quarta-feira, 29 de abril de 2015

Dólares de Areia (Dolares de Arena)

País: República Dominicana/ Argentina/México
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: Israel Cárdenas
Elenco: Geraldine Chaplin, Yanet Mojica e Ricardo Ariel Toribio.

Sinopse: Anne (Geraldine Chaplin), uma mulher europeia se encanta por Noeli (Yanet Mojica), uma jovem dominicana bem mais nova que ela, que se esforça para sobreviver em uma economia que apensa dá espaço para exploração. A conexão entre as duas gera um fluxo de acontecimentos comoventes e a esperança de uma chance de vida digna para Noeli.

Crítica: o filme, de poucas palavras e muita sensibilidade, aposta nas expressões de suas protagonistas e, aqui, quem dá um show de atuação é Geraldine Chaplin. Ela vive Anne, uma rica senhora e, talvez tendo terminado uma difícil relação com seu ex-marido na França (a trama não conta quase nada do passado), busca desesperadamente uma companhia e vê em Noeli (Yanet Mojica) a pessoa que pode lhe dar isso. Elas estariam “juntas” há 3 anos. Superficialmente, a história retrata que Anne não vê o filho e o neto há anos e que a relação, por alguma razão, é bem distante. E seu filho não sabe da existência de Noeli.
Noeli vive de pequenos golpes, relações de interesse com turistas que chegam à República Dominicana e que ainda passa o que ganha para o namorado Yeremi (Ricardo Ariel Toribio), que é músico, mas raramente trabalha. São claras suas segundas intenções com Anne; uma delas é conseguir um passaporte europeu para tentar uma nova vida.
A situação é de exploração total, ainda de relações de colonialismo, infelizmente comuns na América Latina.
O tom é íntimo. As cenas são belas. O olhar de Anne é tão expressivo que nos comove.
Geraldine Chaplin, despida de qualquer vaidade, está em um dos melhores papéis de sua carreira. Ela que já fez vários papeis de destaque, como em ‘Fale com Ela’ (2002) e ‘O Orfanato’ (2007).
A relação entre Anne e Noeli é bem desenvolvida e as duas atrizes possuem uma boa química em cena.
Trata-se de uma obra simples, mas que trata de temas sérios, como o turismo sexual.
Vale a pena conferir, sobretudo por Geraldine que é 90% do filme.

Avaliação: ***

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Um Sonho Intenso

País: Brasil
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 101 min
Direção: José Mariani
Elenco: -

Sinopse: renomados economistas e historiadores discutem os avanços socioeconômicos do país e analisam os principais erros e acertos do processo de industrialização nacional, indo a fundo nas origens do subdesenvolvimento.

Crítica: diretor das cinebiografias sobre os cientistas Cesar Lattes e José Leite Lopes, e ‘O longo amanhecer’ no qual conta a trajetória de Celso Furtado, José Mariani dirige com excelência e segurança mais um documentário, agora focado na vida socioeconômica do Brasil.
Atual, muito bem editado com imagens e entrevistas enriquecedoras de economistas, historiadores, sociólogos dentre os quais, Maria da Conceição Tavares, Carlos Lessa, Adalberto Cardoso, Celso Amorim, Francisco de Oliveira, João Manuel Cardoso de Melo, Luiz Gonzaga Beluzzo, Lena Lavinas, José Murilo de Carvalho e Ricardo Bielchowsky (este é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalha para a Comissão Econômica para a América do Sul e Caribe, a Cepal), enfim, de gente que realmente conhece o assunto.
O período abordado vem da era Vargas (1930 a 1945), passando pelo governo do Juscelino Kubitschek, período da ditadura militar e todos os demais presidentes da República, até os dias de hoje.
Os relatos completam-se muito bem, nunca deixando o documentário cansativo. Pelo contrário, a montagem de imagens e relatos é eficiente, coesa, didática e dinâmica. Quanto às imagens, chama a atenção o fato de haver muita coisa nunca vista ou mostrada. 

Avaliação: ***

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O Diário da Esperança (A Nagy Fuzet)

País: Hungria
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 109 min
Direção: Janos Szasz
Elenco: András Gyémánt, László Gyémánt e Gyöngyvér Bognár.

Sinopse: no final da Segunda Guerra Mundial, a Hungria está praticamente destruída e derrotada. Dois garotos gêmeos de 12 anos de idade são enviados pelos pais para a casa da avó, que não demonstra o menor afeto por eles. Durante um ano os irmãos tentam lidar com a nova realidade do país e da nação.

