terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Tartarugas Podem Voar

Título original: Lakposhtha Hâm Parvaz Mikonand
País: Irã/Iraque
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Bahman Ghobadi
Elenco: Soran Ebrahim, Avaz Latif, Saddam Hossein Feysal, Hiresh Feysal Rahman, Abdol Rahman Karim e Azil Zibari.

Sinopse: conta uma história dramática que se passa em uma vila de curdos, na fronteira entre o Irã e a Turquia, pouco antes do ataque norte-americano ao Iraque. Nesse local isolado e pobre, os moradores buscam uma antena parabólica para tentar conseguir notícias via satélite do que realmente está acontecendo e o que está prestes a acontecer. Nisso, um garoto mutilado, que vem de outra vila junto com sua irmã e seu filho, começa a prever que a guerra está cada vez mais próxima.
Crítica: denso e perpassado por uma visão infantil da crueldade da guerra. Entre guerras de forças políticas e a busca pelo poder econômico, a infância perdida. Com a iminência da invasão norte-americana, a população de curdos se encontra acuada e luta pela sobrevivência. O olhar do diretor se volta para as crianças que se movem na desesperança total. O cenário é tão cruel que é difícil não se sentir incomodado com o que se vê na tela. Apesar da triste realidade, o filme consegue ser poético e político sem ser panfletário. Uma excelente obra cinematográfica.
Curiosidade: o diretor, nascido no Irã, teve seus longas exibidos em São Paulo (Tempo de Embebedar Cavalos, Canções da Terra de Minha Mãe – Exílio no Iraque) e foi jurado da Mostra Internacional de Cinema de 2006, na qual também apresentou ‘Tartarugas Podem Voar’, primeiro filme rodado no Iraque após a queda de Saddam Hussein.
Avaliação: ****

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segunda-feira, 14 de novembro de 2005

A Noiva Cadáver

Título original: Corpse Bride / Tim Burton's Corpse Bride
País: Inglaterra/EUA
Ano: 2005
Gênero: Animação
Duração: 76 min
Direção: Michael Johnson e Tim Burton
Elenco: Vozes de: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Emily Watson, Albert Finney, Richard Grant, Joanna Lumley e Christopher Lee.

Sinopse: passado num vilarejo europeu no século 19, este filme de animação com bonecos de massinha de modelar conta a história de Victor (Johnny Depp), um jovem que é arrastado para o outro mundo ao se casar sem querer com a misteriosa Noiva Cadáver (Helena Bonham-Carter), enquanto sua verdadeira noiva, Victoria (Emily Watson), o aguarda desolada na Terra dos Vivos. Embora a vida na Terra dos Mortos se mostre mais animada do que o meio vitoriano em que cresceu, Victor descobre que não há nada neste mundo, ou no outro, que possa afastá-lo de sua amada. É uma história de otimismo, romance e de uma alegre vida após a morte, contada no clássico estilo de Tim Burton.
Crítica: o trabalho de animação é bastante minucioso. Porém, seu estilo único de visual macabro não é apropriado para o público infantil, apesar de ser uma animação. A história é bela, comovente e arrepiante.
Curiosidade: os bonecos eram feitos de armaduras de ferro cobertas com silicone.
Primeiro filme rodado com câmeras fotográficas digitais, vendidas no mercado (Canon SLR câmeras com lentes Nikon).
Avaliação: ***

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segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Great Composers – Vol. 2

Título original: Great Composers – Vol. 2
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Documentário
Duração: 99 min
Direção:
Elenco: -

Sinopse: a série Great Composers é uma extraordinária introdução à vida e obra dos grandes compositores, com a narração didática e envolvente do maestro David Palmer. Neste segundo volume, você vai conhecer melhor a época em que viveram Brahms, Chopin, Mendelssohn e Schubert. Traz, ainda, trechos das obras-primas destes grandes mestres apresentadas pela Orquestra Sinfônica de Moscou, sob a regência do maestro Constantine Krimets.

Crítica: didático e com uma narrativa leve, “Great Composers” é uma boa oportunidade para conhecermos melhor a vida e a obra dos mestres da música clássica.
Vale a pena ver e indicar.

Avaliação: ****

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quarta-feira, 26 de outubro de 2005

O Jardineiro Fiel

Título original: The Constant Gardener
País: EUA
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 129 min
Direção: Fernando Meirelles
Elenco: Ralph Fiennes, Rachel Weisz, Daniele Harford, Danny Huston, Hubert Koundé, Richard McCabe, Gerard McSorley, Bill Nighy e Pete Postlethwaite.

Sinopse: baseado em um romance de sucesso de John le Carré. Um diplomata inglês (Ralph Fiennes), que vai para a África, tem sua esposa ativista (Rachel Weisz) brutalmente assassinada, em uma área remota do Quênia. O principal suspeito do crime é seu sócio, um médico que encontra-se atualmente foragido. Perturbado, decide partir para investigar o que realmente aconteceu, iniciando uma viagem que o levará por três continentes e o fará descobrir os reais interesses de uma grande empresa farmacêutica.
Crítica: a história é forte, tensa e impactante, contada de forma não-linear, alternando presente e passado, mas mantendo sempre claros os acontecimentos. A crueza da bela fotografia do filme retrata a miséria das favelas colossais da África e, ao mesmo tempo, o campo de golfe de milionários. O filme emociona pelas atuações exemplares de Ralph Fiennes e Rachel Weisz, comove por ser um ótimo drama e, ainda, provoca discussão em razão das denúncias feitas e da realidade trágica apresentada. É impossível, depois de assistir a este filme, não refletir a respeito do desastre social de um continente cuja população é submetida a todo tipo de abuso: fome, doenças, genocídios e, ainda por cima, à exploração sistemática por empresas do Primeiro Mundo, que justificam suas ações com o pensamento doentio de que, de uma forma ou de outra, aquelas pessoas 'morreriam de todo jeito'.
Curiosidade: é o primeiro trabalho internacional de Fernando Meirelles.
Avaliação: ****

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domingo, 23 de outubro de 2005

O Senhor das Armas

Título original: Lord of War
País: EUA
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 122 min
Direção: Andrew Niccol
Elenco: Nicolas Cage, Ethan Hawke, Jared Leto, Bridget Moynahan, Eamonn Walker, Ian Holm e Sammi Rotibi.

Sinopse: Yuri Orlov (Nicolas Cage) é um traficante de armas, bastante ambicioso, que realiza negócios nos mais variados locais do planeta. Estando constantemente em perigosas zonas de guerra, Yuri tenta sempre se manter um passo a frente de Jack Valentine (Ethan Hawke), um agente da Interpol, e também de seus concorrentes e até mesmo clientes, entre os quais estão alguns dos mais famosos ditadores do planeta.
Crítica: com características de documentário, o drama é interessante do começo ao fim. A primeira cena é fantástica: o modo engenhoso como é apresentada a cadeia produtiva da bala até chegar ao "consumidor" final demonstra de forma crua a realidade das armas e da guerra, das limpezas étnicas e dos massacres nos países africanos, sem ter a necessidade de mostrar uma carnificina escatológica para demonstrar tal crueldade. O filme é brilhante não somente pelo fato de abordar um tema atual como o desarmamento, mas também pela forma de construir o enredo por meio de um narrador em primeira pessoa (Yuri Orlov), retratando a visão da própria consciência de um dos maiores traficantes de armas, e tudo isso com um "pano de fundo" de conflitos que permearam a Guerra Fria e o início da Nova Ordem Mundial. Enfim, todo o filme é bem conduzido e o final não decepciona, apontando de forma intrigante quem são os verdadeiros senhores das armas e, paradoxalmente, também os senhores da paz. Vale a pena assistir!
Curiosidade: logo em sua primeira sessão pública, durante
o ‘Miami International Film Festival’, arrematou o prêmio do júri popular para Melhor Longa de Ficção Ibero-Americano.
Avaliação: ****

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segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Casa Vazia

Título original: Bin-jip
País: Coreéia do Sul
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Kim Ki-Duk
Elenco: Lee Seung-Yeon, Lee Hyun-Kyoon, Kwon Hyuk-Ho, Ju Jin-Mo, Moon Sung-Hyuk, Park Jee-Ah,Jang Jae-Yong, Lee Dah-Hae e Park Dong-Jin.

