quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Corações Sujos


País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Vicente Amorim
Elenco: Tsuyoshi Ihara, Takako Tokiwa, Issamu Yazaki, Eiji Okuda, Shun Sugata, Kimiko Yo, Celine Miyuki e Eduardo Moscovis.

Sinopse: um filme sobre intolerância, fundamentalismo, racismo e amor, baseado no bestseller de Fernando Morais e passado no interior de São Paulo logo depois da Segunda Guerra Mundial. Ele conta a história do imigrante japonês Takahashi (Tsuyoshi Ihara), dono de uma pequena loja de fotografia, casado com Miyuki (Takako Tokiwa), uma professora primária. Inspirado em fatos reais, Corações Sujos nos mostra a transformação de Takahashi de homem comum em assassino, enquanto sua mulher luta contra o destino, tentando em vão salvar seu amor em meio ao caos e à violência.

Curiosidade: baseado no livro homônimo de Fernando Morais, sobre um capítulo pouco conhecido e bastante sangrento da história da imigração japonesa no país. O elenco é liderado por japoneses, e o filme será 70% falado em japonês.

Crítica: eu aguardei com ansiedade o filme “Corações Sujos”, mas o que prometia ser não foi. Em vez de grandioso, já que se baseava no excelente livro de Fernando Morais (sustentado em ampla pesquisa e abordando diferentes épocas, histórias e personagens), é um filme pequeno, singelo e sem impacto. Inúmeras situações poderiam ser exploradas, mas o diretor optou por resumir o drama vivido pelos imigrantes japoneses no Brasil do pós-Segunda Guerra se concentrando em dois personagens centrais: Takahashi (Tsuyoshi Ihara, de Cartas de Iwo Jima) e Miyuki (Takako Tokiwa, famosa atriz da TV japonesa).
Takahashi é dono de uma pequena loja de fotografia no interior de São Paulo e casado com Miyuki, uma professora primária. A história mostra a transformação de um homem comum em assassino, enquanto sua mulher luta contra o destino, tentando em vão salvar seu amor em meio ao caos e à violência. Por trás disso se desenrola a história maior, do Brasil pós-Guerra, onde a imensa população de imigrantes japoneses era reprimida pelo Estado e formada por gente de pouca instrução. Cenário onde surgem organizações alimentadas pela ignorância, dedicadas a divulgar a “verdade” da vitória do Japão na guerra e a reprimir e assassinar os “derrotistas”, apelidados pejorativamente de “corações sujos”. Takahashi reluta, mas acaba se tornando membro de uma dessas gangues. A escolha feita por ele, em nome do Espírito Japonês, mudará para sempre sua vida e a de Miyuki.
O filme tem boa direção de arte, bela fotografia e conta com um elenco de atores orientais de peso. Aliás, com melhores atuações do que a dos poucos brasileiros que estão no longa.
Mas ao final da sessão, tem-se a impressão de que faltou algo. A história é mal desenvolvida devido a um roteiro com falhas. Excedeu-se na preocupação com a parte estética e esqueceu-se do básico: o conteúdo. No balanço geral, pode-se dizer apenas que é uma obra razoável.

Avaliação: **

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Nunca sem Minha Filha (Not Without my Daughter)


País: EUA
Ano: 1991
Gênero: Drama
Duração: 116min
Direção: Brian Gilbert
Elenco: Sally Field, Alfred Molina e Sheila Rosenthal.

Sinopse: baseado em fatos reais, mostra a história verídica de Betty Mahmoody (Sally Field). Ela é casada com um médico iraniano (Moody, vivido por Alfred Molina) e vive há vinte anos nos Estados Unidos. Numa viagem de férias ao Irã, junto com a esposa e a filha, o médico revela sua verdadeira personalidade. Convertido ao islamismo, ele fará de sua esposa uma prisioneira que manterá sob o seu poder.

Crítica: a trama comove e emociona o público, pela história em si e pelas boas atuações de Sally Field e Molina.
A luta e a coragem de Betty são contagiantes. A direção aposta na riqueza de detalhes e nos momentos de suspense e apreensão. Sem dúvida, uma bela adaptação.

Curiosidade: o filme é baseado no livro homônimo de Betty Mahmoody e William Hoffer, que conta como Betty e a filha ficaram dezoito meses impedidas de sair do Irã. O roteiro foi adaptado por John W. Winters. Foi filmado na moshav de Neve Ilan, em Israel e em Atlanta, Geórgia.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quem se importa?


País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: Mara Mourão
Elenco: narrado por Rodrigo Santoro

Sinopse: um documentário sobre empreendedores sociais no Brasil e ao redor do mundo. Pessoas brilhantes que criaram, cada qual, uma organização inovadora capaz de não só mudar a sociedade ao seu redor, mas também causar impacto social suficiente para que estas ideias possam virar políticas públicas aplicadas em várias partes do mundo. Um filme que, através de cada um de seus personagens, vasculha o mundo atrás de pessoas magníficas que oferecem simples soluções para as mais graves questões que nos afetam profundamente. O filme conta com grandes nomes internacionais do Empreendedorismo Social como Muhammad Yunus (Nobel Paz 2006), Bill Drayton, Mary Gordon, entre outros.

