domingo, 31 de janeiro de 2010

O Fim da Escuridão

Título original: Edge of Darkness
País: Reino Unido/EUA
Ano: 2009
Gênero: Suspense
Duração: 108 min
Direção: Martin Campbell
Elenco: Mel Gibson, Ray Winstone, Danny Huston, Bojana Novakovic, Shawn Roberts, Ray Winstone, Caterina Scorsone e David Aaron Baker.

Sinopse: Thomas (Mel Gibson) é um detetive policial que testemunha o assassinato da filha ativista na porta de sua casa. Perturbado pela perda e convencido de que ele era o alvo, Thomas parte para uma investigação obcecado por justiça. As evidências o levarão a descobrir um complexo esquema de corrupção envolvendo políticos e a indústria de armas nucleares norte americanas.

Crítica: o longa possui um argumento interessante e potencialmente polêmico: a produção de armas nucleares dentro do território norte-americano e o envolvimento das mais altas figuras públicas. Inserir um drama familiar na narrativa seria uma opção inteligente do roteirista e, desde que bem realizado, o filme poderia ter se tornado um excelente suspense. O que assistimos, porém, é uma má adaptação para a tela, e um resultado final que parece filme de sessão da tarde.
O filme acompanha o processo investigativo do detetive policial Thomas Craven (Mel Gibson), na tentativa de descobrir os motivos que levaram ao assassinato de sua filha Emma (Bojana Novakovic), ativista social e estagiária de uma poderosa empresa de pesquisas científicas. Inicialmente confiante de que o verdadeiro alvo dos disparos seria ele próprio, o detetive desvenda uma rede de corrupção que envolve pessoas mais poderosas do que ele poderia supor.
Até aí, tudo certo. Surgem, então, perseguições quilométricas e cenas de ação mirabolantes, nada muito original. A trilha sonora, também, na maioria das sequências, parece mais adequada às aventuras épicas da franquia “Indiana Jones” do que ao suspense político.
Mel Gibson, ator habituado aos trabalhos que exigem atuações dramáticas e dinâmicas, já demonstra claros sinais de cansaço e sua interpretação não exibe o mesmo viço demonstrado em “O Patriota” e “Mad Max”. Nas cenas de maior carga dramática, o astro é um tanto inexpressivo, o que acaba comprometendo ainda mais a construção da relação pai e filha.
Tantos defeitos não são suficientes para colocar o filme no rol dos piores lançamentos do início do ano, mas tampouco conseguem colocá-lo na lista dos memoráveis.
Uma construção mais elaborada das relações interpessoais e uma direção criativa e apurada seriam ideais para classificá-lo como um entretenimento relevante.

Avaliação: ***

Read more...

sábado, 30 de janeiro de 2010

Ah... O Amor!

Título original: Ex
País: Itália/França
Ano: 2009
Gênero: Comédia Romântica
Duração: 120 min
Direção: Fausto Brizzi
Elenco: Claudio Bisio, Vincenzo Salemme, Nancy Brilli, Cristiana Capotondi, Cécile Cassel, Fabio de Luigi, Alessandro Gassman, Claudia Gerini, Angelo Infanti, Flavio Insinna, Silvio Orlando, Martina Pinto, Carla Signoris, Gianmarco Tognazzi, Giorgia Würth e Malik Zidi.

Sinopse: o filme começa onde a maioria das comédias românticas termina: diversos casais se beijam e trocam juras de amor eterno. Mas viverão felizes para sempre? Vamos acompanhar a vida de seis casais, que acabaram se entrelaçando: Filippo (Vincenzo Salemme) e Caterina (Nancy Brilli), no meio de um divórcio, lutam para “não” ganhar a custódia de seus filhos; Luca (Silvio Orlando) que está se divorciando de Loredana (Carla Signoris), vai parar no apartamento de seu filho estudante, determinada a ser jovem e sexy aos 50 anos; Sergio (Claudio Bisio) enfrenta a complicada situação de suas duas filhas adolescentes, após a morte imprevista da sua ex-mulher; Elisa (Claudia Gerini) está para se casar com Corrado (Gianmarco Tognazzi), quando se depara com seu ex onde menos se espera: como o novo padre (Angelo Infanti) que vai celebrar seu casamento. Tudo isto ocorre entre um Natal e o Dia dos Namorados, entre Roma, Paris e a Nova Zelândia, num carrossel de risadas e paixões.

Crítica: na medida em que o filme se desenrola, vários pontos em comum entre as 12 pessoas vão surgindo: parentescos, amizades, inimizades, profissões, coincidências.
O diretor deu preferência aos closes, ao excesso de diálogos rápidos e meio que atropelados, à trilha sonora excessiva, às filmagens em ambientes internos (o que é um pecado para um longa rodado em Roma em sua maior parte), enfim, pouco refinado e poluído demais. Sem muita profundidade ou elaboração, o filme opta pelo caminho mais fácil para agradar a plateia.
O roteiro é assumidamente otimista e romântico e traz enredos e conteúdos interessantes. Por isso mesmo, poderia ter sido mais explorado para render uma melhor comédia romântica para o cinema, não somente televisiva.
Como entretenimento, dá para ver. É leve e descompromissada.
Avaliação: ***

Read more...

Invictus

Título original: Invictus
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 134 min
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Morgan Freeman, Matt Damon, Tony Kgoroge, Patrick Mofokeng, Matt Stern, Julian Lewis Jones, Adjoa Andoh, Marguerite Wheatley, Scott Eastwood, Langley Kirkwood, Robert Hobbs, Jason Tshabalala, Bonnie Henna, Grant Roberts, Patrick Holland, Patrick Mofokeng e Moonsamy.