Crítica: a ideia do filme de mostrar, do ponto de vista de duas crianças, os horrores da guerra, é boa, mas a execução não.
A trama tenta retratar o que a guerra e toda a sua violência faz com as pessoas. Ali, os valores tornam-se invertidos e o que vale é a sobrevivência. No entanto, isso é passado de forma exagerada, o que acaba soando estranho e caricato ao espectador.
Tudo é em excesso e perde-se o tom de drama no meio do caminho. Muitas mortes, muitos crimes, maus-tratos e tudo, então, é desgraça.
As atuações também não ajudam, com exceção da avó que cria os netos gêmeos, durante a ausência dos pais.
Até mesmo o texto que é narrado pelos meninos e escrito em um diário, conforme as orientações do pai, não prende a atenção do espectador.  
A direção foi ineficaz ao retratar os males de uma guerra e o que se faz numa situação como essa para não ser vencido.

Avaliação: *

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Sindicato de Ladrões (On the Waterfront)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 108 min
Direção: Elia Kazan
Elenco: Abe Simon, Arthur Keegan, Don Blackman, Eva Marie Saint, Karl Malden, Lee J. Cobb, Marlon Brando, Pat Henning, Rod Steiger, Rudy Bond e Tony Galento.

Sinopse: Terry (Marlon Brando), um ex-boxeador que começou a trabalhar nas docas de um porto em Nova York, testemunha contra os gangsters que tiranizam o cais e torna-se persona non grata. Por insistência do Padre Barry (Karl Malden), ele se vê envolvido em um dilema moral. Sua lealdade aos mafiosos, liderados por Johnny Friendly (Lee J. Cobb) e por seu irmão, Charlie (Rod Steiger), enfraquecera com o crime testemunhado por Terry. As táticas de persuasão do padre Barry e seu crescente afeto por Edie (Eva Marie Saint) distanciam-no gradualmente do mundo do crime. Quando seu irmão é morto pela Máfia como um aviso de que ele não deve testemunhar, sua conversão se completa.

Crítica: vencedor da categoria de Melhor Filme em 1955 e mais outros 7 Oscars, o filme sério, sombrio e realista, recebeu boas críticas e foi a porta para novos talentos no cinema, trazendo também a influência do cinema italiano (neorrealismo) para Hollywood, onde é marcante a caracterização realista dos espaços e, sobretudo, dos personagens, em suas roupas sujas e abarrotadas.
Marlon Brando já era sex-symbol popularizado por “Uma rua chamada pecado / A streetcar named desire” (1951) e “O Selvagem / The wild one” (1953). Aqui vive Terry Malloy, ex-lutador fracassado que cria pombos e está à mercê do chefe do sindicato John Friendly (Lee J. Cobb), a mando de quem participa de um assassinato. Tudo se complica quando ele se apaixona pela irmã do estivador que ajudou a matar, a bela Edie Doyle (Eva Marie Saint), moça que vai à luta e convence o padre Barry (Karl Malden, com quem Brando já trabalhara em “Uma rua Chamada Pecado”) a agir contra a corrupção.
Na trama de Sindicato de Ladrões, Terry Maloy (Marlon Brando), ex-pugilista fracassado que, por orientação do irmão mais velho Charley (Rod Steiger), acaba trabalhando no sindicato dos portuários de Nova York – uma ocupação braçal voltada à classe operária. Entretanto, ali está instalado todo um esquema de corrupção, crime e extorsão por parte do sindicato. Escalado para atrair um delator para uma armadilha (que acaba sendo morto), Terry é levado a um dilaceramento moral, uma reflexão ética, uma fragmentação entre a realidade do trabalho no cais de Nova York e sua consciência com pendor para valores éticos – ainda que seja um simples “vagabundo” da classe operária sem perspectiva alguma de futuro, como auto define-se o protagonista em cena tocante interpretada por Marlon Brando – certamente uma das mais importantes e reprisadas da história do cinema.

O dilema, de seguir honesto ou aderir ao crime, tendo de arcar com as consequências impostas pelas circunstâncias do contexto em ambas as escolhas, e de ser conivente com a ética e a moral em benefício de um grupo, ou em benefício do todo são o foco da história. Essa narrativa simbólica que lida com valores e concepções de mundo foi inusitada para a época, diferente dos fimes americanos de então.
O clássico é, sem dúvida, um retrato realista da nação americana do pós-guerra, no início dos anos 50.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Amor à Primeira Briga (Les Combattants)

País: França
Ano: 2014
Gênero: Comédia dramática
Duração: 98 min
Direção: Thomas Cailley
Elenco: Adèle Haenel, Kévin Azaïs, Antoine Laurent e Brigitte Roüan.

Sinopse: Arnaud (Kevin Hazaïs) é um jovem que acaba de perder o pai, e decide seguir os passos dele, tornando-se carpinteiro. Um dia, ele conhece Madeleine (Adèle Haenel), uma garota bruta e de poucos amigos, que acredita no fim do mundo e no caos social. Por isso, ela pensa apenas em sobreviver a qualquer custo; já ele não se preocupa com essas coisas. O sonho de Madeleine é entrar na divisão mais difícil do exército. Arnaud fica fascinado com ela, e passa a acompanhar o treinamento da amiga. Quando a garota parte para a divisão militar, ele decide se alistar também.

