sábado, 6 de dezembro de 2008

Queime Depois de Ler

Título original: Burn After Reading
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Comédia, policial
Duração: 96 min
Direção: Ethan Coen e Joel Coen
Elenco: Tilda Swinton, John Malkovich, Brad Pitt, George Clooney, Richard Jenkins e Frances McDormand.

Sinopse: ao ser demitido por alcoolismo, o veterano da CIA Osborne Cox decide escrever um livro revelando segredos do governo. Ao saber disso, sua mulher Katie rouba os arquivos para usar contra ele no processo de divórcio. Acidentalmente, o material cai nas mãos de dois funcionários de uma academia nos subúrbios de Washington, Linda e Chad. Visando arranjar dinheiro para pagar as cirurgias plásticas que Linda sonha em fazer, eles chantageiam Cox. Para resolver o caso, é contratado o agente Harry Pfarrer, que coincidentemente é amante de Katie e mantém uma relação virtual com Linda.
Crítica: comédia ácida e com cenas violentas, o longa discorre sobre a ambição e a moralidade fajuta que percorre a sociedade americana e ridiculariza estereótipos do cinema comercial, como a importância da beleza estética dos atores. Os personagens vão se ligando uns aos outros das maneiras mais tortuosas, através da vida dupla que todos eles são obrigados a sustentar. O único que permanece sempre fiel a sua própria personalidade é o espontâneo Chad (Brad Pitt), cuja melhor cena é também aquela que guarda a virada da história. O longa está longe de ser o melhor trabalho dos irmãos Cohen. Brad Pitt poderia ter exagerado menos; seu papel ficou muito caricato. Quem espera rir muito, pode se decepcionar.
Avaliação: ***

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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Um Segredo em Família

Título original: Un Secret
País: França/Alemanha
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Claude Miller
Elenco: Cécile De France, Patrick Bruel, Ludivine Sagnier, Julie Depardieu, Mathieu Amalric, Ludivine Sagnier e Nathalie Boutefeu.

Sinopse: pouco após a Segunda Guerra Mundial, François Grimbert (Valentin Vigout/ Mathieu Amalric), um menino de sete anos, vive no seio de uma família judia na França. Sob a aparente convivência tranquila, reina o não-dito, e o garoto solitário inventa para si um irmão e imagina o passado dos seus pais. No seu aniversário de 15 anos, François descobre um terrível segredo: seus pais eram cunhados. Os dois tentaram ignorar a paixão proibida, mas, com as reviravoltas da história e a deportação dos judeus, tiveram de confrontar seus sentimentos.

Crítica: o roteiro é baseado em fatos reais relatados por Phillipe Grimbert em seu livro autobiográfico ‘Un Secret’. A ação se inicia dez anos após o final da Segunda Guerra, em 1955. É com o mundo já em paz, que acompanhamos a história de François, garoto de sete anos que leva uma vida comum com seus pais Maxime (Patrick Bruel) e Tania (Cécile de France). Tímido e franzino, o menino não se identifica com o mundo atlético de seus pais, apaixonados por esportes e atividades físicas. Como uma fuga, acaba criando para si um irmão mais velho imaginário, forte e capaz de tudo. Já na adolescência, porém, François (juntamente do público) vai perceber que existem muitos, fortes, profundos e tristes motivos que o fazem se sentir um verdadeiro peixe fora d’água dentro da própria família. Motivos que remontam a uma época anterior à guerra, antes do mundo conhecer os horrores do nazismo.
Famílias inteiras separadas pela perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial já foram assunto de inúmeros filmes. Contudo, o diretor Claude Miller dá novo ímpeto ao velho tema, imprimindo sensibilidade e emoção a um roteiro que não se prende à ordem cronológica dos fatos. São belas imagens e tocantes interpretações que se unem a uma história de vida que, por mais dolorosa que seja, propõe o perdão. Ou, na melhor das hipóteses, o não julgamento.
Seria desleal contar toda a trama, mas pode-se dizer que a película discute questões de honra, orgulho e auto-estima quando a situação – como aquela que fez muitos judeus fugirem das cidades e se esconderem no campo – diz que o mais racional é suprimir sua identidade diante do inimigo.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Santos e Demônios

Título original: A Guide to Recognizing Your Saints
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 98 min
Direção: Dito Montiel
Elenco: Dianne Wiest, Robert Downey Jr., Shia LaBeouf, Melonie Diaz, Julia Garro, Eleonore Hendricks, Adam Scarimbolo, Peter Anthony Tambakis, Channing Tatum, Anthony Tirado, Erick Rosado, Steven Payne, Chazz Palminteri, Tibor Feldman e Martin Compston.

Sinopse: nos anos 1980, um garoto chamado Dito (Shia LaBeouf) que vive em Astoria, no estado de Nova York, sente a necessidade de alcançar a maturidade quando vê de perto a morte de seus amigos. Alguns por causa das drogas, outros dentro de prisão. Como só ele continua vivo, começa a acreditar que seu destino foi salvo graças a supostos santos.
Crítica: como estreia do diretor, o filme é muito bom e recebeu vários prêmios. Baseado no livro escrito por ele mesmo, onde conta sua vida, o roteiro flui naturalmente com um elenco convincente.
Por meio de flashbacks, Dito se lembra da época em que cresceu na cidade, dos vários acontecimentos que levaram muitos de seus amigos para um mundo de crimes e drogas, e de como ele parece ter sido “salvo” por várias figuras (seus santos ou anjos da guarda), ao longo de sua vida, para conseguir se tornar
um escritor.
O final da trama é digno de uma boa obra cinematográfica.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Liverpool

Título original: Liverpool
País: Argentina/Espanha
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 84 min
Direção: Lisandro Alonso
Elenco: Juan Fernández Farrel, Nieves Cabrera e Giselle Irrazabal.

Sinopse: Farrel é um homem solitário e desiludido. Faz vinte anos que trabalha em navios de carga, bebendo até o limite do esquecimento, sem amigos ou namoradas. Quando o navio aporta em Ushuaia, cidade do extremo sul da Argentina, Farrel pede ao capitão para descer. Ele deseja descobrir se sua mãe continua viva, já que há anos não a vê. Ao chegar ao vilarejo coberto de neve onde cresceu, Farrel descobre que ela ainda vive, e que alguém mais agora faz parte da família.
Crítica: o filme é péssimo. A trama arrasta-se vagarosamente, mesmo para os mais pacientes, e nada acontece. Não há história nem mensagem. Até a fotografia, que poderia ser bela pelas imagens de Ushuaia, não merece crédito algum.
Avaliação: *

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Rio Congelado

Título original: Frozen River
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 97 min
Direção: Courtney Hunt
Elenco: Melissa Leo, Misty Upham, Jay Klaitz, Nancy Wu, Michael O'Keefe e Charlie McDermott.

Sinopse: Ray Eddy (Melissa Leo) é uma mãe solteira que vive num trailer numa região do interior do estado de Nova York, e que ajuda imigrantes a passarem ilegalmente do Canadá para os Estados Unidos através da Reserva Indígena Mohawk. Ray facilita a entrada de imigrantes ilegais como única forma de manter sua família unida depois de seu marido, viciado em jogo, ter sumido com o dinheiro da entrada da casa de seus sonhos. Para conseguir o dinheiro a tempo, Ray se une a uma índia contrabandista Mohawk, Lila Littlewolf (Misty Upham), e as duas começam a correr pelo congelado rio St. Lawrence transportando imigrantes ilegais, chineses e paquistaneses no porta-malas do carro de Ray. Lila normalmente não "trabalha com brancos", mas o desespero para reaver seu bebê, que foi "roubado" por sua sogra, faz com que ela e Ray formem uma difícil parceria.

Crítica: bom enredo, bela fotografia e uma interpretação categórica de Melissa Leo são os pontos altos da trama que une duas mães na luta pela sobrevivência de seus filhos.
O roteiro cruza esses caminhos numa história inteligente e comovente, que causa angústia e desespero. Não contarei a história para não estragar as surpresas que revela. Posso adiantar que aborda temas familiares e a situação clandestina de imigrantes nos Estados Unidos.
‘Rio Congelado’ é um daqueles raros filmes independentes que cumpre o que promete e expõe, claramente, sua mensagem, forte e marcante.

Avaliação: ***

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sábado, 1 de novembro de 2008

Um Segredo Entre Nós

Título original: Fireflies in the Garden
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Dennis Lee
Elenco: Julia Roberts, Ryan Reynolds, Willem Dafoe, Emily Watson, Carrie-Anne Moss, Hayden Panettiere, Ioan Gruffudd, Shannon Lucio, George Newbern, Cayden Boyd, Chase Ellison, Brooklynn Proulx, Peter Cornwell, Frank Ertl e Gina Garza.

