Amor à Primeira Briga (Les Combattants)
País: França
Ano:
2014
Gênero: Comédia
dramática
Duração: 98
min
Direção: Thomas
Cailley
Elenco: Adèle
Haenel, Kévin Azaïs, Antoine Laurent e Brigitte Roüan.
Sinopse: Arnaud (Kevin Hazaïs) é um jovem que acaba de
perder o pai, e decide seguir os passos dele, tornando-se carpinteiro. Um dia,
ele conhece Madeleine (Adèle Haenel), uma garota bruta e de poucos amigos, que
acredita no fim do mundo e no caos social. Por isso, ela pensa apenas em
sobreviver a qualquer custo; já ele não se preocupa com essas coisas. O sonho
de Madeleine é entrar na divisão mais difícil do exército. Arnaud fica
fascinado com ela, e passa a acompanhar o treinamento da amiga. Quando a garota
parte para a divisão militar, ele decide se alistar também.
Crítica: “Les Combattants”, que ganhou um péssimo
título em português, foge do gênero comum de romances adolescentes e surpreende
com um enredo bem trabalhado.
Há romance, claro, mas o
foco está nas diferenças de sexos e na sua luta diária para “sobreviver”
literalmente.
De uma brincadeira, tudo
passa a ser real e os protagonistas (aliás, excelentes em seus papeis) Anrnaud
Labrède (Kevin Azaïs) e Madeleine Beaulieu (Adele Haenel) são testados em seus
limites e se deparam com questionamentos sobre a vida, o futuro. Neste aspecto,
o filme é bastante sutil e eficaz.
O que se vê na relação dos
dois é o balanço correto entre a intensidade de uma garota rebelde e a
delicadeza de um rapaz tranquilo e boa praça.
Na história, Arnaud é um
jovem carpinteiro que precisa ajudar a mãe e o irmão nos negócios da família (o
pai acabara de falecer). Tranquilo e simples, o rapaz é feliz com o que tem e
procura levar a vida na boa. Já Madeleine é pouco sociável e tem atitudes
grosseiras com todos. Determinada, ela acredita que o mundo está prestes acabar
e que haverá um caos social.
Ela, então, se inscreve em
um treinamento militar para testar seus limites e vencer sua resistência para
estar pronta quando o pior chegar. Durante uma manhã, um grupo do exército
francês chega na cidade para recrutar novos jovens. Em um dos testes, Arnaud e
Madeleine acabam brigando e, a partir daí, por incrível que pareça, nasce uma
amizade que pode ajudá-los a sobreviver em um campo de batalha que, na verdade,
é uma batalha real para a vida.
Diálogos bem construídos,
situações engraçadas e muita naturalidade dos dois jovens atores. Os
coadjuvantes também cumprem seu papel a contento.
E o final, longe de ser
meloso, é interessante e otimista, ao abordar o nascimento do primeiro amor. À
altura de uma obra francesa.
Avaliação:
***
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