Sinopse: Invictus acompanha o período em que Nelson Mandela (Morgan Freeman) sai da prisão em 1990, torna-se presidente em 1994 e os anos subsequentes. Consciente de que a África do Sul é um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid, e com a proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, Mandela resolve usar o esporte para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para treiná-la e torná-la campeã.
Crítica: o filme se concentra em um pequeno aspecto de uma história muito maior, como é a de Mandela, ganhando dessa forma uma nova perspectiva. Oficialmente eleito, o líder sul-africano enfrenta as tensões e as divisões de uma nação pós-apartheid, onde os brancos e os negros são também suspeitos entre si. Não é nenhuma obra-prima, mas foi magistralmente dirigida por Eastwood, com um roteiro enxuto e boas interpretações (Matt Damon e Morgan Freeman habitam seus personagens da vida real com uma convicção admirável). A história é contada em grande escala dentro da arena do esporte e da política internacional, mostrando como Mandela usou seu estilo de liderança humanístico e uma equipe de rugby para unir forças opostas depois de ter sido eleito Presidente da África do Sul. Este é o propósito da trama, feita na medida certa e com um grande desfecho.
Curiosidade: nos 30 anos em que esteve preso em Robben Island, de 1962 até 1992, para se manter são, Mandela recitava o poema Invictuous, escrito em 1875, por William Ernest Henley (daí o título do longa).
Trata-se do 32º longa de Clint Eastwood como diretor.
Adaptado do livro "Conquistando o Inimigo", do jornalista britânico John Carlin, o longa mostra um Nelson Mandela herói.
Avaliação: ***

Read more...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Que Resta do Tempo

Título original: The Time That Remains
País: Bélgica/França/Itália/Reino Unido
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração:105 min
Direção: Elia Suleiman
Elenco: Elia Suleiman, Saleh Bakri, Samar Tanus, Shafika Bajjali, Zuhair Abu Hanna, Amer Hlehe, Lotuf Neusser, Tareq Qobti, Yasmine Haj, Ziyad Bakri e Leila Muammar.

Sinopse: quatro episódios verídicos que marcaram a família do diretor Elia Suleiman desde 1948. Inspirado pelos diários de seu pai, combatente da resistência palestina, e pelas cartas de sua mãe aos familiares expatriados, ele reconstitui o cotidiano dos chamados “árabes-israelenses”, a partir do momento em que escolheram permanecer em sua terra natal e passaram a viver como minoria. Memórias íntimas que se confundem com a história coletiva de um país em desaparecimento.

Crítica: apesar de Suleiman ser o grande cineasta palestino do momento, seu filme dececpcionou.
Ele caminha pelo seu próprio passado para nos mostrar a transformação da sociedade palestina desde a invasão de tropas britânicas e a subsequente criação de Israel, e consequentemente o início do calvário de seu povo.
O foco do filme é nos pequenos detalhes, nas confusões em família, nas memórias escolares, nos bares com os amigos. Depois de retornar da França, um homem (o próprio cineasta) pega um táxi no aeroporto em direção ao desconhecido. Acaba sendo transportado para a casa aonde cresceu, onde testemunha as mesmas brigas entre seus pais, um vizinho que fica ameaçando se matar, entre outras coisas.
Nota-se claramente que foi um filme muito pessoal. Mas ele falha ao tentar passar todos os sentimentos que o permeiam através de seus planos. Qualquer emoção (ou falta de) ali impregnada não atinge quem está do lado de cá da tela.
As imagens que para ele muito significam não traz resultados para os espectadores. O longa acaba ficando sem graça e cansativo. Outro problema é a falta de coesão entre as diferentes histórias; não conseguimos acompanhar os pensamentos do diretor.
Ao invés de compor um panorama, seja da sociedade como um todo ou da experiência individual em crescer e viver na Palestina, Suleiman simplesmente cria algumas cenas engraçadas que não conseguem se infiltrar em um contexto maior, não causando impacto ou repercussão nenhuma a quem assiste à sua obra. As intenções e as ideias até foram boas, mas não saíram do esboço.
De qualquer forma, vale salientar que em nenhum momento Suleiman defende a extinção de Israel ou vai contra o país vizinho/ocupador, mesmo ao demonstrar o incrível ódio que a população tem. Por sua vez, demonstra como a invasão e sucessiva ocupação cada vez mais opressora afetou de forma impressionante os palestinos.

Avaliação: **

Read more...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Apocalypto

Título original: Apocalypto
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Ação
Duração: 137 min
Direção: Mel Gibson
Elenco: Dália Hernandez, Mayra Serbulo, Gerardo Taracena, Raoul Trujillo e Rudy Youngblood.

Sinopse: durante o declínio do Império Maia, pouco antes da colonização européia na América Central, um pequeno grupo que vive na floresta tropical é dizimado e capturado. Jaguar Paw (Rudy Youngblood) é um dos capturados que tenta a todo custo defender sua família dos violentos ataques.

Crítica: o roteiro traz a história de Jaguar Paw, integrante de uma pequena aldeia maia em um período de decadência desta civilização. Com uma esposa grávida e um filho, Jaguar dedica seu tempo à caça e à convivência com a família, até que a comunidade é atacada por uma tribo vizinha. Após conseguir deixar sua esposa e filho em local seguro, Jaguar é levado para as instalações da outra tribo, muito mais avançada em estrutura. Agora, ele precisa escapar para se reencontrar com a família.
Apocalypto é mais um filme de grande qualidade técnica, impecável em efeitos visuais, feito para agradar a maioria do público.
O primeiro ato da obra é o que constrói a base de todo o restante. Os personagens e a relação entre os integrantes da aldeia são apresentados com o intuito de tornar o protagonista e os coadjuvantes queridos e próximos ao público. Há, inclusive, alguns momentos de humor bem colocados e nada destoantes com o tom do filme até então.
Logo em seguida, um acontecimento para causar impacto na platéia. Após uma cruel e tensa seqüência envolvendo a invasão da aldeia, Gibson e os prisioneiros são carregados a uma civilização muito mais avançada, maravilhando a platéia com um cenário estarrecedor e uma recriação magnífica da época.
Como já citado, este é um dos maiores méritos de Apocalypto. Figurino, maquiagem e cicatrizes dos personagens, rostos desconhecidos dos atores, trilha sonora, brilhante direção de arte e, claro, o fato de todo os diálogos serem falados na língua original (maia) deram autenticidade à história.
No terceiro e último ato, tudo resume-se a uma longa e empolgante cena de perseguição na selva. São cerca de 40 minutos de ação ininterrupta, onde Jaguar vira o jogo contra seus perseguidores, usando a vantagem de conhecer a floresta. Devido à identificação entre platéia e personagem, a seqüência não é cansativa, afinal o espectador está sempre torcendo para o protagonista.
Mas essa perseguição extensa acabou por deixar um vazio em outra parte do enredo: pouco se contou sobre a cultura maia e o significado de suas crenças. E seria uma ótima oportunidade para expor isso ao público.
As cenas são realmente belas e impactantes, como por exemplo, as de cima da pirâmide onde ocorrem os sacrifícios, a de Jaguar desafiando os inimigos na cachoeira e a surpreendente cena envolvendo um parto.
Com um enredo simples e belo, o excesso de sangue e atos violentos poderia ter sido poupado.
De qualquer maneira, é uma película incrivelmente filmada, com sequências de ação empolgantes e memoráveis.

