domingo, 21 de janeiro de 2018

Me Chame pelo Seu Nome

País: França/Itália/EUA/Brasil
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 131 min
Direção: Luca Guadagnino
Elenco: Armie Hammer, Timothée Chalamet, Michael Stuhlbarg e Amira Casar.

Sinopseo sensível e único filho de uma família americana com ascendência italiana e francesa, Elio (Timothée Chalamet), está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda quando Oliver (Armie Hammer), um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai, chega. Obra inspirada inspirado no romance de André Aciman de mesmo nome.

Crítica: “Me Chame pelo Seu Nome” levou o prêmio de Melhor Filme e de Ator Revelação para Timothée Chalamet no Gotham Awards, premiação do cinema independente que costuma antecipar o Oscar. Os últimos três vencedores do Gotham também venceram o Oscar: Moonlight, Spotlight e Birdman.
Sutileza define a forma como o filme é contado. Baseado no romance homônimo de 2007 de André Aciman, o filme se passa em 1983 e conta a história de Elio Perlman (Timothée Chalamet), um rapaz de 17 anos que passa seus dias em uma pequena vila no norte da Itália, tocando música clássica, lendo e flertando com sua amiga Marzia (Esther Garrel). Até que um dia, aparece Oliver (Armie Hammer), um charmoso americano que trabalha em seu doutorado e chega como estagiário encarregado de ajudar o pai de Elio. Seu mundo vira de ponta cabeça; Oliver agita algo em Elio (e Elio em Oliver) e o resto do filme mostra as semanas seguintes e a tensão sexual que se segue na linda cidade de Crema, na Lombardia.
A aproximação de Elio e de Oliver vem aos poucos. Timidamente, Elio se abre. Oliver tenta manter-se afastado para evitar problemas, mas o inevitável acontece. Inevitável porque sentimos que eles querem fazer as coisas juntos, sair juntos, enfim, ficar um ao lado do outro.
A relação nos comove, nos cativa. É uma vontade tão grande de se abraçarem que torcemos para que isso ocorra. As cenas são sensuais, mas não eróticas. A beleza desse amor nos lembra a história do filme Brokeback Mountain (2005).
Desde então, nenhum outro filme tinha conseguido emocionar tanto com uma relação entre dois homens.
Timothée Chalamet está incrivelmente perfeito no personagem Elio. Confuso com os sentimentos, nervoso com a aproximação de Oliver, ele não sabe o que ao certo esperar.
Os pais têm um papel fundamental no amadurecimento de Elio. Eles o encorajam a viajar por uns dias com Oliver.
Aliás, uma das melhores cenas do filme é uma conversa (mais para o final) entre Elio e seu pai (o sempre competente Michael Stuhlbarg). As palavras, como são ditas, são arrasadoras.
Além de todo o conteúdo histórico, pelo fato do pai ser arqueólogo (especialista em cultura greco-romana), os diálogos são construídos de forma bem inteligente e o cenário é de tirar o fôlego. A casa em que a família vive esbanja qualidade de vida; é de dar inveja a qualquer um.
Um filme para ver e rever e repassar aos amigos.
Há tempos o cinema não nos presenteava com uma trama tão marcante. Difícil mesmo de esquecer.

Avaliação: *****

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