Sinopse: um jovem vagabundo invade a casa de estranhos e mora nelas enquanto os donos estão fora. Para pagar a estadia ele realiza pequenos consertos ou faz limpeza na casa. Ele costuma ficar um ou dois dias em cada lugar, trocando de casa constantemente. Até que um dia encontra uma bela mulher em uma mansão, que assim como ele também está tentando escapar da vida que leva.

Crítica: um belo exemplar do filme coreano, fora dos padrões hollywoodianos. A trama prende a atenção desde a primeira cena e tem uma excelente mensagem. Apesar do silêncio predominante entre os protagonistas (as falas são somente dos coadjuvantes), a história aborda sutilmente a solidão, a cumplicidade, as relações humanas.
É justamente a ausência das falas que torna as atitudes e olhares bem mais intensos e mais fortes que quaisquer palavras.
Original. Recomendo!

Avaliação: ***

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domingo, 9 de outubro de 2005

O Silêncio de Melinda

Título original: Speak
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 92 min
Direção: Jessica Sharzer
Elenco: Kristen Stewart, Steve Zahn, Elizabeth Perkins, Eric Lively, Hallee Hirsh, Grace Ameter, Allison Siko, Michael Angarano e D. B. Sweeney.

Sinopse: é o primeiro dia do primeiro colegial para Melinda, mas ela não se mistura à euforia dos corredores da escola, na verdade é como se nem estivesse ali. Isolada pelos amigos por ter chamado a polícia durante uma festa da galera, ela não consegue falar do terrível trauma que sofreu naquela noite, nem para as amigas, nem para si mesma. Mas decide tentar reencontrar sua voz e, finalmente, se expressar. Adaptação do do best seller "Speak", de Laurie Halse Anderson, vencedor do prêmio New York Times.

Crítica: contundente e perturbador, o filme se revela uma boa opção tanto em matéria de cinema, quanto em matéria de reflexão.
O filme aborda a história de Melinda Sordino, uma garota que parece totalmente deslocada de seu ambiente escolar. Ela quase não fala, não dialoga com os pais e sofre uma série de agressões psicológicas na escola. No decorrer dos fatos, descobrimos por meio de flash-backs que Melinda as sofre porque no ano anterior havia chamado a polícia durante uma festa de seus colegas. Desde então, vem sendo alvo das chacotas. Já devem estar se perguntando o que essa história banal tem de interessante e é aí que descobrimos que Melinda fora estuprada por uma galã do colegial, seu colega de escola. O peculiar é que ela não conta o ocorrido a ninguém. Nesse, ponto o filme colegial se transforma numa denúncia a que todos deveriam prestar atenção.
Vida de colegial norte-americano é difícil, e todos os filmes parecem enfatizar isso. No filme não é diferente. Todos os clichês estão lá: os professores freaks, a amiga loira papagaio, as líderes de torcida, o banho depois da educação física, o professor durão e moralista que persegue os alunos. Apesar de presentes, eles não chegam a atrapalhar o filme por inteiro.
Com algumas cenas fortes, o filme cumpre a cartilha. O roteiro utiliza os flash-backs com competência e a direção faz um trabalho bem feitinho. A trilha sonora cai bem, em sintonia com os sentimentos de Melinda. A ausência de músicas em vários momentos combina com o silêncio da personagem. Os atores coadjuvantes não se destacam, mas cumprem sua função.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 7 de outubro de 2005

De Tanto Bater Meu Coração Parou

Título original: De Battre Mon Coeur S'Est Arrêté
País: França
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 108 min
Direção: Jacques Audiard
Elenco: Romain Duris, Emmanuelle Devos, Agnès Aubé, Mélanie Laurent, Neils Arestrup, Jonathan Zaccai, Gilles Cohen, Linh Dan Pham, Aure Atika e Anton Yakovlev.

Sinopse: Thomas Seyr (Romain Duris) é um homem de 28 anos que parece destinado a seguir os passos de seu pai no imoral e às vezes brutal mercado de negócios imobiliários. Entretanto uma oportunidade inesperada o faz acreditar que possa se tornar um grande pianista, assim como foi sua mãe. Dedicado, Thomas começa a se preparar para uma audição com uma virtuose chinesa, que não fala nada de francês. Porém, as pressões de seu trabalho diário logo se mostram mais pesadas do que Thomas poderia suportar.
Crítica: a historia mostra que nossas escolhas são fundamentais para selarem o nosso destino e os caminhos que seguiremos. Mas nem sempre a mudança é algo fácil de ocorrer e as atitudes tomadas nos influenciarão do começo ao fim de nossa jornada. Não é um filme de lágrimas, nem de muitas palavras, nem de harmonia. A indecisão e as dúvidas imperam. E, no caso de Thomas, seu pai não é nenhum exemplo de homem seguro e os amigos e colegas de trabalho não o apoiarão no novo tipo de vida que pretende levar.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 21 de setembro de 2005

O Pecado da Fé

Título original: Nouvelle-France
País: Canadá/França/Inglaterra
Ano: 2004
Gênero: Romance, drama
Duração: 142 min
Direção: Jean Beaudin
Elenco: Noémie Godin-Vigneau, David La Haye, Juliette Gosselin, Sébastien Huberdeau, Gérard Depardieu, Bianca Gervais, Irène Jacob, Pierre Lebeau, Vincent Perez, Isabel Richer, Johanne-Marie Tremblay, Tim Roth, Jason Isaacs, Colm Meaney e Billy Merasty.

Sinopse: em meados do século XVIII, quando a França e Inglaterra lutam pelo domínio da colônia canadense Nova França, é a Igreja quem oferece consolo à miserável população. Nesse ambiente, o padre Thomas, respeitado por todos, mantém um grande segredo: é consumido por uma paixão avassaladora pela jovem viúva Mane.

Crítica: bem produzido e dirigido, o filme retrata uma história bela e triste ao mesmo tempo, mantendo o interesse do espectador até o desfecho da trama.
Conteúdo, cenário, fotografia, figurino e elenco são excelentes. Nesse contexto, mostra-se o lado severo e cruel da igreja, gerando discussões sobre o papel da instituição.
O final é emocionante e chocante.

Avaliação: ****

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sábado, 3 de setembro de 2005

A Luta pela Esperança

Título original: Cinderella Man
País: EUA
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 144 min
Direção: Ron Howard
Elenco: Russell Crowe, Renée Zellweger, Paul Giamatti, Craig Bierko, Paddy Considine, Bruce McGill, David Huband, Connor Price, Ariel Waller, Patrick Louis, Rosemarie DeWitt, Linda Kash, Nicholas Campbell, Gene Pyrz e Chuck Shamata.

Sinopse: o filme mostra a história do boxeador Jim Braddock (Russell Crowe) que, em um EUA assolado pela Depressão Econômica, em 1935, torna-se um herói nacional em uma luta que durou 15 rounds. Mas depois de uma derrota, ele conhecerá a miséria. O que lhe dará força para recomeçar é a sua dedicação à família.
Crítica: a história é de superação, perseverança, coragem e honestidade e Russell Crowe está excelente no papel. Seu treinador (Paul Giamatti) e sua esposa (Renée Zellweger) também merecem destaque em suas atuações. Um cenário bem construído e uma fotografia fria retratam o clima pesado da época. Um belo filme!
Avaliação: ****

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segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Genius

Título original: Genius
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Documentário
Duração: 144 min
Direção: Cromwell Productions
Elenco: -

Sinopse: vida e obra de mentes brihantes como Leonardo da Vinci, Galileu Galilei e Charles Darwin.
Crítica: o documentário utiliza-se de obras, documentos, imagens e fotografias históricas para reconstruir a vida desses 3 gênios conhecidos mundialmente.
Instrutivo e revelador. Muito bom!
Avaliação: ***

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domingo, 17 de julho de 2005

Modigliani – Paixão pela Vida

Título original: Modigliani
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Direção: Mick Davis
Elenco: Rémy Girard, Stéphane Rousseau, Marie-Josée Croze, Dorothée Berryman, Yves Jacques, Dominique Michel e Pierre Curzi.

