terça-feira, 30 de janeiro de 2018

The Post – A Guerra Secreta (The Post)

País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 115 min
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Meryl Streep, Tom Hanks, Sarah Paulson e Bob Odenkirk.

Sinopse: Ben Bradlee (Tom Hanks) e Kat Graham (Meryl Streep), editores do The Washington Post, recebem um enorme estudo detalhado sobre o controverso papel dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã e enfrentam de tudo para publicar os bombásticos documentos. 

Crítica: o longa conta os eventos reais quando, no final dos anos 1960, arquivos confidenciais que comprovavam as deficiências dos EUA na Guerra do Vietnã são expostos pela mídia americana. A situação torna-se ainda mais crítica quando a Casa Branca (à época o presidente é Richard Nixon) proíbe que o New York Times divulgue mais informações sobre o caso. A resposta veio firme: ele e todos os demais jornais seguem publicando os arquivos contendo todas as informações que deixam claro que, desde o início, a guerra já estava perdida para os EUA. Fato que significa que milhares de jovens soldados americanos foram enviados para a morte.
O filme acompanha a jornada dos participantes do jornal The Washington Post que passam a buscar mais informações sobre o caso (após a publicação no New York Times) e uma fonte segura, ainda que sua nova mandatária seja uma figura sempre presente nas confraternizações de políticos envolvidos naquele escândalo.
O drama se desenvolve sob dois pontos de vista. The Post: A Guerra Secreta é contada através dos olhos de Ben Bradlee (Tom Hanks), redator chefe do jornal que vê nesse conflito um possível grande passo na sua carreira, percebendo que pode fazer história em relação a sua profissão. E também pelos olhos de Kay Graham (Meryl Streep), que após anos vendo o jornal ser comandado por seu pai e depois marido, agora vê o The Post sob seu comando, tendo que aprender a lidar com o jogo e desfazer seu pacto com o típico papel de dama da alta sociedade.
Essas duas figuras centrais do filme representam respectivamente a força e a responsabilidade midiática, que deve ter seus deveres preservados, independente de governos ou governados, todavia manter uma responsabilidade com alguma verdade dos fatos e a total liberdade de falar sobre eles; e também a mudança feminina dentro desse jogo jogado exclusivamente por homens, como uma dama de renome deve e pode romper com códigos pré-determinados e começar a dar as cartas, mesmo que seus atos possam acarretar uma série de fortes consequências, mas torna-se importante pelo fato de poder e se responsabilizar por estes atos.
“The Post: A Guerra Secreta” não é apenas um thriller jornalístico, mesmo que a tensão excitante e o suspense crescentes ao ver aqueles homens e mulheres em busca dos arquivos do governo americano sejam extremamente empolgantes e envolventes; ele busca na verdade uma conexão e aproximação com a realidade do espectador. Clama por uma mídia isenta, que procure a verdade, que rompa com um sistema que existe apenas para beneficiar x ou y, e que esteja destinada a esmiuçar fatos que realmente possam auxiliar a construção de uma relação muito mais democrática entre sociedade e governo.
É um filme que se destaca pela conscientização, pela história e pela liberdade de imprensa. Saímos do cinema saudosistas de um jornalismo investigativo que preza os interesses dos cidadãos e que busca a veracidade, acima de tudo. 

Avaliação: ***

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O Insulto (L’Insulte)

País: França/Líbano
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Ziad Doueiri
Elenco: Adel Karam, Rita Hayek, Kamel El Basha e Christine Choueiri.

Sinopse: Beirute. Toni (Adel Karam) é um cristão libanês que sempre rega as plantas de sua varanda e um dia, acidentalmente, acaba molhando Yasser (Kamel El Basha), um refugiado palestino. Assim começa um desacordo que evolui para julgamento e toma dimensão nacional.