Sinopse: um drama autobiográfico centrado na complexidade dos relacionamentos, especialmente depois que a família enfrenta uma inesperada tragédia. Para comemorar a tardia graduação de sua mãe Lisa (Julia Roberts), o escritor Michael (Ryan Reynolds) retorna à casa de sua tumultuada infância. O pai de Michael, Charles (Willem Dafoe), discute com a mulher no carro e acaba causando um acidente no qual Lisa morre. Entre novos acontecimentos – como a descoberta da infidelidade da mãe – e lembranças do passado, o jovem escritor precisa decidir se vai publicar seu livro "Fireflies in the Garden", expondo assim as memórias de sua infância difícil, ou aproveitar a oportunidade de rever o passado, o que, talvez, o leve a uma reconciliação com o intransigente pai.

Crítica: trata-se de um dramalhão, no sentido negativo da palavra, que se esforça para parecer ser mais do que realmente é. A trama fica indo e voltando no tempo, mostrando os dias de adolescente de Michael Taylor, sempre testado e contestado por seu pai, Charles, um professor universitário que tenta emplacar carreira literária. Do outro lado está a mãe e esposa perfeita, Lisa, interpretada por Julia Roberts. Em seu ventre está a irmã de Charles, Ryne (Shannon Lucio).
O vai-e-vém deixa o espectador um pouco perdido e as falhas na contagem do tempo são grandes. A idade passa para alguns e para outros não.
A história toda se apoia em Julia Roberts, mas que só aparece em 10 minutos do longa, no máximo.
Esperava-se mais da obra, que ficou completamente insossa. Um drama que não emociona.

Avaliação: **

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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Luz Silenciosa

Título original: Stellet Licht
País: Alemanha/Holanda
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Carlos Reygadas
Elenco: Elizabeth Ferr, Jacobo Klassen, Maria Pankratz, Miriam Toews, Cornelio Wall e Peter Wall.

Sinopse: conta a história de um menonita chamado Johan, que é casado e vive ao norte do México. Os menonitas defendem o pacifismo radical e rejeitam o progresso, mas a comunidade de Johan é mais moderada. Eles usam carros e os benefícios da medicina moderna, mas ainda se recusam a utilizar comunicações com o exterior, como telefone ou internet. Neste ambiente Johan se apaixona por outra mulher, contrariando as leis de sua religião.

Crítica: o café da manhã de uma família de feições européias que fala um dialeto entre o alemão e o holandês. É assim que começa o filme.
O silêncio é constante na trama. Deduzimos que são religiosos, pela longa prece em silêncio antes da refeição, e que o pai da família sofre. Sofre sozinho, na ausência dos muitos filhos, mas com a solidariedade de sua esposa.
Em seguida, descobrimos a razão de sua dor: ele está apaixonado por outra mulher. Pela forma isolada em que vive, princípios, religião e pelo apego à família não entende o que se passa. Ele até ouve os conselhos do pai, bastante rígido. Não há nenhum escândalo aí. Desde o início o o homem contou à esposa sobre a amante, e ele tenta equacionar o triângulo com racionalidade.
Por fim, ele não larga a esposa e os filhos, contudo um repentino acontecimento o deixará transtornado.
Outra surpresa é onde se passa a trama, no Norte do México, e não em um país nórdico, como era de se imaginar pela língua falada.
No fundo há uma religiosidade, que está passando por uma provação, e esse é o grande tema do filme. A história não é de separação, e sim de conformação.
O problema da película está na exploração muito lenta dessa vida familiar. O espectador precisa ser mais paciente para vê-la.
Avaliação: **

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sábado, 18 de outubro de 2008

Na Mira do Chefe

Título original: In Bruges
País: Inglaterra/Bélgica
Ano: 2008
Gênero: Ação, comédia
Duração: 107 min
Direção: Martin McDonagh
Elenco: Ralph Fiennes, Colin Farrell, Brendan Gleeson, Elizabeth Berrington, Rudy Blomme, Olivier Bonjour, Mark Donovan, Ann Elsley, Jean-Marc Favorin, Eric Godon, Zeljko Ivanek, Sachi Kimura, Anna Madeley, Louis Nummy e Clémence Poésy.

Sinopse: selecionado para o Sundance Film Festival e exibido na abertura oficial do evento, essa comédia de ação mostra dois assassinos de aluguel na cidade de Bruges, na Bélgica. Depois de mais um trabalho complicado, eles passam a discordar sobre a natureza do ofício que realizam, decidem relaxar e começam a se acostumar aos hábitos locais.

Crítica: um dos melhores filmes do gênero a que já assisti. Roteiro inteligente, interpretações excelentes. Ralph Fiennes está irreconhecível e Colin Farrell e Brendan Gleeson, em seus melhores papéis.
Um humor sarcástico e ácido, diálogos inteligentes e, ainda, um visual incrível da cidade de Bruges.
É bom do início ao fim. Ao término da fita, fica uma sensação de “quero mais”.

Avaliação: ****

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sábado, 4 de outubro de 2008

Linha de Passe

Título original: Linha de Passe
País: Brasil
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: min
Direção: Walter Salles e Daniela Thomas
Elenco: Sandra Corveloni, João Baldasserini, Vinícius de Oliveira, José Geraldo Rodrigues e Kaique Jesus Santos.

Sinopse: mostra a história de quatro irmãos da Cidade Líder, periferia de São Paulo que, com a ausência do pai, precisam lutar por seus sonhos. Um deles, Dario (Vinícius de Oliveira), vê em seu talento como jogador de futebol a esperança de uma vida melhor. O título é uma alusão ao futebol, que está no centro das atenções. Dario aspira carreira como jogador e são todos torcedores fanáticos do Sport Club Corinthians Paulista.
Crítica: a trama comove e, ainda, nos leva a torcer desesperadamente por um final feliz para os complexos indivíduos aos quais nos apresenta já no início da fita, em momentos do cotidiano.
Dênis (Baldasserini) é um motoboy que mantém uma relação distante com o filho que teve com a namorada; Dinho (Rodrigues) se esforça para abandonar o passado de garoto-problema ao abraçar a religião; Dario (Oliveira) tenta emplacar uma carreira como jogador de futebol; e Reginaldo (Santos) passa os dias andando de ônibus em busca do pai motorista. Levando existências humildes, os quatro irmãos moram com a mãe, a empregada doméstica Cleuza (Corveloni), que, grávida do quinto filho (mais um que não contará com o pai), luta para manter a família unida.
A pequena ficção é inserida num contexto quase documental, utilizando-se de figurantes não profissionais que emprestam seus rostos marcantes e expressivos a seqüências como a que traz dezenas de aspirantes a jogador apresentando seus comoventes sonhos de grandeza diante de uma minúscula janelinha, enquanto um funcionário sem rosto anota seus nomes e posições no campo.
Da mesma maneira, o elenco principal do longa é composto por atores desconhecidos do grande público, o que imediatamente confere maior autenticidade aos personagens, que surgem na tela sem a bagagem das performances anteriores – e é mais do que apropriado que, servindo como centro emocional da narrativa, a atriz Sandra Corveloni tenha surpreendido ao sair premiada de Cannes em função de sua entrega total ao papel que representou. Mulher humilde e direta em seus medos e paixões, Cleuza é uma mãe carinhosa e preocupada que não hesita em fumar e beber durante a gravidez (o que, longe de ser um paradoxo, é apenas um atestado da ignorância conseqüente de uma vida sem recursos). Capaz de administrar uma surra com as mesmas boas intenções com que expressa seu apoio aos filhos, Cleuza é uma mulher comum e simples e isso a transforma numa figura profundamente cinematográfica.
Enquanto isso, os quatro jovens atores que completam aquela conturbada família se destacam por suas abordagens diferenciadas, mas igualmente apropriadas a cada um dos personagens.
A câmera é mantida sempre próxima de seus atores, capturando as menores mudanças em suas expressões e salientando, no processo, o tom intimista que nos torna ainda mais ligados aos personagens. Além disso, a fotografia triste e urbana estabelece, ao lado da trilha melancólica, um clima sufocante que só é aliviado nos instantes determinantes em que pequenas vitórias são conquistadas.
Elogios também merecem ser dados à sutileza de detalhes com que o universo daquelas pessoas é mostrado ao público – desde a jaqueta jeans puída que Cleuza veste na festa do filho até o tênis cuja sola precisa ser amarrada com o cadarço para não se soltar durante um jogo.
Linha de Passe surpreende pelos quadros de cenas que remetem à dura realidade, nunca deixando de transparecer uma forte mensagem que envolve e emociona.
Curiosidade: Sandra Carveloni venceu a Melhor Interpretação Feminina no Festival de Cannes, em 2008.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Poucas Cinzas - Salvador Dalí

Título original: Little Ashes
País: Reino Unido/Espanha
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Paul Morrison
Elenco: Robert Pattinson, Javier Beltrán, Marina Gatell e Matthew McNulty.

Sinopse: em 1922, Madri se vê em plena revolução cultural por conta das mudanças de valores provocadas pelo jazz, as ideias de Freud e a avant-garde. Nesse mesmo ano, aos 18 anos, Salvador Dalí (Robert Pattinson) entra para a faculdade determinado em se tornar um grande artista. Sua incomum mistura de timidez e exibicionismo faz com que a elite social da universidade volte suas atenções ao jovem estudante, como Federico Lorca (Javier Beltran) e Luis Buñuel (Matthew McNulty). O filme acompanha a relação travada entre esses tão importantes artistas contemporâneos.

