quarta-feira, 27 de junho de 2012

Para Roma com Amor (To Rome with Love)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 112 min
Direção: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Alec Baldwin, Roberto Benigni, Judy Davis, Penélope Cruz, Greta Gerwig, Jesse Eisenberg e Ellen Page.

Sinopse: o longa é dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano (Woody Allen e Judy Davis) viajam para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha. Outra história envolve Leopoldo (Roberto Benigni), um homem comum que é confundido com uma estrela de cinema. Um terceiro episódio retrata um arquiteto da Califórnia (Alec Baldwin) que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último, temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de Roma. Baseado na obra "Decamerão", escrita pelo imortal da literatura Giovanni Boccaccio, entre 1348 e 1353.

Crítica: apesar de não ser o melhor filme do gênio cineasta, ele sempre consegue surpreender, seja pelos temas abordados, pelas situações inusitadas, pelos diálogos sarcásticos e inteligentes, carregados de humor.
É um filme conduzido de forma mais despretensiosa, mas que mostra como é importante vivermos e desfrutarmos os momentos da vida com intensidade.
Todas as personagens possuem a cidade de Roma em comum, uns nativos, outros do interior da Itália, estrangeiros, de passagem ou morando por uma temporada. De uma maneira ou de outra, todos acabam no “palco” da bela cidade vivendo pequenos momentos inesquecíveis. A fotografia belíssima é acompanhada de uma trilha sonora perfeita e marcante (aqui, Woody privilegia as óperas).
Apenas o papel de Alec Baldwin parece um pouco solto na trama, mas fora isso o longa garante boas gargalhadas e comentários pós-cinema, o que é normal sempre que se assiste a uma obra de Woody Allen.

Avaliação: ***

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Sombras da Noite (Dark Shadows)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Terror
Duração: 113 min
Direção: Tim Burton
Elenco: Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter, Eva Green, Jackie Earle Haley, Jonny Lee Miller, Chloë Moretz, Gulliver McGrath, Christopher Lee e Alice Cooper.

Sinopse: 1752. Joshua e Naomi Collins deixam a cidade inglesa de Liverpool juntamente com o filho, Barnabás, rumo aos Estados Unidos. A intenção deles era escapar de uma terrível maldição que atingiu a família. Vinte anos depois, Barnabás é um playboy inveterado que tem a cidade de Collinsport aos seus pés. Após seduzir e partir o coração de Angelique Bouchard, sem saber que era uma bruxa, ele é transformado em vampiro e preso numa tumba por dois séculos. Quando enfim desperta, dois séculos depois, encontra sua propriedade em ruínas e os poucos familiares ainda vivos escondem segredos uns dos outros. Em meio a um mundo desconhecido, Barnabás se interessa por Victoria Winters, a tutora do jovem David.

Crítica: a trama do filme não foge muito da premissa do seriado de TV Dark Shadows, em que se baseia. Em 1972, presenciamos a empoeirada realidade da família Collins, que dá nome à cidade de Collinsport, no Estado americano do Maine, e não tem mais o mesmo prestígio do passado. Casamentos desfeitos e crianças infelizes hoje ocupam a mansão Collinwood, mas isso muda quando um antepassado, o vampiro Barnabas Collins (Johnny Depp), desperta de um sono de 175 anos. Enquanto se habitua aos alucinados anos 70, Barnabas decide restabelecer o bom nome dos Collins – e quem sabe reencontrar o amor que perdera no passado, Josette (Bella Heathcote).
A grande sacada de Burton e companhia é inserir a comédia num contexto de dramalhão antigo. Aproveitaram a ótima deixa, que consiste em trazer um indivíduo do passado para o presente, e rechearam a fita com personagens intrigantes que no meio do filme viram uma espécie de super-heróis, tornando fácil a empatia do espectador (de qualquer idade) com a história e automaticamente com cada detalhe que é usado para chegar ao clímax da trama.
Johnny Depp é extremamente versátil e se adequa a qualquer tipo de personagem que precise interpretar. Barnabas possui características de Depp, como certas expressões faciais e trejeitos que só poderiam ser atribuídas por ele. O personagem é cômico. Barnabas precisa se ajustar a uma época completamente diferente e sua inocência arranca gargalhadas do público. Como por exemplo, ele comparando os faróis de um carro com o diabo, que supostamente veio buscá-lo para levá-lo ao inferno.
O elenco é de peso e cada um desempenha bem seu papel. Mais uma vez, a dupla Burton e Depp inova e comprova a originalidade.

Avaliação: ***

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E aí, comeu?

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 100 min
Direção: Felipe Joffily
Elenco: Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira e Emilio Orciollo Netto.

Sinopse: o longa conta a história deste trio inseparável formado por Fernando, recém-separado, que conhece uma adolescente linda, e, para sua surpresa, ela foge clichê da ninfeta ingênua, é inteligente, bem resolvida e muito madura, Honório, jornalista, um esquerdista à moda antiga, casado, que suspeita que está sendo traído pela mulher, e Fonsinho, escritor e conquistador de mulheres, que nunca se casou e nunca conseguiu terminar um livro.

Crítica: a nova empreitada no cinema do ator e comediante Bruno Mazzeo (Cilada.com) dissimula sua caretice por trás dos diálogos pretensamente abertos e descolados de seus três protagonistas, amigos de velha data que se encontram numa mesa de bar para divagar sobre as mulheres de suas vidas.
Fernando (Bruno Mazzeo), Honório (Marcos Palmeira) e Fonsinho (Emilio Orciollo Netto) procuram entender o papel do homem diante da mulher contemporânea após o fracasso do casamento de um deles. Tema interessante, execução ruim. Nas conversas no bar Harmonia, regadas a muito chopp, o trio não soa convincente devido aos diálogos artificiais, por mais que o trio de atores se esforce para dar naturalidade à filosofia de boteco que brota dos bate-papos.
Nos encontros regulares, eles remoem seus diferentes dissabores afetivos, falam muito de sexo e são servidos por um garçom comedor interpretado por Seu Jorge. São três estereótipos masculinos de perfis distintos: solteiro convicto que vive de relacionar-se com o maior número possível de mulheres; pai de família preso a um casamento no qual reina a falta de diálogo e desconfiança; e, por fim, homem abalado pelo fim recente de um relacionamento que demoniza a ex-mulher.
Personagens generalizados e baseados em modelos não constituem um problema nas comédias. Às vezes é até na tipificação que está a graça. A perspectiva da mesa de bar e a visão machista que surge da conversa de homens neste ambiente também são boas escolhas. Porém, o roteiro deixa a desejar quando não inova, quando anula boas possibilidades de fazer piada com situações batidas, como a do homem comparando seu pênis ao membro de um cavalo ou dizendo achar que japonesas têm a vagina na horizontal. Outras falas beiram o ridículo, como a do jornalista interpretado por Marcos Palmeira desabafando na redação.
Tudo isso até poderia funcionar em um programa de humor televiso, mas num longa-metragem não. Além disso, num filme cuja mulher moderna é o tema central, faltou explorar mais elas, dando ênfase, por exemplo, ao grupo de também frequentadoras assíduas do bar ou, então, às cônjuges dos personagens principais, que mereciam mais destaque.