Crítica: Mara Mourão, diretora do excelente documentário Doutores da Alegria, lança mais um filme para quem acredita que pode mudar o mundo.
Começa-se por definir o que é ser um empreendedor social. Além do depoimento do inventor e grande disseminador do empreendedorismo social: o fundador da Ashoka (instituição com tem mais de 2.700 seguidores e presente em 70 países), Bill Drayton, muitos empreendedores no Brasil e no mundo são apresentados e um a um falam sobre como receberam apoio e colocaram em prática suas ideias.
Relatam o que fizeram e o que estão fazendo para tornar seus sonhos uma realidade de muitos. São exemplo de pessoas que com pequenas ou grandes ações transformaram a vida de uma comunidade com ousadia e criatividade, gerando resultados incríveis a longo prazo.
Os exemplos são emocionantes e não há como não se comover e sair do filme com um sinal de esperança no futuro.
Os depoimentos, as imagens, a rica quantidade de material de arquivo mostrado denotam o exemplar trabalho de pesquisa.
Um aspecto interessante é o bom uso de animações tanto na abertura como no decorrer do longa, ilustrando algumas das histórias contadas pelos empreendedores sociais, o que dá leveza ao documentário.  
Os exemplos emocionantes são muitos pelo mundo todo: criação do microcrédito pelo bengalês Muhammad Yunus, Nobel da Paz em 2006; o banco Palmas, uma prática de Socioeconomia Solidária no Conjunto Palmeira, bairro popular de 32 mil moradores, em Fortaleza (CE), que criou a moeda social “palmas” que circula no comércio local; o trabalho de educação no Canadá com crianças desde o berçário incentivando a convivência com o próximo a fim de romper com quaisquer preconceitos; o sistema de ajuda judiciária no Camboja e na China onde pessoas são presas e torturadas sem julgamento; o menino canadense que juntou dinheiro através da internet para levar água potável para uma tribo na África; um monge belga que treina ratos para identificar minas terrestres e também a tuberculose; a experiência dos doutores da alegria nos hospitais do Brasil; um centro criado no Canadá para ajudar portadores de necessidades especiais que após a morte de seus pais ficariam sem qualquer assistência; entre tantos outros.
Sem dúvida, um trabalho gratificante para a diretora e estimulante para nós, público.

Avaliação: ****

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360


País: Reino Unido/Brasil
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 115 min
Direção: Fernando Meirelles
Elenco: Anthony Hopkins, Jude Law, Rachel Weisz, Ben Foster, Maria Flor e Juliano Cazarré.

Sinopse: inspirado em "La Ronde", clássica peça de Arthur Schnitzler, 360 é uma reunião de histórias dinâmicas e modernas, passadas em diversas partes do mundo. O filme começa em Veneza e passa por Paris, Londres, Rio de Janeiro, Bratislava, Denver e Phoenix.

Crítica: o roteirista é Peter Morgan, indicado ao Oscar por A Rainha (2006) e Frost/Nixon (2008). 360 mostra uma compilação de fragmentos de vida real, não lineares e tão desconectados aparentemente, que desafiam uma regra básica do cinema, pelo menos do cinema feito para entreter o público: não há identificação suficiente com nenhum dos personagens. Tudo passa muito rápido, sem que tenhamos tempo para sofrer com o protagonista. A intenção não é essa.
O fio condutor da trama é o acaso e a ideia é mostrar como qualquer decisão banal que tomamos pode mudar nosso futuro e o de pessoas a milhares de quilômetros de nós. Um mote interessante, mas de execução arriscada. Por isso incomoda, pois insinua que a casualidade, apenas ela, comanda nossas vidas. Isso vai contra a ideia de planejamento, nossa visão de regentes de nossas próprias existências. Não à toa o filme apanhou de boa parte da crítica internacional em sua estreia mundial no Festival de Toronto.
A produção trabalha com uma série de conexões aleatórias que jogam personagens uns ao encontro dos outros. Inicia mostrando uma mulher eslovaca que vai para Viena em busca de dinheiro e envolve-se com uma rede de prostituição. Um de seus prováveis clientes é um executivo inglês (Jude Law), infeliz no casamento e que desconhece o relacionamento extraconjugal da mulher (Rachel Weisz) com um fotógrafo brasileiro (Juliano Cazarré). Este é namorado de Laura (Maria Flor), que decide voltar para o Brasil após descobrir a traição do parceiro. Na viagem, Laura conhece duas pessoas que podem ou não mudar sua vida – e ela, mesmo sem saber, a deles. Essas e outras histórias entrelaçadas acabam retornando à prostituta eslava ao final, dando a volta de 360º que dá título ao filme.
A obra é intrigante e provocante. Uma história em que a casualidade rege sim o destino de seus personagens, mas que não é conduzida ao acaso. Segue um caminho bem definido por seu roteiro e deixa clara a habilidade de Meirelles como diretor, afinal, tem de se ser hábil para manter a atenção do espectador quando o roteiro não cria expectativas e tensões o suficiente para isso.

Avaliação: ***

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Mariguella

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Documentário
Duração: 100 min
Direção: Isa Grinspum Ferraz
Elenco: -

Sinopse: líder comunista, vítima de prisões e tortura, parlamentar, autor do mundialmente traduzido Manual do Guerrilheiro Urbano, Carlos Marighella atuou nos principais acontecimentos políticos do Brasil entre 1930 e 1969, e foi considerado o inimigo número 1 da ditadura militar. Mas quem foi esse homem, mulato baiano, poeta, sedutor, amante de samba, praia e futebol, cujo nome foi por décadas impublicável? Esse filme, dirigido por sua sobrinha, é uma construção histórica e afetiva, sobre um homem que dedicou sua vida a pensar o Brasil e transformá-lo através de sua ação.

Crítica: um dos melhores documentários brasileiros, tão bom quanto 'Cidadão Boilesen' (2009). Rico em detalhes, com excelentes depoimentos e imagens de arquivo, e ainda completado com uma ótima arte gráfica e bela trilha sonora.
As entrevistas de amigos e parentes retratam (principalmente a de Clara, sua companheira) a importância de Mariguella e, sobretudo, seu caráter, sua valentia, sua determinação e seus valores.
Nascido na Bahia em uma família de 8 irmãos (seu pai italiano casou-se com uma negra), estudou e instruiu-se tornando-se um grande orador, poeta (publicou vários livros) e pensador. Defensor da liberdade, filiou-se ao partido comunista, mas logo depois decepcionou-se com o modelo stalinista e passou a defender um modelo próprio para o Brasil. Infelizmente, teve que viver grande parte da sua vida na clandestinidade devido à ditadura militar.
Um homem que merece reconhecimento e mais salas de cinema para que todos o conheçam.