Curiosidade: o título é um termo grego que significa "um novo começo".
Avaliação: ***

Read more...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Up – Altas Aventuras

Título original: Up
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Animação
Duração: 96 min
Direção: Pete Docter
Elenco: Edward Asner, Christopher Plummer, Jordan Nagai, Bob Peterson, Delroy Lindo, Jerome Ranft, John Ratzenberger, Mickie McGowan, Danny Mann, Donald Fullilove, Jess Harnell, Josh Cooley, Elie Docter, Jeremy Leary e Pete Docter.

Sinopse: Carl Fredricksen (Edward Asner) é um vendedor de balões que, aos 78 anos, está prestes a perder a casa em que sempre viveu com sua esposa, a falecida Ellie. O terreno onde a casa fica localizada interessa a um empresário, que deseja construir no local um edifício. Após um incidente em que acerta um homem com sua bengala, Carl é considerado uma ameaça pública e forçado a ser internado em um asilo. Para evitar que isto aconteça, ele enche milhares de balões em sua casa, fazendo com que ela levante vôo. O objetivo de Carl é viajar para uma floresta na América do Sul, um local onde ele e Ellie sempre desejaram morar. Só que, após o início da aventura, ele descobre que seu pior pesadelo embarcou junto: Russell (Jordan Nagai), um menino de 8 anos.
Crítica: o filme pode não ser memorável e tão ousado, como outras animações da Pixar, mas é de excelente qualidade.
A história de Carl Fredricksen e o garoto Russell possui, sim, elementos artísticos que o tornam mais do que um mero produto, porém, aparecem em menor quantidade do que nos esforços anteriores da equipe.
A produção e o roteiro são hábeis ao equilibrar o aspecto humano e emocional com o lado da aventura, tornando o filme encantador tanto para adultos como para crianças. O maior destaque é o desenvolvimento do protagonista e o estabelecimento de uma forte identificação entre a plateia e ele; uma tarefa difícil, tendo em vista que Carl Fredricksen é um velho rabugento e que poderia gerar antipatia.
Docter e Peterson fogem desta armadilha através de pequenas soluções que ajudam a compreender o personagem como um todo. O maior exemplo disso é a sequência que ilustra toda a história da vida de Fredricksen e de Ellie. Essa pequena montagem é genial, pois em menos de cinco minutos, e sem qualquer diálogo, o espectador sente a felicidade, a dor, o amor, as desilusões e a realidade daquele casal. É um momento magnífico e emocionante, um exemplo magistral de economia narrativa que faz a plateia compreender quem é Carl Fredricksen ao mesmo tempo em que o torna uma figura familiar e querida.
Além disso, a natureza, digamos, “experiente” do personagem permite o roteiro abordar temas relevantes que, mais uma vez, mostram por que as animações da Pixar se diferenciam da grande maioria. A dor da perda, a inevitável passagem do tempo e a busca pela renovação são assuntos adultos presentes, tratados de maneira sutil pelo roteiro, afinal, é um desenho animado para o público infantil.
Apesar das situações engraçadas, Up tem momentos dramáticos e comoventes como a montagem inicial, a descoberta de Fredricksen no “Livro de Aventuras” e o belíssimo plano final. Esta cena, aliás, mostra como a obra consegue envolver o espectador.
Os aspectos técnicos também merecem elogios. A animação é impecável, desde a fluidez dos movimentos dos personagens até a preocupação com os detalhes, como a barba de Fredricksen, que cresce no desenrolar da história. Importante ressaltar, ainda, o cuidado na composição dos personagens: os traços quadrados do rosto do protagonista servem como uma representação de sua personalidade dura e rígida. A mesma interpretação pode ser estendida ao gordinho Russel, que se apresenta adorável, e ao carismático cachorro Doug, cuja aparência faz contraponto com dos outros amedrontadores cães.
Enfim, uma bela obra cinematográfica!
Avaliação: ****

Read more...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Não, Minha Filha, Você Não Irá Dançar

Título original: Non ma Fille, Tu n'iras Pas Danser
País: França
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Christophe Honoré
Elenco: Chiara Mastroianni, Marina Foïs, Marie-Christine Barrault, Louis Garrel, Jean-Marc Barr, Fred Ulysse, Julien Honoré, Marcial Di Fonzo Bo e Alice Butaud.

Sinopse: após a separação de Nigel (Jean-Marc Barr), Lena (Chiara Mastroianni) tenta seguir a vida com seus dois filhos, Anton (Donatien Suner) e Augustine (Lou Pasquerault). Deixa Paris e segue para a Bretanha, interior da França. Ao chegar na casa de sua infância, reencontra os pais, a irmã casada e acompanhada dos filhos, e o irmão irônico Gulven (Julien Honoré). Sua mãe, uma mulher autoritária, convida Nigel, ex-marido de Lena, na tentativa de reconciliar o casal. Lena, que foi para o campo tentar reconstruir sua vida, terá agora que lidar e enfrentar o controle de sua família.

