terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Um Segredo em Família

Título original: Un Secret
País: França/Alemanha
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Claude Miller
Elenco: Cécile De France, Patrick Bruel, Ludivine Sagnier, Julie Depardieu, Mathieu Amalric, Ludivine Sagnier e Nathalie Boutefeu.

Sinopse: pouco após a Segunda Guerra Mundial, François Grimbert (Valentin Vigout/ Mathieu Amalric), um menino de sete anos, vive no seio de uma família judia na França. Sob a aparente convivência tranquila, reina o não-dito, e o garoto solitário inventa para si um irmão e imagina o passado dos seus pais. No seu aniversário de 15 anos, François descobre um terrível segredo: seus pais eram cunhados. Os dois tentaram ignorar a paixão proibida, mas, com as reviravoltas da história e a deportação dos judeus, tiveram de confrontar seus sentimentos.

Crítica: o roteiro é baseado em fatos reais relatados por Phillipe Grimbert em seu livro autobiográfico ‘Un Secret’. A ação se inicia dez anos após o final da Segunda Guerra, em 1955. É com o mundo já em paz, que acompanhamos a história de François, garoto de sete anos que leva uma vida comum com seus pais Maxime (Patrick Bruel) e Tania (Cécile de France). Tímido e franzino, o menino não se identifica com o mundo atlético de seus pais, apaixonados por esportes e atividades físicas. Como uma fuga, acaba criando para si um irmão mais velho imaginário, forte e capaz de tudo. Já na adolescência, porém, François (juntamente do público) vai perceber que existem muitos, fortes, profundos e tristes motivos que o fazem se sentir um verdadeiro peixe fora d’água dentro da própria família. Motivos que remontam a uma época anterior à guerra, antes do mundo conhecer os horrores do nazismo.
Famílias inteiras separadas pela perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial já foram assunto de inúmeros filmes. Contudo, o diretor Claude Miller dá novo ímpeto ao velho tema, imprimindo sensibilidade e emoção a um roteiro que não se prende à ordem cronológica dos fatos. São belas imagens e tocantes interpretações que se unem a uma história de vida que, por mais dolorosa que seja, propõe o perdão. Ou, na melhor das hipóteses, o não julgamento.
Seria desleal contar toda a trama, mas pode-se dizer que a película discute questões de honra, orgulho e auto-estima quando a situação – como aquela que fez muitos judeus fugirem das cidades e se esconderem no campo – diz que o mais racional é suprimir sua identidade diante do inimigo.

Avaliação: ***

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