Avaliação: **

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A Primeira Coisa Bela (La Prima Cosa Bella)

País: Itália
Ano: 2010
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 122 min
Direção: Paolo Virzì
Elenco: Micaela Ramazzotti, Stefania Sandrelli e Valério Mastandrea.

Sinopse: o que significa ter uma mãe bela, cheia de energia, fútil e que às vezes pode te constranger? Esta pergunta tem acompanhado Bruno, o primogênito de Anna, desde que ele tinha oito anos de idade. Tudo começou no verão de 1971. A família foi assistir ao tradicional concurso que elege a rainha das termas mais populares de Livorno e, para surpresa geral, Anna foi coroada como a “mãe mais bonita”. Desde então, o caos se instalou na vida da família. Anna, Bruno e sua irmã Valéria começam a viver uma aventura que só irá terminar 30 anos depois.

Crítica: a história é típica daqueles novelões carregados, repletos de sentimentos à flor da pele e injustiças assumidas como inevitáveis. Tudo começa em 1971, durante uma festa pública em Livorno. Os organizadores realizam o concurso da mãe mais bonita e, entre as presentes, elegem Anna (Micaela Ramazzotti). Apesar dos aplausos, seu filho Bruno não gosta nem um pouco de tamanha divulgação. O marido Mario menos ainda, tendo uma crise de ciúmes tão logo chega em casa. Acusada de oferecida, ela e os dois filhos são expulsos de casa. É o início de sua peregrinação, de casa em casa e de homem em homem, em busca de condições para criar, sozinha, os filhos.
Paralelamente, há o presente. Já adulto, Bruno (Valério Mastandrea) trabalha como professor e sente-se sempre infeliz. Os laços com a família fazem parte do passado e ele está prestes a romper também com a noiva. Ou ao menos ameaça tomar tal atitude. Um dia, recebe a visita de sua irmã Valéria (Claudia Pandolfi) no trabalho. A mãe está à beira da morte e quer revê-lo. Bruno reluta, mas aceita voltar a Livorno. O incômodo causado pelo reencontro com a cidade em que cresceu aos poucos é amenizado, à medida que trabalha o conflito interno que sente em relação à mãe.
É assim, em meio a muitos conflitos familiares e diversas reviravoltas causadas por obstáculos inesperados, que a trama se desenrola. Entretanto, o assumido clima de novelão impulsionado pelo jeito italiano de ser jamais consegue prender a atenção de fato. Falta humor à história e carisma aos personagens, sustentados quase que exclusivamente na beleza de Micaela Ramazzotti, o que faz com que o espectador pouco se importe com o que acontece com eles.
Além disso, há problemas técnicos, como a fotografia escura demais nas cenas de flashback e certos diálogos inacreditáveis.

Avaliação: **

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A Era do Gelo 4 (Ice Age 4: Continental Drift)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Animação
Duração: 94 min
Direção: Steve Martino e Mike Thurmeier
Elenco: vozes na versão dublada: Márcio Garcia, Diogo Vilela, Tadeu Mello, Vinicius Nascimento. Na versão original de: Chris Wedge, Denis Leary, Drea de Matteo, John Leguizamo, Queen Latifah, Ray Romano, Jennifer Lopez, Jeremy Renner, Wanda Sykes, Drake, Seann William Scott.

Sinopse: o novo longa da turminha gelada traz o tema do efeito estufa e o degelo como pano de fundo para ilustrar uma série de acontecimentos. O faminto esquilo Scrat provoca a separação dos continentes devido a sua fixação pela noz, que insiste em se afastar dele tornando-se quase uma maldição. Agora, os amigos Manny (Ray Romano/Diego Vilela), Diego (Denis Leary/Márcio Garcia) e Sid (John Leguizamo/Tadeu Mello) estão a deriva em alto mar e usando icebergs como embarcações. Enquanto isso, Sid reencontra sua mal-humorada avó, e deve lutar contra terríveis piratas, determinados a impedir que o grupo encontre o caminho de casa.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 137 min
Direção: Marc Webber
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Martin Sheen, Sally Field, C. Thomas Howell, Embeth Davidtz, Chris Zylka, Denis Leary, Campbell Scott, Irrfan Khan, Kelsey Chow e Stan Lee.

Sinopse: conta a história de Peter Parker (Andrew Garfield), um estudante rejeitado por seus colegas e que foi abandonado por seus pais ainda criança, sendo então criado por seu Tio Ben e pela Tia May. Como muitos adolescentes, Peter tenta descobrir quem ele é e como ele se tornou a pessoa que é hoje. Peter também está começando uma história com sua primeira paixão, Gwen Stacy, e juntos eles lidam com amor, compromissos e segredos. Quando Peter descobre uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai, ele começa uma jornada para entender o desaparecimento de seus pais – o que o leva diretamente à Oscorp e ao laboratório do Dr. Curt Connors, antigo sócio de seu pai. Procurando por respostas e uma conexão, Peter comete um erro que o coloca em rota de colisão com o alter-ego do Dr. Connors, O Lagarto. Como Homem-Aranha, Peter tem que tomar decisões que podem alterar vidas, para usar seus poderes e moldar seu destino de se tornar um herói.