Curiosidade: Isa Grinspum Ferraz é sobrinha de Carlos Mariguella. Ela decidiu fazer este documentário para comemorar os cem anos do nascimento de seu tio.


Avaliação: ****

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Elles

País: Alemanha/França/Polônia
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 96 min
Direção: Malgorzata Szumowska
Elenco: Juliette Binoche, Anaïs Demoustier e Joanna Kulig.

Sinopse: jornalista de uma grande revista voltada para o público feminino, Anne (Juliette Binoche) trabalha em uma matéria sobre a prostituição estudantil. Ela consegue os depoimentos de duas estudantes de Paris, Alicja (Joanna Kulig) e Charlotte (Anaïs Demoustier), que abrem suas vidas sem pudor ou vergonha. Tais confissões acabam ecoando no dia-a-dia de Anne e interferindo em seu relacionamento pessoal.

Crítica: a trama trata de um tema pesado e, infelizmente, bastante presente e comum na realidade europeia: a prostituição de estudantes que, a princípio, justificam a escolha para pagar os estudos.
Juliette Binoche (maravilhosa no papel de uma jornalista) entrevista duas garotas para tentar entender melhor tal situação e escrever um artigo sobre o assunto.
As cenas são fortes e chocam um pouco. Mostram as garotas atendendo seus clientes e relatando seus encontros, suas motivações, seus problemas à Anne. As sequências são intercaladas com os depoimentos. Paralelamente, retrata-se a vida de Anne com sua família e o tanto que isso irá perturbá-la no dia-a-dia, com interpretações muito naturais e que só mesmo Binoche seria capaz de fazer. Questionamentos e dúvidas surgem sobre seu casamento.
A direção falha ao exceder em algumas tomadas longas demais, porém é eficaz ao transmitir, de maneira imparcial, como se pode chegar a tais escolhas na vida. Mas, de fato, a opção mais acertada mesmo é a de Binoche no papel da jornalista que tem a responsabilidade de levar toda a trama adiante.

Avaliação: ***

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Bem Amadas (Les Bien-Aimés)


País: França/Reino Unido/República Tcheca
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 139 min
Direção: Christophe Honoré
Elenco: Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve, Ludivine Sagnier, Louis Garrel, Milos Forman, Paul Schneider, Radivoje Bukvic, Michel Delpech, Omar Ben Sellem e Dustin Segura-Suarez.

Sinopse: de Paris na década de 1960 a Londres nos 2000. O filme retrata a história de vida de Madeleine (Catherine Deneuve/ Ludivine Sagnier) e sua filha Vera (Chiara Mastroianni), que vivem intensamente seus amores. Mas o amor pode ser leve, doloroso, doce e amargo.

Crítica: a premissa da trama é excelente e a sinopse leva-nos a crer que será um bom filme, ainda mais com Catherine Deneuve no elenco. Mas infelizmente, decepciona.
As etapas de suas vidas entre 1960 e 2000 até que se passam com dinamismo, mas os fatos narrados não são tão atrativos ao espectador; alguns são até desinteressantes. E os diálogos, intercalados com musicais, tornaram a narrativa mais enfadonha.
A história, baseada nos amores e traições de mãe e filha torna-se repetitiva e maçante, e o filme do meio para o final começa a se arrastar. Se a intenção era mostrar as consequências das decisões e escolhas tomadas por uma mãe indecisa entre dois amores, e uma filha confusa e, às vezes, depressiva, a tentativa da direção foi frustrada.
Não há conexão alguma com o espectador. Fica uma sensação de vazio ao término do longa-metragem, que parece não ter saído nem chegado a lugar algum.

Avaliação: **

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Movimento Browniano (Brownian Movement)


País: Holanda
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 97 min
Direção: Nanouk Leopold
Elenco: Sandra Hüller, Dragan Bakema, Sabine Timoteo, Ryan Brodie, Frieda Pittoors, Nicole Shirer, Ergun Simsek, Kuno Bakker, Gelijn Molier e Nilofer Raza.

Sinopse: Charlotte (Sandra Hüller) e Max (Dragan Bakema) vivem com seu jovem filho em Bruxelas. Quando Max descobre que Charlotte tem se encontrado com alguns de seus pacientes homens em um apartamento alugado, a relação deles é posta à prova. Charlotte concorda em fazer terapia e é forçada a parar de trabalhar como médica. Quando se mudam para a Índia, ambos voltam a ser felizes. No entanto, parece que o passado não ficou completamente adormecido.

Crítica: os filmes holandeses costumam ser densos, com temáticas quase sempre polêmicas e incômodas. ‘Movimento Browniano’ não foge à regra. Retrata uma situação pouco comum para os padrões determinados pela sociedade: uma mulher casada que mantém relacionamentos amorosos com seus pacientes.
No entanto, o mais incomum aqui não é o adultério em si, mas o fato de Charlotte (Sandra Hüller em boa atuação) não sentir culpa, remorso ou arrependimento. Quando seu marido Max descobre, ela reage como se não estivesse fazendo nada de errado; aquilo em nada interfere no seu amor pelo marido ou na relação dos dois. Na história, não há aprofundamento nas questões levantadas, de forma que não julga nem repreende, apenas retrata uma forma diferente de amar.
Max tentará entender seu comportamento e buscará uma solução. Tudo se passa de forma bem lenta, em tomadas silenciosas, com diálogos esparsos e cenários em tom pastel.
A cineasta parece tentar levar o espectador para o mundo à parte em que vive Charlotte, a ponto de compreendê-la. Mas os recursos utilizados com base nas sequências longas e reflexivas não chegam a envolver ou prender a atenção de quem está do lado de cá da tela até o desfecho da trama.