Crítica: “O Insulto” é o primeiro filme libanês indicado ao Oscar, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
A história é muito bem conduzida. A partir de um simples incidente cria-se uma tensão sem proporções que leva dois homens ao tribunal, a disputa de ego entre dois excelentes advogados, a cobertura pela mídia e a quase guerra nas ruas, com uma população inflamada: de um lado, os cristãos libaneses; de outro, os refugiados palestinos.
A raiva entre os dois homens (Adel Karam e Kamel El Basha em ótimas atuações), cada um com suas razões, revela raízes profundas. Guerras anteriores, injustiças cometidas pelo exército, humilhação, mortes, desaparecimentos, estupros.
Tudo está enterrado, mas bem na superfície. Basta um motivo e tudo em à tona. A posição política é muito bem colocada na trama e a razão de as pessoas viverem em constante batalha. É normal odiar o outro, incitar a briga, ofender. Anos de lavagem cerebral por parte de partidos políticos, do poder que clama vingança em nome de votos.
Não há interesse pelo ser humano, pelo seu bem-estar. E as consequências são devastadoras, claro, sempre para o lado mais fraco.
As pessoas brigam e nem sabem o porquê. Faz parte da cultura. Um filme com fortes chances de levar a estatueta do Oscar.

Avaliação: ****

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Sem Fôlego (Wonderstruck)

País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 117 min
Direção: Todd Haynes
Elenco: Oakes Fegley, Millicent Simmonds, Julianne Moore, Michele Williams, Jaden Michael, Morgan Turner, James Urbaniak e Cory Michael Smith.

Sinopse: Gunlint, Minnesota, 1977. Ao atender um telefonema, o garoto Ben é atingido pelo reflexo de um raio, que caiu bem em sua casa. Esta situação faz com que seja levado a um hospital em Nova York, onde descobre que não consegue mais ouvir um som sequer. Em 1927, a jovem surda Rose foge de sua casa em Nova York para encontrar sua mãe, a consagrada atriz Lillian Mayhew. A vida destes dois garotos que não conseguem mais ouvir está interligada a partir de um livro de curiosidades, que os leva ao Museu de História Natural.

Crítica: a trama acompanha duas realidades em paralelo: em 1977, o jovem Ben (Oakes Fegley) subitamente é atingido pelo reflexo de um raio, que caiu em sua casa. Em 1927, uma garota (Millicent Simmonds) foge de casa para encontrar sua mãe, uma atriz consagrada. Ambos nada ouvem: ela de nascença, ele devido ao acidente. É a deixa para que Haynes estabeleça uma narrativa onde, cada vez menos, as palavras têm significado.
Usando o tom de fábula (portanto, é preciso se deixar levar pela narrativa) e a linguagem cinematográfica do cinema mudo, o diretor divide as histórias (em sua maior parte passadas em Nova York) em cenário preto e branco (a mais antiga) e colorido (a mais recente). A edição de som primorosa e a trilha sonora com canções que remontam à época fazem toda a diferença.
Com uma excelente narrativa, conteúdo cultural, tom de mistério na dose certa nas histórias das duas crianças (aliás, excelentes em suas performances, com um semblante mais maduro), o filme agrada pela linguagem e qualidade próprias. Destaque também para a atuação de Jaden Michael (no papel de Jamie), que ajuda Ben em sua busca. E ainda há o capricho estético na recriação dos anos 20 e 70.
As aparições dos atores adultos são breves, como as da Michele Williams e Julianne Moore (esta última aparece mais e tem uma participação fundamental no desfecho da trama, convincente como sempre).
Poucas palavras, mas muito a dizer. Uma bela obra! 

Avaliação: ***

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Artista do Desastre (The Disaster Artist)

País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: James Franco
Elenco: James Franco, Dave Franco e Seth Rogen.

Sinopse: Greg Sestero (Dave Franco) se aproxima do excêntrico Tommy Wiseau (James Franco) após uma aula de atuação e os dois desenvolvem uma intensa amizade ancorada no sonho em comum de fazer sucesso nas artes dramáticas. Juntos eles partem para Hollywood, onde Tommy, cansado de ser rejeitado em testes, decide produzir, financiar, dirigir, escrever e protagonizar - ao lado do melhor amigo - o longa-metragem que o catapultará ao estrelato: "The Room". 