Crítica: muitos fãs do Homem-Aranha ficaram revoltados quando foi anunciado um novo filme explicando a origem de um dos personagens mais queridos do mundo dos quadrinhos. A trilogia lançada por Sam Raimi entre 2002 e 2007 tinha agradado muito e tal reprise seria desnecessário.
Mas a história do atual filme é muito diferente do que Raimi mostrou em 2002. Peter Parker, vivido por Andrew Garfield, tem que superar o desaparecimento dos pais, que o deixaram na casa do tio Ben (Martin Sheen) e da tia May (Sally Field) quando ele era uma criança. É um estudante genial, mas sofre nas mãos do valentão Flash Thompson. Apaixona-se pela bela colega Gwen Stacy (o primeiro amor de Parker nas HQs, ela é interpretada por Emma Stone), cujo pai é um capitão da polícia que não vê com bons olhos as atitudes de um vigilante mascarado. E ganha seus poderes durante uma visita aos laboratórios da Oscorp, onde encontra um antigo colega de seu pai, o doutor Curt Connors.
Se Tobey Maguire interpretou um nerd estereotipado quando viveu o herói no filme de Raimi, Andrew Garfield vive um nerd mais moderno, com outros dilemas emocionais. Apesar das constantes tiradas de humor, o longa é mais sombrio e mostra um personagem atormentado ao descobrir que seus poderes têm efeitos devastadores na vida de pessoas reais. É divertido, cheio de cenas de ação, mas também é emocionante.
Logo nas primeiras cenas já dá para perceber que a trama é uma mistura de elementos novos e outros que remetem à trilogia de Raimi. Algumas perseguições sobre as ruas de Nova York parecem familiares, por exemplo, assim como os discursos do tio Ben. Mas a descoberta dos poderes (incluindo o uso de um lançador de teia, uma herança direta dos quadrinhos que foi substituída por teias saídas do pulso do personagem na trilogia de Raimi) e a própria origem do vilão do filme são alguns dos elementos novos que fazem de ‘O espetacular Homem-Aranha’ um excelente filme de herói.
Devido aos ótimos efeitos 3D, em vários momentos, uma visão em primeira pessoa coloca o espectador na pele do Homem-Aranha enquanto ele salta pelos prédios e se balança em suas teias.
E, ao final dos créditos do filme, uma cena extra.

Avaliação: ***

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O Gerente de Recursos Humanos (The Human Resources Manager)

País: Israel/Alemanha/França/Romênia
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 103 min
Direção: Eran Riklis
Elenco: Mark Ivanir, Guri Alfi, Silver Noah, Cambos Rozina, Negulesco Julian e Stanoevitch Bogdan.

Sinopse: o gerente de recursos humanos da maior padaria de Jerusalém está em apuros. Ele é separado de sua esposa, distanciada da sua filha, e tem um emprego que odeia. Quando um de seus empregados, um trabalhador estrangeiro, é morto em um atentado suicida, a padaria é acusada de indiferença, e o gerente de RH é enviado à cidade natal da vítima na Romênia para confortar a família. Nessa missão de ajuda, onde passa a admirar uma das mulheres, parente da vítima, luta também para recuperar a reputação de sua empresa e, possivelmente, de sua própria humanidade.

Crítica: quem assistiu a Lemon Tree (2008), do mesmo diretor, vai se decepcionar. Enquanto no trabalho anterior, mostrava-se a intolerância entre árabes e israelenses de forma contundente, aqui essa diferença entre os povos vem em segundo plano.
Tendo como pano de fundo uma mulher romena que morreu em Israel durante um atentado terrorista, o gerente de recursos humanos da empresa na qual a imigrante trabalhava irá até a Romênia levar o corpo da vítima à família.
Parece mais uma viagem sem fim. A trama arrastada, silenciosa em excesso e com personagens caricatos em interpretações sem emoção e pouco convincentes enfraquecem o longa. Falta dramaticidade à história.

Avaliação: **

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Amor Impossível (Salmon fishing in the Yemen)

País: Reino Unido
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 107 min
Direção: Lasse Hallström
Elenco: Ewan McGregor, Emily Blunt, Kristin Scott Thomas, Amr Waked e Rachael Stirling.

Sinopse: especialista em peixes é contratado para levar a pesca esportiva para o meio do deserto.

Crítica: o filme, apesar do título meloso (tradução no Brasil), não fala de amor, mas sim de esperança. Cada personagem carrega a sua. Dr. Jones (Ewan McGrefor) precisa acreditar que consegue escapar da vida a que se acomodou. Harriet (Emily Blunt) tem que acreditar que seu namorado de três semanas voltará vivo do Afeganistão. O xeque Muhammed (Amr Waked) precisa crer que seu projeto trará frutos e que, em última análise, beneficiará seu povo.
As atuações são ótimas. McGregor está perfeito como o funcionário público pacato, que não desvia nem um pouco de sua rotina diária (casado há muitos anos), mas que, aos poucos, vai se abrindo. Blunt faz seu papel, nada especialmente memorável, mas demonstra perfeita química com seu parceiro de tela. Amr Waked tem uma performance convincente, passando serenidade. E Kristin Scott Thomas (triunfante como sempre) parece estar ligada na tomada, falando pelos cotovelos e tomando decisões a cada segundo, como assessora de imprensa do Primeiro Ministro britânico. Ela tem que abafar um bombardeio acidental de uma mesquita do Afeganistão, por soldados britânicos.
Não há muita criatividade na direção (além do conceito em si, de pesca de salmões no Iêmen) ou profundidade na trama. A questão do namorado desaparecido de Harriet e as ações de radicais muçulmanos são tratadas de maneira simplista, superficial, quase que sem consequências. O que compensa é a sintonia do elenco, que permite assistirmos a um longa agradável e com uma mensagem otimista ao final. A fotografia também deve ser elogiada, é de encher os olhos.

Avaliação: ***

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Amor e Dor (Love and Bruises)

País: China
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Lou Ye
Elenco: Corinne Yam, Tahar Rahim e Jalil Lespert.
  
Sinopse: a história de Hua (Corinne Yam), uma jovem professora de Pequim, fluente no francês, que viaja para Paris na esperança de abandonar sua antiga vida. Ali, conhece Mathieu (Tahar Rahim), um trabalhador da construção civil que carece de cultura e sofisticação. Os dois literalmente se encontram por acidente e parece que instantaneamente se reconhecem como filhos deslocados da sociedade. Uma unidade inexplicável que empurra Hua para este homem que representa o desconhecido e a engole em um relacionamento frenético composto de paixão e desejo, abuso sexual e verbal.