Crítica: “Les Combattants”, que ganhou um péssimo título em português, foge do gênero comum de romances adolescentes e surpreende com um enredo bem trabalhado.
Há romance, claro, mas o foco está nas diferenças de sexos e na sua luta diária para “sobreviver” literalmente.
De uma brincadeira, tudo passa a ser real e os protagonistas (aliás, excelentes em seus papeis) Anrnaud Labrède (Kevin Azaïs) e Madeleine Beaulieu (Adele Haenel) são testados em seus limites e se deparam com questionamentos sobre a vida, o futuro. Neste aspecto, o filme é bastante sutil e eficaz.
O que se vê na relação dos dois é o balanço correto entre a intensidade de uma garota rebelde e a delicadeza de um rapaz tranquilo e boa praça.
Na história, Arnaud é um jovem carpinteiro que precisa ajudar a mãe e o irmão nos negócios da família (o pai acabara de falecer). Tranquilo e simples, o rapaz é feliz com o que tem e procura levar a vida na boa. Já Madeleine é pouco sociável e tem atitudes grosseiras com todos. Determinada, ela acredita que o mundo está prestes acabar e que haverá um caos social.
Ela, então, se inscreve em um treinamento militar para testar seus limites e vencer sua resistência para estar pronta quando o pior chegar. Durante uma manhã, um grupo do exército francês chega na cidade para recrutar novos jovens. Em um dos testes, Arnaud e Madeleine acabam brigando e, a partir daí, por incrível que pareça, nasce uma amizade que pode ajudá-los a sobreviver em um campo de batalha que, na verdade, é uma batalha real para a vida.
Diálogos bem construídos, situações engraçadas e muita naturalidade dos dois jovens atores. Os coadjuvantes também cumprem seu papel a contento.
E o final, longe de ser meloso, é interessante e otimista, ao abordar o nascimento do primeiro amor. À altura de uma obra francesa.

Avaliação: ***

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Um Fim de Semana em Paris (Le Week-End)

País: Reino Unido/França
Ano: 2013
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 93 min
Direção: Roger Michell
Elenco: Jim Broadbent, Lindsay Duncan e Jeff Goldblum.

Sinopse: Nick (Jim Broadbent) e Meg (Lindsay Duncan) são professores universitários na faixa dos 60 anos que estão próximos de comemorar 30 anos de casamento. Vivendo sem emoções em Birminghan, na Inglaterra, Meg sugere que eles voltem para Paris e se hospedem no mesmo hotel em que passaram a lua-de-mel. Mas um encontro casual com ex-aluno de Nick pode significar mudanças na vida do casal.

Crítica: o filme começa até bem, mas acaba por entediar a plateia. Motivo: falta profundida num roteiro vago e com pouca graça, apesar de se intitular comédia.
Nick e Meg formam um casal de professores universitários de meia-idade que estão naquela difícil fase da vida: vivem juntos há muito tempo e, consequentemente, a relação entre os dois já não tem a mesma intensidade. Para tentar resgatar um pouco do romance decidem viajar, mas nem tudo sai como esperavam; ao contrário, percebem que tudo está bem pior do que imaginavam, numa ausência de sintonia total.
E para colocar “mais lenha na fogueira”, surge Morgan, um galante ex-pupilo de Nick, que com seu tipo charmoso encanta a esposa em crise.
O filme, dirigido por Roger Michell (de Um Lugar Chamado Notting Hill e Um Final de Semana em Hyde Park), é uma comédia romântica simples, sem apelações e com um toque sutil de nostalgia. De qualquer forma, acerta ao retratar uma longa relação, com todos os seus percalços, tristezas, desgastes, angústias, desejos – até mesmo o sexo na terceira idade. Entretanto, o roteiro é bastante vago e, em alguns momentos, até mesmo perdido.

Avaliação: **

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Nick Cave – 20.000 Dias na Terra (20.000 Days on Earth)

País: Reino Unido
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 95 min
Direção: Iain Forsyth e Jane Pollard
Elenco: Nick Cave, Susie Bick e Warren Ellis.

Sinopse: híbrido de documentário e ficção, um perfil do cantor, escritor e compositor australiano Nick Cave. Numa abordagem que contempla visões surpreendentemente francas e um retrato íntimo do processo artístico, o filme examina o que faz de nós o que somos e celebra o poder transformador do espírito criativo.