Sinopse: a obra inesquecível e a vida atribulada do pintor italiano Amedeo Modigliani são aqui retratadas. Modigliani revolucionou o mundo das artes dançando sobre as mesas, embriagado de paixão pela vida, inspirado pelo amor e consumido pela obsessão. Um gênio criativo que viveu e absorveu a charmosa Paris do início do século 20 com uma atração incontrolável pela beleza. Sempre com a mesma intensidade, o judeu Modigliani amou a católica Jeanne Hebuterne e odiou o genial Pablo Picasso.
Crítica: biografia bastante fiel aos fatos históricos. O problema maior, porém, é o elenco europeu, já que todos lutam para ofuscar o sotaque. Andy Garcia poderia ter caprichado mais na interpretação. O personagem é boêmio, excessivo, tuberculoso, irresponsável, bêbado e, por isso, difícil de simpatizar. O longa interessa especialmente a escolas, professores e amantes da arte. Mas não é o grande filme que o artista e sua vida trágica merecia.
Curiosidade: as filmagens foram feitas em Bucareste, Romênia.
Avaliação: ***

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domingo, 10 de julho de 2005

A Falsária

Título original: A Good Woman
País: Espanha/Itália/Inglaterra/Luxemburgo/EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 92 min
Direção: Mike Barker
Elenco: Helen Hunt, Tom Wilkinson, Scarlett Johansson, Mark Umbers, Roger Hammond, John Standing, Milena Vukotic, Stephen Campbell Moore, Diana Hardcastle e Giorgia Massettimbers.

Sinopse: uma bela mulher acaba de ser expulsa da sociedade nova-iorquina. Seu nome: Erlynne (Helen Hunt). Seu pecado: ser sustentada por maridos alheios em troca de outros favores. Mas a caminho da Itália, um novo reduto da aristocracia americana, ela descobre um alvo bem mais fácil: o jovem casal Windermere (Scarlett Johansson e Mark Umbers). Seu trunfo: um grande segredo.
Crítica: o filme foi pouco visto e comentado, mas é bom e tem um final inesperado, bem distante dos desfechos de produções novelescas.
Com um enredo repleto de romances, intrigas, desavenças, segredos, diálogos aguçados, bela fotografia e refinado figurino, merece ser visto.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 29 de junho de 2005

A Vila

Título original: The Village
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Suspense
Duração: 120 min
Direção: M. Night Shyamalan
Elenco: Joaquin Phoenix, Bryce Dallas Howard, William Hurt, Sigourney Weaver, Adrien Brody, Judy Greer, Jayne Atkinson, Michael Pitt, Cherry Jones e Celia Weston.

Sinopse: zona rural da Pensilvânia em 1987. Um pequeno vilarejo de Covington, com a pequena população de 60 pessoas, é rodeada por uma floresta onde acredita-se haver critaturas misteriosas. Há vários postos de vigia, que servem tanto para afugentar as criaturas como para se certificarem de que ninguém tente fugir da vila. Ou seja, todos moram isolados do restante do mundo. Apesar dos constantes avisos de Edward Walker (William Hurt), o líder local, e de sua mãe (Sigourney Weaver), o jovem Lucius Hunt (Joaquin Phoenix) tem um grande desejo de ultrapassar os limites da vila rumo ao desconhecido. Lucius é apaixonado por Ivy Walker (Bryce Dallas Howard), uma jovem cega que também atrai a atenção do desequilibrado Noah Percy (Adrien Brody). O amor de Noah termina por colocar a vida de Ivy em perigo, fazendo com que verdades sejam reveladas e o caos tome conta do local.
Crítica: A Vila é uma tentativa de criação de um local, um mundo fictício sem maldade, sem distorções, onde somente o bem e a inocência tenham lugar, como um oásis no meio de um deserto, um lugar puro em meio à feiúra do mundo e da realidade humana. A história, marcada pelo suspense e mistério, comum nos filmes do cineasta indiano, prende a atenção do espectador. Mas pode decepcionar, caso se espere uma grande revelação. Boas atuações num filme sem muitas pretensões.
Curiosidade: mesmo diretor dos filmes “O Sexto Sentido”, “Sinais” e “Corpo Fechado”.
Avaliação: **

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sábado, 18 de junho de 2005

The Great Artists – Vol. 4 – Pós-Impressionistas

Título original: The Great Artists – Vol. 4
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Documentário
Duração: DVD – 195 min
Direção:
Elenco: -

Sinopse: uma admirável série sobre a vida, a época e a obra de alguns dos grandes mestres da pintura (Cézanne, Rousseau, Gauguin, Van Gogh, Klimt, Munch e Toulouse-Lautrec). Os eventos que marcaram a vida de cada artista são apresentados ao lado de explicações detalhadas sobre suas técnicas e seu estilo, além de uma minuciosa análise feita por renomados especialistas. ‘The Great Artists’ também trata do contexto histórico em que viveram os grandes pintores e de suas fontes de inspiração, trazendo uma maior compreensão do processo criativo.

Crítica: unindo informação e entretenimento, é uma obra valiosa, tanto para leigos como para profissionais da arte.
A viagem pelo mundo desses artistas faz com que compreendamos melhor suas obras, sempre marcadas e inspiradas por momentos pessoais.
Bastante completa, conta desde o nascimento de cada um deles, passando pela descoberta da pintura, seus fracassos, suas fraquezas, até a morte e o reconhecimento do talento.
Por ser extenso, requer paciência, mas, sem dúvida, vale a pena. Uma aula de cultura!

Avaliação: ****

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quinta-feira, 16 de junho de 2005

O Amor Está no Ar

Título original: Ma Vie en L’Air

País: França

Ano: 2005

Gênero: Comédia

Duração: 100 min

Direção: Rémi Bezançon

Elenco: Vincent Elbaz, Marion Cotillard, Gilles Lellouche, Elsa Kikoïne, Didier Bezace, Tom Novembre, Cécile Cassel, Philippe Nahon, Vincent Winterhalter, François Levantal e Sasha Alliel.

 

Sinopse: essa é uma situação muito inusitada. Yann é o engenheiro responsável pela segurança dos aviões de uma companhia aérea que tem um probleminha pouco comum entre os profissionais de sua área: medo de voar. Mas ele terá que entrar numa aeronave para se encontrar com a mulher que é o amor de sua vida.


Crítica
: um bom enredo, um roteiro eficiente e um elenco afinadíssimo transportam os espectadores para a tela, onde a identificação com um dos personagens da trama é inevitável.

Cômico na medida certa, utilizando-se de pequenas peculiaridades do cotidiano, com diálogos interessantes e com um ritmo que prende a atenção até o final.  


Avaliação
: ***

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domingo, 12 de junho de 2005

O Pequeno Tenente

Título original: Le Petit Lieutenant
País: França
Ano: 2004
Gênero: Policial
Duração: 110 min
Direção: Xavier Beauvois
Elenco: Nathalie Baye, Jalil Lespert, Roschdy Zem, Antoine Chappey, Jacques Perrin, Bruce Myers, Patrick Chauvel, Jean Lespert, Annick Le Goff, Bérangère Allaux e Mireille Franchino.

Sinopse: Antoine (Jalil Lespert) é um jovem do interior que, depois de se formar na academia de polícia, vai trabalhar na força judiciária de Paris. É quando conhece Caroline, uma policial que voltou à ativa depois de ter superado o alcoolismo e escolhe justamente Antoine para fazer parte de seu grupo. Ele começa a conhecer seus colegas de trabalho, bebendo com eles e convivendo com a rotina do ofício de investigador. Aos poucos, Caroline (Nathalie Baye) começa a se envolver com esse jovem policial que tem a idade de seu filho desaparecido. Quando um corpo é descoberto flutuando no rio Sena, uma aparente investigação de rotina faz surgir fatos que mudarão a vida desses personagens.

Crítica
: para realizar este seu quarto filme, o cineasta acompanhou por meses um capitão da policia parisiense. “O pequeno tenente” é produto desta experiência pessoal. A partir do personagem fictício Antoine, um jovem recém-formado da escola de tenentes que assume um posto numa divisão da capital francesa, Beauvois tenta nos repassar essa experiência de descoberta da profissão policial da maneira mais realista possível.
Beauvois, sob nenhuma hipótese quer mentir para o espectador. Ele costuma dizer que filma somente o que vê. Então, busca fazer o filme mais simples e direto possível.
Beauvois parte de um gênero conhecido e reconhecível, este das séries e dos thrillers policiais, que nos ensina como é feito uma investigação, um interrogatório, uma batida... Mas ao mesmo tempo, o cineasta deposita uma enorme crença no cinema como uma forma mais solta e livre. “O pequeno tenente” não coloca o cotidiano dos policiais no mesmo nível da mitologia representada pelos diversos cartazes de filmes policias que adornam os espaços do longa. Os policias de “O pequeno tenente” são gente como eu e você, pessoas simples, sem aquela face cowboy que nos acostumamos a ver no cinema.
É muito interessante como o diretor descortina Antoine como um sujeito que não suporta o cotidiano, que busca transcendência no dia-a-dia. Quando o personagem testemunha sua primeira autópsia, Mozart lhe vem à cabeça. Ao ouvir a história, o pai de Antoine sublinha que o filho se tornou místico depois que entrou para a polícia. No momento mesmo em que o personagem é apresentado ao lado sem graça da profissão que escolhera, ele se vê tentando escapar dela, ou colori-la. O mesmo acontece na seqüência em que, parado no trânsito, Antoine liga a sirene e foge cortando o tráfico com um enorme sorriso no rosto. Para além da amizade entre o protagonista e sua chefe alcoólatra Caroline – ela é o futuro dele, e ele o passado dela –, há também uma bonita cumplicidade entre a detetive e o tenente veterano marroquino (Roschdy Zem).
É genial a maneira pela qual Antoine aos poucos deixa de ser o herói, o personagem central. As sequências, as situações, os diálogos e, sobretudo, a interpretação dos atores são a base do sucesso da trama.

Avaliação
: *** 

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sábado, 11 de junho de 2005

A Paixão de Cristo

Título original: The Passion of the Christ
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Mel Gibson
Elenco: James Caviezel, Maia Morgenstern, Monica Bellucci, Hristo Jivkov, Hristo Shopov, Rosalinda Celentano, Francesco Cabras, Claudia Gerini, Sergio Rubini, Danilo Maria Valli e Matti Sbraglia.

Sinopse: conta uma versão dos acontecimentos das 12 últimas horas da vida de Jesus, desde a traição de Judas até a sua crucificação.
Crítica: a paixão de Cristo é uma das histórias mais conhecidas e revividas no planeta. Nas últimas décadas, tornou-se também uma das mais polêmicas. O filme surpreendeu pelo alto grau de violência e crueldade das imagens. Infelizmente, a história foi deixada bem de lado para mostrar somente o seu sofrimento, captado perfeitamente por Mel Gibson. Somos atirados dentro do que está acontecendo e sentimos o mesmo mal que as pessoas sentiam ao seu redor. São raros os momentos de felicidade de Jesus, retratados com flashbacks de coisas que Ele fez para ser crucificado, como a mensagem de amor, a ceia com os apóstolos, porém com cenas rápidas demais e meio perdidas dentro do roteiro, reconhecidas somente por quem conhece a bíblia. Peca nesse sentido, em não informar. Pois quem não sabe dos motivos que levaram os Judeus a fazer aquilo com Jesus, podem acaber tirando conclusões precipitadas sobre tudo, inclusive sobre o antissemitismo. Se o roteiro tivesse se dado ao trabalho de explicar melhor os acontecimentos, o filme seria ainda mais forte e emocionante. Os apóstolos não têm quase função dentro da história (tirando Judas), a família de Jesus é muito superficialmente trabalhada (ainda assim, sua mãe tem a cena mais bela e emocionalmente forte) e, pelas sequências longas de sofrimento e crueldade, acaba ficando repetitivo. Excelente está James Caviezel interpretando Jesus, passando a paz que o personagem exigia, com o modo de olhar, de se mexer e de reagir a tudo o que acontece ao seu redor de forma extremamente realista, mesmo com as limitações do roteiro. Mel Gibson não nos poupa de nada (com relação ao sofrimento até a hora da crucificação), mas esquece de contar e aprofundar a história. Ainda assim, vale a pena ser conferido. Basta ter coração forte para isso. E o final do filme é muito lindo, sobretudo depois de tudo que nos é apresentado.
Curiosidade: no longa são faladas as línguas usadas na época de Jesus Cristo:
aramaico, latim e hebraico.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 27 de maio de 2005

Melinda e Melinda

Título original: Melinda and Melinda
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Comédia
Duração: 100 min
Direção: Woody Allen
Elenco: Radha Mitchell, Will Ferrell, Chlöe Sevigny, Chiwetel Ejiofor, Larry Pine e Wallace Shaw.

Sinopse: quatro sofisticados nova-iorquinos se encontram para jantar em uma noite chuvosa. Uma história contada durante o jantar dá início a uma conversa entre Max (Larry Pine) e Sy (Wallace Shaw), dois escritores, que passam a discutir a dualidade do drama humano através das máscaras da tragédia e da comédia. Os dois escritores passam então a desenvolver duas histórias, uma cômica e outra trágica, protagonizadas por uma mulher chamada Melinda (Radha Mitchell).
Crítica: o longa-metragem conta duas histórias em paralelo, mesclando drama e comédia. Infelizmente, o humor aqui é bem contido.
Mas o filme é coeso, eficiente e inteligente. Não é a melhor obra de Woody Allen. É apenas o estilo já conhecido do diretor, com trama ambientada nos cenários chiques e românticos de Nova York, personagens pertencentes à fauna artístico-intelectual da cidade e trilha sonora pontuada por canções de jazz. A diferença é que, dessa vez, Woody conseguiu comprimir duas tramas dentro de um único filme.
Um bom elenco!
Avaliação: ***

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sexta-feira, 20 de maio de 2005

Uma Vida Nova

Título original: The Beautiful Country
País: EUA/Noruega
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: Hans Petter Moland
Elenco: Nick Nolte, Damien Nguyen, Bai Ling, Thi Hong Bui, Tim Roth, Chapman To, Temuera Morrison, Glen Bradford e Xuan Phuc Dins.

Sinopse: uma das conseqüências do envolvimento norte-americano na Guerra do Vietnã foi o nascimento de muitas crianças mestiças, frutos de relacionamentos amorosos de mulheres vietnamitas com soldados americanos. Essas mulheres sempre estiveram à margem da sociedade vietnamita, condenadas por contribuírem com os americanos, enquanto que seus filhos sofreram constantes maus-tratos, mesmo morando com os avós. Binh (Damien Nguyen) é uma dessas crianças mestiças que, aos 17 anos, viaja a Saigon para procurar sua mãe e, depois, escapa para os EUA com o meio-irmão mais novo, Tam (Dang Quoc Thinh Tran), em 1990.

Crítica: o drama é ótimo e prende a atenção do espectador, com momentos muito emocionantes.
Às vezes, o ritmo cai um pouco dando um tom mais lento à narrativa. Creio que tenha faltado uma melhor exploração dos personagens, o que daria mais profundidade ainda à história.
Mas, no geral, a obra é bem produzida, tem bastante conteúdo e conta com belos cenários, trilha sonora adequada e boas atuações.

Avaliação: ***

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terça-feira, 17 de maio de 2005

O Segredo de Vera Drake

Título original: Vera Drake
País: EUA/França/Nova Zelândia
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: Mike Leigh
Elenco: Imelda Staunton, Richard Graham, Eddie Marsan, Anna Keaveney, Alex Kelly, Daniel Mays, Philip Davis, Lesley Manville, Sally Hawkins, Simon Chandler e Jim Broadbent.

