sábado, 27 de fevereiro de 2010

O Segredo dos Seus Olhos

Título original: El Secreto de Sus Ojos
País: Argentina
Ano: 2009
Gênero: Romance, policial
Duração: 103 min
Direção: Juan José Campanella
Elenco: Ricardo Darín, Soledad Villamil, Pablo Rago, Javier Godino, Guillermo Francella, José Luis Gioia, Carla Quevedo e Bárbara Palladino.

Sinopse: Benjamín Espósito (Ricardo Darín) trabalhou toda sua vida no Tribunal Penal, mas tem um grande sonho que vem atrasando: escrever um romance sobre o assassinato de uma jovem ocorrido em 1974, pelo qual ele foi responsável de investigar. Na época, Benjamin conhece Ricardo Morales (Pablo Rago), marido da falecida, a quem promete ajudar a encontrar o culpado. Para tanto ele conta com a ajuda de Pablo Sandoval (Guillermo Francella), seu grande amigo, e com Irene Menéndez Hastings (Soledad Villamil), sua chefe imediata, por quem nutre uma paixão secreta. Suas memórias sobre aquele ano irão transformar sua vida novamente.
Crítica: a mistura de gêneros (drama, policial, romance) trouxe um resultado excelente a essa trama, que não é previsível. O roteiro, com alguns flashbacks, é muito bem conduzido e a atuação dos atores é sublime. A cada momento, surgem novos acontecimentos que forçam o espectador a pensar em várias possibilidades.
Curiosidade: vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010.
Avaliação: ****

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Educação

Título original: An Education
País: Reino Unido
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Lone Scherfig
Elenco: Carey Mulligan, Peter Sarsgaard, Olivia Williams, Alfred Molina, Cara Seymour, William Melling, Connor Catchpole e Matthew Beard.

Sinopse: a transição da jovem Jenny (Carey Mulligan) da adolescência à idade adulta, na Grã-Bretanha no início dos anos 60, na passagem do período bastante rígido que se seguiu à Segunda Guerra Mundial para a década liberal que viria a seguir. Ela é uma aluna brilhante, dividida entre estudar para conseguir uma vaga em Oxford ou seguir pela alternativa mais excitante oferecida por um homem mais velho e carismático.

Crítica: interpretada por Carey Mulligan, Jenny é culta e fica em algum lugar entre o bom-mocismo e a rebeldia indignada. Aluna brilhante, dedicada à sua educação rigorosa e proletária, é a candidata ideal para uma vaga em Oxford, para a qual seu pai (vivido pelo sempre genial Alfred Molina) a empurra, sem fazer cerimônias. Mas na véspera das efervescências que os anos 60 trariam, a jovem prodígio, de personalidade forte, prefere sonhar ao som da cantora francesa Juliette Gréco do que estudar latim. E a emancipação com a qual ela sonha não tarda em lhe bater à porta, com a chegada de David (Peter Sarsgaard).
Ele tem o dobro da idade dela e traz todos os encantos de um bon vivant experiente. Ela enxerga nesse homem a porta para a independência. Ele a apresenta aos concertos e cafés mais chiques e ao glamour da arte intelectual. Jenny se apaixona (mais pelo estilo de vida do que pelo próprio pretendente). David conquista até os pais da estudante, até que tudo desmorona quando algumas mentiras são desmascaradas.
Essa tentativa de quebra dos padrões rígidos impostos pela sociedade é muito bem conduzida pela diretora e pelo elenco competente.
“Educação” não é uma obra excepcional, mas com sua história singela, narrativa clássica e fina, consegue agradar quem a assiste.
Avaliação: ***

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Idas e Vindas do Amor

Título original: Valentine’s Day
País: EUA
Ano: 2010
Gênero: Comédia romântica
Duração: 125 min
Direção: Garry Marshall
Elenco: Taylor Lautner, Bradley Cooper, Ashton Kutcher, Anne Hathaway, Jessica Biel, Jessica Alba, Julia Roberts, Jennifer Garner, Emma Roberts, Taylor Swift, Patrick Dempsey, Queen Latifah, Shirley MacLaine, Topher Grace e Jamie Foxx.

