sábado, 18 de agosto de 1990

Conduzindo Miss Daisy

Título original: Driving Miss Daisy
País: EUA
Ano: 1989
Gênero: Drama
Duração: 99 min
Direção: Bruce Beresford
Elenco: Morgan Freeman, Jessica Tandy, Dan Aykroyd, Patti LuPone, Esther Rolle, Joann Havrilla, William Hall Jr., Alvin M. Sugarman, Clarice F. Geigerman, Muriel Moore, Sylvia Kaler, Carolyn Gold, Crystal R. Fox, Bob Hannah e Ray McKinnon.

Sinopse: uma velha e rica senhora judia, Miss Daisy (Jessica Tandy), deixa de dirigir por determinação do filho e assim contrata um motorista particular negro (Morgan Freeman). No começo ela é um tanto ranzinza, mas com o tempo – e lá se vão quatro décadas – cria-se entre ela e o chofer uma bela amizade, algo difícil de acontecer em 1950 em Atlanta, um dos estados americanos mais conservadores.
Crítica: com intensa carga dramática, imprime emoção e simplicidade à história de amizade entre Daisy Werthan (Jessica Tandy), uma senhora judia de mais de 70 anos, rica e altamente independente, e Hoke Colburn (Morgan Freeman) um motorista viúvo, negro e muito paciente, na Geórgia de 1948. O diretor ainda se utiliza de acontecimentos importantes que ajudam a construir a narrativa e situam o espectador no tempo. Há, por exemplo, um dos discursos de Martin Luther King, clamando para a população se unir, tanto de origem branca quanto de origem negra, na luta contra a segregação racial. Em outro momento, o filme retrata a divisão entre cristãos e judeus, quando um templo judaico é explodido. Porém, o ponto forte mesmo do longa está em Jessica Tandy que, aos 80 anos, se tornou a mulher mais velha a vencer um Oscar na categoria de Melhor Atriz. Sua atuação é tocante e consegue exprimir o seu jeito fechado e ao mesmo tempo carismático, de uma maneira genial, despertando emoções no espectador que vão da raiva à empatia. Morgan Freeman também está excelente em seu papel e foi indicado para concorrer ao Oscar como melhor ator. Um filme tocante e inesquecível!
Curiosidade: em 1990, ganhador do Oscar de Melhor Filme, Roteiro Adaptado, Maquiagem e Atriz (Jessica Tandy).
Avaliação: ****

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domingo, 15 de julho de 1990

Meu Pé Esquerdo

Título original: My Left Foot
Ano: 1989
País: Inglaterra/Irlanda
Gênero: Biografia, drama
Duração: 103 min
Direção: Jim Sheridan
Elenco: Daniel Day-Lewis, Brenda Fricker, Alison Whelan, Kirsten Sheridan, Declan Croghan, Eanna MacLiam, Marie Conmee, Cyril Cusack, Phelin Drew, Ruth McCabe, Fiona Shaw, Ray McAnally e Patrick Laffan.

Sinopse: Christy Brown (Daniel Day-Lewis) é o filho de uma pobre família irlandesa. Ele nasce com paralisia cerebral, trazendo sérias conseqüencias para os movimentos do seu corpo. Com o único movimento que tem, do seu pé esquerdo, Christy consegue se revelar como ótimo escritor e pintor, superando limites.
Crítica: baseado no livro autobiográfico de Christy, apenas não foi fiel ao final da história de final feliz, pois Mary (uma enfermeira com quem ele casa), na verdade era uma prostituta que explorou e negligenciou Christy até que este morresse precocemente aos 49 anos de idade.
Fora isso, o roteiro reflete o despertar de uma mente brilhante, porém, capaz de produzir momentos de terríveis angústias e grandes ímpetos de uma vontade insuperável, digna de ser estudada e imitada.
Destaque do filme vai para o ator Faniel Day-Lewis que, no exercício de introjetar a personagem, sequer saía da cadeira de rodas nos intervalos de gravação.
Não é só mais uma história de auto-superação, é um clássico desses que ensinam e ao mesmo tempo constrangem, pois são dotados de alta dose de sensibilidade, verdade e genialidade. Imperdível!!!
Curiosidade: Oscar de Melhor Ator para Daniel Day-Lewis e Atriz Coadjuvante para Brenda Fricker, em 1990.
Avaliação: *****

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segunda-feira, 2 de julho de 1990

O Início do Fim

Título original: Fat Man and Little Boy
País: EUA
Ano: 1989
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Roland Joffé
Elenco: Bonnie Bedelia, John Cusack, Laura Dern e Natasha Richardson.