CríticaEm “Artista do Desastre” James Franco tem o seu melhor trabalho na frente e detrás das câmeras justo em um filme sobre o pior filme de todos os tempos.
O filme se baseia em Tommy Wiseau e seu primeiro trabalho como produtor, diretor, roteirista e ator, em “The Room”. James Franco assume as mesmas funções nessa biografia cômica e revela, ao final (com a comparação das cenas originais) que nada do que foi mostrado é exagero. A falta de noção do ator/diretor, a bizarrice e a cafonice são totais.
Nos bastidores do filme, acompanhamos o comportamento explosivo do ator/diretor, ele não aceita sugestões de ninguém e tem completa convicção de que está certo e de que o filme será um sucesso. Até o público amador percebe, facilmente, erros na filmagem e nas atuações fora do contexto.
O desempenho de James Franco é impressionante. Vemos nele o verdadeiro Tommy Wiseau. As cenas são mesmo hilárias e inacreditáveis. Tommy Wiseau não tem ciência de sua loucura. Um exemplo disso é a ternura com que James Franco retrata a expressão de tristeza do "artista" ao perceber as gargalhadas que a plateia dispensa ao seu filme, projetado na pré-estreia. É comovente.
Já Dave Franco (irmão de James Franco), no papel de Greg Sestero, tem uma atuação mediana. Ele é um ascendente a ator que se junta a Tommy jurando-lhe lealdade.
O filme começa em 1998, em São Francisco, dentro uma escola de interpretação. Greg Sestero é um fã de James Dean que aos 19 anos deseja intensamente ser ator, mas não percebe que não tem nenhum tipo de talento, além de ser muito tímido para interpretar. Depois de tomar uma repreensão da professora de interpretação, Sestero observa o próximo candidato ao estrelato exibir o que aprendeu no mundo das artes cênicas. Ele é Tommy Wiseau, um sujeito com um visual muito estranho. Wiseau, ao contrário de Sestero, é o mestre da extroversão. Ele, então, mostra sua peculiar interpretação para uma cena de Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams. Wiseau impressiona todos, porém de uma forma negativa. Menos Sestero, que acha que a cara-de-pau dele, na verdade, é a tradução de um talento nato. Ambos partem, então, para Los Angeles em busca dos sonhos de atuar. Depois de alguns testes de atuação malsucedidos, surge a ideia de fazer um filme.
Tommy mergulha de cabeça e gasta uma fortuna, que ninguém sabe de onde vem. Em meio a reclamações e críticas de que as filmagens vão mal, o projeto segue assim mesmo. Depois de 8 meses, enfim, a pré-estreia.
A forma como James Franco constrói o personagem é brilhante. É o filme do filme, tão engraçado e surreal como o original. É interessante ver a dedicação até a conclusão da obra, fora dos padrões, mas que, por incrível que pareça, agradou e tem fãs até hoje. Com o tempo, ele acabou se tornando uma produção “cult” por excelência. É exibido semanalmente nos Estados Unidos em sessões à meia-noite, com os fãs se trajando como os personagens e recitando cada linha do bizarro roteiro.

Avaliação: ***
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Mãe Rosa (Ma’Rosa)

País: Filipinas
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Brillante Mendoza
Elenco: Jaclyn Jose, Julio Diaz, Felix Roco e Andi Eigenmann.

Sinopse: em Manila, cidade que é a capital da República das Filipinas, vivem Rosa, Nestor e seus três filhos. Eles possuem uma pequena mercearia, um negócio familiar no qual trabalham. No entanto, a aparente calma rotineira da família e do estabelecimento comercial é apenas uma fachada para que Rosa e Nestor possam vender metanfetamina. Certa noite, a polícia chega ao local com o objetivo de acabar com a operação criminosa e prender Rosa e Nestor. 