Sinopse: cinco histórias românticas interligadas, que acontecem no Dia dos Namorados, em Los Angeles. Casais e solteiros vivenciam os altos e baixos de encontrar, manter ou terminar relacionamentos no dia do amor.

Crítica: um filme feito exclusivamente por causa do dia dos namorados. Um elenco de peso, mas com roteiro fraquíssimo e sem conteúdo. Os diálogos são desastrosos. Falta originalidade e veracidade aos momentos e situações.
A quantidade de tramas é extremamente prejudicial ao ritmo da produção. Como é comum em filmes com essa estrutura, as histórias oscilam em termos de qualidade e, mesmo que esta qualidade seja pequena em todas elas, algumas ainda são melhores que outras, fazendo com que o resultado final fique repleto de altos e baixos.
O que salva um pouco é a interpretação de Jennifer Garner (como Julia, que descobre que está namorando um cara casado) e de Ashton Kutcher (o florista Bennett).
O longa não conseguiu nem ser romance, nem comédia e simplifica ou banaliza o amor com situações bobas e como se tudo fosse fácil de resolver. Na vida real, sabemos que não é bem assim.

Curiosidade: do mesmo diretor de ‘Uma Linda Mulher’.
Avaliação: **

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Um Olhar do Paraíso

Título original: The Lovely Bones
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 135 min
Direção: Peter Jackson
Elenco: Saoirse Ronan, Rachel Weisz, Mark Wahlberg, Stanley Tucci, Susan Sarandon, Michael Imperioli, Saoirse Ronan e Nikki SooHoo.

Sinopse: após ser brutalmente estuprada e assassinada aos 14 anos, Susie Salmon (Saoirse Ronan), assiste aos efeitos de sua morte se abaterem sobre sua família: enquanto sua irmã começa a se tornar a mulher que ela nunca será, seu pai fica obcecado com a idéia de vingança.

Crítica: baseado no livro de Alice Sebold, ‘Uma Vida Interrompida – Lembranças de um Anjo Assassinado’, a história é ambientado em dezembro de 1973, quando a menina Susie Salmon, voltava da escola para casa e foi assassinada. Depois de morta, Susie continua a velar por sua família – enquanto seu assassino permanece solto. Presa em um extraordinário, ainda que misterioso, espaço entre a Terra e o Céu, a menina descobre que precisa escolher entre a busca por vingança e o desejo de ver seus amados seguirem em frente.
Com um elenco que mescla ótimas atuações (Saoirse Ronan e Stanley Tucci, esse indicado ao Oscar de coadjuvante) e personagens desconexos (Rachel Weisz e Susan Sarandon, essa aparece em cenas patéticas), o filme faz poesia em torno da morte, de maneira esteticamente brilhante.
A direção de arte equilibra uma ótima reconstrução da década de 70, especialmente do interior das casas, com uma variedade incrível de belas imagens do que seria o paraíso para a menina recém-assassinada.
Na primeira metade, trata-se de uma obra dramática correta, mas quando entra na questão da investigação do crime, tudo desanda. Ambos os estilos não são bem dosados, deixando o ritmo instável. Até uma sequência engraçadinha, sobre a reabilitação da família, é incluída. Desnecessária e sem a menor graça num contexto tão trágico.
Além da falta de sintonia entre as cenas poéticas e da investigação, é jogado, a todo momento, conceitos piegas de vida após a morte, quase um “manual de contraindicações espíritas”.
O final também é ruim. É um filme que causa estranheza, difícil de agradar a todos.