Crítica: o cineasta é muito apreciado por buscar sinceridade em seus filmes, além de testar levemente os limites da linguagem.
Mas aqui deixou a desejar. O longa gira em torno de família de classe média e seus problemas. O problema é que os personagens não se destacam muito e nem convencem. Os coadjuvantes não têm espaço para se desenvolverem durante a trama.
A história praticamente não sai do lugar. Os conflitos são exagerados. Enfim, a trama não decola.
Avaliação: **

Read more...

Leonardo da Vinci – Biografia

Título original: The Biography Channel – Leonardo Da Vinci
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 100 min
Direção:
Elenco: -

Sinopse: Leonardo Da Vinci conviveu com os homens mais poderosos de seu tempo, como a família Bórgia, Maquiavel e os Médici, mas nem por isso foi tragado pelo círculo de poder que o cercava. O Leonardo artista nos deixou obras-primas como "Mona Lisa"; o cientista dissecou cadáveres e estudou fósseis; o engenheiro conseguia redirecionar rios, criar instrumentos musicais autômatos e inventar máquinas para voar. Dono de uma diversidade criativa assombrosa, Da Vinci teve poderosos rivais, enfrentou incompreensões e preconceitos e morreu na solidão.

Crítica: por meio da recriação de cenários com recursos de computação, este filme revela detalhes até então desconhecidos sobre a obra do artista e traça um retrato mais preciso do grande gênio, repleto de detalhes e informações.
Uuma produção bem elaborada a respeito da mente mais brilhante da Renascença. Deveria ser obrigatória nas escolas.
Vale a pena ver e rever.

Avaliação: ****

Read more...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Uma Chance para Viver

Título original: Living Proof
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Biografia, drama
Duração: 125 min
Direção: Dan Ereland
Elenco: Harry Connick Jr, Amanda Bynes, Angie Harmon, Swoosie Kurtz, Bernadette Peters, Jennifer Coolidg, Regina King, Paula Cale, Tammy Blanchard, Amy Madigan, John Benjamin Hickey e Bruce McKinnon.

Sinopse: o Dr. Slamon (Harry Conning Jr), após 12 longos anos de pesquisas e muitos testes, vê o uso de Herceptin, um tratamento revolucionário contra o câncer de mama aprovado para salvar vidas. No entanto, quando o financiamento para seu projeto é cortado, os filantropos Lilly Tartikoff e Ron Perelman ajudam o trabalho mais importante da vida do médico a tornar-se realidade. Com a ajuda de seus novos financiadores, Slamon continua a aperfeiçoar o tratamento, mas, apesar de sua nova droga ter a habilidade de garantir a vida, ela não funciona em todos os casos.
Crítica: baseado na história verdadeira de um médico que lutou para encontrar o tratamento para o câncer, tentando salvar milhares de vidas e, ao mesmo tempo, dar sentido à sua própria vida.
Forte e comovente, retrata a dura realidade de mulheres com essa doença e os cruéis interesses da indústria farmacêutica.
‘Uma Chance para Viver’ foi produzido primeiramente para a televisão, tendo Renée Zellwwegger como produtora executiva.
O filme não é uma obra-prima, mas bastante impactante pela abordagem simples e direta de um mal que aflige tantas pessoas.
Deve ser visto por todos, especialmente para quem tem ou teve pessoas nessa mesma situação.

Avaliação: ****

Read more...

Amor sem Escalas

Título original: Up in the Air
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Comédia
Duração: 104 min
Direção: Jason Reitman
Elenco: George Clooney, Vera Farmiga, Melanie Lynskey, Anna Kendrick e Danny McBride.

Sinopse: pago para viajar pelos Estados Unidos despedindo funcionários de empresas em crise, Ryan Bingham (George Clooney) sempre se contentou com um estilo de vida desapegado, passado em meio a aeroportos, hotéis e carros alugados. Ele consegue carregar tudo o que precisa em uma mala de mão, é membro de elite de todos os programas de fidelidade existentes e está próximo de atingir 10 milhões de milhas voadas. Mas quando o chefe de Ryan, inspirado pela novata funcionária Natalie (Anna Kendrick), ameaça mantê-lo permanentemente na sede da empresa, ele se vê entre a perspectiva – ao mesmo tempo aterrorizante e agradável – de ficar em terra firme, contemplando o que realmente pode significar ter um lar.

Crítica: baseado no livro de Walter Kim, o filme encanta pelo roteiro e narrativa simples e direta e, sobretudo, sem apelar para momentos dramáticos.
Ryan Bingham é um sujeito que vive em aeroportos, aviões e hotéis, viajando de um lado para o outro nos EUA com um único objetivo: demitir pessoas. Com a crise financeira que assolou o país recentemente, muitas empresas tiveram que cortar gastos. Ryan pertence a uma empresa terceirizada que é responsável por isso. Para ele, cada pessoa reage de uma forma ao ser demitida e, neste caso, cabe a ele fazer com que esta notícia seja dada da “melhor” maneira possível.
O executivo vive de maneira solitária por escolha, livre de qualquer relacionamento. Ao longo da trama, por exemplo, ele se mantém distante dos seus familiares. A sua grande meta é atingir dez milhões de milhas no programa de milhagem da sua companhia aérea favorita. Em uma dessas missões, ele conhece Alex Goran (Vera Farmiga), com quem passa a ter uma relação casual que começa a mudar o seu jeito de pensar e de viver.
Os diálogos são irônicos e sarcásticos, principalmente por conta também de Ryan e Alex, que iniciam uma relação casual. Porém, assim que o enredo se desenvolve, Ryan passa a rever seus princípios e a querer algo mais fixo.
Sem apelar para momentos de intensas dramaticidades, a direção aposta muito mais em criatividade – ele consegue diferentes focos e enquadramentos nas pessoas que foram demitidas – e na excelente atuação de George Clooney e Vera Farmiga. Os dois atores, aliás, são os responsáveis pela mudança de curso do filme. O romance casual que ambos mantinham apresentava significados diferentes para cada um deles.
“Amor sem Escalas” é, enfim, um filme triste e trágico. Recheado de excelentes conversações, mescla humor e dor e, dessa maneira, transforma uma história que, no início parecia totalmente despretensiosa, em uma obra extremamente sensível em assuntos cruciais, que vão desde as questões familiares até a situação mundial de trabalho pós-crise econômica.
O personagem certo para o ator correto. George Clooney interpreta novamente o coroa sedutor, mas acrescenta a fragilidade e um humor sarcástico, crédito a ser dado pela direção.
A história tem humor nas situações inusitadas e momentos emocionantes sobre o significado das relações e como é sentir-se conectado a alguém.