Sinopse: durante a Segunda Guerra Mundial, no remoto deserto do Novo México, o "projeto Manhattan" está se materializando: a bomba atômica está sendo construída. Paul Newman vive o General Leslie Groves, o militar que comanda o poderoso projeto que vai produzir duas armas: "Gordo" e "Garoto". Dwight Schultz é J. Robert Oppenheimer, o brilhante cientista tentando tornar a impressionante missão uma realidade. Enfim, o filme recria um dos capítulos mais marcantes da história, aquele que criou os espectro em forma de cogumelo, mudando o mundo para sempre.

Crítica: o drama histórico é focado num dos períodos mais marcantes da história americana: a criação genial e frenética da bomba atômica, que viria mudar o mundo.
O longa mostra como a bomba era importante para os militares não apenas para a Segunda Guerra (que já estava ganha quando a bomba foi lançada em Hiroshima), mas que seria um dos instrumentos mais importantes para a Guerra Fria que se iniciava.
Crítico, forte e questionador. Vale a pena ver.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 18 de junho de 1990

Os Senhores do Holocausto

Título original: Day One
País: EUA
Ano: 1989
Gênero: Drama
Duração: 185 min
Direção: Joseph Sargent
Elenco: Brian Dennehy, Hal Holbrook e David Strathairn.

Sinopse: para encerrar a guerra mais sangrenta da história da humanidade, um grupo de homens se reúne para construir a mais mortal das armas. A história da bomba que destruiu Hiroshima, contada desde a teoria da fissão nuclear, até a ordem final do bombardeio dada por Truman. Os preparativos do projeto Manhattan, chefiado pelo general Groves com a ajuda do físico Oppenheimer. Uma corrida contra o tempo e contra Hitler, que já tinha o projeto da bomba quase concluído.

Crítica: uma história verídica e imperdível. Pena que seja tão difícil encontrar o filme nas locadoras.
Extremamente educativo e elucidativo, com informações precisas, imagens fortes e muitos detalhes, sobre a criação da bomba atômica que mudaria os rumos da história, deixando marcas para sempre.

Avaliação: ***

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terça-feira, 24 de abril de 1990

Gandhi

Título original: Gandhi
Ano: 1982
País: Índia/Inglaterra
Gênero: Drama
Duração: 188 min
Direção: Richard Attenborough
Elenco: Ben Kingsley, Candice Bergen, Edward Fox, John Gielgud, Trevor Howard, John Mills, Martin Sheen, Ian Charleson, Athol Fugard, Günther Maria Halmer, Saeed Jaffrey, Geraldine James, Alyque Padamsee e Amrish Puri.