Avaliação: **

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Rock of Ages (Rock of Ages)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 123 min
Direção: Adam Shankman
Elenco: Julianne Hough, Diego Boneta e Tom Cruise.

Sinopse: em 1987, garota interiorana chega em Los Angeles, onde se envolve com jovem aspirante a roqueiro e com a cena musical da cidade.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Outback – Uma Galera Animal (Outback)


País: Coreia do Sul/EUA
Ano: 2012
Gênero: Animação
Duração: 85 min
Direção: Kyung Ho Lee
Elenco: -

Sinopse: Johnny é um raro coala branco que está acostumado à sua vida de mordomias como atração turística no circo. Mas a rotina do bicho vira de cabeça pra baixo quando ele acaba trocando a calma e tranquilidade pela vida selvagem do deserto. Nessa empreitada, Johnny conta com a ajuda atrapalhada um macaco chamado Higgens e um demônio da Tasmânia de nome Hamish para tornar-se um verdadeiro herói e derrotar um malvado (e enorme) crocodilo que ameaça os animais da região. Este trio vai viver uma aventura que é o bicho!

Crítica:
Avaliação: a conferir 

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Um Divã para Dois (Hope Springs)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia dramática
Duração: 92 min
Direção: David Frankel
Elenco: Meryl Streep, Tommy Lee Jones, Steve Carell, Elisabeth Shue, Jean Smart, Susan Misner, Marin Ireland, Ben Rappaport, Brett Rice, Daniel Flaherty, Kayla Ruhl, Lee Cunningham e Patch Darragh.

Sinopse: o Dr. Bernie (Steve Carell) é um famoso terapeuta de casais que já resolveu muitos casos bem complicados. Quando Kay (Meryl Streep) finalmente consegue arrastar seu teimoso marido Arnold (Tommy Lee Jones) para o divã do Dr Bernie nunca mais nada será como antes, pois dividir o mesmo divã com o marido será muito mais complicado do que dividir a mesma cama.

Crítica: um filme que cumpre a promessa: divertir e comover. Despretensioso, mostra de forma leve e bem humorada como é possível mudar um casamento, mesmo depois de muitos anos. Apesar de não trazer um tema inovador e até de ser previsível, consegue agradar ao público, sobretudo pelas atuações convincentes de Meryl Streep e Tommy Lee Jones (que rouba a cena às vezes).
O final é um estímulo para casais em crise. Vale a pena conferir; a dois, de preferência.

Avaliação: ***

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Vou Rifar meu Coração


País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 76 min
Direção: Ana Rieper
Elenco: participações de Agnaldo Timóteo, Amado Batista, Lindomar Castilho e Wando.

Sinopse: documentário que trata do imaginário romântico, erótico e afetivo brasileiro a partir da obra dos principais nomes da música popular romântica, também conhecida como brega. Os temas destas músicas se relacionam com as histórias da vida amorosa de pessoas comuns, enfrentando o desafio de falar sobre a intimidade delas, em situações reais. Participações de Agnaldo Timóteo, Amado Batista, Lindomar Castilho e Wando.

Crítica: num filme que trata das músicas que falam do amor e suas desilusões sem ‘papas na língua’ não poderiam faltar personagens dispostos a falar sem receios de suas loucuras de amor para a câmera. O resultado é uma obra descontraída que funciona como uma coletânea de crônicas dos dramas amorosos vividos por muitos e muitos brasileiros.
Canções de artistas como Agnaldo Timóteo, Nelson Ned, Odair José, Amado Batista, Lindomar Castilho e Wando, por exemplo, se relacionam com as histórias da vida amorosa de pessoas anônimas, remetendo à trajetória de cada um desses personagens e sua fuga de uma dor de amor do passado ou presente.
Os artistas citados dão depoimentos, inclusive Lindomar Castilho – cuja música dá título ao longa. Para os mais novos que desconhecem o fato, Lindomar assassinou sua segunda mulher em 1981 por ciúmes e passou sete anos na prisão por causa disso. Seu depoimento é tido por muitos como o calcanhar de Aquiles do filme, já que a diretora não se aprofunda no caso. Quem não conhece o episódio, fica sem saber. Mas dizer que o cantor justifica o crime é exagero. Ele admite ter errado e diz que o ser humano é passível de cometer tais excessos. E por acaso está mentindo? As páginas policiais dos jornais e suas inúmeras histórias de crimes passionais estão aí como prova.
O documentário comete alguns deslizes inserindo cenas fora de contexto ou expondo alguns depoimentos de forma pouco adequada, mas no geral consegue se identificar com grande parte do público, mesmo não partilhando o mesmo gosto musical. A abordagem da diretora é eficiente.

Avaliação: ***

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À Beira do Caminho


País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: Breno Silveira
Elenco: João Miguel, Dira Paes, Vinicius Nascimento, Ludmila Rosa, Denise Weinberg e Ângelo Antônio.

Sinopse: a história de João (João Miguel), um homem que encontra na estrada uma saída para esquecer os dramas de seu passado. Por acaso ou sorte, seu caminho se cruza com o de um menino (Vinicius Nascimento) em busca do pai que nunca conheceu. A partir desse encontro, nasce uma bela relação que movimentará o delicado equilíbrio construído por João para enfrentar seus fantasmas.

