Sem Fôlego (Wonderstruck)
País: EUA
Ano:
2017
Gênero: Drama
Duração: 117
min
Direção: Todd Haynes
Elenco: Oakes Fegley,
Millicent Simmonds, Julianne Moore, Michele Williams, Jaden Michael, Morgan
Turner, James Urbaniak e Cory Michael Smith.
Sinopse: Gunlint, Minnesota, 1977. Ao atender um
telefonema, o garoto Ben é atingido pelo reflexo de um raio, que caiu bem em
sua casa. Esta situação faz com que seja levado a um hospital em Nova York,
onde descobre que não consegue mais ouvir um som sequer. Em 1927, a jovem surda
Rose foge de sua casa em Nova York para encontrar sua mãe, a consagrada atriz
Lillian Mayhew. A vida destes dois garotos que não conseguem mais ouvir está
interligada a partir de um livro de curiosidades, que os leva ao Museu de
História Natural.
Crítica: a trama acompanha duas realidades em paralelo:
em 1977, o jovem Ben (Oakes Fegley) subitamente é atingido pelo reflexo de um
raio, que caiu em sua casa. Em 1927, uma garota (Millicent Simmonds) foge de
casa para encontrar sua mãe, uma atriz consagrada. Ambos nada ouvem: ela de
nascença, ele devido ao acidente. É a deixa para que Haynes estabeleça uma
narrativa onde, cada vez menos, as palavras têm significado.
Usando o tom de fábula
(portanto, é preciso se deixar levar pela narrativa) e a linguagem
cinematográfica do cinema mudo, o diretor divide as histórias (em sua maior
parte passadas em Nova York) em cenário preto e branco (a mais antiga) e
colorido (a mais recente). A edição de som primorosa e a trilha sonora com
canções que remontam à época fazem toda a diferença.
Com uma excelente
narrativa, conteúdo cultural, tom de mistério na dose certa nas histórias das
duas crianças (aliás, excelentes em suas performances, com um semblante mais
maduro), o filme agrada pela linguagem e qualidade próprias. Destaque também
para a atuação de Jaden Michael (no papel de Jamie), que ajuda Ben em sua
busca. E ainda há o capricho estético na recriação dos anos 20 e 70.
As aparições dos atores
adultos são breves, como as da Michele Williams e Julianne Moore (esta última
aparece mais e tem uma participação fundamental no desfecho da trama, convincente
como sempre).
Poucas palavras, mas muito
a dizer. Uma bela obra!
Avaliação: ***
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