Crítica: filmado em um dos bairros mais pobres de Manila (capital das Filipinas), Mãe Rosa (Jaclyn Jose) é um retrato áspero de um país pobre, corrupto, desestruturado, marcado por todos os tipos de mazelas sociais. Nas cenas há muitos detalhes que comprovam o grau de pobreza em diversos aspectos.
Em estilo documentário, o diretor opta pelo formato digital e câmera na mão para relatar um dia na história de Rosa, mulher forte, determinada e resoluta nas suas decisões. Casada com Nestor e mãe de 4 filhos, ela tem uma vendinha onde vende doces. O filme começa com ela e o filho fazendo compras no supermercado e voltando para casa em um táxi, embaixo de muita chuva.
Vale ressaltar que todas as cenas têm um porquê, uma sequência importante para entendermos o que virá a seguir. Adiante, percebemos que ela tem outro rendimento: a venda de metanfetamina, ainda que em pequena escala.
Um rapaz aparece para comprar um pouco e, logo em seguida, a polícia. Na verdade, foi uma emboscada. Um dos seus revendedores a entregou.
Sendo levados para a delegacia (ela e o marido), ficamos chocados com a frieza, o desrespeito e a corrupção dos policiais. Eles pedem 200.000. Ele não tem um valor tão alto. Ela então é obrigada a entregar seu fornecedor que também é preso. Mas mesmo com o dinheiro encontrado com ele, os policiais ainda querem mais.
É interessante ver a união da família. Os filhos vão até a delegacia e são incumbidos de conseguir o que falta de qualquer maneira. Acompanhamos aí a jornada de cada um: emocionante e revoltante ao mesmo tempo.
As atuações, em geral, são bem naturais num ambiente em que não há justiça nem moral. Não há correção ou punição, apenas exploração de quem já tem tão pouco.
Será preciso recomeçar do zero. O desfecho final com a câmera junto ao rosto de Rosa tem um significado incrível. A expressão é de dor, de arrependimento, de que terá “dar mais duro” ainda para sobreviver. Ali não se vive, apenas se sobrevive. Duro, muito duro. O abuso sobre o mais fraco é um tema recorrente nos filmes filipinos e criticados com louvor. 

Avaliação: ****

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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Indizível (Unspeakable)

País: Reino Unido
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 50 min
Direção: David Nath
Elenco: Indira Varma, Luke Treadaway, Lucas Bond, Kate Ashfield e Sophie Brooke.

Sinopse: o filme conta a história de Jo Shepherd (Indira Varma), mãe de Ben e Katie, cujo relacionamento com o novo e novo namorado Danny (Luke Treadaway) é posto à prova de forma chocante.

Crítica: drama pesado sobre família, casais e, sobretudo, sobre os efeitos do anonimato das redes sociais – um tema bem atual.
A história ganha proporções maiores com um suspense bem dirigido e boas atuações, sobretudo a de Indira Varma (no papel de Jo).
Que atitude tomar ao receber uma denúncia? Como descobrir quem a fez? Se ela é verdadeira ou falsa? A quem contar a denúncia recebida? Perguntar diretamente ao acusado ou ir à polícia? Procurar pistas?
As coincidências e o que nos parece ser verdade, às vezes, são apenas deduções e conclusões precipitadas. É preciso ter certeza para não prejudicar alguém, principalmente a pessoa que se ama, pois, certas acusações não têm volta.
A não aceitação da separação ou da perda pode fazer com que os humanos cometam atos inacreditáveis.
Um excelente filme para reflexão em família. 

Avaliação: ***

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Encolhi a Professora (Hilfe, ich hab meine Lehrerin geschrumpft)

País: Alemanha/Áustria
Ano: 2017
Gênero: Fantasia
Duração: 102 min
Direção: Sven Unterwaldt Jr.
Elenco: Anja Kling, Oskar Keymer e Lina Hüesker.

Sinopse: Felix Vorndran (Oskar Keymer) é um jovem de onze anos de idade que estuda em uma escola cuja diretora, Frau Dr. Schmitt-Gössenwein (Anja Kling), é uma verdadeira peste. Certo dia, Felix, determinado a se vingar desta professora, arma um esquema maluco que tem consequências complicadas: a diretora acaba encolhendo e se tornando uma miniatura de si mesma. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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A Repartição do Tempo

País: Brasil
Ano: 2017
Gênero: Comédia
Duração: 100 min
Direção: Santiago Dellape
Elenco: Eucir de Souza, Edu Moraes, Bianca Müller e Tonico Pereira.