Crítica: o filme é uma mistura de ficção e realidade que faz um retrato intimista do músico, compositor, autor, argumentista e, ocasionalmente, ator australiano (uma de suas boas participações foi em “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford” (2007).
Nick Cave, o líder da banda The Bad Seeds, pode não ser dos artistas mais populares no Brasil. Mas sua forma de raciocínio, seu processo criativo e, sobretudo o formato não convencional desse documentário podem ser um criativo cartão de apresentação do músico, para quem não o conhece, ou simplesmente um bom entretenimento.
Muitos dos eventos são encenados, como na cena em que Cave conduz (literalmente, no banco traseiro do carro) a cantora – com quem gravou a música “Where the Wild Roses Growe” – e atriz Kylie Minogue, e eles relembram o passado.
Ou na sessão de análise – também teatralizada (o interlocutor não é o terapeuta dele) – em que Cave responde com coragem e honestidade a questões sobre a infância (muito saudável, obrigado, aliás, vivida com um pai presente e carinhoso, ao contrário do que poderiam supor os detratores daquele que é considerado o mestre da balada sombria), ou os próprios medos, sendo o principal deles o de perder a memória.
Enfim, é um relato divertido e tocante sobre o astro, mas também sobre a criatividade e a arte de se inventar.

Avaliação: ***

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Tudo o que o Céu Permite (All that Heaven Allows)

País: EUA
Ano: 1955
Gênero: Drama/Romance
Duração: 89 min
Direção: Douglas Sirk
Elenco: Jane Wyman, Rock Hudson, Agnes Moorehead e Conrad Nagel.

Sinopse: Cary Scott (Jane Wyman) é uma respeitável viúva da alta classe média, que sente-se frustrada mas reencontra o amor ao se apaixonar por Ron Kirby (Rock Hudson), seu jardineiro. Apesar de ser 15 anos mais velha e ter um casal de filhos já crescidos, ela decide assumir esta paixão. Entretanto, Cary encontra preconceito em vários de seus amigos íntimos e até mesmo nos filhos, que não aceitam que a mãe tenha tal relação.

Crítica: um clássico inesquecível. A história realça a posição submissa da mulher em uma sociedade machista e preconceituosa.
As situações, as atitudes e os diálogos dos personagens são bem colocados de forma crítica e dura na trama que, graças a um inteligente roteiro, é bem dinâmica.
Até que ponto vale abrir mão de tudo pela felicidade? Jane Wyman (vivida muito bem por Cary Scott) é pressionada pela falsa moral, hipocrisia e egoísmo de supostos “amigos” e pelos seus dois filhos.
O drama romântico, como não poderia deixar de ser, tem muito amor, sofrimento, desencontros, discussões, decepções, mal-entendidos, tragédias, mas, no final, tudo acaba bem.

Avaliação: ****

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Vingadores: Era de Ultron (The Avengers: Age of Ultron)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Ação
Duração: 142 min
Direção: Joss Whendon
Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Samuel L. Jackson e Chris Hemsworth.

Sinopse: sequência do sucesso "Os Vingadores", que reúne mais uma vez a equipe de super-heróis formada por Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner).

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Chapie

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Ficção científica
Duração: min
Direção: Neill Blomkamp
Elenco: Sharlto Copley, Dev Patel, Ninja, Jose Pablo Cantillo, Hugh Jackman, Sigourney Weaver, Brandon Auret e Anderson Cooper.

Sinopse: após ser sequestrado por dois criminosos durante seu nascimento, Chappíe se torna o filho adotado de uma família estranha e disfuncional. Além de ser único e um verdadeiro prodígio, Chappie também é um robô.

Crítica: Chapie é um blockbuster, sem dúvida, com direito a um vilão caricato, muita ação e efeitos especiais. E se dá ao luxo de exceder-se em metáforas e utilizar-se de uma identidade visual própria. A cidade de Joanesburgo (África do Sul), com altos índices de crimes e assaltos, é o cenário escolhido.
Mesmo assim, surpreende pelo lado sentimental e por levantar uma discussão moral bastante séria, entre o certo e o errado, o que é moral ou imoral, se é possível tornar o mundo melhor ou se tudo está perdido.

Avaliação: ***

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Jovem Poeta (Un Jeune Poète)

País: França
Ano: 2014
Gênero: Comédia dramática
Duração: 71 min
Direção: Damien Manivel
Elenco: Rémi Taffanel, Enzo Vassallo e Léonore Fernandes.

Sinopse: recém-saído da adolescência, Rémi (Rémi Taffanel) sonha em se tornar um grande poeta e emocionar e mudar o mundo com seus versos. Ele decide buscar inspiração na cidade de Sète, e já tem tudo preparado – papel e caneta na mão. Mas com tantos lugares para conhecer, ele não sabe por onde começar.

Crítica: de narrativa interessante e belas paisagens, o longa acompanha o drama de Remi, que está em uma idade crítica de sua vida: não sabe como dar início a sua carreira profissional. O rapaz deseja saber lidar com as palavras, e expressá-las da melhor maneira possível, mas não sabe por onde começar.
De férias pela cidade litorânea de Sète, na costa mediterrânea francesa, Remi precisa vivenciar as experiências necessárias que o permitam decifrar a realidade ao seu redor da tal qual anseia, ou seja, através de uma interpretação subjetiva e, por vezes, relativa.
Rémi vaga pelas ruas, vai até a biblioteca e visita o cemitério, onde passa longos momentos diante da tumba de Paul Valéry (1871-1945) – não por acaso um poeta que refletiu sobre seu ofício. Ele também tem uma musa, a Léonore (Léonore Fernandes).
Mas ainda que alguns afirmem que a inspiração possa estar por todos os lados, nem sempre ela se apresenta de modo explícito. É preciso identificá-la, saber como tratá-la e transcrevê-la aos seus propósitos. E é nessa dificuldade em que reside o conflito de Um Jovem Poeta.