Avaliação: ****

Read more...

domingo, 17 de janeiro de 2010

A Mente que Mente

Título original: The Great Buck Howard
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Comédia dramática
Duração: 90 min
Direção: Sean McGinly
Elenco: John Malkovich, Colin Hanks, Tom Hanks, B.J. Hendricks, Emily Blunt, Jacquie Barnbrook, Ankur Bhatt, Steve Zahn, Osa Danam, Bubba Da Skitso, Griffin Dunne, Patrick Fischler, Matthew Gray Gubler e Nate Hartley.

Sinopse: Troy Gable (Colin Hanks) é um rapaz cansado da faculdade de Direito e que sonha ser um escritor. Enquanto busca um trabalho, conhece Buck Howard (John Malkovich), mentalista famoso nos anos 70 que sobrevive de pequenos shows e da fama que fez em suas aparições no programa Tonight Show, com Johnny Carson. Contrariando a vontade do pai (Tom Hanks), ele passa a acompanhar o showman como seu gerente de produção e descobre em seu emprego a magia da experiência da vida.
Crítica: o filme não é uma grande obra, mas interessante o suficente para prender a atenção do público. John Malkovich que interpreta Buck Howard, famoso mentalista americano que teve seus dias de glória nos anos 70, é o centro de toda a trama e ele a conduz muito bem. É a sua melhor interpretação no cinema.
Malkovich realmente nos convence de que é um mágico. Carismático, acenando para todos, fazendo juras de amor às cidades onde se apresenta e à sua platéia. As cenas em que ele interpreta Buck no palco são notáveis (Buck chegou a participar 61 vezes do Tonight Show).
Alternando momentos mais dramáticos, com outros de vergonha, comédia leve e alguma ternura, A Mente que Mente consegue, com seu jeito independente, ser um bom filme. Mas não espere números grandiosos de mágica ou tensão. Buck era um mestre em adivinhações e hipnose. Seu assistente de produção, aqui vivido por Colin Hanks, até tentou descobrir seus truques, porém em vão.
Vale a pena conferir!
Avaliação: ***

Read more...

sábado, 16 de janeiro de 2010

Valentino, O Último Imperador

Título original: Valentino: The Last Emperor
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 96 min
Direção: Matt Tyrnauer
Elenco: Valentino e Giancarlo Giammetti.

Sinopse: em 45 anos de carreira, do pequeno estúdio em que aprendeu a costurar na França até os grandes desfiles nos maiores eventos da moda mundial, o estilista Valentino Garavani estabeleceu uma marca pessoal que sempre ignorou as tendências da ocasião. Ao seu lado, durante todo este tempo, esteve Giancarlo Giammetti, seu sócio, confidente e amante.

Crítica: o documentário traça um retrato íntimo de Valentino, indo encontrá-lo em sua mansão no Reino Unido no período entre a comemoração de seus 70 anos e o desfile que marcou sua despedida das passarelas.
Nunca vimos Valentino assim de tão perto. O trabalho é ótimo, pena que muito pouco para uma celebridade como ele.
Excelente!

Avaliação: ****

Read more...

Lula, o Filho do Brasil

Título original: Lula, o Filho do Brasil
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Direção: Daniel Tendler e Fábio Barreto
Elenco: Rui Ricardo Dias, Glória Pires, Cleo Pires, Milhem Cortaz e Juliana Baroni.

Sinopse: 1945, sertão de Pernambuco. Menos de um mês depois de seu marido, Aristides, partir para tentar a vida em São Paulo, com uma moça bem mais nova, Dona Lindú dá a luz ao seu sexto filho, Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de "Lula".
Filmado em dois estados (Pernambuco e São Paulo), sete cidades e 70 locações, entre 20 de janeiro e 18 de março de 2009, ‘Lula, o Filho do Brasil’ percorre os principais pontos da trajetória humana de Lula, do árido sertão, onde nasceu, à periferia de Santos, onde cresceu.

Crítica: o filme feito para emocinar realmente emociona. Pena que algumas partes da vida de Lula passem rapidamente na tela e outras sejam até ignoradas.
Quem acompanhou a vida política e sindical de Lula, sabe que ele é um ótimo orador. Com seu discurso simples e persistência ele ganhou a confiança de um povo que, até então, tinha medo de votar em alguém que também era do povo. No longa, porém, a maioria dos discursos são curtos e sem muita convicção, logo seguidos por ovações de "Lula, Lula". A única boa exceção é a assembleia ocorrida no estádio da Vila Euclides, em que Lula discursou para 100 mil trabalhadores, recriada com requintes de perfeccionismo. Nesta sequência, o ator Rui Ricardo Diaz já está mais gordo e, em alguns instantes, surpreende ao empregar um timbre de voz muito similar ao de Lula.
Todo o lado político, como a formação do PT e a Campanha das Diretas Já, ficou de fora e poderia ter sido melhor explorado. No entanto, ressaltou-se bastante o fato de que, apesar de ser sindicalista, não era comunista nem esquerdista.
As atuações são boas, destacando-se Glória Pires e Milhem Cortaz, como os pais de Lula. Rui Ricardo Diaz, que interpreta um papel difícil na pele do protagonista, demonstra que tem futuro na carreira.
Os cenários, a fotografia, a trilha sonora e as locações estão excelentes.
Vale a pena assistir para poder julgar.

Avaliação: ****

Read more...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aconteceu em Woodstock

Título original: Taking Woodstock
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Comédia
Duração: min
Direção: Ang Lee
Elenco: Demetri Martin, Liev Schreiber, Emile Hirsch, Jeffrey Dean Morgan, Paul Dano, Eugene Levy, Dan Floger, Imelda Stauton, Henry Goodman e Edward Hibbert.