Crítica: a premissa era falar de amor e sofrimento, mas a má direção perdeu-se em um roteiro grosseiro e violento. As cenas são fortes, porém cansativas, chatas e repetitivas.
Falta sensibilidade para dar força aos seus protagonistas (que até têm boas atuações) e uma história que envolvesse o espectador.  
O cenário exageradamente escuro não ajuda a dar um ritmo à trama que se arrasta sem nada revelar. Uma perda de tempo!

Avaliação: **

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sábado, 16 de junho de 2012

Violeta foi para o Céu (Violeta se fue a los cielos)

País: Chile/Argentina
Ano: 2010
Gênero: Biografia
Duração: 110 min
Direção: Andrés Wood
Elenco: Francisca Gavilán, Thomas Durand, Christian Quevedo, Gabriela Aguilera e Roberto Farias.

Sinopse: um mergulho na vida de Violeta Parra (Francisca Gavilán), o maior nome da música chilena. Equivalente local (em termos de paixão nacional) à Édit Piaf para os franceses. A cinebiografia conta a história de mais um artista incompreendido, que quis a todo custo espalhar e ensinar sua arte. Uma mulher que teve tudo o que quis, de amantes mais jovens ao reconhecimento de mineiros e políticos chilenos, passando pela burguesia cultural francesa. Tudo foi alcançado por uma mulher insatisfeita por natureza e voluntariosa ao extremo.

Curiosidade: o filme chileno mais visto de 2011, com 391 mil espectadores. Foi, também, o representante chileno para as categorias de melhor filme estrangeiro no Oscar (Estados Unidos), nos prêmios Ariel (México) e Goya (Espanha).

Crítica: o sucesso de público no Chile e no exterior é merecido. A biografia, que não segue uma narrativa linear, aborda praticamente toda a vida da artista, focando em seu talento musical e luta para conquistar tudo o que queria.
A direção é muito eficiente na edição e a atriz Francisca Gavilán é excepcional. Tão convincente que temos a impressão de estar conhecendo realmente Violeta Parra: intensa, forte, sincera, vibrante e cheia de vida.
Violeta Parra luta, vence, brilha, perde, alegra-se, sofre, tenta novamente, decepciona-se, passa por momentos incrivelmente difíceis e de grande perda, mas sua mensagem, vida e obra ficam para sempre.
A trilha sonora, toda feita com suas músicas, no tom e na medida certa, é contagiante. Impossível não sair do cinema pensando nela e cantando suas músicas.

Avaliação: ****

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Weekend

País: Reino Unido
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 97 min
Direção: Andrew Haigh
Elenco: Tom Cullen e Chris New.

Sinopse: Weekend acompanha Russel (Tom Cullen), que depois de uma festa na casa de seus amigos na sexta-feira à noite vai a uma balada gay e acaba encontrando o aspirante a artista Glen (Chris New). Os dois vão para a casa de Russel e o que parecia ser apenas o caso de uma noite acaba se estendendo enquanto os sentimentos dos dois evoluem. Eles quase todo o dia seguinte juntos compartilhando memórias sobre suas vidas, conquistas e dificuldades por serem gays. Neste momento Glen conta para Russel que está partindo no dia seguinte para os Estados Unidos para viver lá.

Crítica: um dos melhores filmes dos últimos tempos. Fala de amor com maestria e com uma realidade de sentimentos, difícil de se ver nas telas. É tão real que parece um documentário.
É difícil eleger um só destaque desta produção. Para começar, o roteiro é preciso em transpor os sentimentos dos protagonistas e em retratar suas vidas da forma mais realista possível. Além disso, em nenhum momento o filme se torna chato ou ativista pelas conversas sobre a luta constante de um homem gay na sociedade preconceituosa. Pelo contrário, os diálogos são dotados de uma simplicidade e honestidade que conquistam o espectador e, além disso, são tão bem escritos e interpretados que em nenhum momento soam inverossímeis. E aí que está outro destaque do longa: suas atuações. Seus dois protagonistas, Tom Cullen e Chris New, se entregam a seus papéis de forma completa. E palmas para o diretor Andrew Haigh, que consegue acompanhar praticamente o dia-a-dia daqueles dois personagens sem tornar o filme enfadonho em nenhum momento.
Weekend é, acima de tudo, uma belíssima história de amor, independente do sexo de seus protagonistas, e que ganha o espectador por sua carga de naturalidade, principalmente com a condução impecável e a honestidade do roteiro com o destino de seus protagonistas. O final não é hollywoodiano, e sim como a vida é. Imperdível!!!

Avaliação: ****

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Adorável Pivellina (La Pivellina)

País: Itália/Áustria
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Tizza Covi, Rainer Frimmel
Elenco: Patrizia Gerardi, Asia Crippa e Walter Saabel.

Sinopse: Patti, uma artista de circo que mora com o marido em um trailer, encontra a pequena Asia, de dois anos, em um parque nos arredores de Roma. Junto com a menina veio apenas o bilhete da mãe avisando que a apanharia quando tivesse condição. Neste meio tempo, ela encanta Patti e sua vizinhança.

Crítica: uma ficção com ar de documentário, onde tudo soa muito natural. A figura central da história, a Pivellina do título, é uma menina de apenas dois anos de idade, que habita um meio repleto de cachorros, gatos, bodes e, até mesmo, leões.
Para reforçar o caráter documental, a produção fez questão de não utilizar nenhum tipo de luz artificial. Além disso, filmou toda a obra com câmeras Super 16mm. Obviamente, sabemos mais ou menos quando se passa a trama devido ao vestuário e aos automóveis, mas a imagem granulada e acinzentada vem para dizer que o tempo pouco importa.
A história se passa em uma Roma pouquíssima explorada pelo cinema, sem glamour, belos cenários ou prédios históricos, mas em um subúrbio bem feio e com pouco controle populacional, o que não quer dizer que seja um ambiente ruim.
O fato dos diretores terem deixado seus atores livres para construir seus personagens e não insistirem em fazer cenas "ensaiadas" com os atores mirins é o segredo do filme, que tem um bom desenvolvimento e desfecho.
Totalmente inseridos em seus personagens, os atores Patrizia Gerardi e Walter Saabel brilham na pele de dois membros do circo que encontram um bebê de dois anos abandonada em um parque. Eles decidem ajudar a criança ao mesmo tempo em que iniciam a busca pela mãe. Uma obra delicada, inteligente e centrada na pequenina Asia Crippa.