Crítica: o filme faz chorar nos momentos mais dramáticos e sorrir nos alívios cômicos. A parceria entre o diretor Silveira e a roteirista Patrícia Andrade já provou ter boa mão para o melodrama com “Dois Filhos de Francisco”, que não à toa se transformou em grande sucesso. 
Aqui o cineasta aposta mais uma vez na emoção ao contar a história de João, um caminhoneiro solitário que trafega pelas estradas do país em fuga de uma tragédia do passado que o atormenta.
O espectador vai conhecendo aos poucos as lembranças dolorosas desse homem que cruza o caminho de Duda, menino também em fuga, mas em sentido oposto. Enquanto João busca, para se distanciar do passado, a solidão, Duda foge dela ao partir em busca do pai que não conheceu, após a morte da mãe.
Em caminhos pessoais opostos, mas seguindo na mesma estrada por força das circunstâncias, estes dois personagens são bastante cativantes. Ficamos presos à trama querendo saber que conflitos se escondem atrás da rudeza mal dissimulada de João e o que o futuro revelará para o jovem Duda. Um road movie movido a descobertas e ao embalo das canções de Roberto Carlos.
Bem dirigido, as cenas comovem. No entanto, faltou a Duda (Vinicius Nascimento) talento dramático para segurar a cena final do filme, de forte intensidade emocional, o que fez a produção ter de apelar para alguns subterfúgios. Não ajudam também algumas falas um tanto adultas demais (ou pensadas demais) colocadas na boca do garoto.
Os deslizes deixam o longa um pouco aquém da verdade emocional que ‘Dois Filhos de Francisco’ exibiu na tela. Ainda assim, trata-se de uma produção que cumpre o que se propõe: conduzir o público por uma viagem sentimental repleta de grandes emoções.

Curiosidade: vencedor de seis prêmios no Cine PE: Filme pelo júri oficial e pelo popular, Melhor Ator, Ator Coadjuvante e Roteiro, além do troféu de honra Gilberto Freyre.

Avaliação: ***

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O Exercício do Poder (L'Eexercice de L'État)


País: França/Bélgica
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Pierre Schöller
Elenco: Olivier Gourmet, Michel Blanc, Zabou Breitman, Laurent Stocker, Sylvain Deblé, Didier Bezace, Jacques Boudet, François Chattot, Gaëtan Vassart e Arly Jover.

Sinopse: Bertrand Saint Jean (Oliver Gourmet) é acordado no meio da madrugada com uma notícia estarrecedora, um ônibus repleto de crianças acabara de cair em um penhasco e ele como Ministro dos Transportes terá de lidar com a situação. Entre crises econômicas, pressões políticas e a luta pelo poder, quais sacrifícios serão necessários para que mantenha seu cargo sem que perca sua dignidade?

Crítica: o início do longa é surreal, retratando um sonho de Bertrand (que interpreta o Ministro dos Transportes), que parece ser uma metáfora do vem a ser o poder.
Vários acontecimentos vêm à tona após um acidente com um ônibus que mata várias pessoas. Crises precisam ser contornadas e entram em jogo a imagem que não pode ser manchada, os interesses políticos e econômicos e o poder da imprensa.
O momento é crítico, greves e protestos proliferam-se na França e decisões corretas e rápidas precisam ser tomadas. Nesse contexto, Bertrand rende-se à pressão de seus opositores e passa a apoiar a privatização das estações de trem. Depois, volta atrás e, finalmente, é nomeado para outro ministério, quando enfim estaria livre do peso de ser o responsável pelo anúncio de tal decisão.
Em meio a tudo isso, sua vida particular é um caos: quase não tem tempo para a esposa, não sabe nada da filha e não tem sequer um amigo. Ressalta-se aqui a atuação bastante convincente de Oliver Gourmet.
O filme faz uma crítica clara e objetiva ao sistema político não só francês, mas de forma geral, onde valores éticos parecem não ter lugar. Falha ao não ter usado uma mensagem mais direta, uma narrativa mais linear e um foco mais preciso, já que as reviravoltas da trama cansam um pouco o espectador.

Avaliação: **

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A Tentação (The Ledge)


País: EUA/Alemanha
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 101 min
Direção: Matthew Chapman
Elenco: Liv Tyler, Terrence Howard, Patrick Wilson, Christopher Gorham, Charlie Hunnam, Monica Acosta, Jaqueline Fleming e Mike Pniewski.

Sinopse: focado em uma corrida contra o tempo, o filme mostra filosofias opostas de dois homens envolvidos em um complicado triângulo amoroso com uma bonita mulher (Liv Tyler) se transformam em uma séria batalha que aborda as forças de vontades desses dois homens. Na trama, o fundamentalista cristão (Patrick Wilson) força o ateu (Charlie Hunnam) a ficar dependurado no topo de um alto edifício. O fundamentalista dá ao ateu uma hora para escolher entre sua a própria vida e a vida de outra pessoa, enquanto um policial (Terrence Howard) tenta convencê-lo a descer do topo desse edifício. Sem acreditar na vida após a morte, seria ele capaz de fazer tal sacrifício?

Crítica:
Avaliação: a conferir

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O Vingador do Futuro (Total Recall)


País: EUA/Canadá
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 121 min
Direção: Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Bryan Cranston, Jessica Biel, Colin Farrell, Bill Nighy, Ethan Hawke, John Cho, Bokeem Woodbine, Steve Byers, Will Yun Lee, Currie Graham, Brooks Darnell e Jesse Bond.

Sinopse: Bem-vindo à Rekall, companhia que pode transformar seus sonhos em memórias reais. Para um operário de fábrica como Douglas Quaid (Colin Farrell), embora tenha uma bela esposa, Lori (Kate Beckinsale), que ama, a viagem pela mente soa como as férias perfeitas de sua rotina frustrante – memórias reais de uma vida como espião podem ser exatamente o que ele precisa. Mas, quando a operação dá errado, Quaid se torna um homem caçado. Perseguido pela polícia, controlada por Vilos Cohaagen (Bryan Cranston), líder do mundo livre, Quaid alia-se à rebelde Melina (Jessica Biel) para encontrar o líder da resistência do submundo Kuato (Bill Nighy) e derrotar Cohaagen.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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A Casa Silenciosa


País: EUA/França
Ano: 2012
Gênero: Terror
Duração: 85 min
Direção: Chris Kentis e Laura Lau
Elenco: Elizabeth Olsen, Adam Trese e Eric Sheffer Stevens.

