sábado, 16 de junho de 2012

Hasta la Vista

País: França/Bélgica
Ano: 2012
Gênero: Comédia dramática
Duração: 115 min
Direção: Geoffrey Enthoven
Elenco Robrecht Vanden Thoren, Tom Audenaert e Gilles De Schrijver, Isabelle de Hertogh, Kimke Desart, Johan Heldenbergh, Karlijn Sileghem, Sebastian Sundback, Charlotte Timmers e Xandra Van Welden.

Sinopse: três jovens de vinte anos amam beber vinho e paquerar as mulheres, mas ainda são virgens. Sob o pretexto de conhecer as vinícolas espanholas, eles embarcam um uma viagem com um objetivo definido: perder a virgindade. E nada os impedirá, nem mesmo suas deficiências físicas: um deles é cego, o outro está confinado a uma cadeira de rodas e o terceiro é paraplégico. O filme foi inspirado na história real de Asta Philpot, norte-americano que nasceu com uma doença genética grave que leva à paralisia total do corpo. Após vivenciar uma interessante experiência em um bordel com acesso para deficientes físicos na Espanha, Asta resolveu criar uma associação para pessoas na mesma condição que a dele e que buscam levar uma vida sexual satisfatória.

Crítica: Engraçado, divertido e sincero, o filme constrói personagens interessantíssimos, que lidam com seus problemas como todos nós, ou seja, nem sempre da melhor maneira.
Lars sofre de câncer e está preso a uma cadeira de rodas, Philip é tetraplégico e Josef está praticamente cego. Suas limitações, no entanto, não os impedem de empreender uma viagem quando descobrem a existência, na Espanha, de um bordel especializado em "pessoas como nós", como define Philip.
O bom enredo ganha ainda mais veracidade aos olhos do espectador graças às perfeitas atuações dos atores Robrecht Vanden Thoren, Tom Audenaert e Gilles De Schrijver. Numa das cenas mais belas do longa, o público descobre que nenhum dos atores sofre de qualquer limitação física, o que chega até a surpreender de tão convincente que são as inerpretações.
Sem ser piegas ou exagerar na dramaticidade, o tema deficiência física é abordado com delicadeza, o que não significa condescendência. Em nenhum momento sentimos pena dos personagens nem tampouco suas limitações são tratadas como meros detalhes incapazes de impedir que tenham uma vida normal. Os estorvos do dia-a-dia limitam suas vivências, os tornam dependentes e o longa não dissimula isso.
Merece destaque também o papel de Isabelle de Hertogh, que interpreta Claude, motorista e enfermeira do trio na viagem entre Bélgica e Espanha. A relação entre a personagem e os rapazes é o ponto de partida para descobrirmos como cada um deles se relaciona com a própria deficiência, inclusive Claude, vítima de uma “deficiência afetiva”, como define Josef. A convivência dos quatro cruzando a Europa numa van é também responsável pelos momentos mais divertidos da trama.
O diretor conduz bem sua câmera e consegue captar o mal-estar existencial dos personagens, tanto que, ao longo da projeção, até esquecemos estar diante de atores. É como se fôssemos inseridos num breve momento da vida de pessoas reais.
Brilhante!!!

Avaliação: ****

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