Avaliação: **

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Napoleão Bonaparte – Biografia

Título original: The Biography Channel – Napoleão Bonaparte
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 50 min
Direção:
Elenco: -

Sinopse: Napoleão é um dos personagens mais marcantes da história ocidental. Nascido em Córsega, uma ilha no Mediterrâneo, ele chegou, em razão da sua ambição e genialidade militar, ao mais alto cargo da França. Sua atuação política, porém, teve sérias contradições, passando de defensor da República a imperador e dando início a um processo de expansão territorial que afetou o mundo inteiro.
Crítica: Seu governo marcou o fim da Revolução Francesa e implementou avançadas reformas sociais imbuídas de valores defendidos pelos revolucionários. A ambição por poder, contudo, selou seu destino, condenando-o ao exílio, onde morreu em condições nunca esclarecidas. Por seus feitos e pela enorme influência da Era Napoleônica no mundo, a herança de Napoleão perdura em nossas instituições e seu legado é estudado até hoje. Tudo isso é muito bem retratado no documentário, informativo e didático.
Vale a pena assistir.

Avaliação: ***

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O Mensageiro

Título original: The Messenger
País: EUA
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Oren Moverman
Elenco: Woody Harrelson, Ben Foster, Samantha Morton, Jena Malone, Eamonn Walker, Yaya DaCosta, Portia, Lisa Joyce, Steve Buscemi, Peter Francis James, Paul Diomede, Jahmir Duran-Abreau, Gaius Charles, Peter Friedman, Halley Feiffer, Jeremy Strong e Fiona Dourif.

Sinopse: o filme segue dois oficiais (Ben Foster e Woody Harrelson) confrontados com a tarefa nada agradável de notificar os entes queridos dos soldados caídos. Os dois homens formam um improvável vínculo que é ameaçado quando um dos oficiais se sente atraído por uma jovem viúva (Samantha Morton), desencadeando um dilema ético que se desenvolve de forma comovente e surpreendente.

Crítica: a dor das mortes e tragédias contadas de uma forma diferente: dois oficiais encarregados especificamente para visitar as famílias e dar as notícias de falecimento.
A atuação dos dois protagonistas é excelente, principalmente a de Woody Harrelson, que é o mais velho e tenta ensinar ao parceiro (Ben Foster) como fazer isso da melhor forma. A questão é que não há receita para falar sobre a morte de um ente querido sem ferir seus parentes. As reações são distintas e, por sinal, bastante realistas no filme.
A emoção vem à tona, derrubando a aparente dureza dos oficiais. Mais uma vez, mostra-se a insensatez de uma guerra.
Um bom filme!!!

Avaliação: ***

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A Fita Branca

Título original: Babel
País: Alemanha/Áustria
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 144 min
Direção: Michael Haneke
Elenco: Christian Friedel, Ernst Jacobi, Leonie Benesch, Ulrich Tukur, Ursina Lardi, Burghart Klaußner, Steffi Kühnert, Josef Bierbichler, Rainer Bock, Michael Kranz, Janina Fautz, Marisa Growaldt, Gabriela Maria Schmeide, Leonard Proxauf e Maria-Victoria Dragus.

Sinopse: às vésperas da Primeira Guerra Mundial, estranhos eventos perturbam a calma de uma pequena cidade na Alemanha. Uma corda é colocada como armadilha para derrubar o cavalo do médico, um celeiro é incendiado, duas crianças são sequestradas e torturadas. Gradualmente, estes incidentes isolados tomam a forma de um sinistro ritual de punição, deixando a cidade em pânico. O professor do coro de crianças e jovens da escola local investiga os acontecimentos para encontrar o responsável e, aos poucos, desvela a perturbadora verdade.
Crítica: o trabalho mais clássico de Michael Haneke aborda a capacidade do homem de ser cruel. O acabamento é refinado, as imagens são em preto-e-branco e um narrador assume posição, alertando já no início do filme sobre sua falta de certezas sobre o que é verdade ou não no que vai contar ao espectador. O longa deslancha como uma investigação do que era a Europa pré-Nazista e, também, mostrando o que os sistemas patriarcais, os regimes autoritários e o fanatismo religioso podem provocar na formação do indivíduo.
A essência do filme poderia ser sintetizada em uma única cena, em que o pai pastor, interpretado pelo ótimo Burghart Klaußner, "esmaga" a educação sexual de seu filho, o surpreendente Leonard Proxauf. A escolha do elenco é acertadíssima, principalmente as crianças, quase todas excelentes. Com habilidade, Haneke cria climas e tensões bem gerenciados, construindo um terror psicológico que oferece mais perguntas do que respostas.
Curiosidade: vencedor da Palma de Ouro, no Festival de Cannes 2009.
Avaliação: ****