Sinopse: família é aterrorizada por estranhos acontecimentos.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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O Diário de Tati


País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 90 min
Direção: Mauro Farias
Elenco: Heloisa Perissé, Louise Cardoso, Marcos Caruso, Maria Clara Gueiros, Márcia Cabrita, Sura Berditchevky, Keli Freitas, Stella Brajterman e Thiago Rodrigues.

Sinopse: Tati é uma adolescente típica, incapaz de aprender matemática, mas inteligentíssima na hora de criar planos para fugir dos castigos da mãe. Durante o verão, ela quer esconder que terá de fazer recuperação em matemática e ainda tem que dar conta de conquistar o Zeca;o garoto mais gato da escola, ficar com a maior dor de cotovelo porque Zeca “fica” com Camila Pessegueiro, sua arqui-inimiga e cuidar da dor de cotovelo da mãe, que quer tentar encontrar o novo amor. Baseado num quadro de sucesso, "O Diário deTati" brinca com os pequenos grandes problemas da adolescência.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Soberano 2 – A Heroica Conquista do Mundial de 2005


País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: Carlos Nader e Maurício Arruda
Elenco: -

Sinopse: este documentário retraça o percurso do São Paulo Futebol Clube até a vitória do campeonato mundial interclubes FIFA, em 2005.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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31 minutos – o Filme (31 minutos, la película)


País: Chile
Ano: 2008
Gênero: Comédia
Duração: 88 min
Direção: Alvaro Díaz e Pedro Peirano

Sinopse: uma malvada colecionadora de animais em extinção procura por Juanín.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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O Que Esperar Quando Você Está Esperando (What to Expect When you're Expecting)


País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 110 min
Direção: Kirk Jones
Elenco: Cameron Diaz, Jennifer Lopez, Chris Rock, Rodrigo Santoro.

Sinopse: cinco casais experimentam as emoções e surpresas de ter um bebê.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Batman: O cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises)


Batman: O cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises)
País: EUA/Reino Unido
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 164 min
Direção: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Tom Hardy e Anne Hathaway.

Sinopse: anos após ter sido responsabilizado pela morte do promotor Harvey Dent, Batman sai da sua reclusão para enfrentar um perigoso vilão.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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A Menina que Brincava com Fogo (Flickan som lekte med elden)


País: Suécia
Ano: 2009
Gênero: Ação, drama, suspense
Duração: 129 min
Direção: Daniel Alfredson
Elenco: Michael Nyqvist, Noomi Rapace, Lena Endre, Jacob Ericksson, Per Oscarsson, Tanja Lorentzon, Georgi Staykov, Micke Spreitz, Yasmine Garbi e Paolo Roberto.

Sinopse: baseado no romance best-seller (uma trilogia) de mesmo nome do falecido autor sueco Stieg Larsson. Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados – um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis, e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados.

Crítica: o suspense, o mistério e as intrigas continuam sendo o ponto alto da trama, assim como no primeiro filme da trilogia “O Homem que não Amava as Mulheres”.
A edição é eficiente na conexão dos fatos, sempre explicados de forma clara ao espectador, sem passagens mirabolantes. As atuações são convincentes, sobretudo a de Noomi Rapace (Lisbeth).
Bastante violento, prende a atenção do espectador até o clímax da história. Apesar da primeira parte da trilogia ser melhor, vale a pena conferir. Agora, é aguardar para ver a terceira e última etapa: A Rainha do Castelo de Ar.

Avaliação: ***

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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Monge (Le Moine)


País: França/Espanha
Ano: 2011
Gênero: Suspense
Duração: 101 min
Direção: Dominik Moll
Elenco: Vincent Cassel, Déborah François, Sergi López, Geraldine Chaplin, Joséphine Japy, Catherine Mouchet e Roxane Duran.

Sinopse: o irmão Ambrósio (Vincent Cassel) é um pregador admirável, de um fervor e de uma intransigência a toda prova, que conduz espiritualmente um convento espanhol de monges capuchinhos em meados do século XVII. Abandonado ao nascer às portas desse mesmo convento, educado pelos monges e dotado de um carisma que chama multidões, Ambrósio pensa estar a salvo das tentações. Mas a chegada ao convento de um noviço misterioso vai semear a dúvida e conduzi-lo a um destino trágico.

Crítica: carregado de suspense e mistério, o filme mostra os limites da virtude de um monge da Madri católica do século XVII.
O Monge Ambrósio traz Vincent Cassel no papel do irmão Anselmo, que foi abandonado quando bebê nas portas de um mosteiro e criado pelos monges. Ele cresce e torna-se um capuchinho de fé, virtude e rigor muito elevados, atraindo grande número de fiéis para assistir aos seus sermões. No entanto, sua vida toma novo rumo com a chegada de um noviço, pondo sua fé e integridade à prova.
As mulheres têm um papel marcante na história, cada qual com seu drama. Uma delas é a Irmã Agnés que paga com a morte por ter-se rendido às tentações da carne.
A trama trabalha com o mal materializado nas pessoas, afastando o recurso constante a eventos sobrenaturais. Mesmo assim, as cenas são sombrias o suficiente para denunciar a sensação maligna que se afirma estar presente e são utilizados efeitos para as encenações sobrenaturais, a fim de contribuir para o enredo.
Os efeitos sonoros também são fortes, contribuindo para as cenas de grande clímax. A fotografia, sobretudo das regiões áridas (há uma bela cena no final), chama a atenção.
O roteiro é direto, objetivo, com passagens até abruptas de um momento para outro, que dão um ritmo mais acelerado aos fatos que se sucedem.
Um bom filme!