Sinopse: em 1969, quando o hotel dos pais de Elliot Tiber (Demetri Martin) é ameaçado de despejo, ele oferece o local para promover um show de rock e arrecadar dinheiro, sem imaginar que se trata do Festival de Woodstock.

Crítica: em 2009 foram comemorados os 40 anos da realização do maior evento da cultura hippie. O filme é mais uma realização que relembra esse marco na história do rock, com o diferencial de mostrar os bastidores do festival.
Como as imagens de arquivo são muito conhecidas, é necessário uma alta dose de fidelidade, que o diretor atingiu em um nível impressionante. Algumas tomadas são praticamente fac-simile das imagens de arquivo, imitando até enquadramentos e movimentos de câmera. Outra referência forte foi o documentário Woodstock (1970), com o recurso da tela dividida como em uma história em quadrinhos.
O roteiro conta com outras maneiras de fazer rir, seja com frases bem colocadas nos diálogos, ou com personagens interessantíssimos, como o grandão Wolverine (Liev Schreiber, excelente no papel) interpretando uma drag queen que trabalha de segurança.
Além da preparação para a festa, o longa aborda a trajetória de Elliot, o garoto reprimido que boicota os próprios sonhos para ajudar os pais, sempre de mal com a vida.
A ironia e o humor em volta das autodescobertas dão o tom do longa. Mesmo com o excesso de clichês, é engraçado e despretensioso.

Curiosidade: baseado nas memórias de Elliot Tiber.
Filme de abertura do Festival do Rio em 2009.
Avaliação: ***

Read more...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes

Título original: Sherlock Holmes
País: Reino Unido/Austrália/AEUA
Ano: 2009
Gênero: Aventura, suspense
Duração: 128 min
Direção: Guy Ritchie
Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Rachel McAdams, Mark Strong, Kelly Reilly, Eddie Marsan, James Fox, Hans Matheson e William Hope.

Sinopse: o detetive Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.) e seu fiel parceiro John Watson (Jude Law) envolvem-se em uma batalha contra o crime na Inglaterra, utilizando suas habilidades físicas e mentais, liderado por Blackwood (Mark Strong), vilão que pretende perturbar a paz e acabar com a ordem no Reino Unido.

Crítica: essa nova adaptação para o cinema, ultramoderna, é repleta de recursos e efeitos visuais. Sherlock Holmes ficou caricato e pouco verídico. Resultado: a trama de suspense superficial não convence.
Claro que nem tudo é ruim. O diálogo é veloz, afiado e bem-humorado, especialmente os de Holmes e Watson. Algumas em câmera lenta, que antecedem antecedem as ações calculadas do detetive, são muito boas. Para completar, uma trilha sonora adequadíssima ao ritmo das ações.
Sherlock Holmes, porém, peca mesmo por sua própria ambição, ondes sobram exageros e extravagâncias. É visível o desespero de agradar, de tornar este não um bom filme, mas uma lucrativa franquia.

Curiosidade: Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica, criado pelo médico e escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle.
Avaliação: ***

Read more...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ervas Daninhas

Título original: Les Herbes Folles
País: França/Itália
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Alain Resnais
Elenco: André Dussollier, Sabine Azéma, Emmanuelle Devos, Mathieu Amalric, Anne Consigny, Michel Vuillermoz e Sara Forestier.

Sinopse: uma carteira perdida e achada abre a porta a uma aventura romântica entre Georges e Marguerite. Depois de examinar os documentos de identificação de seu proprietário, não é uma simples questão para Georges entregar a carteira vermelha que ele encontrou para a polícia. E Marguerite fica curiosa sobre quem a achou.

Crítica: Alain Resnais é conhecido por ser um dos precursores da Nouvelle Vague. Seus dois primeiros longas-metragens, Hiroshima, Mon Amour e O Ano Passado em Marienbad, são considerados clássicos do cinema mundial.
Mas esse trabalho está longe de ser aclamado ou de receber elogios. É o pior dele a que já assisti.
O filme não tem história nenhuma, não sai nem chega a lugar algum. Chato e sem propósito, e o pior é que tem no elenco nomes de peso.
Um desperdício de tempo, dinheiro e talento.

Avaliação: *

Read more...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Bons Costumes

Título original: Easy Virtue
País: Reino Unido/Canadá
Ano: 2008
Gênero: Comédia romântica
Duração: 97 min
Direção: Stephan Elliott
Elenco: Jessica Biel, Ben Barnes, Kristin Scott Thomas, Colin Firth, Kimberley Nixon, Katherine Parkinson, Kris Marshall e Christian Brassington.

Sinopse: John Whittaker (Ben Barnes) é um jovem aristocrata inglês que conhece a bela americana Larita Huntington (Jessica Biel), durante uma viagem ao sul da França. Apaixonado, o rapaz acaba se casando com ela, por impulso. Ao levá-la para conhecer sua família, John dá início a uma série de confrontos, principalmente entre sua mãe e sua amada.

Crítica: o filme não é nenhuma maravilha, e chega a ser óbvio em alguns momentos, mas tem algum charme e é o melhor trabalho do diretor, que esteve à frente do “Priscila – A Rainha do Deserto”.
A história gira em torno de um casamento precipitado entre uma americana e um inglês, após a Primeira Guerra Mundial. Quando ele vai apresentar a noiva, com planos de morar com ela na imensa mansão que a família possui no subúrbio londrino, a reação da matriarca, interpretada brilhantemente por Kristin Scott-Thomas, é a mais incômoda possível. Indiferença em alguns momentos, desprezo em outos, mas, acima de tudo, uma enorme diferença separa nora de sogra: o contraste entre duas culturas diferentes: a americana e a inglesa.
Inspirado em uma famosa peça de Noel Coward, o longa segue todo em clima de comédia leve, até que acontece um fato inusitado e drástico, mas também engraçado. Aí, por alguns minutos, transforma-se em uma comédia nervosa e tensa, pois, afinal, pode haver implicações terríveis para a heroína, com a qual o espectador, a esta altura, está completamente identificado.
O filme é assistível, mas demonstra que o cineasta ainda precisa aprender muito para dominar a dramaturgia, já que a trama não é capaz de segurar o espectador por muito tempo.

