quarta-feira, 30 de junho de 1999

Shakespeare Apaixonado

Título original: Shakespeare in Love
País: EUA/Inglaterra
Ano: 1998
Gênero: Comédia romântica
Duração: 122 min
Direção: John Madden
Elenco: Joseph Fiennes, Gwyneth Paltrow, Geoffrey Rush, Judi Dench, Simon Callow, Ben Affleck, Rupert Everett e Colin Firth.

Sinopse: comédia romântica que se passa em 1593, mas com ares dos anos 90. Tudo começa quando o jovem Will Shakespeare (Joseph Fiennes) depara-se com uma provação: o bloqueio da criatividade. Não importa o quanto tente, ele não consegue buscar entusiasmo para escrever uma nova peça teatral. Mas então, num momento extraordinário em que a vida imita a arte, ele apaixona-se por Lady Viola (Gwyneth Paltrow), uma mulher que o faz viver sua própria aventura de amor. Crítica: no filme há dois enredos paralelos: a história de Shakespeare se apaixonando e, nesse amor, encontrando inspiração para descrever o amor de Romeu e Julieta. Construir uma peça dentro de um filme é um recurso interessante, mas não representa exatamente uma novidade: o próprio Shakespeare utilizou esse artifício, colocando uma peça dentro de outra (em Hamlet, por exemplo).
Gwyneth Paltrow faz a personagem Viola, uma jovem rica, apaixonada pelo teatro, e pela qual Will (Shakespeare) se apaixona. Viola ama tanto o teatro que se disfarça de rapaz para conseguir fazer um papel na peça de William. Vale lembrar que, nessa época, denominada com justiça Era Elisabetana, o teatro constituía uma atraente diversão para o povo em geral, contudo representar era algo totalmente proibido às mulheres, sendo os papéis femininos interpretados por rapazes travestidos de mulher. O diretor mostra que, mais que musa e amada de Will, Viola é uma personagem paralela à da rainha Elisabeth, com vários pontos comuns entre as elas: a renúncia ao amor em nome do dever e da posição social, a paixão e o devotamento ao teatro e o desempenho de trabalhos masculinos – a rainha, dando ao reino britânico a hegemonia que este nunca tivera antes; e Viola, salvando simbolicamente o teatro e a arte, pois, ao representar o papel de Romeu, torna possível a apresentação da peça naquele momento. As duas: mulheres à frente de seu tempo, cultas, inteligentes, arrojadas. São palavras de Elisabeth: “Eu sei o que significa para uma mulher exercer a tarefa de um homem”. Uma bela produção, um belo filme.
Curiosidade: em 1999, levou 5 Oscars, inclusive o de melhor filme e melhor atriz (Gwyneth Paltrow).
Avaliação: ****

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sábado, 12 de junho de 1999

Corra, Lola, Corra

Título original: Lola Rennt
País: Alemanha
Ano: 1998
Gênero: Ação
Duração: 81 min
Direção: Tom Tykwer
Elenco: Franka Potente, Moritz Bleibreu, Herbert Knaup, Armin Rohde, Joacim Krol e Nina Petri.

Sinopse: Lola (Franka Potente) corre alucinadamente durante quase todos os 81 minutos de projeção. Sua epopéia começa quando seu namorado, Manni (Moritz Bleibtreu), se mete em uma encrenca com mafiosos. Como todos os dias, Manni espera pela namorada punk de cabelo laranja, Lola, que vai buscá-lo de moto no final do expediente. Neste dia, ela não vem. Sem a carona, Manni resolve pegar o metrô levando uma sacola com 100 mil marcos. Manni acaba saindo do metrô. Na correria, esquece a sacola dentro do trem. Manni, azarado, tem um encontro com seu chefe em 20 minutos para lhe entregar o dinheiro. Desesperado, telefona para Lola. A garota apaixonada sai em desparada, correndo pelas ruas, à procura do dinheiro. O problema é que ela só tem 20 minutos para isto.

Crítica: ágil, moderno e surpreendente. O filme é fiel ao título. Lola corre quase durante toda a duração da fita. A grande sacada é o que o diretor Tom Tykwer conta a jornada de Lola em três histórias. A cada vez, pequenas diferenças alteram por completo o destino de todos os que cruzam seu caminho. Lola e o namorado possuem três tentativas, três chances distintas. Se fracassam, basta começar tudo de novo.
Num ritmo de videogame, misturando cinema, vídeo e animação, Lola corre. Corre pelas ruas, pela calçada, prédios, enfrentando diversas situações, desviando dos obstáculos.
O visual inovador e a narrativa, sempre corrente, são o grande diferencial da obra.
Além das diferentes mídias utilizadas pelo diretor, a pluralidade de estilos faz com que a obra seja imbatível. Misto de ação e romance moderno, Corra Lola, Corra é uma produção imperdível. Se ainda não viu, corra para ver.

Curiosidade: o jovem cineasta, Tom Tykwer, foi quem fez o roteiro, produziu e compôs a trilha de música eletrônica.
De um custo estimado em US$ 2 milhões, ‘Corra Lola, Corra’ arrecadou US$ 14 milhões somente na Alemanha. No final de semana de estréia nos EUA, em míseras cinco salas, embolsou US$ 100 mil. Duas semanas depois, já ultrapassava US$ 1 milhão.

Avaliação: ****

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quinta-feira, 10 de junho de 1999

Amor Além da Vida

Título original: When Dreams May Come
País: EUA
Ano: 1998
Gênero: Romance
Duração: 113 min
Direção: Vincent Ward
Elenco: Robin Williams, Annabella Sciorra, Cuba Gooding Jr. e Max Von Sydow.

Sinopse: Chris Nielsen (Robin Williams), Annie (Annabella Sciorra), sua esposa, e os filhos do casal fazem uma família feliz. Mas os jovens morrem em um acidente e o casal é bastante afetado, principalmente Annie. No entanto, eles superam a morte dos filhos e conseguem levar suas vidas adiante, mas quatro anos depois é a vez de Chris morrer em um acidente e ser mandado para o Paraíso. Mas não um Céu com arcanjos e harpas, pois lá cada um tem um universo particular e o dele é uma pintura (sua mulher coordenava uma galeria de arte). Enquanto tenta entender o Paraíso, onde tudo pode acontecer, bastando que apenas deseje realmente, Chris fica sabendo que Annie, dominada pela dor, comete suicídio. Assim, ele nunca poderá encontrá-la, pois os suicidas são mandados para outro lugar. Mesmo assim decide tentar achá-la, apesar de ser avisado que mesmo que a encontre, ela nunca o reconhecerá.
Crítica: um filme sobre o amor em sua forma mais pura, onde tudo suporta e tudo supera. Mostra vários fundamentos da doutrina espírita, tais como a psicografia, a influência dos espíritos sobre as pessoas encarnadas, as conseqüências do suicídio, o poder do pensamento e os diferentes planos espirituais. Apesar das falhas no conteúdo espírita (especialmente no caso do suicídio), tem um bom enredo e possui uma fotografia belíssima.
A humanidade que os atores emprestam aos personagens se encaixa perfeitamente nos cenários impressionistas do longa. As paisagens – quadros convertidos em realidade – são de uma beleza incrível. A direção de arte caprichou nos cenários de paraíso e inferno.
As situações, os diálogos e as interpretações são bastante realistas e mensagens otimistas soam naturais.
Avaliação: ***

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