Sinopse: Vera Drake (Imelda Staunton) é uma mulher devotada a e amada por sua família. Ela utiliza seus dias cuidando de sua vizinha doente e sua mãe idosa. Porém, secretamente, ajuda mulheres que não queriam engravidar a abortarem, uma prática ilegal na Inglaterra nos anos 1950. Quando as autoridades a descobrem, sua vida e a de seus conhecidos toma novos rumos.
Crítica: um tema "tabu", censurado por muitos, enfrentados por poucos. O cineasta é corajoso o suficiente para transpor às telas o polêmico tema do aborto, e fazê-lo com excelência.
Vera ajuda mulheres a abortar, uma prática considerada crime na Inglaterra daquela época. Seus métodos, tão ilegais quanto o próprio ato de abortar, sempre deram certo. Mas é quando uma menina acaba passando mal e quase morre que as autoridades chegam ao nome de Vera Drake.
Apesar de estar cometendo um ato ilegal, Vera, completamente ingênua, não fazia idéia do risco de vida que poderia causar a uma mulher. Ela afirma que seu único intuito era ajudar as mulheres, dar a elas uma segunda chance. A comoção e a emotividade presente durante todo o longa é de responsabilidade, principalmente, da maravilhosa interpretação de Imelda Staunton, que carrega nas costas um papel difícil e bastante complexo (ela foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, tendo ganhado o BAFTA na mesma categoria).
A narrativa é administrada com muito cuidado e eficiência, aproveitando e extraindo ao máximo as interpretações de um elenco absolutamente brilhante. Além disso, os figurinos (inspirdos nos trajes dos anos 50), os cenários realistas, dando charme e ao mesmo tempo simplicidade ao cotidiano burguês de então, a fotografia acinzentada, a maquiagem correta (mostrando as linhas de pobreza e o charme da época), tudo é resultado do trabalho de um diretor de carreira promissora e de talento inegável.
A trama é tão envolvente que nos vemos torcendo por Vera. Um filme nota 10!
Avaliação: ****

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sexta-feira, 6 de maio de 2005

A Queda: As Últimas Horas de Hitler

Título original: Der Untergang
País: Alemanha
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 156 min
Direção: Oliver Hirschbiegel
Elenco: Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara, Ulrich Matthes, Juliane Köhler, Corinna Harfouch, Heino Ferch, Christian Berkel, Matthias Habich, Thomas Kretschmann, Michael Mendl, André Hennicke e Ulrich Noethen.

Sinopse: uma reconstituição dos últimos dias do Império Nazista. O longa se passa entre os dias 30 de abril e 08 de maio de 1945. Este período abrange o último aniversário de Hitler, seu casamento com Eva Braun, seu suicídio e o cessar fogo completo entre a Alemanha e as tropas vencedoras da União Soviética. O 3º Reich durou 12 anos (1933/45) e sucumbiu em apenas 12 dias, e são justamente esses últimos momentos que o filme retrata. Baseado nos relatos de Traudl Junge, além de livros, entre eles o de Joachim Fest, a maior autoridade mundial em nazismo.
Crítica: o que há de mais impactante no filme é sua imparcialidade e o fato de mostrar algo novo. Tendo Hitler como protagonista, revela os seus últimos momentos, mas sem defender seus ideais. Retrata o seu lado mais íntimo, como ele tratava os mais próximos, como ele falava baixo, estando longe dos discursos inflamados. A direção é, sem dúvida, competente. Fundamentado em acontecimentos reais, o filme, quase documentário, esbanja nos detalhes, no cenário e no elenco de primeira (destaque para Bruno Ganz que vive Hitler). O que mais incomoda o espectador é o carisma de Hitler sobre a população alemã na época. Trata-se do mais importante película já feita sobre a 2ª Guerra Mundial.
Curiosidade: foi o filme mais caro já realizado na Alemanha (€ 13,5 milhões), onde 4,5 milhões de pessoas o assistiram.
Avaliação: ****

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sábado, 30 de abril de 2005

Kinsey – Vamos Falar de Sexo

Título original: Kinsey
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 118 min
Direção: Bill Condon
Elenco: Liam Neeson, Laura Linney, Chris O'Donnell, Peter Sarsgaard, Timothy Hutton, John Lithgow, Tim Curry, Oliver Platt, Dylan Baker, Julianne Nicholson, William Sadler e John McMartin.

Sinopse: em 1948 Albert Kinsey (Liam Neeson) abalou a conservadora sociedade americana ao lançar seu novo livro, "Sexual Behavior in the Human Male". O livro trazia uma ampla pesquisa, na qual Kinsey levantou dados sobre o comportamento sexual de milhares de pessoas. O assunto, até então pouquíssimo abordado, passa a ser tema de debates e provoca polêmica na sociedade.
Crítica: a cinebiografia é uma produção intensa e provocativa. Kinsey estudava o sexo, adorava fazê-lo, vê-lo e conversar sobre, mas sem nunca soar pervertido ou aproveitador. Ele era um homem que estudava o ato, o que poderia dar mais prazer ao parceiro(a). Foi provavelmente o primeiro homem a assumir publicamente que o melhor era as pessoas se entregarem àquilo que lhes davam prazer, dane-se o que os outros poderiam pensar.
Mas não pense que o filme mostra cenas picantes. O sexo é explorado por meio do seu personagem, vivido plenamente por Liam Neeson. Laura Linney, como sua esposa, está em perfeita sintonia com ele.
O drama é bem lento, de tema desenvolvido e com humor afiado. Ao invés de se acomodar em mostrar, ele tenta entender. E o grande mérito é nos deixar totalmente por dentro de tudo o que os personagens pensam, porque agem de tal maneira e o resultado de tudo, sem nunca soar absurdo ou falso.
Ao final do filme, passamos a pensar e repensar sobre tudo o que vimos. Recomendadíssimo!
Avaliação: ****

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terça-feira, 19 de abril de 2005

Choque de Classes

Título original: Confituur
País: Bélgica/Suíça
Ano: 2004
Gênero: Comédia
Duração: 84 min
Direção: Lieven Debrauwer
Elenco: Camilia Blereau, Freddy Claeys, Magda Cnudde, Ingrid De Vos, Tuur De Weert, Jasperina de Jong e Chris Lomme.

Sinopse: homem cansado do dia-a-dia familiar com a esposa conservadora e a irmã dominadora vai à cidade encontrar sua outra irmã, dona de uma boate.
Crítica: o filme tem conteúdo, mas não pode ser classificado como uma comédia. Além disso, o nome dado com a tradução para o português em nada tem a ver com choque de classes. A trama aborda conflito de valores, tabus e preconceitos.
A interpretação do protagonista é convincente, assim como a da sua esposa e irmã, e é o que garante o melhor da fita.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 15 de abril de 2005

Adorável Júlia

Título original: Being Julia
País: Canadá/EUA/Hungria/Inglaterra
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: István Szabó
Elenco: Annette Bening, Jeremy Irons, Bruce Greenwood, Miriam Margolyes, Rosemary Harris e Juliet Stevenson.

Sinopse: este é uma trama de erros movidos pela vingança situado nos palcos londrinos na década de 30. O sucesso e a fama da diva Julia Lambert (Annette Bening) cresce a olhos vistos, o que incomoda muitos dos seus colegas de palco. Ela se apaixona perdidamente pelo jovem norte-americano Tom (Shaun Evans), com quem vive um tórrido e curto romance. Quando a diva descobre que o jovem só estava com ela para subir socialmente e, na verdade, seu interesse é a rival Avice Crichton (Lucy Punch), Julia planeja uma terrível vingança.
Crítica: a trama envolvente mescla sentimentos de amor, vingança, traição e ambição e se passa em 1938.
Assim como na obra da qual foi adaptada (romance de W. Somerset Maugham, Theatre, de 1937) a história confunde teatro e vida real. Isso é o que há de mais intrigante no filme e Annette Bening está triunfante no seu ousado personagem.
O roteiro inteligente conduz a trama com muita classe e, ainda, traz um texto rico em elementos de ruptura de valores e contestação social. Sobram ataques à hipocrisia, aos preconceitos em relação ao homossexualismo, aos jogos de interesses. O surgimento repentino de uma aspirante a atriz, a novata Avice Crichton (Lucy Punch) é o momento mais claro de que a sociedade nas ruas é bem diferente daquela descrita em um roteiro ideal. Pena que essas essas nuances sejam colocadas de um modo leve demais.
Mas é um trabalho bem feito. Vale a pena conferir.
Avaliação: ***

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quinta-feira, 14 de abril de 2005

Ray

Título original: Ray
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama, biografia
Duração: 153 min
Direção: Taylor Hackford
Elenco: Jamie Foxx, Regina King, Kerry Washington, David Krumholtz, Richard Schiff e Terrence Howard.