Avaliação: **

Read more...

Nova York, Eu Te Amo

Título original: New York, I Love You
País: França/EUA
Ano: 2009
Gênero: Drama, romance
Duração: 103 min
Direção: Fatih Akin, Yvan Attal, Allen Hughes, Shunji Iwai, Wen Jiang, Joshua Marston, Mira Nair, Brett Ratner, Randall Balsmeyer, Shekhar Kapur, Scarlett Johansson e Natalie Portman.
Elenco: Natalie Portman, Shia LaBeouf, Bradley Cooper, Blake Lively, Christina Ricci, Orlando Bloom, Hayden Christensen, Anton Yelchin, Ethan Hawke, Kevin Bacon, Irrfan Khan, John Hurt, Justin Bartha, Rachel Bilson, Robin Wright Penn, Maggie Q e Andy Garcia.

Sinopse: seguindo a ideia do "Paris, Eu Te Amo", nesse trabalho o romantismo é levado para Nova York. Doze cineastas assinam, cada um, um curta de cinco minutos para falar de amor.

Crítica: o filme é a segunda versão do projeto “Cidades do Amor”, uma iniciativa dos cineastas Tristan Carné e Emmanuel Benbihy, que já concretizaram um longa sobre Paris.
Da mesma forma que o primeiro, diversos diretores de distintas nacionalidades e estilos retratam, em curtas-metragens, histórias de amor na metrópole novaiorquina. Cada um a seu estilo, cria situações onde o romance é o centro da trama.
Mas aqui os 12 enredos são inferiores à qualidade dos criados em “Paris, Eu Te Amo”. Têm menos originalidade e são menos convincentes.
O conjunto da obra não causou muita repercussão junto ao público.

Avaliação: ***

Read more...

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Hanami – Cerejeiras em Flor

Título original: Kirschblüten - Hanami
País: Alemanha/França
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Doris Dörrie
Elenco: Elmar Wepper, Hannelore Elsner, Aya Irizuki, Nadja Uhl, Maximilian Brückner, Birgit Minichmayr, Felix Eitner, Floriane Daniel, Celine Tannenberger, Robert Döhlert e Tadashi Endo.

Sinopse: Trudi (Hannelore Elsner) sabe que seu marido Rudi (Elmar Wepper) está sofrendo de uma doença terminal e ela precisa decidir se vai contar a ele ou não. O médico sugere que eles façam algo juntos, como realizar um velho sonho. Trudi decide não contar ao marido sobre a gravidade de sua doença e aceita o conselho do médico. Ela há muito tempo gostaria de ir ao Japão, mas primeiramente convence Rudi a visitar seus filhos em Berlim. Quando chega na cidade, o casal percebe que os filhos estão tão ocupados com suas próprias vidas e que não têm tempo para sair com eles. Na segunda viagem, ao Japão onde mora o caçula Karl, um acontecimento mudará a história de forma impactante e Rudi redescobrirá o prazer das pequenas coisas e compreenderá a força do amor de sua esposa.
Crítica: há filmes apenas para entreter e outros marcantes, especiais. Hanami – Cerejeiras em Flor é um desses, bonito de se ver e que toca almas e corações. A trama começa de forma bastante dramática. Trudi (a excelente Hannelore Elsner) recebe a notícia de que seu marido, Rudi, tem pouco tempo de vida. Aconselhada por médicos, ela o convence a sair do vilarejo na Bavária, onde vivem, e a espairecer numa visita aos filhos em Berlim, omitindo dele o trágico destino. Rudi é um sessentão, sistemático e de poucas palavras, que tem um emprego burocrático e não abre mão do cotidiano pacato, simples e regrado. Na capital alemã, o reencontro com sua filha Karolin, lésbica, e seu filho Klaus, casado e pai de duas crianças, será marcado por passagens embaraçosas, desconfortantes e de uma vivacidade ímpar. Dali em diante, a história dá uma guinada surpreendente. A diretora mostra maturidade e experiência para falar, sem meias palavras, de velhice, solidão, morte, superação da morte e ciclos da vida. Embora o tema pareça deprimente, seu tratamento ganha certa leveza, com algumas passagens bem-humoradas. Em algumas cenas, ocorre um exagero no uso de metáforas e fantasias, mas nada que afete por demais o brilho da trama. Um filme maravilhoso!!!
Avaliação: ****

Read more...

Caro Francis

Título original: Caro Francis
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 95 min
Direção: Nelson Hoineff
Elenco: depoimentos de Fernanda Montenegro, Lucas Mendes, Boris Casoy, Fausto Wolff, Ziraldo, Matinas Suzuki, Hélio Costa, ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o atual candidato a presidência da República, José Serra, entre outros profissionais da área.

Sinopse: filme sobre o polêmico crítico, escritor e jornalista Paulo Francis, que morreu de ataque cardíaco em Nova York em pleno carnaval de 1997. Pouco antes da exibição, o diretor do documentário, Nelson Hoineff, subiu ao palco com a equipe para dizer que o filme não era isento e que era claramente um filme em homenagem a um amigo.