Avaliação: ***

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Moscou, Bélgica (Aanrijding in Moscou)

País: Bélgica
Ano: 2008
Gênero: Comédia dramática
Duração: 102 min
Direção: Christophe Van Rompaey
Elenco: Barbara Sarafian, Jurgen Delnaet, Johan Heldenbergh, Anemone Valcke, Sofia Ferri, Julian Borsani, Bob De Moor, Jits Van Belle e Griet van Damme.

Sinopse: Moscou é o nome de um bairro periférico de Ghent, na Bélgica, com uma densa classe trabalhadora. Matty (Barbara Sarafian), 41 anos de idade, três filhos, bate seu carro contra um caminhão no estacionamento de um supermercado. Johnny (Jurgen Delnaet), 29 anos, pula da cabine, enfurecido pelo amassado no para-choque dianteiro, gritando com Matty. Chocada com o acidente, ela responde com sarcasmo. A discussão transforma-se numa violenta briga e a polícia tem de intervir. De volta a seu apartamento, Matty está tomando um banho para se recuperar das emoções vividas, quando o telefone toca. É Johnny desculpando-se por seu comportamento anterior.

Curiosidade: estreia de Christophe Van Rompaey na direção de um longa.

Crítica: casos de amor que surgem com esbarrões, discussões de trânsito, situações atípicas, com a raiva inicial se transformando em ternura, é uma das diversas convenções das comédias românticas. No caso de ‘Moscou, Bélgica’, tudo começa assim, porém o que diferencia o humor desse filme está no que acontece depois do primeiro esbarrão.
Um dos charmes do longa está nos personagens. Não há jovens bem-sucedidos ou charmosos e sofisticados cafés e restaurantes: temos um caso de amor ambientado na classe trabalhadora, o grosso dos moradores da Moscou belga. A válvula de escape de Matty para a filha “aborrecente” e o filho introspectivo é fofocar com a colega de trabalho dos Correios. Para Johnny, esquecer as burradas do passado é pilotar seu lindo caminhão amarelo. Em vez dos personagens ideais, temos pessoas imperfeitas.
Está aí o tempero diferente e a maior qualidade do filme. Ao mostrar muito mais os defeitos do que as qualidades de seus personagens, consegue uma empatia imediata do espectador, porque soa mais real e permite a identificação do espectador com os personagens.
Por outro lado, não é nada muito transformador ou profundo; diverte, entretém e segue os mesmos clichês das produções do gênero, sobretudo, no final da trama. Mas é leve, agradável e inteligente, qualidades difíceis de serem encontradas nas comédias dramáticas, produzidas aos montes no cinema.

Avaliação: ***

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Deus da Carnificina (Carnage)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 80 min
Direção: Roman Polanski
Elenco: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz e John C. Reilly.

Sinopse: em Nova York, o casal Nancy e Alan Cowan vai até a casa de Penelope e Michael. O motivo do encontro: o filho do primeiro casal agrediu o filho do segundo. Eles tentam resolver o assunto dentro das normas da educação e civilidade, mas, aos poucos, cada um perde o controle diante da situação.

Crítica: Roman Polanski surpreende com uma obra diferente do estilo dos seus últimos trabalhos. Um pouco à la Woody Allen, toda a trama é marcada por inteligentes, fortes, precisos diálogos, que expõem e criticam toda a hipocrisia humana, tão cheia de defeitos, mas que se nega a vê-los ou reconhecê-los.  
No início, tem-se a impressão de que será um filme chato, mas de repente tudo ganha um caminho, uma forma e a trama cresce até o clímax, claro que em grande parte pela atuação estupenda de seus personagens. Não há um protagonista, cada um deles representa o que a vida é, o que o mundo é, o que somos. O grande foco é, simplesmente, a humanidade. 
Reunidos, a princípio para discutir a educação dos filhos e tentar resolver uma briga de escola, aos poucos, as atenções se direcionam para a vida pessoal e profissional dos casais e a convencional polidez do início cede lugar a embates virulentos que por muito pouco não descambam para agressões físicas.
O longa, baseado na peça teatral God of Carnage, de Yasmina Reza (que também assina o roteiro ao lado do diretor), com exceção da breve cena da briga dos meninos, que se passa num parque, é todo ambientado dentro da sala de estar do casal formado por John C. Reilly e Jodie Foster, pais do filho agredido. É neste ambiente, em meio a conversas sobre culturas, tipos de educação, remédios, hamster e indigestões estomacais, que o destempero vai tomando conta do cenário. Só mesmo uma direção competente de Roman Polanski para dar dinâmica a uma narrativa que prende a atenção do espectador até o final, que é sublime.
O único defeito do longa é ser enxuto demais.

Avaliação: *** 

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Os Residentes

País: Brasil
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Tiago Mata Machado
Elenco: Melissa Dullius, Gustavo Jahn, Jeane Doucas, Simone Sales de Alcântara, Dellani Lima, Roberto de Oliveira, Geraldo Peninha, Cassiel Rodrigues e Paulo César Bicalho.

Sinopse: em uma casa abandonada, os Residentes instauram uma nova zona autônoma temporária. Jura e o filho alojam-se na cozinha, Matheus e Ava enfurnam-se num quarto, Dimas marca seu território pelas paredes da casa. Logo, eles receberão novos hóspedes: um velho militante neoísta, um autoexilado e uma artista plástica de renome, aparentemente sequestrada. As ambiências lúdicas que o grupo cria dentro da casa começam repentinamente a se proliferar pelas ruas da cidade.

Curiosidade: segundo longa-metragem de Tiago Mata Machado, que estreou no longa com O Quadrado de Joana (2006).

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Hasta la Vista

País: França/Bélgica
Ano: 2012
Gênero: Comédia dramática
Duração: 115 min
Direção: Geoffrey Enthoven
Elenco Robrecht Vanden Thoren, Tom Audenaert e Gilles De Schrijver, Isabelle de Hertogh, Kimke Desart, Johan Heldenbergh, Karlijn Sileghem, Sebastian Sundback, Charlotte Timmers e Xandra Van Welden.