Sinopse: em 1932 Ray Charles (Jamie Foxx) nasce em Albany, uma pequena e pobre cidade do estado da Georgia. Ray fica cego aos 7 anos, logo após testemunhar a morte acidental de seu irmão mais novo. Inspirado por uma dedicada mãe independente, que insiste que ele deve fazer seu próprio caminho no mundo, Ray encontrou seu dom em um teclado de piano. Fazendo um circuito através do sudeste, ele ganha reputação. Sua fama explode mundialmente quando, pioneiramente, incorpora o gospel, country e jazz, gerando um estilo inimitável. Ao revolucionar o modo como as pessoas apreciam música, ele simultaneamente luta conta a segregação racial em casas noturnas que o lançaram como artista. Mas sua vida não está marcada só por conquistas. Sua vida pessoal e profissional é abalada ao se tornar um viciado em heroína.
Crítica: uma bela homenagem ao grande músico. O roteiro segue duas linhas narrativas ao mesmo tempo. Flashbacks retratam cenas da infância de Ray Charles e o outro plano mostra ele já adulto, tentando a sorte como músico. Passa-se pela sua sua dura e pobre infância até o reconhecimento profissiional e seus problemas com as drogas, o problemático casamento, o nascimento do seu filho e as inúmeras amantes. Jamie Foxx está perfeito no papel. Os cenários, os figurinos, a fotografia, tudo é bastante adequado. E o filme ainda tem a sorte de ser embalado por uma trilha sonora com canções de Charles, claro.
Curiosidade: levou o Oscar de Melhor Ator (Jamie Foxx) e de Melhor Mixagem de Som, em 2005.
Avaliação: ****

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domingo, 10 de abril de 2005

A Marca

A Marca
Título original: Twisted
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Suspense
Duração: 107 min
Direção: Philip Kaufman
Elenco: Samuel L. Jackson, Ashley Judd, Andy Garcia, David Strathairn, Russell Wong, Carmyn Manheim, Mark Pellegrino, Titus Welliver, D.W. Moffett
Richard T. Jones, Leland Orser, James Oliver Bullock, William Hall e Jim Hechim.

Sinopse: Jessica Shepard (Ashley Judd) é uma detetive de polícia, que foi recentemente promovida ao cargo. Jessica passa a investigar uma série de assassinatos, até ser surpreendida ao descobrir que todas as vítimas são homens com quem manteve relações sexuais. Com o desenrolar da investigação Jessica passa a ser a principal suspeita, o que faz com que surjam pedidos para que se afaste do caso. Enquanto isso, seu parceiro começa a agir de forma cada vez mais estranha.
Crítica: um suspense previsível, com uma história similar a de filmes anteriores. As atuações não surpreendem e, ainda, é repleto de clichês.
Assista, se não tiver nada para fazer, numa sessão da tarde.
Avaliação: **

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sábado, 9 de abril de 2005

O Operário

Título original: El Maquinista
País: Espanha
Ano: 2004
Gênero: Suspense
Duração: 90 min
Direção: Brad Anderson
Elenco: Christian Bale, Jennifer Jason Leigh, John Sharian e Michael Ironside.

Sinopse: Trevor Reznik (Christian Bale) é um operário que sofre de insônia. Na fábrica onde trabalha, as condições de trabalho oferecem risco. Para Trevor, os perigos são agravados pela fadiga crônica. Notando a aparência estranha, os colegas percebem que algo está errado, mas não dão a devida importância. Um operário perde um braço em um acidente e todos se voltam contra Trevor, considerando-o culpado. Ele encontra bilhetes anônimos em seu apartamento e fica sabendo que o suposto funcionário envolvido no acidente, na realidade, não existe. Trevor agora se empenha em saber se é tudo um plano para deixá-lo louco ou se o cansaço está provocando uma confusão mental.

Crítica: um suspense psicológico acima da média e com uma excelente atuação de Christian Bale (magérrimo no filme).
Intriga do início ao fim e nada é óbvio. Não é uma obra-prima, porém vale a recomendação.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 1 de abril de 2005

Garfield – O Filme

Título original: Garfield
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Comédia
Duração: 85 min
Direção: Peter Hewitt
Elenco: Bill Murray (voz), Breckin Meyer, Jennifer Love Hewitt, Debra Messing (voz), Brad Garrett, Alan Cumming (voz), Nick Cannon (voz), Stephen Tobolowsky, Geoffrey Gould e Jim Davis.

Sinopse: a vida não poderia ser melhor para Garfield, o gato mais adorado do mundo. Afundado numa poltrona confortável em frente à TV, saboreando seu prato favorito, lasanha, e insultando o dono Jon (Breckin Meyer)
Jon leva Garfield para uma visita à bela veterinária Liz Wilson (Jennifer Love Hewitt) e ela lhe entrega uma criaturinha alegre e ofegante abanando o rabo, que representa tudo o que Garfield detesta. Garfield conhece Odie, um adorável e não muito inteligente cão. Pela primeira vez, o gato rabugento fica sem fala. Odie, que nem desconfia, persegue o próprio rabo até ficar tonto, choca-se contra as paredes e late sem motivo, encantando Jon, que o leva para casa.
Odie vira a vida de Garfield de cabeça para baixo. A solução de Garfield: livrar-se do cachorro idiota. E então, quando o cachorrinho desaparece, capturado pelo malvado Happy Chapman (STEPHEN TOBOLOWSKY), uma celebridade na cidade, imagina-se que Garfield ficará exultante. Acontece que Garfield sente-se responsável e, com uma energia surpreendente, coragem e generosidade, ele consegue sair de sua rotina preguiçosa e partir para a ação. Garfield se empenha na mais improvável das missões: salvar Odie.
Crítica: uma comédia recomendável para toda família. Divertida, com uma boa historinha e ainda traz mensagens de companheirismo e amizade.
Avaliação: ***

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terça-feira, 29 de março de 2005

Eu Fui a Secretária de Hitler

Título original: Im toten Winkel - Hitlers Sekretärin
País: Áustria
Ano: 2002
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: André Heller / Othmar Schmiderer
Elenco: Traudl Junge

Sinopse: documentário sobre Traudl Junge, secretária particular de Adolf Hitler desde o outono de 1942 até o final do nazismo, em 1945. É o primeiro depoimento de Traudl (aos 81 anos), onde revela detalhes de sua convivência com o líder nazista. Na primavera de 2001, o diretor André Heller finalmente conseguiu convencê-la da importância de registrar suas memórias para a posteridade. Ela mostra uma memória excepcional, mas também revela suas dúvidas, reflexões pessoais e remorso pela sua juventude, alegando ingenuidade e ignorância ao apoiar o regime ditatorial. Junge se revela uma adversária ferrenha do nacional-socialismo, assim como uma mulher idosa perplexa com a incapacidade de uma jovem ingênua ao não identificar a gravidade da situação, com a qual colaborava.
Crítica: excelente e riquíssimo documentário, feito sem imagens de arquivo, somente com perguntas feitas pelo diretor e respostas dadas por Traudl. A entrevista, repleta de detalhes, prende a atenção do espectador até o final. No total, foram gravadas 10 horas de material, do qual foram editados 90 minutos. É recomendável assisti-lo antes do longa, “A Queda: As Últimas Horas de Hitler”, filmado com base nesse depoimento.
Curiosidade: Traudl morreu pouco depois da estréia mundial do filme, em fevereiro de 2002.
Avaliação: ***

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Em Busca da Terra do Nunca

Título original: Finding Neverland
País: EUA/Reino Unido
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: min
Direção: Marc Foster
Elenco: Johnny Depp, Kate Winslet, Radha Mitchell, Julie Christie e Dustin Hoffman.