Crítica: difícil resumir a personalidade de Paulo Francis: combativo, lúcido, irreverente, crítico, escritor angustiado, trotskista desencantado, amante do compositor clássico Wagner e das marchinas de carnaval. Foi acima de tudo, um jornalista de sucesso, com um humor mordaz e sem papas na língua, tanto que, às vezes, isso lhe causava embaraços ou problemas sérios.
Paulo Francis, à sua maneira, denunciou todos os dias a impossibilidade de existência de vida inteligente no pensamento dominante, não importa que pensamento dominasse o momento.
Ele também gostava de dizer que não era isento. Abominava a utopia jornalística da "imparcialidade" e era um homem de opiniões. Francis começou escrevendo críticas de teatro que, segundo um dos entrevistados, contestavam até a lei da gravidade. Trotskista ferrenho, mudou radicalmente da esquerda para a direita quando foi para os Estados Unidos. A transformação é comentada de forma bem humorada pelos amigos e conhecidos.
Além de diversos depoimentos, Paulo Francis também aparece na fita em imagens de arquivo de entrevistas concedidas ao Roda Viva e à TV Cultura, em reportagens, em erros de gravação e, claro, na sua participação no Manhattan Connection, que fazia com Lucas Mendes, Nelson Mota e Caio Blinder. Alguns episódios importantes são mais detalhados, como sua saída da Folha de S. Paulo, motivada pela intervenção do ombudsman do jornal, Caio Túlio Costa (chamado por Francis de "lagartixa" e por Diogo Mainardi de "mau caráter"). A coluna de Francis era geralmente escrita altas horas da madrugada e, por vezes, nem mesmo o autor tinha plena consciência do que dizia. "Um bom editor", diz Paulo Francis em uma entrevista, "guardaria meu texto em uma gaveta e me perguntaria depois se eu tinha certeza que queria publicar aquilo".
As opiniões consideradas de ultradireita lhe atribuíram o ódio mortal dos petistas, dezenas de políticos e de parte do público, mesmo sendo um dos colunistas mais lidos do país. Sua ida à Rede Globo foi aprovada com uma condição: que ele fosse ao ar apenas no final da noite, no Jornal da Globo, onde poderia provocar menos "estrago".
O maior problema foi quando, no Manhattan Connection, Francis acusou os diretores da Petrobrás de terem dinheiro sujo escondido em contas na Suíça. O diretor da Petrobrás na época processou Francis em 100 milhões de dólares e há quem diga que foi a preocupação sobre este episódio que causou a sua morte.
De qualquer modo, o documentário é um ótimo retrato de um dos jornalistas mais polêmicos e folclóricos da imprensa brasileira. Seu modo de falar arrastado e característico, suas opiniões sarcásticas e sua cultura geral, segundo um dos entrevistados e "vítima" de Francis, fazem falta hoje em dia.

Avaliação: ***

Read more...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sempre Ao Seu Lado

Título original: A Dog's Story
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 93 min
Direção: Lasse Hallström
Elenco: Richard Gere, Koji Yakusho, Joan Allen, Sarah Roemer, Jason Alexander, Cary-Hiroyuki Tagawa e Erick Avari.

Sinopse: quando Hachiko, um filhote de cachorro da raça akita, é encontrado perdido em uma estação de trem por Parker (Richard Gere), ambos se identificam rapidamente. O filhote acaba conquistando todos na casa de Parker, mas é com ele que acaba criando um profundo laço de lealdade.
Crítica: não é necessário muito para se ter um bom filme. Um exemplo é o filme “Sempre ao Seu Lado”, com personagens do cotidiano em situações comuns, mas com uma essência especial que encanta e emociona. Simples e sentimental, na medida certa.
O longa é um remake de uma produção japonesa de 1987, intitulada “Hachiko Monogatari”, e que foi baseada em uma história real, ocorrida no Japão da década de 1920. Já esta versão se passa nos Estados unidos durante os anos 1990. Certo dia, em uma estação de trem, uma gaiolinha que continha um filhote da raça de cães japonesa akita acaba caindo e libertando o seu habitante, que é encontrado pelo professor de música Parker (Richard Gere). Gere se sai muito bem, utilizando seu carisma natural e charme do clássico “bom-moço”.
Conforme o tempo vai passando e Hachi vai crescendo, ele passa a acompanhar Parker, por vontade própria, rumo à estação de trem, voltando para casa após a partida do seu companheiro e estando na porta da estação novamente quando o trem deste retorna.
Em sua primeira metade, é mostrada a interação entre Hachi e Parker, jamais apelando para o humor barato ou situações mais extravagantes, sempre mantendo tudo bem simples e corriqueiro, justamente para atrair o espectador. Já o foco da segunda parte da produção passa a ser na emoção, com Hachi roubando a cena de seus companheiros de tela humanos. Aliás, se não fosse a habilidade dos cães (filhote e adulto) que vivem o protagonista canino do filme, este não seria tão bem sucedido.
No entanto, um trágico incidente mudará o rumo da existência de Hachi, retratando o valor da amizade e da verdadeira fidelidade.
Em meio a tantos filmes com efeitos especiais, histórias de outros seres e planetas, vale a pena assistir a um filme extremamente humano, que dá uma lição sobre amizade.
Curiosidade: o filme é uma adaptação de um famoso conto japonês sobre um cão da raça Akita, chamado Hachiko. Este conto tornou-se símbolo da fidelidade para o povo japonês.
Avaliação: ***

Read more...

Guerra ao Terror

Título original: The Hurt Locker
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Guerra, ação
Duração: 130 min
Direção: Kathryn Bigelow
Elenco: Jeremy Renner, Anthony Mackie, Brian Geraghty, Guy Pearce, Ralph Fiennes, David Morse e Evangeline Lilly.

Sinopse: para um grupo de soldados americanos, alguns dias os separam do retorno para casa. Um período relativamente curto, se não fosse por tantas ocorrências que transformassem esse fim de jornada em um verdadeiro inferno. As forças armadas precisam de especialistas não só nos campos de combate mas também no dia-a-dia, na proteção do grupo contra insurgentes que promovem atentados, matando milhares de cidadãos. O longa mostra a dura realidade destes soldados e, ao contrário do que todos eles pensam, a luta jamais terminará.
Crítica: de forma bem objetiva, o filme retrata o assustador clima de pressão emocional e psicológica no qual soldados vivem em uma guerra e isso é passado-nos, duramente, a cada nova missão. Não há como prever o que vai acontecer, é um jogo perigoso onde o risco é necessário e dele não há como escapar. O enredo é bom, mas a força maior e impactante fica por conta da atuação do trio de protagonistas. Com a câmera trêmula, o longa reflete como a situação, norteada pela violência e pela tensão, pode ser pertubadora. As cenas são impactantes e, assim, permanecem até o final. Guerra ao Terror mostra a ação perversa da guerra sobre quem a vive e destrói, de uma vez por todas, qualquer esperança de que um dia a paz possa reinar.
Curiosidade: ganhou seis estatuetas do Oscar 2010: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição.
Avaliação: ***

Read more...

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP