domingo, 27 de março de 2016

Ixcanul

País: Guatemala
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Jayro Bustamante
Elenco: -

Sinopse: Maria, uma menina maia de 17 anos, vive em um isolado vilarejo guatemalteco nas costas de um vulcão ativo. Um casamento arranjado a aguarda. Embora sonhe em conhecer a cidade, seu status de indígena não permite que ela vá a esse “mundo moderno”. Até que Maria engravida e uma complicação faz com que a garota seja salva justamente por esse mundo moderno. Mas a que preço?

Crítica: não é todo dia que se assiste a um filme guatemalteco. Vencedor do prêmio Alfred Bauer no Festival de Berlim, a trama tem uma bela história, uma narrativa dinâmica, um elenco competente (sobretudo a mãe de Maria) e, o principal, uma mensagem bastante eficiente.
Apesar de Maria ser a protagonista (e está muito bem no seu papel), a mãe rouba a cena. Ela é o sustentáculo da família, a mãe valente, trabalhadora, otimista, amável e disposta a tudo para ver a filha feliz.
Importante ressaltar que mesmo no mundo pequeno em que vive essa família (sequer falam espanhol, mas apenas a língua indígena local), o amor superará a falta de conhecimento.
A rotina e os costumes e tradições são de uma vida muito simplória, de extrema pobreza. Trabalham tão somente para sobreviver, não tendo sequer uma residência fixa, e são totalmente explorados por latifundiários.
A promessa de um casamento arranjado não agrada Maria, que sonha com um mundo fora dali. Essa esperança é depositada em outro homem, porém as coisas não saem como ela esperava.
A partir de então, vemos sua mãe devotada buscando uma solução e revelando ao marido a situação da filha, agora grávida.
Entre as crenças espirituais e a medicina do mundo moderno, terão que tomar uma decisão para salvar a filha da morte. Essa é uma das cenas mais fortes da película. No entanto, o destino de Maria parece não ter salvação apesar de seus anseios e tentativas.

Avaliação: ****


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A Voz em Off (La Voz en Off)

País: Chile/França/Canadá
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 96 min
Direção: Cristián Jiménez
Elenco: Ingrid Isensee, Maria Siebald, Paulina García, Niels Schneider e Cristián Campos.

Sinopse: levando uma vida de desempregada, a atriz Sofia (Ingrid Isensee), uma vegetariana radical, decide fazer um "voto de desconexão": durante um ano ela pretende viver sem telefone celular, internet ou televisão. Radical em sua mudança de comportamento, Sofia decide inclusive desligar-se de seu marido, passando a maior parte do tempo com os filhos na casa de seus pais. Mas, em pouco tempo, seus anseios de paz e harmonia são ameaçados quando seu pai, Manuel, anuncia que está se separando de sua mãe após 35 anos de casamento. Exibido no Festival de Toronto 2014.

Crítica: o drama familiar (do mesmo diretor de Bonsai), que se passa na cidade chilena de Valdívia, tem todos os ingredientes de um romance à la francesa: personagens complexos, muitos conflitos, revelações inesperadas e reviravoltas.
O divórcio de uma das filhas (que tem um caso com um homem casado) aparece como ponto de partida para a história que, aos poucos, revela os problemas de cada membro da família: a irmã (que mora na França e retorna à cidade natal com marido e um filho pequeno) apresenta sintomas de bulimia, abusa do uso de medicamentos e critica tudo à sua volta; a mãe tenta manter um casamento que não mais existe; e o pai quer se separar, vive com outra, mas não tem coragem de contar à esposa. Aliás, sua inspiração para contar vem da filha que está se separando do atual marido.
Nesse ambiente, surgirão brigas familiares, verdades escondidas, palavras rudes. Para aliviar o clima tenso, vemos a avó internauta, mais familiarizada com a internet do que suas netas e sua relação amável com a bisneta, e o genro que busca confortar a sogra, abalada com a perda do marido.
A historia é dinâmica, mas exagera no excesso de dramas familiares, que acaba por forçar um clímax que, às vezes, parece fugir do realismo, dando um ar áspero demais às situações.
O final não é feliz, mas é resoluto. 

