Paralelo 10
País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 87 min
Direção: Sílvio Da-Rin
Elenco: José Carlos Meirelles e Txai Terri de Aquino.
Sinopse: retrata um trabalho pioneiro e arriscado realizado em uma pequena base Xinane, da Funai, próximo ao Paralelo 10º Sul, oeste do Acre, na fronteira com o Peru. Em instalações simples, no meio da selva, o sertanista José Carlos Meirelles leva adiante a difícil missão de proteger os índios isolados da região, contando com o auxílio do antropólogo Terri Aquino. Com poucos recursos, os especialistas desempenham incansavelmente suas tarefas. Além de realizarem uma negociação permanente com as populações ribeirinhas da área, eles também lidam com o enfrentamento com traficantes e posseiros que tentam invadi-la.
Crítica: conta, com simplicidade, o convívio do sertanista Meirelles com os índios, desde 1970, quando passou num concurso da FUNAI e foi trabalhar no Acre. O nome do filme é devido ao Paralelo 10, linha imaginária onde está localizado o Acre em relação à linha do Equador.
O documentário acompanha Meirelles visitando os 14 ‘povos isolados’ ou aldeias no local e convocando seus membros para uma reunião onde se discutirá a situação atual e o futuro dos que ali vivem. Segundo Meirelles, em todo o Brasil, há 70 povos isolados.
Nas proximidades há alguns índios “bravos”, denominação dada pelos sertanistas e índios que já tem contato com o homem (inclusive, todos já falam o português, além da sua língua nativa). Os “bravos” evitam o contato com o branco e até mesmo com os outros indígenas. Aparecem nas aldeias, furtivamente, apenas para levar alguns utensílios de pesca ou de luta.
Meirelles tenta apaziguar os ânimos, a fim de evitar conflitos. No nosso vizinho Peru, por exemplo, as lutas são constantes e lá vivem 80.000 ashaninka, tribo também existente no Brasil, mas em número menor. A vestimenta deles lembra um manto, uma espécie de bata longa até os pés.
A convivência, até agora, tem sido pacífica. O espaço hoje destinado aos índios (2 milhões de hectares) foi conquistado em 1987. É uma verdadeira comunidade.
O documentário mostra também a casa de Meirelles, feita de madeira da região mesmo, com plantações de coco, pupunha, pimenta do reino e outros. Ele se integrou ao ambiente.
Faltou somente um pouco mais de qualidade na produção da fita e mais conteúdo que mostrasse o dia-a-dia desses povos guerreiros.
Mas, de qualquer forma, é interessante por retratar uma realidade tão próxima e, ao mesmo tempo, tão distante da nossa.
Avaliação: ***
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