Sinopse: três jovens de vinte anos amam beber vinho e paquerar as mulheres, mas ainda são virgens. Sob o pretexto de conhecer as vinícolas espanholas, eles embarcam um uma viagem com um objetivo definido: perder a virgindade. E nada os impedirá, nem mesmo suas deficiências físicas: um deles é cego, o outro está confinado a uma cadeira de rodas e o terceiro é paraplégico. O filme foi inspirado na história real de Asta Philpot, norte-americano que nasceu com uma doença genética grave que leva à paralisia total do corpo. Após vivenciar uma interessante experiência em um bordel com acesso para deficientes físicos na Espanha, Asta resolveu criar uma associação para pessoas na mesma condição que a dele e que buscam levar uma vida sexual satisfatória.

Crítica: Engraçado, divertido e sincero, o filme constrói personagens interessantíssimos, que lidam com seus problemas como todos nós, ou seja, nem sempre da melhor maneira.
Lars sofre de câncer e está preso a uma cadeira de rodas, Philip é tetraplégico e Josef está praticamente cego. Suas limitações, no entanto, não os impedem de empreender uma viagem quando descobrem a existência, na Espanha, de um bordel especializado em "pessoas como nós", como define Philip.
O bom enredo ganha ainda mais veracidade aos olhos do espectador graças às perfeitas atuações dos atores Robrecht Vanden Thoren, Tom Audenaert e Gilles De Schrijver. Numa das cenas mais belas do longa, o público descobre que nenhum dos atores sofre de qualquer limitação física, o que chega até a surpreender de tão convincente que são as inerpretações.
Sem ser piegas ou exagerar na dramaticidade, o tema deficiência física é abordado com delicadeza, o que não significa condescendência. Em nenhum momento sentimos pena dos personagens nem tampouco suas limitações são tratadas como meros detalhes incapazes de impedir que tenham uma vida normal. Os estorvos do dia-a-dia limitam suas vivências, os tornam dependentes e o longa não dissimula isso.
Merece destaque também o papel de Isabelle de Hertogh, que interpreta Claude, motorista e enfermeira do trio na viagem entre Bélgica e Espanha. A relação entre a personagem e os rapazes é o ponto de partida para descobrirmos como cada um deles se relaciona com a própria deficiência, inclusive Claude, vítima de uma “deficiência afetiva”, como define Josef. A convivência dos quatro cruzando a Europa numa van é também responsável pelos momentos mais divertidos da trama.
O diretor conduz bem sua câmera e consegue captar o mal-estar existencial dos personagens, tanto que, ao longo da projeção, até esquecemos estar diante de atores. É como se fôssemos inseridos num breve momento da vida de pessoas reais.
Brilhante!!!

Avaliação: ****

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Um Verão Escaldante (Un eté brûlant)

País: França
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Philippe Garrel
Elenco: Monica Bellucci, Louis Garrel e Céline Sallette.

Sinopse: Paul (Jérôme Robart) trabalha como ator figurante, mas sonha em ser um pintor. Através de um amigo, ele conhece o artista plástico Frédéric (Louis Garrel), que é casado com uma famosa atriz de filmes italianos chamada Angèle (Monica Bellucci). Fazendo um pequeno papel em um filme de guerra, ele acaba conhecendo Elisabeth (Céline Sallette) durante uma filmagem e os dois começam a se relacionar. Livres em sua maneira de viver, Frédéric e Angèle viajam para Roma para passar um período por lá e convidam os dois namorados para ficar com eles em sua casa. Uma vez lá, o quarteto passa a vivenciar uma experiência que poderá mudar suas vidas.

Crítica: o queridinho do Festival de Veneza, Philippe Garriel (diretor de Amantes Constantes) não foi muito feliz neste trabalho.
Na abertura, duas cenas melancólicas: um homem abalado na direção de um carro e uma mulher nua deitada na cama. Os personagens em questão são Frédéric (Louis Garrel) e Angèle (Monica Bellucci). Ele vive um artista plástico e ela, uma atriz de cinema. Os dois formam um casal em conflito.
Mas antes de seguir adiante, a narrativa volta no tempo e apresenta Paul (Jérôme Robart) e Elisabeth (Céline Sallette), que se conhecem durante uma filmagem, começam a namorar e logo se transformam em frequentadores assíduos da casa de Frédéric e Angèle. Assim, sem eira nem beira, amizades se constroem num piscar de olhos e no minuto seguinte já se fala em experiências de suicídios (fixação do cineasta), sexo casual e por aí vai.
Não há conexão entre os acontecimentos e seus personagens. Tudo parece solto e superficial e, mesmo com a introdução de temas polêmicos (morte, fascismo, religião, guerra e política) e diálogos ‘cabeça’, a trama não convence e não atrai o espectador.
Sem profundidade, tudo soa muito estranho. Personagens mal trabalhados numa história sem ‘eira nem beira’.

Avaliação: **

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Os Acompanhantes (The Extra Man)

País: EUA
Ano: 2010
Gênero: Comédia dramática
Duração: 108 min
Direção: Robert Pulcini e Shari Springer Berman
Elenco: Kevin Klline, Paul Dano, Katie Holmes e Jason Butler Harner.

Sinopse: Kevin Kline interpretará um escritor falido que trabalha como segurança de viúvas ricas (um homem extra – faz de tudo) e desenvolve uma relação professor/aluno com um problemático aspirante a dramaturgo.

Crítica: algumas sinopses induzem a acharmos que o filme tem uma história interessante ou que, ao menos, o filme é razoável, ‘assistível’. É o caso de “Os Acompanhantes”, cuja premissa para a trama cria uma certa curiosidade, além de ter um elenco respeitável.
Mas nada salva o longa. Chato, bobo, arrastado, não chega a lugar algum. Nem engraçado é para valer como entretenimento que fosse. Um roteiro completamente perdido. Difícil acreditar que Kevin Kline e Paul Dano estejam num trabalho tão ruim e inútil.

Avaliação: *

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Prometheus

País: EUA
Gênero: Ação
Duração: 124 min
Direção: Ridley Scott
Elenco: Noomi Rapace, Michael Fassbender e Charlize Theron.

Sinopse: cientistas e exploradores testam os limites físicos e mentais dos seres humanos.