Avaliação: **

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Casamento Grego 2 (My Big Fat Greek Wedding 2)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Duração: 94 min
Direção: Kirk Jones
Elenco: Nia Vardalos, John Corbett, Ian Gomez.

Sinopse: Toula (Nia Vardalos) e Ian (John Corbett) estão casados, e passam bastante tempo tentando compreender a problemática filha adolescente. Mas quando o casal descobre que um casamento de sua família nunca foi oficializado pela religião, todos os Portokalos se reúnem para mais um grande casamento grego.
Crítica:
Avaliação: a conferir

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O Jovem Messias (The Young Messiah)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 122 min
Direção: Cyrus Nowrasteh
Elenco: Adam Greaves-Neal, Sean Bean e David Bradley.

Sinopse: aos sete anos, Jesus vive com sua família em Alexandria, Egito, onde eles fugiram para evitar o massacre de crianças pelo Rei Herodes de Israel. Jesus sabe que seus pais, José e Maria, mantêm segredos sobre seu nascimento e o tratamento que o faz diferente de outros garotos. Seus pais, porém, acreditam que ainda é cedo para lhe contar a verdade de seu milagroso nascimento e seu propósito. Com a morte do Rei, eles resolvem voltar para sua terra natal, Nazaré, sem saber que o herdeiro do trono, o novo rei, é como seu pai e está determinado a matar Jesus, ao mesmo tempo em que ele descobre a verdade sobre a sua vida.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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domingo, 20 de março de 2016

Conspiração e Poder (Truth)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: James Vanderbilt
Elenco: Cate Blanchett, Robert Redford, Elisabeth Moss, Grace e Dennis Quaid.

Sinopse: a produtora da CBS Mary Papes (Cate Blanchett) juntamente com o âncora Dan Rather suspeitam de que o presidente George W. Bush foi um dos muitos jovens privilegiados para não combater na Guerra do Vietnã. Armando uma exposição, os dois pretendem levar a história ao ar, mas o fato só começa uma guerra entre o poder constituído na tentativa de tirar o crédito das informações e quase leva toda a CBS News abaixo.

Crítica: o cinema tem dado maior espaço ao retrato do jornalismo vs política e sua real influência na vida das pessoas.
Recentemente, estreou “Spotlight: Segredos Revelados” (2015) denunciando a pedofilia de padres católicos e “A Ditadura Perfeita” (2014), que mostra como a mídia manipula as informações em prol de seus interesses. Portanto, lados opostos da mídia.
Em “Conspiração e Poder”, uma equipe de jornalismo investigativo e, em especial, a produtora Mary (Cate Blanchett), descobrem algo sobre a carreira militar de Bush que poderia prejudicar suas intenções de ser presidente da República. Provas são reveladas e levadas ao ar. No entanto, algum tempo depois, aparecem comentários na internet contestando a veracidade daquela notícia.
A pressa em denunciar e a não checagem devida dos documentos pôs tudo a perder. Bush foi eleito e a equipe de jornalismo desfeita, sendo todos demitidos da CBS, inclusive o famoso âncora Dan Rather (com uma atuação competente de Redford).
Política e jornalismo caminham juntos. Quem manipula quem? No decorrer da trama, percebe-se que os papeis eram falsos, entregues por alguém que, talvez, tivesse interesse de prejudicar o então candidato à presidência. Os jornalistas teriam sido usados para vender uma matéria inverídica.
O diretor da CBS, a fim de evitar mais especulações e acusações, resolve encerrar o caso. O âncora é forçado a se desculpar na TV, a equipe é desfeita e Mary tem que responder a um processo judicial. Não que tudo isso tenha ocorrido por justiça. A questão era não atrapalhar a candidatura do candidato. O interesse é o cerne da questão. Fazer as pessoas se esquecerem de cobrar a verdade é fácil. Basta oferecer uma outra notícia bombástica, um novo jeito de dar a matéria, uma nova manchete...
O jornalismo imparcial parece em extinção. Até que ponto o jornalista segue em seus questionamentos em busca da verdade e o quanto dela é revelado ao público.
A direção é excelente. Mas o filme pecou na escolha do elenco. Nem todos estavam em sintonia e, mesmo Blanchett, deixou a desejar. A cada papel, o ator tem que se reinventar para nos convencer de que é, de fato, o personagem que interpreta e se desligar de qualquer trejeito, forma de falar, de olhar, de se locomover, já visto em outro filme. Aqui, Blanchett repete a fórmula de “Carol”, e não convence como uma produtora jornalística.  
Ao final da película, surgem letreiros com informações sobre a equipe. Mary, por exemplo, desde 2004, nunca mais trabalhou em TV.