Na maior parte do tempo em que acompanhamos sua rotina, ele se apresenta simplesmente como alguém imaturo e carente de orientações. Sua determinação parece apontar para revelações gratuitas, como se uma musa fosse lhe aparecer de uma hora para outra lhe abrindo as portas da criatividade. Mas ainda que essa se faça presente, talento não é um dom que se obtém sem um preço. Não adianta agarrá-la à força; é preciso conquistá-la. Algo que ele não sabe como, e nem parece muito interessado em aprender. A dúvida, portanto, é entender até que ponto este jovem teria condições de ir além da sua zona de conforto.

Avaliação: ***

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Índio Cidadão?

País: Brasil
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 52 min
Direção: Rodrigo Siqueira
Elenco: -

Sinopse: o resgate da conquista de direitos na Constituição de 1988 introduz a luta atual do Movimento Indígena, no Congresso Nacional, contra a PEC 215. A narrativa testemunhal Guarani Kaiowá revela o genocídio indígena em marcha no Mato Grosso do Sul.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Risco Imediato (Good People)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Ação
Duração: 90 min
Direção: Henrik Ruben Genz
Elenco: James Franco, Kate Hudson, Tom Wilkinson e Omar Sy.

Sinopse: Tom (James Franco) e Anna Reed (Kate Hudson) encontram uma grande quantia de dinheiro na casa do inquilino falecido e decidem usar o montante na quitação de algumas dívidas, mas tornam-se alvo de um vingativo ladrão.

Crítica: o filme tem uma história fraca, um enredo bobo, atuações medianas (não sei o que James Franco, talentoso, faz aqui), sequências totalmente previsíveis e, o desfecho, mais ainda.
Uma trama para sessão da tarde, sem qualquer criatividade. O roteiro, pelo menos, poderia ter sido mais inteligente.

Avaliação: **

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domingo, 5 de abril de 2015

As 14 Estações de Maria (Kreuzweg)

País: Alemanha
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 107 min
Direção: Dietrich Brüggemann
Elenco: Lea van Acken, Franziska Weisz, Florian Stetter, Anna Brüggemann, Hanns Zischler e Sven Taddicken.

Sinopse: Maria (Lea van Acken) é uma menina de 14 anos de uma família católica que segue com rigidez os tradicionais ensinamentos católicos. Preocupada em agradar a todos, ela se vê em meio ao fogo cruzado: como conciliar seus sentimentos por um colega de classe e o seu voto de pureza?

Crítica: um filme espetacular, ao estilo de “A Fita Branca”, de Michael Haneke (2009): tenso, pesado, perturbador.
O filme separado em 14 partes, como sugere o título, recebe em cada início um texto como se fosse uma passagem da Bíblia.
A primeira cena já é impactante: um padre de uma igreja católica ultraortodoxa, que acusa o Vaticano de catolicismo moderno, conversa com 6 crianças que estão prestes a fazer a crisma.
Terminada essa discussão sobre valores, pecados, obrigações, sacramentos e mandamentos, somos apresentados à família da menina – uma mãe autoritária e fria, um pai omisso, três irmãos, sendo que um deles tem 4 anos e não fala, e a babá que é em quem Maria mais confia.
Por esse irmão com problemas Maria está disposta a fazer um sacrifício: morrer por ele com a esperança de que ele possa falar. Extremamente confusa e reprimida pela mãe, ela acredita ser esse o caminho certo. O comportamento a afasta das pessoas na escola onde apenas um menino conversa com ela e a respeita.
Ela não concorda com o autoritarismo da mãe, porém não tem coragem de enfrentá-la.
Seu estado emocional e de saúde torna-se cada vez mais preocupante até não ter mais volta.
O texto é muito sábio, as atuações sublimes e o desfecho doloroso, mas real. É o resultado de tanta repressão – um alerta para as famílias intolerantes (no tocante à religião) quanto ao respeito, ao amor e à importância de ouvir.

Avaliação: ****

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O Útimo Ato (The Humbling)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Barry Levinson
Elenco: Al Pacino, Greta Gerwig, KyraSedgwick, Nina Arianda, Dylan Baker, Charles Grodin e Dianne Wiest.

