sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Que Resta do Tempo

Título original: The Time That Remains
País: Bélgica/França/Itália/Reino Unido
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração:105 min
Direção: Elia Suleiman
Elenco: Elia Suleiman, Saleh Bakri, Samar Tanus, Shafika Bajjali, Zuhair Abu Hanna, Amer Hlehe, Lotuf Neusser, Tareq Qobti, Yasmine Haj, Ziyad Bakri e Leila Muammar.

Sinopse: quatro episódios verídicos que marcaram a família do diretor Elia Suleiman desde 1948. Inspirado pelos diários de seu pai, combatente da resistência palestina, e pelas cartas de sua mãe aos familiares expatriados, ele reconstitui o cotidiano dos chamados “árabes-israelenses”, a partir do momento em que escolheram permanecer em sua terra natal e passaram a viver como minoria. Memórias íntimas que se confundem com a história coletiva de um país em desaparecimento.

Crítica: apesar de Suleiman ser o grande cineasta palestino do momento, seu filme dececpcionou.
Ele caminha pelo seu próprio passado para nos mostrar a transformação da sociedade palestina desde a invasão de tropas britânicas e a subsequente criação de Israel, e consequentemente o início do calvário de seu povo.
O foco do filme é nos pequenos detalhes, nas confusões em família, nas memórias escolares, nos bares com os amigos. Depois de retornar da França, um homem (o próprio cineasta) pega um táxi no aeroporto em direção ao desconhecido. Acaba sendo transportado para a casa aonde cresceu, onde testemunha as mesmas brigas entre seus pais, um vizinho que fica ameaçando se matar, entre outras coisas.
Nota-se claramente que foi um filme muito pessoal. Mas ele falha ao tentar passar todos os sentimentos que o permeiam através de seus planos. Qualquer emoção (ou falta de) ali impregnada não atinge quem está do lado de cá da tela.
As imagens que para ele muito significam não traz resultados para os espectadores. O longa acaba ficando sem graça e cansativo. Outro problema é a falta de coesão entre as diferentes histórias; não conseguimos acompanhar os pensamentos do diretor.
Ao invés de compor um panorama, seja da sociedade como um todo ou da experiência individual em crescer e viver na Palestina, Suleiman simplesmente cria algumas cenas engraçadas que não conseguem se infiltrar em um contexto maior, não causando impacto ou repercussão nenhuma a quem assiste à sua obra. As intenções e as ideias até foram boas, mas não saíram do esboço.
De qualquer forma, vale salientar que em nenhum momento Suleiman defende a extinção de Israel ou vai contra o país vizinho/ocupador, mesmo ao demonstrar o incrível ódio que a população tem. Por sua vez, demonstra como a invasão e sucessiva ocupação cada vez mais opressora afetou de forma impressionante os palestinos.

Avaliação: **

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