sábado, 16 de junho de 2012

Prometheus

País: EUA
Gênero: Ação
Duração: 124 min
Direção: Ridley Scott
Elenco: Noomi Rapace, Michael Fassbender e Charlize Theron.

Sinopse: cientistas e exploradores testam os limites físicos e mentais dos seres humanos.

Crítica: o retorno de Ridley Scott ao gênero que ajudou a definir no cinema era algo muito esperado pelos fãs desde 1982, quando lançou seu último filme de ficção científica Blade Runner e nada poderia ser mais apropriado do que um prólogo de Alien. Com boa parte da tensão e visual que estamos acostumados a ver em produções anteriores do cineasta, Prometheus é um filme ambicioso que até pode ser considerado o Alien do século XXI.
A questão está no fato de ser ambicioso demais e não conseguir abarcar tudo o que pretende. Ele trata da procura por respostas sobre a criação da humanidade e isso nos leva a uma lua distante, a bordo da nave que dá nome ao longa-metragem, onde nos deparamos com momentos de terror e mortes violentas. É exatamente a tentativa de misturar essas profundas questões com a obrigação de dar sustos e ter cenas chocantes gratuitas que impede a obra de ser melhor.
O interessante é que desde o início Prometheus procura se distanciar de Alien (é importante saber disso ao ir ao cinema), porém recicla muitos elementos que deram certo no clássico de 1979 e, sem vergonha de beber da mesma fonte, constrói aos poucos uma atmosfera de tensão e paranoia. Só que em nenhum momento a coisa fica tão séria quanto a bordo da Nostromo (nave onde Ripley era tenente), pois as motivações dos personagens são claras demais quando não deveriam e obscuras quando não precisavam ser – o que dá um tom artificial em certos momentos – sobretudo porque Alien já fez tudo isso antes.
Destaque para a atuação de Michael Fassbender, que interpreta o androide David de uma forma assustadora e bizarra, sem sentimentos, ao ponto de incomodar o espectador que observa, passivo, decisões importantes serem tomadas por uma máquina sem medo e sem consideração pela vida humana.
Na trama, a ciência fica de lado e a tecnologia, muito mais clean e avançada do que no filme que se passa 30 anos no futuro, funciona somente como ferramenta narrativa, sem muito embasamento, mesmo dentro do gênero. Os problemas aparecem até durante a simples análise do material genético de um extraterrestre, cujo resultado não é convincente.
Mesmo com um desfecho previsível e cenas exageradamente fictícias, os fãs de ficção científica irão gostar. O visual é incrível.

Avaliação: ***

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