Sinopse: Simon Axler (Al Pacino) é um famoso ator de teatro que se torna depressivo e adquire tendências suicidas quando, de repente e inexplicavelmente, perde seu talento. Numa tentativa de recuperar seu dom, ele tem um caso com uma jovem lésbica que tem a metade da idade dele. Rapidamente, a relação gera caos e pessoas ligadas ao casal reaparecem em suas vidas.

Crítica: a decadência e o esquecimento na vida artística é tema do longa, assim como no recente "Birdman".
O protagonista Simon Axler, interpretado pelo competente Al Pacino, é a alma do filme. Sua performance é digna de um ator nada decadente que, há algum tempo afastado das telas, ainda nos surpreende com sua capacidade de atuação.
Apaixonado por teatro, assim como o próprio na vida real, tenta administrar o fracasso com sessões de terapia via Skype depois de uma rápida internação em uma clínica psiquiátrica.
Ao sair, reencontra a filha de um grande amigo, Pegeen (Greta Gerwig), bem mais nova que ele. A fixação que nutria por ele desde criança a faz com que jogue tudo para o alto, inclusive sua atual preferência sexual, para ficar ao seu lado. Só que ele, décadas mais velho, passa a cada vez mais ter medo de perdê-la, mesmo porque as diferenças são bastante acentuadas pela diferença de idade e difíceis de serem administradas. Ele passa a gastar muito dinheiro com ela para satisfazer suas vontades, mesmo estando falido. 
Surge uma subtrama com uma louca (a excelente Nina Arianda) que também esteve internada na mesma clínica perseguindo-o e pedindo para ele matar o esposo dela que, supostamente, estaria abusando sexualmente de sua filha.
A jovem Pegeen estimula Axler a voltar ao teatro, enquanto mantém casos extraconjugais com mulheres, já que é assumidamente lésbica, apesar de ter assumido um caso com ele.
Nas sequências, muitas cenas engraçadas, textos inteligentes e cômicos, que se contrapõem à extensão um pouco excessiva da trama.
O final surpreende e é resultado da situação vivida por Axler.

Avaliação: ***


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O Ano Mais Violento (A Most Violent Year)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: J. C. Chandor
Elenco: Oscar Isaac, Jessica Chastain, David Oyelowo e Albert Brooks.

Sinopse: Nova Iorque, 1981. Em um dos invernos mais violentos da história da cidade, o imigrante Abel Morales (Oscar Isaac) e sua esposa, Anna (Jessica Chastain), tentam prosperar nos negócios, mas não conseguem escapar da corrupção, decadência e brutalidade que dominam a região.

Crítica: Chandor, diretor de "Margin Call - O Dia Antes do Fim" (2011), que trata da crise financeira que assolou o mundo em 2008, e de “Até o Fim" (2013), com Robert Redford no papel de um navegador cujo barco fica avariado durante um passeio, faz aqui mais um excelente trabalho, que traz um roteiro minucioso e atuações convincentes.
O ano mais violento da história de Nova York é 1981, segundo os registros oficiais, e é nesse ano que Abel Morales (Oscar Isaac), um poderoso comerciante de combustível que começa a ter os negócios e a família ameaçados.
Grandes carregamentos perdidos, homens armados rondando sua casa, um funcionário problemático e dívidas começam a apavorá-lo. Sua missão nada fácil é contornar todos esses problemas e evitar a ruína. Mas até que ponto um ser humano, inofensivo e honesto, suporta tanta pressão e pense em cometer atos impensáveis até então? Esse é o foco do longa que mescla máfia e o problema da imigração.
Conduzido com elegância, a narrativa é aprimorada e Oscar Isaac (que fez o jovem malandro de "As Duas Faces de Janeiro" (2014), de Hossein Amini, e o cantor folk de "Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum" (2013), dos irmãos Coen) está em seu melhor papel.
Sua impulsiva esposa Anna (Jessica Chastain) cobra, então, atitudes que possam salvá-los dessa situação. Também em excelente performance e em papeis coadjuvantes de peso na trama são David Oyelowo (que fez Martin Luther King em “Selma”), como um policial investigador, de ambições maiores, e Albert Brooks, mistura de advogado e conselheiro.
O clima pesado e tenso da história não é marcado por tiroteios ou grandes perseguições, e sim por diálogos intensos e momentos ásperos que questionam os valores humanos. 

Avaliação: ***

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Entre Mundos (Zwischen Welten)

País: Alemanha
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 98 min
Direção: Feo Aladag
Elenco: Ronald Zehrfeld, Mohsin Ahmady, Burghart Klaußner e Felix Kramer.

Sinopse: Jasper (Ronald Zehrfeld) é um soldado do exército alemão que, apesar de ter perdido o irmão que servia no Afeganistão, está disposto a encarar uma nova jornada nesta zona de guerra. Sua unidade está encarregada de proteger uma pequena vila da dominação Talibã. Uma das pessoas que acompanha Jasper é o intérprete Tarik (Mohsin Ahmady), que faz a mediação entre os soldados e os aldeões. Ambos os lados têm dificuldades em superar as diferenças nos seus respectivos modos de vida. O soldado deve conquistar a confiança dos moradores locais e da mílicia de Arbaki. O envolvimento com os alemães coloca cada vez mais a vida de Tarik em risco, mas quando a irmã dele parece estar sendo ameaçada, Jasper precisa tomar uma decisão.