Avaliação:***

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Paralelo 10


País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 87 min
Direção: Sílvio Da-Rin
Elenco: José Carlos Meirelles e Txai Terri de Aquino.

Sinopse: retrata um trabalho pioneiro e arriscado realizado em uma pequena base Xinane, da Funai, próximo ao Paralelo 10º Sul, oeste do Acre, na fronteira com o Peru. Em instalações simples, no meio da selva, o sertanista José Carlos Meirelles leva adiante a difícil missão de proteger os índios isolados da região, contando com o auxílio do antropólogo Terri Aquino. Com poucos recursos, os especialistas desempenham incansavelmente suas tarefas. Além de realizarem uma negociação permanente com as populações ribeirinhas da área, eles também lidam com o enfrentamento com traficantes e posseiros que tentam invadi-la.

Crítica: conta, com simplicidade, o convívio do sertanista Meirelles com os índios, desde 1970, quando passou num concurso da FUNAI e foi trabalhar no Acre. O nome do filme é devido ao Paralelo 10, linha imaginária onde está localizado o Acre em relação à linha do Equador.
O documentário acompanha Meirelles visitando os 14 ‘povos isolados’ ou aldeias no local e convocando seus membros para uma reunião onde se discutirá a situação atual e o futuro dos que ali vivem. Segundo Meirelles, em todo o Brasil, há 70 povos isolados.
Nas proximidades há alguns índios “bravos”, denominação dada pelos sertanistas e índios que já tem contato com o homem (inclusive, todos já falam o português, além da sua língua nativa). Os “bravos” evitam o contato com o branco e até mesmo com os outros indígenas. Aparecem nas aldeias, furtivamente, apenas para levar alguns utensílios de pesca ou de luta.
Meirelles tenta apaziguar os ânimos, a fim de evitar conflitos. No nosso vizinho Peru, por exemplo, as lutas são constantes e lá vivem 80.000 ashaninka, tribo também existente no Brasil, mas em número menor. A vestimenta deles lembra um manto, uma espécie de bata longa até os pés.
A convivência, até agora, tem sido pacífica. O espaço hoje destinado aos índios (2 milhões de hectares) foi conquistado em 1987. É uma verdadeira comunidade.
O documentário mostra também a casa de Meirelles, feita de madeira da região mesmo, com plantações de coco, pupunha, pimenta do reino e outros. Ele se integrou ao ambiente.
Faltou somente um pouco mais de qualidade na produção da fita e mais conteúdo que mostrasse o dia-a-dia desses povos guerreiros.
Mas, de qualquer forma, é interessante por retratar uma realidade tão próxima e, ao mesmo tempo, tão distante da nossa.

Avaliação: ***

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A Arte de Amar (L'art d'aimer)


País: França
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 85 min
Direção: Emmanuel Mouret
Elenco: Ariane Ascaride, François Cluzet e Julie Depardieu.

Sinopse: no exato momento em que nos apaixonamos, produz-se em nós uma música peculiar. Ela é diferente para cada um e pode surgir em momentos inusitados... Cinco histórias sobre a arte de amar, cujos personagens se cruzam ao acaso.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

My Way, o Mito Além da Música (Cloclo)

País: França
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 148 min
Direção: Florent-Emilio Siri
Elenco: Jérémie Renier e Benoît Magimel.

Sinopse: a fascinante e verdadeira história de Claude François (Jérémie Renier), um ícone da música popular francesa, que teve uma visão de marketing para a autopromoção muito à frente de seu tempo. Um artista multifacetado, mas também mulherengo e extremamente vaidoso, Cloclo, como era conhecido, é o autor da canção “Comme D'habitude”, cuja versão em inglês, a clássica “My Way”, foi imortalizada na voz de Frank Sinatra.

Crítica: uma cinebiografia completa: da infância, passando pela juventude e início de carreira até o auge e, depois, o fim.
Rica em detalhes, a obra não deixa escapar nada: filho de um diplomata, a infância se passa no Egito onde nasceu até que em 1956 a família muda-se para a França.
Claude ou Cloclo, como passa a ser conhecido depois, interessa-se pela música, o que contraria seu pai que quer que ele trabalhe em um banco.
Mas nada impedirá Cloclo de seguir adiante. O princípio não foi fácil: pouco dinheiro e muitas negativas às músicas que apresentava até que seu primeiro sucesso estoura.
O astro pop tinha uma visão de marketing incrível e sempre inovava para não cair no ostracismo. Expandiu seus negócios para além do show business e alcançou a fama. Fã de Frank Sinatra, conseguiu o inimaginável: que Sinatra gravasse em inglês uma música sua: Comme d’habitude. Em inglês, ela foi reescrita e recebeu o título de My Way, fazendo grande sucesso no mundo todo.
A vida de Cloclo teve muitos altos e baixos: problemas com o pai, com a mãe, com seus relacionamentos amorosos, financeiros e a dificuldade de lidar com o sucesso. De temperamento extravagante e difícil, nunca estava feliz com o que alcançava e queria sempre mais; tinha medo de ser esquecido. Bastante vaidoso, também temia o envelhecimento.
Enfim, uma obra à altura do sucesso que achava não ter conseguido. Um pop star com ideias além do seu tempo, que deixou saudade e inúmeros fãs.
O bom trabalho de edição mesclou algumas imagens reais às fictícias. O filme é excelente, e a interpretação de Jérémie Renier mais ainda (além da incrível semelhança física com o cantor). O ingresso vale em dobro.

Avaliação: ****

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Aqui Embaixo (Ici bas)


País: França
Ano: 2012
Gênero: Drama histórico
Duração: 100 min
Direção: Jean-Pierre Denis
Elenco: Céline Sallette, Eric Caravaca e François Loriquet.