Crítica: o filme sobre Salvador Dalí deixa a desejar. Robert Pattinson até esforça-se para encarnar o personagem protagonista, mas não convence. Aliás, quem se destaca na trama e até rouba a cena é Javier Beltrán, que interpreta Federico García Lorca.
Resultado: o filme fica dividido entre os dois personagens e acaba não fazendo um bom trabalho: nem a biografia de um nem de outro. Essa divisão quebra o ritmo da história que perde tempo com cenas bobas, sem profundidade.
Apesar de ser uma biografia, o diretor não soube aproveitar o material que tinha e insistiu na exploração das relações homossexuais de Salvador Dalí, como se isso fosse relevante para seu trabalho. Relevante é a importância, a influência e o impacto de sua obra para os artistas da época. Sua sexualidade é um detalhe.
Uma direção fraca e um roteiro impreciso. Uma lástima!

Avaliação: **

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Se Nada Mais Der Certo

Título original: Se Nada Mais Der Certo
País: Brasil
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: José Eduardo Belmonte
Elenco: Cauã Reymond, João Miguel, Caroline Abras, Luiza Mariane, Milhem Cortaz, Eucir de Souza, Murilo Grossi, Leandra Leal, Adriana Lodi, Luisa Micheletti, Tainá Müller, Justine Otondo, Roberta Rodrigues e Mariah Teixeira.

Sinopse: Leo (Cauã Reymond) é um jornalista endividado, que faz alguns trabalhos esporádicos, pelos quais não recebe pagamento. Falta-lhe dinheiro para tudo: aluguel, para a esposa anoréxica e viciada, o filho dela, o salário da empregada. Para tentar sanar suas dívidas, ele acaba se envolvendo em golpes armados por Marcin (Caroline Abras), um ser andrógeno.

Crítica: Leo (Cauã Reymond) é um jornalista que sobrevive em São Paulo sem ter muito sucesso. A profissão é difícil, sabemos, e a cidade grande é capaz de devorar quem não está apto a viver nela. Em sua casa, vivem a empregada (que evidentemente não recebe salários há meses, mas continua lá para ter onde dormir), uma jovem que sofre de bulimia (Luiza Mariane) e seu filho pequeno – cuja relação com o protagonista não fica muito bem definida. O envolvimento com Marcin (Caroline Abras) leva Leo a participar de golpes e negócios ilícitos a fim de melhorar suas condições de vida, que nunca dão certo, afinal.
Apesar de apresentar personagens em situações complicadas e pesadas, e uma atmosfera violenta, o longa traz leveza ao tratar das relações afetivas.
As imagens, por hora, são bastante focadas e próximas nos personagens, e em outras ocasiões, desfocadas. Mas, no geral, é a câmera é íntima dos atores e passa isso para quem assiste à obra.
A crônica de pessoas perdidas na cidade de São Paulo, bem dirigida, é densa, profunda, intensa e possui belas atuações.

Curiosidade: Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Atriz (Caroline Abras) no Festival do Rio 2008.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Caro Sr. Horten

Título original: O’Horten
País: Noruega / Alemanha / França / Dinamarca
Ano: 2007
Gênero: comédia, drama
Duração: 90 min
Direção: Bent Hamer
Elenco: Baard Owe, Espen Skionberg, Ghita Norby, Henny Moan, Bjorn Floberg, Kai Remlow, Per Jansen, Bjarte Hjelmeland, Tone Stern Bergersen, Peter Bredal, Einar Breian, Dag Brekke, Bard Brinchmann, Andreas Cappelen, Kjell Ove Carlsen, Oyvind Dahle e Gard B. Eidsvold.

Sinopse: uma jornada através do interior da Noruega. Odd Horten, de 67 anos, é um maquinista prestes a se aposentar. No dia de sua última viagem, ele se atrasa e, pela primeira vez em 40 anos, o trem parte sem ele. A partir daí, sozinho na plataforma, passa a repensar sua vida.

Crítica: é um trabalho sensível e requer paciência do espectador, pois a fita retrata momentos longos e introspectivos do personagem. Um convite à reflexão com alguma dose de romantismo e saborosas pitadas de surrealismo. Uma bem-vinda viagem pelo calor dos sentimentos que fazem contraponto e se sobrepõem à gélida paisagem norueguesa.
Odd Horten terá de aprender a viver dentro de uma nova realidade: a de um ser humano indivisível, que não depende mais de sua locomotiva para seguir em frente. Agora, ele terá que conviver com outros seres humanos para provar a si mesmo que existe vida após a aposentadoria.

Curiosidade: do mesmo diretor de ‘Factotum’, filme sobre o escritor Charles Bukowski.
Avaliação: ***

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sábado, 20 de setembro de 2008

Orquestra dos Meninos

Título original: Orquestra dos Meninos
País: Brasil
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Paulo Thiago
Elenco: Murilo Rosa, Priscila Fantim, Othon Bastos, Lais Corrêa, Gustavo Gasparani, Olga Machado, Jaime Leibovitch, Carlos Betão, Harildo Deda, Luiz Carlos Reis e Artur Costa.

Sinopse: Janeiro de 1995. Um integrante de 13 anos da Orquestra Sinfônica do Agreste da pequena cidade de São Caetano (Pernambuco) é seqüestrado. O principal suspeito é o criador da orquestra, o maestro Mozart Vieira (Murilo Rosa), o que coloca o trabalho do músico em risco.

Crítica: o filme tem belas sequências em sua primeira parte, porém perde depois um pouco da sua força quando a música cede espaço para intrigas políticas.
Murilo Rosa faz com competência o protagonista, o mesmo não ocorrendo com Priscila Fantim, um pouco deslocada em seu papel, assim como alguns coadjuvantes.
A produção ainda poderia ter sido mais caprichada, mas de qualquer maneira é uma história que merece ser conhecida e bastante divulgada.
Curiosidade: baseado na história real da orquestra sinfônica de meninos criada na cidade de São Caetano, no estado de Pernambuco.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Brilho das Estrelas

Título original: The Moon and the Stars
País: 2007
Ano: Hungria/Itália/Reino Unido
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: John Irvin
Elenco: Alfred Molina, Jonathan Pryce, Kristina Baumgarten, Catherine McCormack, András Bálint, Roberto Purvis, Rupert Friend, Joanna Scanlan, Surama de Castro, Ivano Marescotti, Niccolò Senni, Francesco De Vito, Pál Mácsai, Ignazio Oliva e András Márton.

Sinopse: o ano é 1939, a Europa passa pela Segunda Guerra Mundial. Apesar da tensão social, o produtor Davide Rieti (Alfred Molina) decide rodar um filme épico nos estúdios da Cinecittà. Nesta efervescente atmosfera, começam as filmagens, mas fora dos sets os protagonistas se apaixonam e procuram formas de escapar da realidade da guerra através do alcóol e das drogas. Porém, com a guerra batendo à porta, Rieti começa a sofrer pressão psicológica de todos os lados: governo, bancos e, principalmente, a imprensa, que descobre que o produtor vive uma relação homossexual. Rodeado pelo escândalo sexual e político, o grande épico é ameaçado pela polícia secreta. Porém, determinados a continuar e a enfrentar a ameaça da polícia, Rieti e seu elenco decidem concluir o filme, em apenas uma noite, e com um final sublime.

Crítica: o diretor tenta retratar a efervescente atmosfera do momento. O governo de Mussolini está pronto para assinar um pacto com Hitler. Roma é o centro da grande política dividida entre a democracia ocidental e o Fascismo Italiano. Apesar desta política e da tensão social, um ousado diretor tenta finalizar sua película.
O roteiro desenvolve-se com fluidez e passando ao espectador o clima perverso em que todos viviam: medo, traições, desconfiança.
A interpretação de Molina é boa como sempre. Mas não se pode dizer o mesmo de todo o elenco.
Um filme interessante sobre como a arte saiu perdendo com a guerra.

Avaliação: ***

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A Solução Final

Título original: Eichmann
País: Hungria/Reino Unido
Ano: 2007
Gênero: Drama, guerra, histórico
Duração: 100 min
Direção: Robert Young
Elenco: Thomas Kretschmann, Troy Garity,Franka Potente, Stephen Fry, Ilona Kassai, Tilly O'Neil, Kerstin Sekimoto e Dénes Bernáth.

Sinopse: capturado pelo serviço secreto da Argentina quinze anos após o final da Segunda Guerra Mundial, Eichmann era o homem mais procurado do mundo. Em seus testemunhos ele relata ter sido o arquiteto do plano chamado de ‘Solução Final de Hitler’. Enquanto todos aguardavam pela condenação do executor chefe nazista, o capitão israelense Avner Less, cujo próprio pai falecera em um campo de concentração, é o responsável pela dura tarefa de arrancar toda a verdade de Eichmann. O resultado desta batalha mental entre dois homens e o passado foi a transformação de toda uma nação.