Crítica: as produções alemãs costumam contar histórias duras e ásperas, como é o caso de “Entre Mundos”. A guerra não é fácil para ninguém, principalmente para o lado mais fraco que sempre sofre as piores consequências.
Jasper vive um soldado alemão que acaba se envolvendo demais com os problemas dos aldeões afegãos que ajudarão a sua equipe alemã a proteger uma ponte em construção e, mais ainda, com os problemas do seu intérprete Tarik que passa a ser constantemente ameaçado por ser considerado traidor já que trabalha com os alemães. Seu sonho é ir embora do país com sua irmã. Os pais foram mortos.
Mas entre sonho e realidade a distância é imensa. E o mundo que o separa de Jasper também o é.
A história bem produzida faz um retrato fiel de como ficam as pessoas em países invadidos.

Avaliação: ***

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Chico & Rita

País: Espanha/Reino Unido
Ano: 2010
Gênero: Animação
Duração: 94 min
Direção: Fernando Trueba e Javier Mariscal
Elenco: vozes de Eman Xor Oña, Limara Meneses, Estrella Morente e Freddy Cole.

Sinopse: Havana, Cuba, 1848. Chico (Eman Xor Oña) é um jovem pianista que tem grandes sonhos. Rita (Limara Meneses) é uma bela cantora com uma grande voz. Eles se conhecem em uma apresentação dela e logo se encantam um pelo outro. Após uma noite de amor, Rita é surpreendida pela presença de Juana, uma das namoradas de Chico. A situação faz com que eles se afastem, o que apenas é contornado quando Ramon (Mario Guerra), amigo dele, conversa com Rita e a chama para participar com Chico de um campeonato na rádio local. O trabalho faz com que eles se reaproximem, até que o sucesso dela faz com que Chico tenha uma crise de ciúmes.

Crítica: uma bela história de amor, com direito a fundo histórico, críticas sociais e personagens complexos. Soa tão profundo que até parece um filme e não uma animação.
Os recursos visuais e as técnicas usadas não são muito eficientes, mas a força da trama compensa. Cenários cuidadosos, detalhes de fatos que ocorriam à época, edição eficiente (em flashbacks da vida do Chico) e narrativa inteligente dão o ar sério da animação que, decididamente, é voltada para o público adulto. 
Chico & Rita, que esteve entre os indicados a concorrer ao Oscar de Melhor Animação em 2012, merece ser visto.

Avaliação: ***

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Amorosa Soledad (Amorosa Soledad)

País: Argentina
Ano: 2014
Gênero: Comédia dramática
Duração: 84 min
Direção: Martin Carranza e Victoria Galardi
Elenco: Inés Efron, Nicolas Pauls, Fabian Vena e Ricardo Darín.

Sinopse: Soledad (Inés Efron) é uma jovem que terminou há pouco tempo com Nicolás (Nicolás Pauls), seu namorado. Morando sozinha e trabalhando em uma loja de decoração, ela resolve que ficará uns três anos sem qualquer tipo de relacionamento. Até que, um dia, conhece por acaso Nicolás (Fabián Vena), que se interessa por ela.

Crítica: as comédias dramáticas costumam ser sempre previsíveis, repletas de clichês e sempre mais marcadas para o drama, trazendo poucos risos à plateia. E, aqui, apesar de ser da safra argentina que, em geral, está em um nível mais elevado, decepcionou, somando-se às inúmeras tramas desse gênero sem graça e sem qualquer qualidade que a distinguisse das demais.
Como lidar com o fim de um relacionamento? Será que a melhor decisão é buscar na solidão o melhor caminho para superar a dor? Trabalhar mais que o normal, ajuda a esquecer o amor perdido? Ou a melhor saída é ir em busca de outro amor? Essas são algumas das questões que o longa-metragem tenta responder sobre o amor e suas dores.
No entanto, ao forçar o lado cômico, perde o ritmo, empobrece a narrativa e não chega a lugar algum. O espectador fica à espera de que algo o surpreenda, mas em vão.
E o personagem de Ricardo Darín, considerado hoje o melhor ator argentino, faz apenas uma ‘ponta’, que não é suficiente para tornar o filme mais interessante.

Avaliação: **

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Um Momento Pode Mudar Tudo (You're Not You)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: George C. Wolfe
Elenco: Hilary Swank, Emmy Rossum e Josh Duhamel.

Sinopse: Bec (Emmy Rossum) é uma universitária um tanto quanto perdida, que está se relacionando com um professor casado e perdendo o interesse no seu futuro acadêmico. Ela começa um novo trabalho, cuidando de Kate (Hilary Swank), uma mulher que sofre de uma doença terminal. Aos poucos, a jovem vai aprendendo a aproveitar o mundo, mas acaba se afastando cada vez mais da sua antiga vida.