Sinopse: a história de James M. Barrie, um autor que buscava inspiração para uma nova peça. Foi nesse período que conheceu a família Davies, cujas crianças lhe concederam tal inspiração. O resultado foi a criação da hoje clássica história de Peter Pan.
Crítica: uma obra sensível e emocionante sobre fantasias, sonhos e desejos. Com uma trilha sonora envolvente, uma bela fotografia da época e atuações esplêndidas, o filme nos leva ao um mundo onde sonhos e realidade se mesclam numa junção perfeita. Um mundo onde somos fortes e invencíveis. Uma terra onde o tempo não pode nos tocar ou nos causar receio e medo e a morte está tão longe, quanto a velhice.
No longa, somos convidados a conhecer o autor e a inspiração por trás de um grande clássico da literatura universal que moveu e emocionou diversas gerações: “Peter Pan”.
Uma excelente direção. Uma história tocante!
Curiosidade: vencedor do Oscar (2005) de Melhor Trilha Sonora.
Avaliação: ****

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segunda-feira, 28 de março de 2005

O Operário

Título original: The Machinist

País: Espanha

Ano: 2004

Gênero: Suspense

Duração: 101 min

Direção: Brad Anderson

Elenco: Christian Bale, Jennifer Jason Leigh, John Sharian e Michael Ironside.

 

Sinopse: Trevor Reznik (Christian Bale) é um operário que sofre de insônia. Na fábrica onde trabalha as condições de trabalho oferecem risco. Para Trevor, os perigos são agravados pela fadiga crônica. Notando a aparência estranha, os colegas percebem que algo está errado, mas não dão a devida importância. Um operário perde um braço em um acidente e todos se voltam contra Trevor, considerando-o culpado. Ele encontra bilhetes anônimos em seu apartamento e fica sabendo que o suposto funcionário envolvido no acidente, na realidade, não existe. Trevor agora se empenha em saber se é tudo um plano para deixá-lo louco ou se o cansaço está provocando uma confusão mental.


Crítica

: o suspense é o ponto alto da trama que mantém a atenção do espectador.

 

 

A boa atuação de Christian Bale (que emagreceu muitos quilos para viver o personagem) é convincente. Entre a realidade e a imaginação, a confusão e a lucidez, não consegue encontrar respostas para muitos enigmas que passam a surgir na sua simples e pacata vida, dividida entre o trabalho, a sua casa e a amizade (a única) com uma prostituta. Felizmente, ao final, tudo se esclarece e faz sentido.

Não é um super filme, mas tem um roteiro inteligente e um desfecho satisfatório. 


Avaliação

: ***

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quarta-feira, 23 de março de 2005

O Lenhador

Título original: The Woodsman
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 87 min
Direção: Nicole Kassell
Elenco: Kevin Bacon, Kyra Sedgwick, Eve, Mos Def, David Alan Grier, Benjamin Bratt e Kevin Rice.

Sinopse: depois de 12 anos preso por pedofilia, ato violento e injustificável, Walter (Kevin Bacon) consegue a condicional. Por uma proeza do destino, sua nova casa é em frente a uma escola, o que vai de encontro ao seu vergonhoso passado. Com emprego novo e a namorada Vickie (Kyra Sedgwick), ele luta para superar seus próprios desejos e ser considerado finalmente uma pessoa normal.
Crítica: durante todo o filme é perceptível a constante luta de Walter para se tornar uma pessoa “normal”.
A trama é sensível e bem conduzida, sem apelar para cenas fortes. Os diálogos e olhares são suficientes para passar ao espectador os sentimentos do protagonista. Há um acontecimento no parque com uma menina que realmente comove.
Um tema polêmico, mas bem conduzido, o que em parte se deve à boa atuação de Kevin Bacon e Kyra Sedgwick, também com um personagem dramático.
O longa propõe uma reflexão sobre quem somos, o que somos capazes de fazer e nossos julgamentos.
Vale a pena ver.
Avaliação: ***

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segunda-feira, 21 de março de 2005

Sideways – Entre Umas e Outras

Título original: Sideways
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Comédia, drama
Duração: 126 min
Direção: Alexander Payne
Elenco: Paul Giamatti, Thomas Haden Church, Virginia Madsen, Sandra Oh e Marylouise Burke.

Sinopse: Miles Raymond (Paul Giamatti), divorciado de sua esposa a quem ainda ama, é um homem depressivo que está tentando publicar seu primeiro livro. Seu hobby são os vinhos, e assim ele decide dar como presente a Jack (Thomas Haden Church), seu melhor amigo, uma viagem pelas vinículas do Vale de Santa Inez, na Califórnia. Durante a viagem, ambos envolvem-se com duas mulheres, o que fará Miles reavaliar certos pontos de sua vida.
Crítica: uma comédia histericamente engraçada e, ao mesmo tempo, melancólica, sobre dois amigos que passeiam pela região produtora de vinho do sul da Califórnia. Miles é um professor de segundo grau e escritor fracassado que ainda não superou seu divórcio, acontecido há dois anos. E Jack, um ator de TV também fracassado que está prestes a se casar.
A história possui uma bela estrutura, uma espécie de química de romances arriscados, um equilíbrio delicado entre sua seqüência de acontecimentos aparentemente solta e um controle rígido sobre o subtexto dramático. O final é delicado, porém forte, que enche o espectador de esperança com relação a seus personagens desamparados e muito originais.
A escolha de Paul Giamatti para atuar ao lado de Thomas Haden Church é acertada.
Entusiasta de vinhos que gosta especialmente de um Pinot Noir, Miles leva Jack para uma viagem de despedida de solteiro: uma semana passada no vale de Santa Ynez, numa turnê pelos melhores restaurantes, vinícolas e salas de degustação de vinhos.
Daí para frente contar a história estragaria a surpresa. O roteiro, baseado num romance de Rex Pickett, é um belo exemplo de escrita feita em dois níveis simultâneos. Boa parte dos comentários sobre os vinhos na realidade dizem respeito às questões emocionais mais profundas.
As risadas nascem da dor, tanto emocional quanto física. Por um lado, o sofrimento não é nada engraçado, porém por outro é divertidíssimo. Vale a pena conferir, sobretudo os apreciadores de vinho.
Avaliação: ***

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sábado, 19 de março de 2005

Menina de Ouro

Título original: Million Dollar Baby
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 137 min
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Hilary Swank, Clint Eastwood, Morgan Freeman, Jay Baruchel, Marcus Chait, Mike Colter, Christina Cox e Kimberly Estrada.

Sinopse: Frankie Dunn (Clint Eatwood) é um treinador de boxe que já conquistou vários títulos. Um dia aparece, em sua academia, Maggie Fitzgerald (Hilary Swank). O problema é que Frankie nunca aceitou ser o treinador de nenhuma mulher. O relacionamento de ambos vai crescendo, enquanto Maggie trabalha duro para se sustentar e ajudar sua família. Após muito esforço ela consegue com que Frankie comece a treiná-la. Os dois juntos conseguem muitas vitórias, Maggie se torna uma ótima lutadora, até que um acontecimento muda definitivamente o destino dessas duas pessoas.
Crítica: o filme é marcante, uma grande obra-prima. Aborda, sutilmente, o aspecto humano em toda a sua fragilidade, em seus conflitos interiores, em suas questões éticas e familiares, em seus traumas mais profundos, capazes de mudar toda uma vida. O ponto mais decisivo do filme é quando Frankie e Maggie deparam-se com a possibilidade da prática da eutanásia. Como julgar uma decisão tão difícil, se é que somos capazes de julgar? Um filme para refletir por muito e muito tempo.
Curiosidade: vencedor de 4 Oscas: Melhor Ator Coadjuvante (Morgan Freeman), Melhor Atriz (Hilary Swank), Melhor Diretor e Melhor Filme.
Avaliação: *****

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sexta-feira, 18 de março de 2005

O Aviador

Título original: The Aviator
País: EUA
Ano: 2004
Gênero: Aventura
Duração: 144 min
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kate Beckinsale, Alec Baldwin, Alan Alda, Willem Dafoe, Jude Law, John C. Reilly, Gwen Stefani, Ian Holm, Brent Spiner, Rufus Wainwright, Amy Sloan, Danny Huston e Kenneth Walsh.