Sinopse: o filme retrata a vida de Mahatma Gandhi, considerado o principal líder da luta pela independência da Índia, após décadas de dominação do imperialismo inglês. Apesar de biográfico e de não entrar em discussões político-ideológicas, o filme mostra a situação de pobreza e exploração do povo indiano e momentos marcantes de sua luta e organização, como o terrível massacre em Amristar, onde os ingleses atingiram 15 mil homens, mulheres e crianças desarmados, e a dramática marcha até o mar na qual Gandhi liderou milhares de seus conterrâneos indianos a provar que o sal marinho pertencia a todos e não era apenas uma mercadoria britânica. Retrata, também, como Gandhi colocando em prática a política de desobediência civil, fundamentada no princípio da ação não violenta, considerada por ele como a maior força a ser empregada na defesa dos direitos das pessoas. Durante toda sua luta pacífica, foi agredido e aprisionado várias vezes, interrogado e ainda submetido a toda ordem de pressões e coerções quanto se possa imaginar. O que estava em jogo era muito mais que a simples emancipação política de uma expressiva colônia britânica; para os ingleses a perda da Índia acarretaria inúmeros prejuízos financeiros com a derrocada de investimentos e a perda de patrimônios estabelecidos naquela localidade.
Apesar da simplicidade, Gandhi era um homem de família rica, estudou Direito na Inglaterra e viveu na África do Sul. Pertencia ao "Partido do Congresso", que representava os interesses da maioria hindu.
Foi durante a luta pela independência que surgiu a divisão político-religiosa entre hindus e muçulmanos, que culminou com a divisão da região, originando dois países, a Índia e o Paquistão.
Crítica: o filme nos coloca em contato com o jovem advogado Gandhi chegando à África do Sul e sendo submetido a situações constrangedoras de discriminação apenas pelo fato de ser indiano (o que também acontecia com os negros sul-africanos). Seus francos posicionamentos contra a opressão dos ingleses o colocam em evidência e o tornam desde esse princípio de história num nome forte na luta pelos direitos, contra a intolerância, a favor da liberdade dos povos oprimidos por longos anos de colonialismo europeu. Vale a pena assisti-lo. Uma aula de história, com muitos detalhes e uma excelente interpretação de Ben Kingsley.
Curiosidade: vencedor de 8 Oscares em 1983, incluindo o de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (Ben Kingsley). A obra levou 20 anos para ser concluída.
Sir Ben Kingsley (nascido Krishna Pandit Bhanji em Scarborough, Yorkshire, 31 de Dezembro de 1943) é um ator inglês de ascendência indiana (Gujarati) e russo-judaica.
O seu pai, Rahimtulla Pandit Bhanji, foi um médico nascido no Quênia de ascendência indiana, e a sua mãe, Anna Lyna Mary Bhanji, uma modelo e atriz.
Avaliação: ****

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sábado, 14 de abril de 1990

Muito Mais Que Um Crime

Título original: Music Box

País: EUA

Ano: 1989

Gênero: Drama

Duração: 124 min

Direção: Costa-Gravas

Elenco: Jessica Lange, Armin Mueller-Stahl, Frederic Forrest, Donald Moffat, Lukas Haas, Cheryl Lynn Bruce, Mari Töröcsik, J.S. Block, Sol Frieder e Michael Rooker.

 

Sinopse: quando seu pai Mike Laszlo (Armin Mueller-Stahl) é acusado de ter cometido centenas de crimes de guerra na Hungria, e ameaçado de deportação, a talentosa advogada criminalista Anne Talbot (Jessica Lange) sai em sua defesa. Mas o julgamento é levado para Budapeste e as evidências que surgem levantam sérias dúvidas sobre a inocência do pai.


Crítica
: Costa Gravas é um cineasta grego, naturalizado francês, conhecido por seus filmes de denúncia política. ‘Muito Mais Que Um Crime’ é mais um ótimo trabalho que revela atrocidades cometidas durante o nazismo.

Sob a justificativa do “fiz apenas o que me mandaram”, “trabalhava apenas no escritório” ou simplesmente omitindo toda a verdade a fim de apagar os erros do passado, muitos homens que cometeram crimes contra a humanidade viveram suas vidas tranquilamente, tendo fugido do país natal.

Aqui, a denúncia parte do governo húngaro e revela uma realidade dura e crua à medida que uma filha defende o pai das acusações no tribunal, acreditando cegamente na sua inocência.

As interpretações são boas, sobretudo das testemunhas relatoras dos atos desumanos cometidos contra eles mesmos, parentes e amigos.

O roteiro bem conduzido, com uma sequência dinâmica de informações e acontecimentos e um desfecho forte, demonstra o quanto é importante manter viva a lembrança de um passado que não pode nem deve ser esquecido.

Vale a pena assistir.


Avaliação
: ***

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