Sinopse: no fim de 1943, durante a ocupação, Irmã Luce, religiosa de devoção e dedicação exemplares, é enfermeira no hospital de Périgueux. O encontro com um capelão, Martial, resistente cuja fé é profundamente abalada, perturba sua existência. Do amor do Cristo ao de um homem, Irmã Luce vive uma paixão pela qual termina abandonando o convento e suas irmãs. Mas ela logo se choca ao muro da realidade e de suas paixões. Traída, Irmã Luce se sente abandonada pelos homens e por Deus...

Crítica: a história é baseada em fatos reais, mas recorre à ficção para ambientar a história passada em 1943, entre a Irmã Luce e o ex-vigário Martial.
A trama, infelizmente, não consegue prender a atenção do espectador até o fim. A narrativa é lenta e algumas cenas poderiam ter sido excluídas. Uma outra edição, com um foco mais centrado, poderia ter dado um rumo diferente ao longa.
Até mesmo as atuações dos atores franceses, que costumam ser exemplares, deixaram a desejar.

Avaliação: **

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Paris-Manhattan (Paris-Manhattan)


País: França
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 77 min
Direção: Sophie Lellouche
Elenco: Alice Taglioni, Patrick Bruel e Woody Allen.

Sinopse: Alice é jovem, bonita e entusiasmada com seu trabalho de farmacêutica. Seu único problema: ainda é solteira. Preferindo se refugiar em sua paixão por Woody Allen, ela resiste com dificuldade à pressão da família, que só pensa em casá-la. Contudo, seu encontro com Victor pode mudar as coisas.

Crítica: a presença de Woody Allen atrai cinéfilos para o cinema, mesmo que seja uma participação pequena, como no caso de ‘Paris-Manhattan’. Aqui, a protagonista idolatra Allen e conversa com ele por meio de um pôster do cineasta afixado em seu quarto. Assiste aos seus filmes e os aconselha a quem conhece.
Ela está à procura de alguém e abre seu coração para o seu confessor.
Uma história leve, descontraída e relaxante. Dá para rir um pouco e sair feliz com o final de Alice no filme.

Avaliação: ***

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domingo, 19 de agosto de 2012

Intocáveis (Intouchables)


País: França
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 112 min
Direção: Eric Toledano e Olivier Nakache
Elenco: François Cluzet e Omar Sy.

Sinopse: após um acidente de paraquedas, Philippe (François Cluzet), um rico aristocrata, contrata Driss (Omar Sy, jovem recém-saído da prisão, para ser seu acompanhante). Mas Driss é a pessoa menos apropriada para o trabalho. Juntos, eles irão misturar Vivaldi e a banda Earth, Wind and Fire, dicção elegante e jazz de rua, ternos e calças de moletom... Dois mundos vão colidir e chegar a um acordo para que nasça uma amizade tão louca, cômica e forte quanto inesperada, uma relação única que irá criar faíscas e torná-los… intocáveis.
Crítica: o filme foi aclamado na França tanto quanto “O Artista” (vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2011), também de produção francesa.
Eu confesso que gostei mais de “Intocáveis”. Hilário e comovente em medidas exatas, conta a história de um tetraplégico auxiliado por um ex-presidiário, nascido no Senegal  alguém que à primeira vista não seria o candidato ideal para cuidar de um deficiente físico.
Apesar da temática, não é melodramático; pelo contrário, ressalta-se a ausência de compaixão de Driss por Philippe e as conversas e situações até politicamente incorretas. À medida que vão se conhecendo, as confidências entre os ‘dois marginalizados’ (cada um à sua maneira, claro) acabam por aproximá-los.
A trama (baseada em fatos reais) é muito comovente e bela. A interpretação é sublime, de se aplaudir de pé. É impossível não rir e chorar (tanto pelos diálogos quanto pelos trejeitos de Omar Sy) ao ver a bela dupla, cuja cumplicidade é contagiante. Na vida real, os dois ainda mantêm contato. No desfecho, é a imagem deles que surge na tela.

Curiosidade: foi o filme mais visto na França em 2011, com cerca de 19 milhões de entradas, e o mais rentável filme francês da história. Em 24 de fevereiro de 2012 Omar Sy venceu o César de Melhor Ator, o equivalente francês ao Oscar, tornando-se assim o primeiro ator negro a receber o César.

Avaliação: ****

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Polissia (Polisse)


País: França
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Maïwenn
Elenco: Joey Starr e Karin Viard.

Sinopse: o cotidiano de policiais que trabalham na Brigada de Proteção a Menores e que devem conciliar a difícil realidade que confrontam no seu dia-a-dia com suas vidas privadas.

Crítica: Maïwenn dirige e interpreta uma das personagens principais deste drama, polêmico, forte, incômodo e perturbador. Ela faz o papel de Melissa, uma fotógrafa que trabalha no setor da polícia de Paris especializado em crimes contra crianças. Casos como pais que abusam sexualmente de seus filhos ou que fazem com que eles cometam crimes são comuns em sua rotina diária; pais acusados de maus-tratos; adolescentes que se expõem ao perigo pelos motivos mais banais. Os relatos são reais e alguns, inacreditáveis, que surpreendem até mesmo quem já está acostumado (sim, isso é possível, pois o ser humano é capaz de adaptar-se a tudo) com aquilo todos os dias. Expondo o que há de pior no ser humano, ‘Polissia’ também lida com a dificuldade que esses policiais têm de equilibrar a sua vida privada com o trabalho.
A interpretação dos atores é excepcional e nos arrasta junto nessa rotina dura e cruel. Sem censuras ou meias palavras para suavizar o que deve ser visto, mesmo que não queiramos. O filme ganhou o Prêmio do Júri em Cannes em 2011.

Avaliação: ****

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