Crítica: baseado nas confissões finais feitas por Adolf Eichmann, o longa-metragem conta os horrrores praticados por Hitler e seus comandados contra os judeus durante a 2ª Guerra Mundial a partir dos relatos que Eichmann fez aos interrogadores depois de ser localizado na Argentina e levado para Israel, onde acabou enforcado.
"A Solução Final" mostra a frieza com que o nazista cumpria as ordens superiores e, mais do que isso, o prazer que sentia em subjugar os judeus.
Retrata, também, um homem covarde, incapaz de admitir os crimes que cometeu, insistindo durante todo o tempo que apenas fez o que fez porque cumpria ordens. No entanto, a maneira como Avner Less (o interrogador de Eichmann) confronta os fatos com a versão do nazista vai revelando, aos poucos, as farsas do alemão até chegar em um determinado momento em que é impossível negar os crimes cometidos.

Avaliação: ***

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domingo, 20 de julho de 2008

O Advogado do Terror

Título original: L'Avocat de la Terreur
País: França
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Duração: 135 min
Direção: Barbet Schroeder
Elenco: Jacques Vergès, Klaus Barbie, Abderrahmane Benhamida, Bachir Boumaâza, Isabelle Coutant-Peyre, Guillaume Durand, Lionel Duroy, Hans-Joachim Klein, Magdalena Kopp, Gilles Menage, Anis Naccache, Barbet Schroeder, Siné, Maître Brahimi e Martine Tigrane.

Sinopse: documentário sobre a vida de Jacques Vergès, ex-guerrilheiro das Forças de Libertação da França e controverso advogado que tem como especialidade defender as figuras mais impopulares do mundo, como o nazista criminoso de guerra Klaus Barbie e o insano Roger Garaudy, que prega o anti-semitismo sob o argumento de que o Holocausto é uma invenção.

Crítica: a carreira de Jacques Vergès não é matéria para um documentário, mas para uma série. O advogado de Milosevic, de Roger Garaudy (que negou a existência do Holocausto), de diversos ditadores africanos, serial killers e terroristas internacionais é um ponto onde se cruzam inúmeras histórias candentes da política mundial nos últimos 50 anos. Em ‘O Advogado do Terror’, Barbet Schroeder faz o que pode para dar uma idéia aproximada desse super-personagem.

Para começar, concentra sua abordagem em três grandes casos. O primeiro definiria parte de seu destino pessoal e forneceria uma prerrogativa ideológica para tudo o que viria depois. Ainda jovem advogado em Paris, na década de 1950, Vergès foi chamado a Argel para defender heróis da resistência e se apaixonou por Djamila Bouhired, especializada em atentados a bomba. A luta anticolonialista, mediante raciocínios não pouco tortuosos, justificaria as futuras posições de Vergès em defesa não só de combatentes palestinos como de guerrilheiros do Baader-Meinhof. Ele próprio chegou a figurar numa lista de morte do serviço secreto francês.

O segundo grande caso coberto pelo filme é o da defesa de Klaus Barbie, o “carniceiro de Lyon”, quando Vergès canalizou seu ressentimento contra a França colonialista. Conseguiu mudar o cenário do julgamento, mas não livrou Barbie da prisão perpétua (estranhamente, o filme não menciona esse desfecho, talvez por considerá-lo sobejamente conhecido). Por fim, num dos mais melodramáticos de seus envolvimentos afetivos com os clientes, ele tornou-se amigo íntimo dos terroristas Carlos, o Chacal, e Magdalena Kopp, casados entre si.
Mesmo atendo-se a esses episódios, o documentário vencedor do César de 2007 traz uma abundância de informações e conexões que exige atenção redobrada do espectador. O risco é de se perder dados preciosos – e espantosos – como a parceria entre ex-líderes nazistas e guerrilheiros do Oriente Médio.

Em boa parte do documentário, investiga-se um misterioso desaparecimento de Vergès entre 1970 e 78. Considerando suas relações com governos que iam da Alemanha Oriental à China maoísta e ao Camboja de Pol Pot, não é de todo improvável que ele pudesse estar dando consultoria jurídica em Marte, o planeta vermelho.

O diretor não economiza meios para chegar até onde a informação está. Filma numa cabana na selva cambojana, no gabinete de um político no Líbano e no endereço secreto de Hans-Joachim Klein (terrorista arrependido e ex-motorista de Sartre). Grava um telefonema com Carlos na prisão. Entrevista Yacef Saadi, herói da independência argelina (inspirador e protagonista de A Batalha de Argel) e uma constelação de famosos clientes e amigos de Vergès. Só não logrou penetrar na redoma em que se pôs Djamila Bouhired.

Nesse dossiê caudaloso e absorvente, o caráter de Jacques Vergès permanece como encoberto por um véu. Às perguntas mais indesejadas ele responde com um monossílabo arrematado por uma baforada do charuto e um curto sorriso astucioso que não anima ninguém a prosseguir no assunto. Mas de tudo o que diz não é difícil extrair seu lema. Vergès gosta de defender o indefensável.

O Direito tem sido sua tribuna para uma ação que mistura paixão política e vaidade pessoal. Recentemente, ofereceu-se para representar Saddam Hussein (mas foi recusado) e no momento defende Khieu Samphan, alto oficial do Khmer Vermelho (os dois juntos na foto à esquerda, de Stéphanie Giry). “Eu defenderia até Bush, desde que ele assumisse sua culpa”, diz a certa altura do filme.

Schroeder faz seu perfil à revelia de julgamentos morais ou ideológicos. Lança um olhar seco, inteligente e impassível, um pouco como o olhar de Vergès em suas tribunas.

Curiosidade: existe na França uma versão em DVD com 4 horas de duração.
Avaliação: ****

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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Como Eu Festejei o Fim do Mundo

Título original: Cum Mi-am petrecut sfarsitul lumii
País: Romênia/França
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 106 min
Direção: Catalin Mitulescu
Elenco: Doroteea Petre, Timotei Duma, Ionut Becheru, Jean Constantin, Grigore Gonta, Mircea Diaconu, Marius Stan e Nicolae Praida.

Sinopse: um testemunho de que o poder do amor transcende as mais trágicas circunstâncias. É a história da adolescente Eva e de seu irmão mais novo Lalalilu nos meses que conduziram à deposição do ditador romeno Nicolau Ceausescu. Eva e seu namorado aventureiro Alexandru envolvem-se num grave problema quando, acidentalmente, quebram o busto do ditador na escola. Eva arca com a maior punição: é expulsa da União de Jovens Comunistas e mandada para um reformatório. Lá, encontra o estranho Andrei, cujos pais são acusados de envolvimento num complô contra Ceausescu. Os dois se tornam amigos.
Crítica: um filme alternativo, que mesmo sendo produzido por um dos maiores cineastas romenos de todos os tempos, tem uma história maçante e desinteressante para o público em geral.
A fita mostra a vida de uma famíla porbre na Romência, tendo como pano de fundo a história do cruel ditador romeno, Nicolau Ceausescu. Muitas cenas acontecem rapidamente, sem informar muito ao espectador o que se passa e, então, o público fica perdido em meio à trama.
Com certeza, é um longa valioso para os romenos. Porém, a falta de detalhes mais expressivos, de ação ou de um enredo mais consistente que prenda a atenção de quem o assiste o tornam um filme chato e arrastado.
Um ponto positivo do filme são as atuações dos irmãos, interpretados por Doroteea Petre e o pequeno Timotei Duma.
Avaliação: *

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quinta-feira, 10 de julho de 2008

O Guerreiro Genghis Khan

Título original: Mongol
País: Cazaquistão/Rússia/Mongólia/Alemanha
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Sergei Bodrov
Elenco:Tadanobu Asano, Honglei Sun, Aliya, Tegen Ao, Ying Bai, Khulan Chuluun, Ba Sen, He Qi, Amadu Mamadakov, Ben Hon Sun, Ji Ri Mu Tu, You Er, Ba Tu, Deng Ba Te Er, Bao Di e Bayertsetseg Erdenebat.

Sinopse: reconstituição dos primeiros anos de vida de Genghis Khan (Tadanobu Asano), escravo que se tornou um dos maiores conquistadores de todos os tempos. Ele chegou a dominar metade do mundo conhecido até então, incluindo a Rússia no ano de 1206.

Crítica: trata-se de um épico. Há várias batalhas muito bem dirigidas e com movimentos plásticos, em que o espectador pode ter um pouco de noção de estratégias militares.
Por ser a história de um herói nacional, o espectador poderá notar que fatos concretos misturam-se a contos lendários de Genghis Khan. As mais de duas horas de duração contam um enredo longo e que pode ser cansativo para quem não for um grande entusiasta do gênero. Um roteiro mais centrado teria dado um resultado melhor.
O início da obra retrata os mongóis como um bando de tribos nômades disputando, quase em desespero, os recursos necessários à sobrevivência. No final, veremos o início de sua unidade (o filme narra a infância e juventude de Temudjin) – e a narração nos lembra o que ocorreu depois, a unificação, sob o Grande Khan, de metade do mundo então conhecido.

