O Destino de Uma Nação (Darkest Hour)

País: Reino Unido

Ano: 2017

Gênero: Biografia, Drama

Duração: 126 min

Direção: Joe Wright

Elenco: Gary Oldman, Kristin Scott Thomas, Ben Mendelsohn e Lily James.

Sinopse: Churchill (Gary Oldman) está prestes a encarar um de seus maiores desafios: tomar posse do cargo de Primeiro Ministro da Grã-Bretanha. Paralelamente, ele começa a costurar um tratado de paz com a Alemanha nazista que pode significar o fim de anos de conflito.

Crítica: retratar personagens históricos no cinema não é novidade; e Churchill, menos ainda. Alguém com tamanho legado merece mesmo ser relembrado várias vezes e, aqui, o destaque é todo para ele. Pode-se dizer que é maior do que a trama em si, ou seja, o conteúdo fica para segundo plano, o que acaba por fazer o filme perder pontos.

O roteiro dá visibilidade às ações, às decisões, aos olhares, aos trejeitos, à postura, às palavras do líder político de personalidade forte, de uma diplomacia exemplar e de opiniões extremas. A caracterização do protagonista é impressionante. A maquiagem que transformou Oldman em Churchill deve levar o Oscar, com quase certeza.

Mas devido ao excesso de centralização no protagonista, todos os demais personagens, inclusive sua esposa Clemmie (Kristin Scott Thomas), têm papeis muito diminuídos.

O destaque de Churchill acaba por tornar a obra pouco digestiva às vezes. Não há espaço para desdobramentos, situações mais tensas ou mais acontecimentos na trama, apenas para suas negociações e decisões. Faltou sensibilidade, por exemplo, para mostrar o medo da população londrina diante da ameaça devastadora dos alemães.

Cumpre sua missão ao contar como aconteceram as transações para resgatar 340.000 soldados que estavam encurralados por tropas alemãs na praia de Dunquerque, na França. Circunstância que teve um papel fundamental na Segunda Guerra Mundial. 

Avaliação: **