Crítica: o retorno de Ridley Scott ao gênero que ajudou a definir no cinema era algo muito esperado pelos fãs desde 1982, quando lançou seu último filme de ficção científica Blade Runner e nada poderia ser mais apropriado do que um prólogo de Alien. Com boa parte da tensão e visual que estamos acostumados a ver em produções anteriores do cineasta, Prometheus é um filme ambicioso que até pode ser considerado o Alien do século XXI.
A questão está no fato de ser ambicioso demais e não conseguir abarcar tudo o que pretende. Ele trata da procura por respostas sobre a criação da humanidade e isso nos leva a uma lua distante, a bordo da nave que dá nome ao longa-metragem, onde nos deparamos com momentos de terror e mortes violentas. É exatamente a tentativa de misturar essas profundas questões com a obrigação de dar sustos e ter cenas chocantes gratuitas que impede a obra de ser melhor.
O interessante é que desde o início Prometheus procura se distanciar de Alien (é importante saber disso ao ir ao cinema), porém recicla muitos elementos que deram certo no clássico de 1979 e, sem vergonha de beber da mesma fonte, constrói aos poucos uma atmosfera de tensão e paranoia. Só que em nenhum momento a coisa fica tão séria quanto a bordo da Nostromo (nave onde Ripley era tenente), pois as motivações dos personagens são claras demais quando não deveriam e obscuras quando não precisavam ser – o que dá um tom artificial em certos momentos – sobretudo porque Alien já fez tudo isso antes.
Destaque para a atuação de Michael Fassbender, que interpreta o androide David de uma forma assustadora e bizarra, sem sentimentos, ao ponto de incomodar o espectador que observa, passivo, decisões importantes serem tomadas por uma máquina sem medo e sem consideração pela vida humana.
Na trama, a ciência fica de lado e a tecnologia, muito mais clean e avançada do que no filme que se passa 30 anos no futuro, funciona somente como ferramenta narrativa, sem muito embasamento, mesmo dentro do gênero. Os problemas aparecem até durante a simples análise do material genético de um extraterrestre, cujo resultado não é convincente.
Mesmo com um desfecho previsível e cenas exageradamente fictícias, os fãs de ficção científica irão gostar. O visual é incrível.

Avaliação: ***

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Para Sempre (The Vow)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Michael Sucsy
Elenco: Rachel McAdams, Channing Tatum e Sam Neill.

Sinopse: casal sofre um acidente de carro e a mulher entra em coma. Quanto desperta, ela não se lembra de nada ocorrido em sua vida nos últimos meses e os dois terão de reconstruir suas vidas.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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domingo, 3 de junho de 2012

À Espera de Turistas (Am Ende kommen Touristen)

País: Reino Unido/Polônia/Alemanha
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: Robert Thalheim
Elenco: Alexander Fehling, Ryszard Ronczewski, Barbara Wysocka e Piotr Rogucki.

Sinopse: um jovem alemão presta serviços voluntários no museu de Auschwitz e também cuidando de um sobrevivente do campo de concentração, um senhor teimoso que o trata com arrogância e impaciência. Mas sua vida ganha novo sentido ao se envolver com uma intérprete.

Críticaa Segunda Guerra já rendeu mais filmes do que se pode imaginar, mas, vez ou outra, um cineasta trata da questão por um ponto de vista peculiar. É o caso de “À Espera de Turistas”, que expõe com muita simplicidade a relação entre um jovem alemão e um idoso polonês sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, um dos maiores e mais cruéis do regime nazista.
Quando decide prestar serviços sociais na região de Auschwitz em uma alternativa para fugir do serviço militar em seu país, o jovem Sven (Alexander Fehling) vê-se incumbido de realizar pequenos trabalhos para o sr. Krzeminski (Ryszard Ronczewski), um octogenário que se recusa a sair do campo, onde fica o museu em homenagem aos mortos pelo Holocausto.
Enquanto auxilia o polonês com atividades como compras de supermercados, reparos no dormitório e serviços de motorista para pequenas palestras ministradas aos turistas (com detalhes que só um sobrevivente é capaz de oferecer), Sven se sente descolado em uma região onde é visto como eterna persona non grata. A ironia de prestar serviços sociais a poloneses em nome do Exército Alemão faz com que o deboche dos poloneses que o rodeiam seja inevitável.
Para distrair-se nas suas horas de folga, vai a shows e passeia por pontos históricos que se dedicam, obviamente, à tragédia que assolou o local há mais de 70 anos. Em uma de suas saídas, conhece Ania (Barbara Wysocka), com quem se envolverá em um relacionamento amoroso, e em uma relação não muito amistosa com o irmão dela, Krzysztof (Piotr Rogucki).
As atuações são ótimas, inclusive a da simpática irmã de Krzeminski, Zofia (Halina Kwiatkowska), que surge na trama a fim de ajudar o irmão, tentando levá-lo para morar com ela, em sua casa no campo.  
Além de expor o desconforto de duas nações separadas e unidas pela Segunda Guerra, o longa trata da questão com delicadeza e humanidade. Esforça-se em seu roteiro, com frases pontuais, poucos diálogos, mas fortes, talvez para dar margem a interpretações ou, simplesmente, por explicitar ainda mais a questão difícil de conviver até hoje. Apesar de bastante enxuta, a trama cativa e agrada. Mantém o distanciamento necessário para evitar opiniões e julgamentos.
As cicatrizes da guerra estão em seus protagonistas, seja em Krzeminski, que viveu diante do horror, seja em Sven, que carrega nas costas o peso de um passado da qual não fez parte, porém tem de carregar nas costas. E, assim, a obra reforça a questão de que o passado, por mais difícil que seja, deve ser lembrado para que não se repita.

Avaliação: ***

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O Que Eu Mais Desejo (I Wish)

País: Japão
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Direção: Hirokazu Kore-Eda
Elenco: Koki Maeda, Ohshirô Maeda e Ryôga Hayashi.

Sinopse: na ilha japonesa de Kyushu, dois irmãos são separados após o divórcio dos pais. O mais velho, Koichi, foi morar com sua mãe na casa dos avós, localizada no sul da ilha, perto do preocupante vulcão Sakurajima. O irmão mais novo, Ryunosuke, manteve-se com o pai, guitarrista, no norte da ilha. O anúncio da construção de uma linha de trem bala ligando duas cidades enche o garoto Koichi de esperança e o faz acreditar que a novidade vai reunir sua família mais uma vez.