Crítica: um casal belo, rico e perfeito, cercado de amigos. Assim, inicia-se o filme para se contrapor a uma desgraça iminente. Daí em diante, muito dramalhão e comoção barata, mentiras, traições e decepções – um cenário ideal como nos filmes inspirados nos livros de Nicholas Sparks.
De ritmo e apresentação novelesca, é difícil acreditar que Hilary Swank tenha “embarcado” nessa. Pior ainda é o restante do elenco.
Uma história fraca, cheia de clichês e mensagens moralistas, disparates surreais para justificar os fatos que virão na sequência e um final mais meloso ainda.
De fato, deveria no máximo ter sido lançado em DVD. No cinema, é uma afronta aos amantes do cinema. 

Avaliação: *

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Os Incríveis (The Incredibles)

País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Animação
Duração: 115 min
Direção: Brad Bird
Elenco: Craig T. Nelson e Holly Hunter.

Sinopse: são super-heróis que vivem os problemas típicos de uma família normal, no subúrbio de uma pequena cidade dos Estados Unidos. Eles participam de um programa de proteção às testemunhas para fugir de um vilão e descobrem uma conspiração. De repente, são obrigados a entrar em ação para salvar o mundo, que está ameaçado.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Cada um na Sua Casa (Home)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Aventura
Duração: 99 min
Direção: Tim Johnson
Elenco: vozes de Steve Martin, Jim Parsons, Rihanna e Jennifer Lopez.

Sinopse: uma raça alienígena invade a Terra para se esconder de seus maiores inimigos extraterrestres. Eles vivem em segredo, mas o jovem alien J.Lo (voz de Jim Parsons) acaba se deparando com um dos tais malvados inimigos, o que o obriga a fugir ao lado da adolescente Tip (Rihanna). Os dois acabam desenvolvendo uma próxima e estranha amizade.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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O Garoto da Casa ao Lado (The Boy Next Door)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Suspense
Duração: 91 min
Direção: Rob Cohen
Elenco: Jennifer Lopez, Ryan Guzman, John Corbett, Ian Nelson e Hill Harper.

Sinopse: uma mulher divorciada (Jennifer Lopez) se envolve romanticamente com o vizinho adolescente (Ryan Guzman) e o relacionamento gera consequências inimagináveis quando o rapaz se mostra obcecado e inconsequente.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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quarta-feira, 1 de abril de 2015

O Sal da Terra

País: Brasil/França
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 110 min
Direção: Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado
Elenco: Sebastião Salgado, Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado.

Sinopse: o filme conta um pouco da longa trajetória do renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e apresenta seu ambicioso projeto "Gênesis", expedição que tem como objetivo registrar, a partir de imagens, civilizações e regiões do planeta até então inexploradas.

Crítica: ao se assistir ao documentário, é inegável não pensar que foi injusto não ter ganhado o Oscar.
Narrado pelo próprio Sebastião Salgado em francês, o filme é belíssimo. Pelas fotos, isso já seria garantia certa. Mas o documentário explora, de forma inteligente, a narrativa, a edição, o uso das imagens.
O que vemos ali nos choca, nos comove, nos marca, nos intimida, nos enobrece. Tudo de uma vez só, numa avalanche de fotos preto e branco que parecem falar. Sebastião Salgado, que é especialista em fotografar gente, olhares, sentimentos, também arriscou-se em outros projetos fotografando paisagens, como em seu álbum Gênesis, lançado em 2013.
A trajetória desde que saiu de Aimorés (Minas Gerais) aos 15 anos para estudar Economia e não Direito (apesar de ter tentado), tendo depois ganhado o mundo, é retratada com maestria. Casou-se com a arquiteta Lélia, sua companheira até hoje e a responsável pela edição dos álbuns, mudou-se para Paris durante o regime militar e viajando a trabalho como secretário para a Organização Internacional do Café, à África, tirou suas primeiras fotos com uma máquina Leica, que era da sua esposa. Ali começava sua peregrinação rumo ao sucesso.
Salgado revela que, muitas vezes, teve que deixar sua câmara e chorar depois do que via. Os conflitos em Ruanda são um desses exemplos, em que ele afirma que o homem é mau. Esse choque com a realidade o fez voltar à terra natal. Lá, após a morte do pai, numa área considerada não mais aproveitável, replantou a Mata Atlântica, por meio do Instituto Terra, que também está ajudando a recuperar o rio Doce.
Além das fotos memoráveis, em seus registros únicos (álbuns Os Trabalhadores, Serra Pelada, Outras Américas, Exôdos, entre outros), Sebastião Salgado ainda nos dá mais esse presente: uma tentativa de mundo melhor.

Avaliação: *****

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