Curiosidade: há uma grande batalha em que foram escalados 1.500 figurantes para serem cavaleiros, mas ninguém sabia cavalgar. Todos receberam dois meses de treinamento em montaria.
Algumas locações eram tão isoladas que foram construídas estradas para que os profissionais e o equipamento de filmagem fossem transportados.
As leis chinesas proíbem a confecção de locações artificiais, por isso, muitos vilarejos foram construídos com materiais reais (tijolos, pedras, etc.).

Avaliação: ***

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sábado, 5 de julho de 2008

O Escafandro e a Borboleta

Título original: Le Scaphandre et le Papillon
País: França
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Julian Schnabel
Elenco: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny, Patrick Chesnais, Niels Arestrup, Olatz Lopez Garmendia, Jean-Pierre Cassel, Marina Hands, Max Von Sydow, Isaach De Bankolé, Emma de Caunes, Jean-Philippe Écoffrey, Nicolas Le Riche, Lenny Kravitz e Michael Wincott.

Sinopse: Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória.
Crítica: baseado em fatos reais, em 1995, num acidente vascular cerebral (AVC), o jornalista e editor da Revista Elle, Jean-Dominique Bauby (interpretado por Mathieu Amalric), então com 43 anos, foi acometido de uma doença rara – locked-in syndrome – apesar de manter-se lúcido, tem todo o corpo paralisado, sobrando-lhe tão somente o movimento do olho esquerdo.
Tudo começa quando ele desperta do coma. E somos levados a vivenciar seu drama, com o que o olho consegue ver. Aos poucos, ele vai se inteirando do que aconteceu. Um flasback retrata sua vida antes do dia fatídico.
O cineasta teve a notoriedade de contar-nos o filme na posição do protagonista, cujo rosto só surge no meio da história, justamente quando ele decide driblar o seu futuro, e passa a comunicar-se com a ajuda médica pelo piscar dos olhos. Tanto que escreveu um livro de memórias dessa forma.
O filme é emocionante, mas não piegas. E ainda possui bons momentos de humor. A origem do título é explicada em uma das cenas.
Além da atuação de Mathieu Amalric, as atrizes que interpretam a logopedista (que trata de logopedia, parte da foniatria que trata do estudo dos distúrbios da fala) e a que transcreveu toda sua história merecem destaque. Um belo filme, iniciado com a música “La Mer” (O Mar), do compositor francês Charles Trenet (1913-2001).
Avaliação: ****

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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Do Outro Lado

Título original: Auf Der Anderen Seite
País: Alemanha/Turquia/Itália
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 122 min
Direção: Fatih Akin
Elenco: Nurgül Yesilçay, Baki Davrak, Tuncel Kurtiz, Hanna Schygulla, Patrycia Ziolkowska, Nursel Köse, Yelda Reynaud e Lars Rudolph.

Sinopse: o filme revela-nos como os destinos podem mudar dependendo de pequenos momentos e acontecimentos. São três famílias, duas turcas e uma alemã; seus membros estão espalhados entre os dois países. Yeter é uma prostituta quarentona turca que vive na Alemanha. Ela envia dinheiro para sua filha, Ayten, uma ativista política que vive em Istambul, na Turquia. Nejat é um professor numa universidade Alemã, seu pai, Ali, é um turco aposentado que inicia um romance com a prostituta Yeter. Lotte é uma jovem estudante universitária que vive com sua mãe, Susanne, na Alemanha. Os destinos dessas três famílias se cruzam de uma forma dramática e inesperada.
Crítica: a trama, dividida em três partes, deixa um pouco a desejar no início, ganhando maior força depois, quando os pedaços que se desenvolvem sob o mesmo eixo central vão se juntando. O cineasta tenta passar o que é pertencer a um país em tempos em que as fronteiras vão sumindo aos poucos; não há um muro separando-as. Histórias de pessoas com dupla nacionalidade que tentam se afastar ou se aproximar das suas raízes. Como pando de fundo, ainda mostra o engajamento político de jovens na Turquia. Um belo filme!
Curiosidade: o longa recebeu o prêmio de Melhor Roteiro em Cannes, o César Awards na França e o prêmio máximo do cinema alemão, o German Film Awards.
Avaliação: ***

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segunda-feira, 5 de maio de 2008

Em Nome do Rei

Título original: In the Name of the King
País: EUA/Canadá/Alemanha
Ano: 2007
Gênero: Ação, aventura, fantasia
Duração: 127 min
Direção: Uwe Boll
Elenco: Jason Statham, Leelee Sobieski, John Rhys-Davies, Ron Perlman, Claire Forlani, Kristanna Loken, Matthew Lillard, Brian White¹, Mike Dopud, Will Sanderson, Tania Saulnier, Ray Liotta, Burt Reynolds, Gabrielle Rose e Terence Kelly.

Sinopse: Homem chamado Farmer arrisca-se numa aventura perigosa para resgatar a esposa sequestrada e vingar-se do assassinato do filho. Ambos os crimes foram cometidos pelos Krugs, como são chamados os animais guerreiros comandados pelo demoníaco Gallian. Adaptação do popular video game produzido pela Microsoft.
Crítica: atuações muito fracas, enredo sem sentido e completamente desinteressante. Nem a parte técnica convence: as cenas de guerra são mal feitas, assim como os “Krugs”. Um desperdício de tempo e dinheiro. Um dos piorres filmes dos últimos tempos.
Avaliação: *

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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Maria Montessori – Uma Vida Dedicada às Crianças

Título original: Maria Montessori: una vita per i bambini
País: Itália
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 108 min
Direção: Gianluca Maria Tavarelli
Elenco: Paola Cortellesi, Gianmarco Tognazzi, Massimo Poggio, Alberto Cracco, Alessandro Lucente, Adalberto Maria Merli, Imma Piro, Giulia Lazzarini, Lisa Gastoni, Giovanni Bissaca, Anna Ciancia e Silvana De Santis.

Sinopse: cinebiografia de Maria Montessori (1870-1952), médica, educadora e pedagoga italiana que criou um método educacional revolucionário. Mostra os principais momentos da trajetória de Montessori – a graduação em Medicina, a militância feminista, o trabalho pioneiro com crianças deficientes, a fundação da "Casa das Crianças" e a relação com o filho Mario.

Crítica: um documentário bem produzido, com atuações convincentes e, ainda, com uma mensagem bastante positiva. Sem dúvida, um aprendizado sobre humanidade.
Avaliação: ***

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Título original: Sweeney Todd
País: EUA/Inglaterra
Ano: 2007
Gênero: Suspense, musical
Duração: 116 min
Direção: Tim Burton
Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Alan Rickman, Timothy Spall, Sacha Baron Cohen, Jamie Campbell Bower, Laura Michelle Kelly, Jayne Wisener, Ed Sanders, Gracie May, Ava May, Gabriella Freeman, Jody Halse, Aron Paramor e Lee Whitlock.

Sinopse: baseado em um musical da Broadway, conta a história infame de Benjamin Barker (Johnny Depp), conhecido por Sweeney Todd, que abre uma barbearia em Londres apenas como fachada para uma sinistra parceria com sua inquilina, a srta. Lovett (Helena Bonham Carter).
Crítica: musical é cinema de execução, nem tanto de inspiração. Precisa ter coreografia ensaiada, marcação de cena certa, vozes afinadas. Sob esse aspecto, o primeiro filme nesse gênero de Tim Burton é excelente.
Tem execução impecável. O visual realmente impressiona, com uma estética sombria e gótica. A trama desenvolve-se de maneira alegre e irreverente, em parte pela direção competente, em parte pela ótima atuação de Johnny Depp.
Mesmo assim, não é o melhor trabalho de Tim Burton. Para quem aprecia musicais, é uma boa dica.
Curiosidade: vencedor do Oscar de Melhor Direção de Arte (2008).
A peça, que teve início em 1978, ganhou quatro prêmios Tony Award, a maior premiação de teatro dos Estados Unidos, equivalente ao Oscar no cinema.
Tim Burton já dirigiu Johnny Depp em outras produções: A Noiva Cadáver e A Fantástica Fábrica de Chocolate, ambas em 2005.
Avaliação: ***

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sábado, 19 de abril de 2008

Chega de Saudade

Título original: Chega de Saudade
País: Brasil
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Laís Bodanksy
Elenco: Leonardo Villar, Tônia Carrero, Cássia Kiss, Betty Faria, Stepan Nercessian, Maria Flor, Paulo Vilhena, Elza Soares, Marku Ribas, Conceição Senna, Marcos Cesana, Clarisse Abujamra e Luiz Serra.

Sinopse: a história acontece em uma noite de baile, em um clube de dança em São Paulo, acompanhando os dramas e alegrias de cinco núcleos de personagens freqüentadores do baile. A trama começa ainda com a luz do sol, quando o salão abre suas portas, e termina ao final do baile, pouco antes da meia-noite, quando o último freqüentador desce a escada. Mesclando comédia e drama, Chega de Saudade aborda o amor, a solidão, a traição e o desejo, num clima de muita música e dança.

