 10

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