Sinopse: conta a história de Howard Hughes (DiCaprio), texano milionário, cineasta excêntrico e pioneiro da aviação nos Estados Unidos. O longa aborda sua vida principalmente entre os anos 20 e 40. Filho de um inventor que morreu quando o filho tinha apenas 18 anos, Howard herdou 75% das ações da empresa Hughes Tool Co.. Logo mudou-se para Los Angeles, onde se tornou produtor de cinema e ajudou a carreira de astros como Jean Harlow. Hughes também se envolveu com diversos setores da indústria norte-americana, tornando-se um dos homens mais influentes de sua época.
Crítica: a produção que reconstrói a Hollywood dos anos 30 é um esplendor. Howard Hughes (Leonardo DiCaprio) é cineasta, playboy, neurótico, milionário. Mas a ênfase é dada ao que Hughes era antes de tudo: um aviador responsável por quebrar recordes de velocidade e distância e, principalmente, por investir sua fortuna pessoal na aviação. O filme não deixa claro como ele a adquiriu. Já no começo, Hughes surge filmando sua primeira produção, "Hell's Angels”.
O excesso de informações acabou gerando algumas falhas no roteiro, que também erra ao não dar mais detalhes sobre o destino posterior de Howard Hughes. Ao final não há aqueles letreiros para informar quando morreu, que foi ficando cada vez mais louco, que se casou com a estrela Jean Peters.
O longa não constrói um retrato sólido de quem foi Hughes justamente porque não se aprofundou nos fatos, limita-se a registrar que ele tinha trauma de germes e que ficou progressivamente mais recluso e maluco.
Leonardo DiCaprio, também co-produtor, convence plenamente como o jovem herói, mas tem certa dificuldade para envelhecer, especialmente no porte, postura e peso. Apesar das falhas, vale a pena assistir.
Curiosidade: vencedor de 5 Oscars em 2005: Fotografia, Edição, Figurino, Direção de Arte e Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett).
Avaliação: ***

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domingo, 20 de fevereiro de 2005

Mar Adentro

Título original: Mar Adentro
Ano: 2004
País: Espanha
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: Alejandro Amenábar
Elenco: Javier Bardem, Belén Rueda, Lola Dueñas, Mabel Rivera, Celso Bugallo, Clara Segura, Joan Dalmau, Alberto Jiménez, Tamar Novas, Francesc Garrido, José Maria Pou, Alberto Amarilla, Nicolás Fernández Luna, Andrea Occhipinti e Xosé Manuel Oliveira.

Sinopse: o filme é baseado na história real de Ramón (Javier Bardem), um homem que era totalmente saudável, inteligente e viril, até sofrer um acidente e ser obrigado a viver, contra sua vontade, paralisado em uma cama, dependendo da ajuda de seus familiares para todas as suas necessidades básicas. Vinte e seis anos depois, ele consegue uma advogada disposta a ajudá-lo em seu caso. Confrontando questões morais, religiosas e sociais, Ramón tenta legalizar uma petição que lhe dê autorização para cometer eutanásia, sem que nenhuma das pessoas que o ajudarem sejam prejudicadas por suas ações.
Crítica: a eutanásia é o foco do filme, mas apresentada de uma forma completamente inovadora. Dando espaço à poesia, o cineasta eleva seu trabalho no quesito arte. Nos momentos em que Amenábar deixa a imaginação de Ramón tomar as rédeas da narrativa, temos alguns dos momentos mais bonitos do filme, que ajudam a entender melhor as vontades e os sonhos do personagem.
Comovente, o filme tem uma história muito bem contada, um cenário marcante, diálogos afiados e personagens extremamente cativantes, o que nos faz assimilar suas atitudes e sofrimentos com relação à situação.
Vale destacar, ainda, a maravilhosa atuação de Javier Bardém, como o forte Ramón.
Curiosidade: em 2005, venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar e no Globo de Ouro.
Avaliação: *****

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terça-feira, 18 de janeiro de 2005

Feira das Vaidades

Título original: Vanity Fair
País: EUA/Inglaterra
Ano: 2004
Gênero: Drama, romance
Duração: 141 min
Direção: Mira Nair
Elenco: Reese Witherspoon, James Purefoy, Romola Garai, Jonathan Rhys-Meyers, Gabriel Byrne, Jim Broadbent, Bob Hoskins, Robert Pattinson, Rhys Ifans, Geraldine McEwan, Angelica Mandy, Ruth Sheen, Lillette Dubey e Roger Lloyd-Pack.

Sinopse: na Londres de 1820, Becky Sharp (Reese Witherspoon) é uma garota humilde que, após ficar jovem, depende de sua sexualidade, inteligência e malícia para começar a ascender-se socialmente, em uma sociedade extremamente ligada às aparências.

Crítica: ‘Feira das Vaidades’ é o primeiro romance de William Thackeray, que, em 1847, quando começou a publicá-lo em fascículos, era ainda praticamente desconhecido do público. Considerada um clássico, a obra é uma sátira à classe alta de Londres que, enquanto centenas de milhares de homens morrem nos campos de batalha, vítimas das atrocidades das Guerras Napoleônicas, continua imperturbável e feliz, a beber os seus cálices de Porto no meio dos maiores excessos, luxos e loucuras.
A história centra-se em duas alunas da escola de Miss Pinkerton que se tornam melhores amigas: a falsa, sedutora e ambiciosa Rebecca Sharp, mais conhecida por Becky, orfã e sem rendimentos, e a inocente e pura Amelia Sedley, filha de uma família da alta burguesia. Juntas, as duas amigas vão viver grandes momentos de paixão, sofrimento e vingança.
O filme não foi tão fiel à obra, que é infinitamente superior, e também peca por omitir diversos personagens.
Não é uma obra arrebatadora, mas tem uma ótima produção, com figurino e cenários de primeira.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2005

Edukators

Título original: Die Fetten Jahre sind vorbei / The Edukators
País: Alemanha
Ano: 2004
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Hans Weingartner
Elenco: Daniel Brühl, Julia Jentsch, Stipe Erceg, Burghart Klaußner, Peer Martiny, Petra Zieser, Laura Schmidt, Sebastian Butz, Oliver Bröcker, Knut Berger, Hanns Zischler, Claudio Caiolo, Bernhard Bettermann, Sylvia Haider e Claudia Jakobshagen.

Sinopse: Jan (Daniel Brühl) e Peter (Stipe Erceg) são dois jovens que acreditam que podem mudar o mundo. Eles se autodenominam "Os Educadores", rebeldes contemporâneos que expressam sua indignação de forma pacífica: eles invadem mansões, trocam móveis e objetos de lugar e espalham mensagens de protesto. Jule (Julia Jentsch) é a namorada de Peter, que está passando por problemas financeiros e, por causa deles, está saindo de seu apartamento alugado. Tempos atrás Jule se envolveu em um acidente de carro, que destruiu o carro de um rico empresário. Condenada pela justiça, ela precisa pagar um novo carro no valor de 100 mil euros, o que praticamente faz com que trabalhe apenas para pagar a dívida que possui. Como Peter viaja para Barcelona, Jan vai ajudá-la na mudança. Eles se conhecem melhor e Jan termina por contar a ela a verdade sobre os Educadores. Empolgada com a notícia, Jule insiste que ela e Jan invadam a casa de Hardenberg (Burghart Klaubner), o empresário que a processou. Após uma certa resistência, Jan concorda. Na casa eles agem como os Educadores, mudando os móveis de lugar, mas cometem um grave erro: Jule esquece no local seu celular. No dia seguinte, com Peter já tendo retornado da viagem mas sem saber do ocorrido, Jan e Jule decidem invadir novamente a casa de Hardenberg, para recuperar o celular. Porém, o que eles não esperavam era que o empresário os surpreendesse dentro da casa. O final é surpreendente!
Crítica: o roteiro é excelente, nada previsível. Segredos são revelados, sentimentos são descobertos e os "edukadores" têm que mudar radicalmente sua estratégia de protesto. O filme fala das revoluções sociais de forma sensível e original, colocando todos os lados da questão em uma mesma mesa. Aborda temas como injustiça, companheirismo, questionamentos políticos e filosóficos. As atuações dos atores são sublimes e os diálogos, muito inteligentes, com mensagens fortes. O idealismo e a radicalidade dos jovens chocam-se com a sociedade moderna, a vida real. Um filme de altíssima qualidade!
Avaliação: ****

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