Crítica
: os bailes em casas de dança de salão são o pano de fundo para falar de temas sensíveis, como solidão, companheirismo, amor e amizade.
Mas a falta de diálogos mais contundentes, que explorassem mais os sentimentos dos personagens, aliado ao excesso de longos trechos de música, enfraqueceu o longa.
No final, ele torna-se cansativo e o espectador perde boa parte do interesse pela trama.

Avaliação
: ** 

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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Katyn

Título original: Katyn
País: Polônia
Ano: 2007
Gênero: Drama histórico
Duração: 118 min
Direção: Andrzej Wajda
Elenco: Artur Zmijewski, Maja Ostaszewska, Andrzej Chyra, Danuta Stenka, Jan Englert, Magdalena Cielecka, Agnieszka Glinska e Pawel Malaszynski.

Sinopse: em 1939, após a invasão da Polônia pelos nazistas, tropas russas ocupam o leste do país. Milhares de oficiais poloneses são mantidos sob custódia e enviados a campos de concentração. Entre eles está Andrzej, que se recusa a fugir com sua esposa Anna, para honrar seu compromisso com o exército. Assim como inúmeras outras mulheres, Anna aguarda ansiosamente o retorno do marido e recebe com total descrença as evidências de que ele tenha sido assassinado. Até que, em 1943, são descobertas grandes covas coletivas na floresta de Katyn.

Crítica: a Segunda Guerra Mundial é, sem dúvida alguma, o assunto mais abordado pelo cinema.
O longa foca, em particular, a devastação da Polônia à época. O país serviu de front tanto para a Alemanha quanto para União Soviética. Os poloneses ainda não apagaram da memória o genocídio sem precedentes a que foram submetidos. As cicatrizes permanecem abertas na lembrança dos sobreviventes.
Em abril de 1940, uma região de mata de Katyn (que dá nome ao filme), conhecida como Floresta da Morte, foi o local do massacre de cerca de 22 mil poloneses. A Polônia, então, dividida entre alemães e russos conforme o Pacto de Não Agressão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), deixou de existir.
Durante muito tempo, a história teve como certo que os alemães haviam sido os culpados pelo genocídio.
A verdade veio à tona somente em 1990, quando a União Soviética caminhando para o seu fim reconheceu a ordem da chacina dada por Stalin e a ocultação do massacre.
Como forma de subjugar o país e minar a resistência, o ditador Josef Stalin ordenou a prisão da elite militar polonesa, além de professores universitários, intelectuais de destaque, médicos, jornalistas, padres, empresários e outros. Os corpos foram jogados em valas comuns.
Com uma produção apurada, a trama é reveladora, com cenas fortes e críticas mordazes. São mostrados os sofrimentos das famílias dos oficiais e de todos aqueles que se insurgiram contra a mentira. Nem a igreja foi poupada das acusações, segregada por interesses próprios. A cena do padre ajoelhado sob um cruz estirada no chão é uma das melhores.
Nesse trabalho, o diretor homenageou a sua família. Seu pai, Jakub Wadja, foi um dos oficiais mortos no massacre. A mãe Aniela, a viúva que amargou por anos a esperança de encontrar o marido vivo.
Além de um enredo valioso, a competente reconstituição de época e uma película de tom cinza contribuem para realçar a sensação de dor dos poloneses.
Curiosidade: concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2008.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 9 de abril de 2008

Alexandra

Título original: Aleksandra
País: Rússia
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Aleksandr Sokurov
Elenco: Galina Vishnevskaya, Vasily Shevtsov, Raisa Gichaeva, Andrei Bogdanov, Alexander Kladko, Aleksei Nejmyshev, Rustam Shahgireev e Evgeni Tkachuk.

Sinopse: basicamente um conto sobre a avó que vai visitar o neto, um capitão do exército russo, em serviço na Chechênia. Entretanto, o sujeito de Sokurov não é apenas a Chechênia, mas sim todas as guerras e uma reflexão sobre as feridas psíquicas geradas pelos conflitos. Sustentando um nome que evoca uma antiga civilização, a determinada Alexandra viaja para Grosny para visitar o neto de 27 anos de idade, Dennis, que ela não vê há sete anos.

Crítica: pelo ponto de vista de Alexandra, cujo neto está é capitão do exército russo, a trama é narrada.
A visão é angustiante, devido ao ambiente opressivo e violento e à rotina cansativa dos militares.
O tom cinza predomina na sequência das cenas para passar a sensação de tristeza do local e da situação. Mas faltou mais ritmo e conteúdo ao filme, que se tornou extenso e lento demais.

Avaliação: **

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sábado, 5 de abril de 2008

O Inimigo do Meu Inimigo

Título original: My Enemy’s Enemy
País: França/Reino Unido
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Duração: 97 min
Direção: Kevin Macdonald
Elenco: -

Sinopse: revela uma história paralela do mundo no pós-guerra. Nesta versão da história, há um nítido contraste de tudo que nos foi contado com a ideologia fascista. A história de Klaus Barbie, o torturador nazista conhecido como o açougueiro de Lyon, espião americano, uma ferramenta de regimes repressivos da direita. É realmente emblemática e simbólica a verdadeira relação dos governos ocidentais com o fascismo.

Crítica: revelador e instigante, levando-nos a refletir sobre até que ponto os homens são capazes de seguir em prol dos seus interesses políticos.

Avaliação: ***

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Irina Palm

Título original: Irina Palm
País: Bélgica/Luxemburgo/Alemannha/Inglaterra/França
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 103 min
Direção: Sam Garbarski
Elenco: Marianne Faithfull, Miki Manojlovic, Kevin Bishop, Siobhan Hewlett, Dorka Gryllus, Jenny Agutter, Corey Burke, Meg Wynn Owen, Flip Webster, Jonathan Coyne, Tim Plester e Jules Werner.

Sinopse: Maggie (Marianne Faithfull) é uma viúva em torno dos 50 anos, que precisa conseguir dinheiro para pagar o caro tratamento médico de seu neto. Desesperada, ele vagueia pelas ruas do Soho londrino até encontrar um aviso na porta do clube privê Sexy World, que diz que procura uma "recepcionista". Decidida, Maggie se apresenta para a vaga e consegue o emprego. Com a ajuda da colega Luisa (Dorka Gryllus) ela logo aprende as manhas da profissão, tornando-se a sedutora Irina Palm. Rapidamente ela se torna a estrela mais lucrativa e procurada do clube, mas sua vida dupla gera desconfiança de seu filho e as fofocas dos vizinhos.

Crítica: um dos filmes mais surpreendentes a que assisti. A primeira impressão é de que trata-se de um drama corriqueiro e previsível. Ledo engano: surpresas e revelações vão surgindo, à medida que passamos a conhecer os personagens.
Uma história extremamente criativa e marcante. Levanta sérios questionamentos sobre o que é certo e errado, sobre o que somos capazes de fazer por amor a alguém.
A interpretação de Marianne Faithfull é digna de Oscar.
Uma trama excelente!

Avaliação: ****

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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Rolling Stones – Shine a Light

Título original: Shine a Light
País: EUA/Inglaterra
Ano: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 122 min
Direção: Martin Scorsese
Elenco: Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood.

Sinopse: as filmagens e os bastidores de duas apresentações da banda Rolling Stones no Beacon Theater, em Nova York, em 29 de outubro e 1º de novembro de 2006.
Crítica: para comemorar os 45 anos de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, Scorsese registrou dois shows muito especiais da banda, com participações especiais de Christina Aguilera, Buddy Guy e Jack White. O documentário mostra todos os detalhes dessas apresentações, intimidades de bastidores e detalhes da história da banda que encanta gerações. Um show inesquecível e imperdível para qualquer fã de rock 'n'roll.
Avaliação: ***

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O Resgate de um Campeão

Título original: Resurrecting the Champ
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Rod Lurie
Elenco: Samuel L. Jackson, Josh Hartnett, Kathryn Morris, Dakota Goyo, Alan Alda, Rachel Nichols, Teri Hatcher e Kristen Shaw.

Sinopse: o repórter esportivo Erik salva um sem-teto e acredita que ele seja Bob Satterfield, uma lenda do boxe, que todos acreditavam estar morto. Assim, surge para o jovem a oportunidade de uma grande matéria, resgatando a história de um campeão. Esta jornada do ambicioso repórter transforma-se em uma viagem pessoal, na qual ele reexaminará sua própria vida e seu relacionamento com a família.

Crítica
: a bela história sobre um atleta, baseada em fatos reais, mas nada além. Uma trama bem produzida e dirigida, com cenas emocionantes à la hollywood e uma atuação convincente de Samuel Jackson.
Uma boa opção para sessão da tarde, mas não é um filme marcante.

Avaliação
: *** 

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Titio Noel

Título original: Fred Claus

País: EUA

Ano: 2007

Gênero: Comédia

Duração: 115 min

Direção: David Dobkin

Elenco: Vince Vaughn, Elizabeth Banks, Paul Giamatti, John Michael Higgins, Kevin Spacey e Rachel Weisz.