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Os Homens Que Encaravam Cabras

Título original: The Men Who Stare at Goats
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Comédia
Duração: 90 min
Direção: Grant Heslov
Elenco: George Clooney, Ewan McGregor, Kevin Spacey, Jeff Bridges, Stephen Lang, J. K. Simmons, Robert Patrick e Stephen Root.

Sinopse: o jornalista Bob Wilton (Ewan McGregor) está procurando uma boa história para contar, quando conhece Lyn Cassady (George Clooney), uma figura misteriosa que afirma fazer parte de uma unidade experimental do exército norte-americano. Segundo Cassady, o Exército da Nova Era está mudando a maneira como se lutam as guerras. Uma legião de “Monges Guerreiros” com incríveis poderes paranormais consegue ler a mente do inimigo, atravessar paredes e até mesmo matar uma cabra com um simples olhar. Como o criador do programa, Bill Django (Jeff Bridges), desapareceu, a missão de Cassady é encontrá-lo. Adaptação do livro de Jon Ronson.

Crítica: apesar da pouca repercussão, vale a pena assisti-lo. O título em si já atiça a curiosidade, e somente assistindo ao filme para entendê-lo.
O diretor apropria-se do cômico para conseguir contar verdades que, sem o riso, teriam mais dificuldade para chegar às salas de cinema. O humor negro funciona como uma ferramenta eficaz para apresentar aos poucos a que veio: relacionar o mundo no qual vivemos hoje com as transformações dos anos 60. O exército norte-americano é o alvo da crítica e sátira cruéis.
O texto é ótimo, assim como a interação dos personagens. Mas o melhor mesmo é a ironia dada ao Exército, ao belicismo e ao ar sisudo que ele carrega. Um dos méritos de Os Homens que Encaravam Cabras é não humanizar a instituição.
Com sua linguagem diferente, pode não agradar a todos.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Julie e Julia

Título original: Julie & Julia
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Biografia, comédia, drama, romance
Duração: 123 min
Direção: Nora Ephron
Elenco: Amy Adams, Meryl Streep, Jane Lynch, Stanley Tucci, Mary Lynn Rajskub, Vanessa Ferlito, Dave Annable, Chris Messina e Lindsay Felton.

Sinopse: em 1948, Julia Child mudou-se para Paris na companhia do marido, nomeado adido cultural dos EUA. Apaixonada pela cultura francesa, ingressou em uma famosa escola de gastronomia e lançou o livro Mastering the Art of French Cooking, tornando-se extremamente popular nos EUA. Décadas mais tarde, em Nova York, Julie Powell acaba de fazer 30 anos e vive frustrada com sua vida de funcionária pública. Com o apoio do marido, resolve que testará todas as receitas do livro de Child por um ano e publicará os resultados em um blog.
Crítica: baseado em duas histórias reais, Julie & Julia intercala a vida de duas mulheres que, apesar de separadas pelo tempo e pelo espaço, estão ambas perdidas até descobrirem o que realmente gostam de fazer. Revela como a gastronomia pôde mudar suas vidas. As histórias das duas narradas em paralelo funcionam muito bem, confrontando sentimentos mesmo em épocas distintas. Para montar esse roteiro, a cineasta utilizou um livro de memórias da chef sobre sua vida na França. Assim, o filme torna-se bem mais abrangente. Sem dúvida, um filme delicado, prazeroso e divertido para se assistir. Difícil é não ter vontade de comer após as inúmeras guloseimas e pratos exibidos no longa.
Avaliação: ***

