segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quem se importa?


País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: Mara Mourão
Elenco: narrado por Rodrigo Santoro

Sinopse: um documentário sobre empreendedores sociais no Brasil e ao redor do mundo. Pessoas brilhantes que criaram, cada qual, uma organização inovadora capaz de não só mudar a sociedade ao seu redor, mas também causar impacto social suficiente para que estas ideias possam virar políticas públicas aplicadas em várias partes do mundo. Um filme que, através de cada um de seus personagens, vasculha o mundo atrás de pessoas magníficas que oferecem simples soluções para as mais graves questões que nos afetam profundamente. O filme conta com grandes nomes internacionais do Empreendedorismo Social como Muhammad Yunus (Nobel Paz 2006), Bill Drayton, Mary Gordon, entre outros.

Crítica: Mara Mourão, diretora do excelente documentário Doutores da Alegria, lança mais um filme para quem acredita que pode mudar o mundo.
Começa-se por definir o que é ser um empreendedor social. Além do depoimento do inventor e grande disseminador do empreendedorismo social: o fundador da Ashoka (instituição com tem mais de 2.700 seguidores e presente em 70 países), Bill Drayton, muitos empreendedores no Brasil e no mundo são apresentados e um a um falam sobre como receberam apoio e colocaram em prática suas ideias.
Relatam o que fizeram e o que estão fazendo para tornar seus sonhos uma realidade de muitos. São exemplo de pessoas que com pequenas ou grandes ações transformaram a vida de uma comunidade com ousadia e criatividade, gerando resultados incríveis a longo prazo.
Os exemplos são emocionantes e não há como não se comover e sair do filme com um sinal de esperança no futuro.
Os depoimentos, as imagens, a rica quantidade de material de arquivo mostrado denotam o exemplar trabalho de pesquisa.
Um aspecto interessante é o bom uso de animações tanto na abertura como no decorrer do longa, ilustrando algumas das histórias contadas pelos empreendedores sociais, o que dá leveza ao documentário.  
Os exemplos emocionantes são muitos pelo mundo todo: criação do microcrédito pelo bengalês Muhammad Yunus, Nobel da Paz em 2006; o banco Palmas, uma prática de Socioeconomia Solidária no Conjunto Palmeira, bairro popular de 32 mil moradores, em Fortaleza (CE), que criou a moeda social “palmas” que circula no comércio local; o trabalho de educação no Canadá com crianças desde o berçário incentivando a convivência com o próximo a fim de romper com quaisquer preconceitos; o sistema de ajuda judiciária no Camboja e na China onde pessoas são presas e torturadas sem julgamento; o menino canadense que juntou dinheiro através da internet para levar água potável para uma tribo na África; um monge belga que treina ratos para identificar minas terrestres e também a tuberculose; a experiência dos doutores da alegria nos hospitais do Brasil; um centro criado no Canadá para ajudar portadores de necessidades especiais que após a morte de seus pais ficariam sem qualquer assistência; entre tantos outros.
Sem dúvida, um trabalho gratificante para a diretora e estimulante para nós, público.

Avaliação: ****

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