 

Sinopse: o Papai Noel (conhecido nos EUA como Santa Claus) tem um irmão. Fred Claus, que viveu sua vida inteira atrás da grande sombra de seu irmão. Ele tentou, mas nunca conseguiu preencher as expectativas do exemplo deixado pelo mais novo Papai Noel. Por trambicagem, acaba indo preso e precisará da ajuda do irmão Noel que não vê há anos. Partirá, então, ao Pólo Norte para ajudar na fabricação de brinquedos e pegar dinheiro para pagar suas dívidas e recuperar sua namorada.


Crítica
: uma história irreverente, criativa e divertida sobre a figura do Papai Noel. Os atores entraram no clima e estão bem convincentes. Paul Giamatti, Vince Vaughn e Kevin Spacey são os melhores na trama.

Para ver com a família.


Avaliação
: ***

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sábado, 29 de março de 2008

A Culpa é do Fidel

Título original: La Faute à Fidel
País: Argentina/Itália
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 96 min
Direção: Julie Gavras
Elenco: Julie Depardieu, Stefano Accorsi, Benjamin Feuillet, Martine Chevallier e Olivier Perrier.

Sinopse: Anna é uma menina parisiense, de nove anos, em 1971. Filha de pais que vieram de famílias burguesas, capitalistas, e se sensibilizam pela causa dos perseguidos políticos pela ditadura franquista na Espanha, Anna não entende a virada. Para piorar a confusão, eles também se engajam em favor da tentativa de revolução comunista no Chile, de Salvador Allende, a exemplo do que já havia acontecido em Cuba. O drama vivido por Anna é o de uma menina que sai de uma casa grande e confortável para habitar um apartamento muito menor, com área reservada para as reuniões dos " barbudos vermelhos". O choque entre capitalismo e comunismo acaba se refletindo nas relações familiares, em que Anna, apesar de ter nascido e viver em uma já revolucionada e evoluída França, tem que se habituar às práticas dos pais. Anna vai aprendendo o que é solidariedade, amizade, tolerância, aceitação, dentro do mundo do comunismo.
Crítica: os pais se desdobram para mostrar a sua filha Anna a importância do momento histórico, ao mesmo tempo em que tentam se convencer de estarem no caminho certo. O tempo todo a pequena desafia as convicções dos militantes e, com a convivência, amplia sua visão de mundo. O filme, bem-humorado e com tiradas inteligentes e engraçadas, faz um bom retrato da complexidade das mudanças. Mas o grande feito diretora é retratar uma trajetória pessoal emocionante sem jamais ser piegas. A prova disso é a cena final, brilhante. Embora dura e aborrecida, a "infância comunista" tem o grande mérito de infundir em algumas de suas "vítimas" um senso de contestação para lá de bem-vindo.
Curiosidade: baseado na obra de Domitilla Calamai (Tutta colpa di Fidel).
Avaliação: ***

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sexta-feira, 21 de março de 2008

No Vale das Sombras

Título original: In the Valley of Elah
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 114 min
Direção: Paul Haggis
Elenco: Tommy Lee Jones, Charlize Theron, Jason Patric, Susan Sarandon, James Franco, Frances Fisher e Jonathan Tucker.

Sinopse: ao voltar para casa depois de servir na Guerra do Iraque, o jovem Mike (Jonathan Tucker) desaparece e é considerado foragido do exército. Seu pai, o ex-militar Hank Deerfield (Tommy Lee Jones), recebe o telefonema com as notícias perturbadoras e parte em busca do filho, deixando sua mulher Joan (Susan Sarandon) em tensa expectativa. Emily Sanders (Charlize Theron), uma investigadora de polícia da jurisdição em que Mike foi visto pela última vez, ajuda-o na busca, inicialmente relutante. Conforme as provas começam a surgir, o que era um caso de desaparecimento configura-se como suspeita de assassinato. Emily e Hank têm então de enfrentar o alto escalão militar para manter a investigação em processo. Mas quando a verdade sobre o serviço de Mike no Iraque finalmente é descoberta, Hank é forçado a reavaliar suas crenças para desvendar o mistério por
trás do sumiço do filho.
Crítica
: aproveitando-se de um intenso drama familiar, o filme faz uma uma crítica categórica ao governo americano pelo envio de tropas ao Iraque e aos consequentes efeitos traumáticos e psicológicos nos soldados e pessoas próximas.
Hank Deerfield é um ex-sargente do exército americano, que tenta descobrir as causas da morte de seu filho, Mike, logo após ele retornar do Iraque. Ao lado da detetive Emily Sanders, ele busca as causas do estranho homicídio até desvendar o verdadeiro motivo do crime.
O roteiro, inspirado em um artigo publicado numa revista americana, é cuidadoso e bem desenvolvido. O elenco é excelente. Pelo personagem de Hank é feito um estudo minuncioso dos ideais de um homem e do modo como eles podem ser abalados pela nua e crua realidade ao seu redor. A maneira como percebe que nem mesmo seu filho Mike, educado rigorosamente por ele, estava totalmente "limpo", é um dos pontos profundos da trama.
A postura do diretor no filme é clara, e é reforçada com a imagem final.
Assista. É um grande filme, como thriller policial e como panfleto político.
Avaliação: ****

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quarta-feira, 19 de março de 2008

Eu Não Estou Lá

Título original: I’m Not There
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 135 min
Direção: Todd Haynes
Elenco: Bruce Greenwood, Richard Gere, Julianne Moore, Christian Bale, Heath Ledger, Cate Blanchett, Michelle Williams, David Cross, Ben Whishaw e Benz Antoine.

Sinopse: o filme tem seis atores interpretando Dylan – que aprovou o roteiro. Cate Blanchett, Richard Gere ('Dança Comigo?'), Christian Bale ('Batman Begins'), Ben Wishaw ('Stoned – A História Secreta dos Rolling Stones') e Heath Ledger.

Curiosidade: penúltimo trabalho do ator Heath Ledger antes de falecer.

Crítica: a cinebiogria retrata a vida tão multifacetada do ícone da música pop. De autoditada (aos 10 anos Bob Dylan já compunha e tocava violão e piano por conta própria); passando por sua fase de cantor folk de sucesso (cujas canções foram classificadas como hinos de protesto contra um sistema de acumulação e desrespeito à humanidade); em seu estrelato como rockstar, em turnês de centenas de shows, chegando até sua conversão religiosa.
A produção do filme é muito competente. Buscou-se a verdade nas letras das músicas e nas entrevistas concedidas pelo astro.
Para cada uma das fases, sempre permeadas por incertezas, transformações e dúvidas, Bob Dylan possuía uma postura e um rosto. E o diretor usou, para cada uma delas, um ator. Todos os atores estão bem. Os pôsteres e fotos de Christian Bale imitando os primeiros discos e fotos públicas de Dylan garantem nota 10 à produção. A recomposição de diversos figurinos e situações registradas na história do músico também é incrível. Mas o melhor de todos os Dylans é a atriz Cate Blanchet. Ela interpreta o músico em sua fase rock, em sua conturbada turnê inglesa e no acidente de moto que o fez dar um tempo da estrada. É ela também quem encarna a guerra de nervos entre ele e um apresentador da BBC de Londres. Ela é a porta-voz dessa inquietação interna do músico, que em algum momento pergunta ao entrevistador “e é você quem deve me dizer o que devo sentir?”, quando o então astro foi questionado sobre uma possível falta de coerência entre as letras politizadas de seus sucessos folk e sua chegada ao estrelato pop com letras que versavam sobre amor, dor e bebedeiras, temas esses considerados irrelevantes.
É dela também uma das primeiras cenas, a que vemos Dylan no caixão, teoricamente sendo dado como morto, talvez numa alusão a seus diversos sumiços ou recolhimentos, nos quais ele voltava a ser qualquer-um, usando sempre um novo nome.
E, em meio a isso tudo, mostra também a vida cotidiana do senhor Robert Allen Zimmerman (nessa fase, sendo interpretado por Heath Ledger), seu casamento mais longo (com Sara Lownes, interpretada por Charlotte Gainsbourg), seus problemas pessoais e participações em programas de TV e encontros com famosos. Ainda temos Richard Gere, num momento Dylan-homem-comum, defendendo a cidade onde vive de um extermínio brusco, em troca da construção de uma estrada de quatro pistas. E Christian Bale interpretando o Dylan-convertido, depois de tantas discussões com ele mesmo.
Todas essas passagens misturam-se na tela, sem preocupações com o que veio no final ou no começo, marcando o tempo no filme com as mudanças do próprio personagem e sua música.
Em estilo meio documentário, meio poético, meio underground, a vida dele é contada sem linearidade.
Uma obra acima da média que agradará, sobretudo, aos fãs do rockstar.

Avaliação: ***

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terça-feira, 18 de março de 2008

A Bússola de Ouro

Título original: The Golden Compass
País: EUA/Reino Unido
Ano: 2007
Gênero: Aventura
Duração: 113 min
Direção: Chris Weitz
Elenco: Nicole Kidman, Daniel Craig, Dakota Blue Richards, Eva Green, Adam Godley, Ian McShane, Clare Higgins, Bill Hurst e Ben Walker.