Sinopse: Brasília, início da década de 1980. O REPI (Registro de Patentes e Invenções) acaba de ser capa de uma importante revista nacional, que o coloca como exemplo da burocracia existente no governo. Lisboa (Eucir de Souza), o chefe do departamento, não gosta nem um pouco da reportagem e decide cobrar atitude de seus funcionários, que fazem de tudo menos trabalhar. Paralelamente, o dr. Brasil (Tonico Pereira) deseja patentear uma máquina do tempo. Ele deixa o aparelho no REPI e, ao ser colocado no estoque, Jonas (Edu Moraes) acidentalmente o aciona e, consequentemente, volta no tempo. Ao descobrir o ocorrido, Lisboa elabora um plano de forma a obrigar os funcionários a realmente trabalharem, mesmo que para tanto eles precisem ser mantidos em cativeiro. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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Maze Runner (Maze Runner: A Cura Mortal)

País: EUA
Ano: 2017
Gênero: Ficção Científica
Duração: 144 min
Direção: Wes Ball
Elenco: Dylan O‘Brien, Kaya Scodelario e Thomas Brodie-Sangster.

Sinopse: no terceiro filme da saga, Thomas (Dylan O‘ Brien) embarca em uma missão para encontrar a cura para uma doença mortal e descobre que os planos da C.R.U.E.L podem trazer consequências catastróficas para a humanidade. Agora, ele tem que decidir se vai se entregar para a C.R.U.E.L e confiar na promessa da organização de que esse será seu último experimento. 

Crítica
Avaliação: a conferir

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domingo, 21 de janeiro de 2018

Me Chame pelo Seu Nome

País: França/Itália/EUA/Brasil
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 131 min
Direção: Luca Guadagnino
Elenco: Armie Hammer, Timothée Chalamet, Michael Stuhlbarg e Amira Casar.

Sinopseo sensível e único filho de uma família americana com ascendência italiana e francesa, Elio (Timothée Chalamet), está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda quando Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai, chega. Obra inspirada inspirado no romance de André Aciman de mesmo nome.

Crítica: “Me Chame pelo Seu Nome” levou o prêmio de Melhor Filme e de Ator Revelação para Timothée Chalamet no Gotham Awards, premiação do cinema independente que costuma antecipar o Oscar. Os últimos três vencedores do Gotham também venceram o Oscar: Moonlight, Spotlight e Birdman.
Sutileza define a forma como o filme é contado. Baseado no romance homônimo de 2007 de André Aciman, o filme se passa em 1983 e conta a história de Elio Perlman (Timothée Chalamet), um rapaz de 17 anos que passa seus dias em uma pequena vila no norte da Itália, tocando música clássica, lendo e flertando com sua amiga Marzia (Esther Garrel). Até que um dia, aparece Oliver (Armie Hammer), um charmoso americano que trabalha em seu doutorado e chega como estagiário encarregado de ajudar o pai de Elio. Seu mundo vira de ponta cabeça; Oliver agita algo em Elio (e Elio em Oliver) e o resto do filme mostra as semanas seguintes e a tensão sexual que se segue na linda cidade de Crema, na Lombardia.
A aproximação de Elio e de Oliver vem aos poucos. Timidamente, Elio se abre. Oliver tenta manter-se afastado para evitar problemas, mas o inevitável acontece. Inevitável porque sentimos que eles querem fazer as coisas juntos, sair juntos, enfim, ficar um ao lado do outro.
A relação nos comove, nos cativa. É uma vontade tão grande de se abraçarem que torcemos para que isso ocorra. As cenas são sensuais, mas não eróticas. A beleza desse amor nos lembra a história do filme Brokeback Mountain (2005).
Desde então, nenhum outro filme tinha conseguido emocionar tanto com uma relação entre dois homens.
Timothée Chalamet está incrivelmente perfeito no personagem Elio. Confuso com os sentimentos, nervoso com a aproximação de Oliver, ele não sabe o que ao certo esperar.
Os pais têm um papel fundamental no amadurecimento de Elio. Eles o encorajam a viajar por uns dias com Oliver.
Aliás, uma das melhores cenas do filme é uma conversa (mais para o final) entre Elio e seu pai (o sempre competente Michael Stuhlbarg). As palavras, como são ditas, são arrasadoras.
Além de todo o conteúdo histórico, pelo fato do pai ser arqueólogo (especialista em cultura greco-romana), os diálogos são construídos de forma bem inteligente e o cenário é de tirar o fôlego. A casa em que a família vive esbanja qualidade de vida; é de dar inveja a qualquer um.
Um filme para ver e rever e repassar aos amigos.
Há tempos o cinema não nos presenteava com uma trama tão marcante. Difícil mesmo de esquecer.

Avaliação: *****

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