Crítica: uma bela e acertada direção japonesa. Capricho na estética, trilha sonora apropriada, atuações mirins satisfatórias e uma história singela e comovente.
A trama acompanha dois irmãos que sofrem com o divórcio dos pais. O ponto de vista das crianças é bem retratado nos diálogos e situações. Há naturalidade nas sequências do dia-a-dia, na escola, entre os familiares. Tudo flui bem, inclusive com a colaboração dos coadjuvantes. Apenas é lento em alguns momentos, mas nada que interfira ou prejudique a trama marcada pela sensibilidade, ingenuidade e inocência, presentes na infância.

Avaliação: ***

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Pequenas Histórias

País: Brasil
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 79 min
Direção: Helvécio Ratton
Elenco: Marieta Severo, Gero Camilo, Paulo José e Patrícia Pillar.

Sinopse: na varanda de uma fazenda, uma senhora conta histórias ao mesmo tempo em que corta e costura retalhos de pano, criando imagens que formam uma toalha. São quatro histórias de humor e magia: o casamento do pescador com Iara, a sereia dos rios; o coroinha de uma igreja que vê a procissão das almas; o encontro entre um Papai Noel de loja e um menino de rua; e as aventuras de Zé Burraldo, sujeito ingênuo que sempre se deixa levar pelos outros.

Críticaa premissa do filme é ótima: uma contadora de histórias e imagens que as ilustram. São 4 histórias criativas e engraçadas, envolvendo lendas que remetem ao cotidiano do povo brasileiro.
Pena que a filmagem seja um pouco amadora, sem muitos recursos. De qualquer forma, é um belo trabalho para se levar às escolas, já que se destina ao público infanto-juvenil. 

Avaliação: **

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Solteiros com Filhos (Friends with Kids)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia dramática
Duração: 100 min
Direção: Jennifer Westfeldt
Elenco: Kristen Wiig, Adam Scott, Jon Hamm, Megan Fox, Maya Rudolph, Chris O´Dowd, Edward Burns, Jennifer Westfeldt, Samantha Bee e Michael Dean.

Sinopse: Julie (Jennifer Westfeldt) e Jason (Adam Scott) são os melhores amigos um do outro, mas eles queriam muito ter um filho. Só que eles não curtem nem um pouco a confusão que as crianças trazem para os casais. Para isso, a solução encontrada pela dupla foi dar andamento a esta "produção", mantendo apenas a grande amizade existente entre os dois e recorrendo aos amigos para ajudar na empreitada. Será que isso vai dar certo?
Crítica: uma comédia dramática como tantas outras já lançadas: sem inovação, aparentemente moderna, mas no fundo conservadora e reforçando os mesmos valores de sempre e com fórmulas de felicidade como se as pessoas fossem todas iguais e como se isso fosse possível.
Os descolados Jason e Julie (que são os protagonistas), amigos desde o tempo de faculdade e bastante íntimos, decidem fazer um experimento social. Como ainda não encontraram os grandes amores de suas vidas, resolvem ter um filho juntos sem qualquer tipo de comprometimento conjugal, evitando assim o desgaste amoroso que enxergam nos relacionamentos dos amigos. O bebê vem e o plano dos dois começa a dar mais do que certo, o que frustra as expectativas de seus colegas que não apostavam no sucesso da empreitada. Mas aí entram em cena os novos interesses amorosos de ambos. E os filhos são mostrados aqui como meros seres irritantes fazedoras de cocô e xixi e capazes de anular a vida sexual de quaisquer amantes, o que retrata um certo exagero.
Há, no desenrolar do longa, um fio de esperança de que a condução da trama fuja do convencional, só que infelizmente isso não ocorre. A velha e conhecida moral americana ressurge e vence como a família nuclear tradicional como reduto da realização plena do ser humano.
Sem trazer reflexões ou discussões sobre o tema, já impondo uma solução como certa e apostando na conveniência, o filme perde a força. Sem falar nas interpretações medianas de alguns dos coadjuvantes.  

Avaliação: **

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Apenas uma Noite (Last Night)

País: EUA
Ano: 2010
Gênero: Romance
Duração: 90 min
Direção: Massy Tadjedin
Elenco: Sam Worthington, Keira Knightley, Gillaume Canet e Eva Mendes.

Sinopse: Michael (Sam Worthington) e Joanna Reed (Keira Knightley) formam um casal que parece ter tudo. Eles são jovens, atraentes e bem sucedidos. No entanto, tudo muda quando os Reeds vão a uma festa de trabalho de Michael, na qual Joanna presencia um momento suspeito entre o marido e sua nova colega de trabalho Laura (Eva Mendes). O incidente é fugaz e ambíguo e Joanna não tem certeza do que presenciou, mas a sombra da dúvida na relação do casal contamina seu amor.

Crítica: uma direção francesa, com certeza, daria outro tratamento ao filme que tenta ser alternativo, mas não consegue. Falta convicção na história e nos seus personagens, todos superficiais demais em seus papéis. Todos fazem o de sempre, sem mudar suas expressões faciais. Não há naturalidade nas ações, o que é essencial numa obra que se propõe a falar de amor e de relacionamentos. Situações parecem forçadas e a história não decola.
Não há espaço para reflexões e os personagens sequer inspiram grandes sentimentos nos espectadores. 
A premissa da trama é válida, porém um elenco melhor escolhido e dirigido poderia ter feito bem melhor.

Avaliação: **

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Madagascar 3: Os Procurados (Europe’s Most Wanted)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Animação
Duração: 93 min
Direção: Eric Darnell, Tom McGrath e Conrad Vernon
Elenco: vozes de Ben Stiller, Chris Rock, Jada Pinkett Smith, David Schwimmer, Sacha Baron Cohen, Cedric the Entertainer, Andy Richter e Frances McDormand.

Sinopse: Alex (Ben Stiller), Marty (Chris Rock), Gloria (Jada Pinkett Smith) e Melman (David Schwimmer) estão decididos a voltar para o Zoológico do Central Park, em Nova York. Ao deixarem a África, eles vão parar na Europa em uma caça aos pinguins e chimpanzés que quebraram a banca de um cassino de Monte Carlo. Logo, os animais são descobertos pela obstinada agente de controle de animais Francesa, Capitã Chantel DuBois (Frances McDormand), que não gosta de animais de zoológico andando por sua cidade e está entusiasmada pela ideia de caçar seu primeiro leão. Os animais encontram o esconderijo ideal em um circo itinerante, onde bolam um plano para erguer o circo, descobrir alguns novos talentos e voltar a Nova York salvos.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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