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Testemunhas de uma Guerra

Título original: Triage
País: Irlanda / Espanha / Bélgica / França
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 99 min
Direção: Danis Tanovic
Elenco: Colin Farrell, Jamie Sives, Paz Veja, Kelly Reilly, Branko Djuric, Mozaffar Shafeie, Karzan Sherabayani, Luis Callejo, Alex Spijksma, Ian McElhinney, Juliet Stevenson e Michelle Hartman.

Sinopse: Mark (Collin Farrell) e David (Jamie Sives) são amigos e experientes fotógrafos de guerra que buscam imagens no Curdistão, uma região considerada muito perigosa. Mark, ambicioso, quer ficar mais uns dias no campo de guerra em busca de uma foto exclusiva, mas David só pensa em voltar para sua esposa, pois já não aguenta mais tanta violência. Mark acorda em sua cidade natal, repleto de ferimentos e hematomas e descobre que David não conseguiu voltar. Incapaz de reassumir sua vida, desorientado e confuso, Mark intriga a todos, especialmente sua esposa Elena (Paz Vega) que se preocupa com ele e, também, com o mistério que envolve o desaparecimento de David.

Crítica: o filme dirigido por Tanovic vale a pena ser visto. Com um roteiro equilibrado e visão crítica, sua câmera e fotografia captam imagens severas que expressam sensações, lembranças e momentos difíceis.
A trama desperta o interesse do espectador, comovendo-o em diversas cenas. A atuação competente de Colin Farrell também ajuda.
A mensagem é dura, cruel e perturbadora, mas verdadeira. Aviso aos que gostam de ação: o longa não abusa de cenas de sangue. Sua força está no conteúdo.

Curiosidade: mesmo diretor do filme ‘Terra de Ninguém’, que recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2002.

Avaliação: ***

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Uma Mulher contra Hitler

Título original: Sophie Scholl – Die letzten Tage
País: Alemanha
Ano: 2005
Gênero: Drama
Duração: 114 min
Direção: Marc Rothemund
Elenco: Julia Jentsch, Fabian Hinrichs, Gerald Alexander Held, Johanna Gastdorf, André Hennicke, Florian Stetter, Johannes Suhm, Maximilian Brückner, Jörg Hube, Petra Kelling, Franz Staber, Lilli Jung, Anton Figl , Klaus Händl, Norbert Heckner, Paul Herwig, Walter Hess, Christian Hoening, Maria Hofstätter, Wolfgang Pregler e Frederike Schnitzler.

Sinopse: Munique, 1943. Sophie Scholl (Julia Jentsch) e Hans Scholl (Fabian Hinrichs) são membros de uma instituição que tenta lutar contra o nazismo. Mas eles são pegos pela Gestapo e interrogados. Sophie tenta driblar o interrogatóio, mas Hans confessa toda a verdade. Agora, Sophie continua a alimentar seus ideais, ao mesmo tempo em que tenta proteger os outros membros da organização.
Crítica: do ponto de vista histórico, o filme é fiel. Uma verdadeira aula sobre a adoração do povo alemão pelo nazismo e, ao mesmo tempo, a aversão de alguns por esse regime.
O suspense e a ação dominam a trama e mantêm o espectador atento e angustiado com o futuro de Sophie Scholl.
Uma das belas cenas é quando ela e seu irmão Hans decidem distribuir os panfletos de protesto e alerta contra o regime nazista na universidade.
A direção é simples e não abusa muito de enquadramentos extravagantes, assim como a fotografia que consegue reviver uma Alemanha em plena guerra e obscura. O roteiro possui diálogos fortes e a trilha sonora é muito bem selecionada.
O ponto mais forte é a interpretação, todos os atores são convincentes como membros do grupo Rosa Branca, repletos de ideais.
A sequência do julgamento é representada de forma muito realista. Crueldade, injustiça e, talvez, um pouco de arrependimento do lado nazista mesclam-se no embate final.
Um filme que não se pode perder.