Sinopse: Lyra Belaqua (Dakota Blue Richards) vive uma vida normal no Oxford Jordan College. Mas, quando seu amigo Roger (Ben Walker) desaparece misteriosamente, ela começa a enfrentar manifestações sobrenaturais e descobre um universo paralelo, habitado por bruxas e criaturas incríveis. Primeira parte da trilogia Fronteiras do Universo, do autor Philip Pullman.
Crítica: uma produção grandiosa, a versão para o cinema de "A Bússola de Ouro" só seria mesmo possível no atual estágio dos efeitos digitais. O que mais impressiona é a mistura quase imperceptível entre o material filmado e o criado por computador. Este último inclui os "dimons" de todos os personagens principais, que estão em cena praticamente em tempo integral, e imensos ursos polares guerreiros, protagonistas da fantástica batalha final.
A adaptação da obra tem uma narrativa bem resolvida (apesar de algumas partes não bem explicadas), uma estética encantadora e uma história envolvente, desprovida, justamente, do peso da mensagem religiosa marcante no livro.
Por ser um filme de fantasia, tem maior apelo junto às crianças.
Curiosidade: ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais (2008).
Avaliação: ***

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domingo, 2 de março de 2008

Persépolis

Título original: Persepolis
País: França/EUA
Ano: 2007
Gênero: Animação
Duração: 95 min
Direção: Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi
Elenco: -

Sinopse: Marjane é uma jovem iraniana de oito anos, que sonha em ser uma profetisa do futuro, para assim salvar o mundo. Querida pelos pais cultos e modernos e adorada pela avó, ela acompanha avidamente os acontecimentos que conduzem à queda do xá e de seu regime brutal. A entrada da nova República Islâmica inaugura a era dos "Guardiões da Revolução", que controlam como as pessoas devem agir e se vestir. Marjane, que agora deve usar véu, deseja se transformar numa revolucionária. Mas, para tentar protegê-la, seus pais a enviam para a Áustria.
Crítica: Persépolis é protagonista de uma história forte de guerras internas e externas. Além da história de seu país, é a biografia da diretora e, também, de muitas crianças e jovens que viveram nos anos 80 e 90, buscando sua liberdade cultural.
O roteiro, a parte técnica e a arte da animação são impressionantes. E o texto intenso e profundo só acrescenta mais ainda.
Abordam-se tradições, costumes, educação, família, idealismos, choques culturais, crescimento pessoal, autoritarismo, repressão, política, religião, amores, ilusões e desilusões, heroísmo, revolução, raízes, lealdade. É comovente ver a relação amorosa entre Marji e seus pais e avó. Eles a orientam para uma vida justa consigo mesma e com os demais, apesar da guerra e da repressão em que vive o seu país.
Falando em guerra, o filme inevitavelmente trata também da guerra entre o Irã e o Iraque, que durou oito anos e marcou definitivamente a história iraniana.
Não é exatamente uma animação para crianças. Poético, ousado e criativo, emociona, faz rir e chorar. Excelente!
Avaliação: ****

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Alguém que Me Ame de Verdade

Título original: Arranged
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama, romance
Duração: 90 min
Direção: Diane Crespo e Stefan C. Schaefer
Elenco: Zoe Lister Jones, Francis Benhamou, John Rothman, Mimi Lieber, Laith Nakli, Doris Belack, Marcia Jean Kurtz e Daniel London.

Sinopse: logo no primeiro dia de aula numa escola do Brooklyn, duas professoras - uma judia ortodoxa e a outra muçulmana - tornam-se grandes amigas. Durante todo o ano em que passam a conviver junta, elas descobrem que têm muito mais em comum do que o simples fato de ambas estarem à procura de um casamento.

Crítica: em uma direção mais competente, a discussão renderia uma polêmica melhor e mais rentosa. A história é interessante: tece a vida de duas mulheres que se movem move através de credos diferentes, mas com muito em comum, nascendo dali uma fiel e bela amizade.
Infelizmente, o envolvimento com a plateia perde a força no decorrer da trama, enfraquecida pela falta de profundidade, pela ausência de determinação em criticar o que a religião oferece como o único caminho possível.
E, num desfecho televisivo, opta pelo final feliz e o conformismo. Um desperdício para um longa de produção independente e alternativa.

Avaliação: **

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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Senhores do Crime

Título original: Eastern Promises
País: Canadá/Estados Unidos/Inglaterra
Ano: 2007
Gênero: Drama, suspense
Duração: 96 min
Direção: David Cronenberg
Elenco: Viggo Mortensen, Vincent Cassel, Naomi Watts, Armin Mueller-Stahl e Raza Jaffrey.

Sinopse: Depois de testemunhar a morte de uma jovem em trabalho de parto, Anna (Naomi Watts) decide tentar descobrir o paradeiro da família da garota, mas sua iniciativa acaba envolvendo-a com a máfia russa comprometendo a segurança de sua família. É nesse cenário que ela conhece Nikolai Luzhin (Viggo Mortensen), um homem violento e misterioso que esconde um grande segredo.
Crítica: Senhores do Crime é um olhar profundo sobre o papel da máfia vinda do leste europeu. Possui cenas perturbadoras e bizarras seqüências de brigas bastante violentas, marcas registradas de Cronemberg. Nikolai, em seu conflito moral, é muito bem interpretado por Viggo Mortensen, que é quem sustenta praticamente todo o filme. A história se dissipa um pouco, melhorando mesmo só no desfecho, ao revelar o quebra-cabeças. Anna (Naomi Watts) tem um personagem fraco que pouco entra em cena e parece perdido em meio a tudo. De qualquer maneira, ainda é recomendável.
Avaliação: ***

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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Paranóia

Título original: Disturbia
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Suspense
Duração: 104 min
Direção: D. J. Caruso
Elenco: Shia LaBeouf, Sarah Roemer, Carrie-Anne Moss, David Morse, Aaron Yoo, Jose Pablo Cantillo, Matt Craven, Viola Davis, Brandon Caruso, Luciano Caruso, Daniel Caruso, Kevin Quinn, Elyse Mirto, Suzanne Rico e Kent Shocknek.

Sinopse: após a morte do pai, o jovem Kale Brecht (LaBeouf) se torna uma pessoa mal-humorada, fechada e problemática. Tanto que, depois de uma grande confusão, um tribunal de justiça o sentencia à prisão domiciliar. Além das intrigas com a mãe, a quem trata com total desprezo e indiferença, Kale se transforma num voyeur, sempre bisbilhotando as casas vizinhas. É quando ele começa a desconfiar que um dos vizinhos seja um serial killer.
Crítica: o filme é voltado para o público adolescente. Portanto, apresenta todas as limitações e problemas de uma trama feita para tal faixa etária. Um exemplo é a inserção de um romance tolo e desnecessário que acaba prejudicando o andamento da história.
O protagonista de 17 anos é um adolescente do subúrbio americano que enfrenta o tédio da reclusão, em casa. Depois de sofrer um acidente de carro que resultou na morte de seu pai, Kale muda seu compartamento e passa a ser um jovem problemático.
Os personagens são fracos, o roteiro é previsível e, definitivamente, não é uma trama marcante. Apesar de ser apenas mais um lançamento blockbuster, vale ressaltar o talento do ator LaBeouf, que vem despontando em novos trabalhos.
Avaliação: **

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O Sonho de Cassandra

Título original: Cassandra’s Dream
País: EUA / França / Reino Unido
Ano: 2007
Gênero: Drama, suspense
Duração: 108 min
Direção: Woody Allen
Elenco: Colin Farrell, Ewan McGregor, Tim Wilkinson, Sally Hawkins, Hayley Atwell, Ashley Madekwe, Andrew Howard, Stephen Noonan, Jennifer Higham e Lee Whitlock.

Sinopse: dois irmãos estão ávidos para melhorar suas vidas. Terry (Colin Farrell) é um jogador compulsivo afogado em dividas e Ian (Ewan McGregor) é o jovem sonhador que se apaixona pela bela atriz Angela Stark. Seu tio milionário (Tim Wilkinson) torna suas vidas, pouco a pouco, em um emaranhando de intrigas e interesses com resultados desastrosos.

Crítica: diferente das comédias ambientadas em Nova York, aqui Woody Allen conta uma história dramática em Londres.
O foco – a culpa diante de uma atitude que não pode ser revertida – é vivida pelos dois irmãos (Farrell e McGregor) que são muito bem dirigidos no filme, personificando respectivamente, Terry e Ian, de comportamentos e perspectivas opostas e, mesmo assim, amigos e cúmplices incondicionais.
Aliás, a conjuntura em que os irmãos se encontrem é decisiva para que uma atitude drástica seja tomada por eles. Por conta das dificuldades financeiras, eles recebem uma oferta tão interessante quanto temível de seu tio Howard (Tom Wilkinson, sempre excelente em suas performances). Depois de cometido o mal, suas vidas nunca mais serão as mesmas.
O roteiro bem escrito assinala, durante toda a trama, as diferenças de personalidade entre os irmãos.
Não é uma grande obra, mas Woody Allen sempre consegue com histórias simples levantar debates sobre o comportamento humano.
Confira!

Avaliação: ***

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