Avaliação: ***

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Sol Sempre se Põe na Terceira Rua

Título original: Always – Sanchome no yuhi
País: Japão
Ano: 2005
Gênero: Comédia
Duração: 146 min
Direção: Takashi Yamasaki
Elenco: -

Sinopse: 13 anos após o fim da 2ª Guerra Mundial, um grupo de moradores de uma pequena vila no centro de Tóquio leva suas vidas de maneira simples. Atraída por um anúncio de emprego feito pela “Empresa de Automóveis Sukuki”, a jovem Mutsuko à cidade. Porém, suas expectativas são frustradas ao perceber que, na verdade, a tal empresa é uma oficina de carros do Sr. Norifumi Suzuki, um engenheiro aposentado vindo da cidade de Nagazaki. Em frente à oficina, há uma pequena papelaria de propriedade do escritor e professor de Literatura Chagasawa Ryunosuke, que passa os dias escrevendo revistas em quadrinhos e participando, sem sucesso, de diversos concursos de literatura. Todas as noites, os homens da pequena vila reúnem-se na bodega da bela Hiromi Ishizaki, uma ex-gueixa que atende a todos com atenção, alegria e um toque de flerte, por quem o escritor Ryunosuke é apaixonado. Hiromi é uma mulher que carrega certa melancolia por ter um pai há muito tempo hospitalizado, com poucas chances de um dia ter a saúde restabelecida. Daí em diante, vários acontecimentos sucedem. Decepções, frustrações, medo, dúvidas, mas também alegrias influenciarão suas atitudes.
Crítica: mostra pequenas histórias, pequenos universos, de comportamentos e imprevisibilidades humanas, que podemos encontrar no nosso dia-a-dia. A construção da Tokyo Tower e a modernização da capital do Japão, como pano de fundo para pequenos dramas pessoais, formam o enredo desse belo filme. A chegada de itens de consumo como a Coca-Cola, a televisão e outros eletrodomésticos são abordados de forma poética, como na cena em que todos os vizinhos da rua se reúnem na oficina do Sr. Suzuki para assistir, pela primeira vez, a uma transmissão de um torneio de luta-livre. É leve, engraçado, harmonioso e sensível. Vale a pena assisti-lo.
Curiosidade: o filme foi indicado em quase todas as categorias principais do Japan Academy Awards, em 2008.
Avaliação: ***

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Mother – A Busca pela Verdade

Título original: Madeo
País: Coreia do Sul
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Direção: Bong Joon-ho
Elenco: Bin Won, Hye-ja Kim e Ku Jin.

Sinopse: Hye-ja é viúva e dedica a vida a seu único filho Do-joon que, apesar de ter 28 anos, é totalmente dependente dela. Quando o corpo de uma menina é encontrado num prédio abandonado próximo à sua residência, o tímido Do-joon passa a ser considerado o principal suspeito. Mesmo sem evidências incriminatórias, a vontade da polícia em fechar o caso, e a incompetência do advogado de defesa, fazem a condenação parecer inevitável. Sem escolha, e determinada a provar a inocência do filho, Hye-ja decide encontrar o assassino sozinha.

Crítica: as cenas têm tomadas longas e arrastadas, em certos momentos, mas o suspense consegue sobrepor essa falha, atraindo a atenção do espectador.
É um longa arrojado, inovador (não cai na mesmice do gênero), sem falsos moralismos. A história cativa pela mistura de sentimentos – culpa e amor materno incondicional – e o final é surpreendente.
Um bom trabalho do cinema coreano.

Avaliação: ***

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