Avaliação: *** 

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Far from Home

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 74 min
Direção: Phil Hessler e Galen KnowlesI.
Elenco: -

Sinopse: fruto de uma vida familiar desestruturada em Uganda, Brolin emigra para ao EUA, encontra refúgio no improvável esporte do snowboarding. Junto com a paixão por educação, Brolin luta agora para ser o primeiro praticante de snowboarding a representar um país africano nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Crítica: um retrato de como a vida de alguém pode mudar, com a ajuda de pessoas na hora certa e a determinação de buscar o que se quer.
A mãe de Brolin partiu de Uganda para os Estados Unidos, deixando para trás toda a família, inclusive ele, com apenas 2 anos á época. Dez anos mais tarde, trabalhando como cuidadora de idosos no estado de Wyoming, ela consegue trazer o filho legalmente para a América e, depois, as filhas.
Daí em diante, muita coisa mudará na vida de Brolin, que teve uma infância bem difícil com o pai. Ele terá que se adaptar na escola, vencer o bullying, fazer amigos, descobrir o snowboarding, viajar para lugares diferentes, morar com outras duas famílias que o incentivam (sua relação com a mãe não correu como o esperado), ver a morte de dois de seus pais adotivos, o ingresso na universidade de Medicina e buscar o equilíbrio para fazer as coisas certas e conciliar todas as suas atividades, o que requer dele bastante concentração e força de vontade – qualidades que não lhe faltam.
As portas se abriram e ele precisava agarrar as oportunidades. Uma vida dura e que merece ser contada. Poderia ser de qualquer outro rapaz de sua idade, no entanto não é todo dia que conhecemos um atleta africano competindo em um esporte que depende da neve e que vem de um continente em que nunca se neva. Impossível não torcer por ele!
Essas descobertas são contadas no documentário que tem uma competente edição.

Avaliação: ***

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O Batalhão (Batalon)

País: Rússia
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Dmitry Meskhiev
Elenco: Mariya Aronova, Alexei Dmitriev, Alyona Kuchkova, Anna Kuznetsova e Arina Ivanova.

Sinopse: Primavera de 1917. A Revolução de Fevereiro na Rússia muda o destino da Primeira Guerra Mundial. Nas trincheiras, palco do confronto com os alemães, os bolcheviques são muito ativos com sua propaganda. Eles convocam os soldados russos para fazer a paz com o inimigo, e os oficiais não conseguem impedi-los. O exército está perto da degradação completa. Por ordem do governo provisório, a fim de “levantar a moral", o “batalhão da morte" composto mulheres foi formado sob o comando de Maria Bochkareva (Mariya Aronova).

Crítica: a história é original. Poucos sabem da existência de um batalhão feminino na Rússia em 1917. Depois desses muitos vieram e, até hoje, as mulheres exercem suas funções militares no país.
A eminência do socialismo (o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, em novembro de 1917, por fim derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético) e a covardia de homens no front deram espaço para a decisão de ser formar um batalhão feminino, sob o comando de Maria Bochkareva (sem dúvida, a melhor atuação do filme).
Logo, elas verão a dura e cruel realidade da guerra. Uma boa história, mas que decepciona um pouco pelo tom novelesco e “piegas” de algumas sequências.
Vale por revelar a bravura de mulheres que perderam entes queridos na Guerra e buscam ali vingança ou justiça.

Avaliação: **

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Mundo Cão

País: Brasil
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Marcos Jorge
Elenco: Lázaro Ramos, Babu Santana e Adriana Esteves.

Sinopse: em 2007, antes de ser sancionada a lei que proíbe o sacrifício de animais abandonados, Santana (Babu Santana) é um funcionário do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo que trabalha recolhendo cães de rua. Certo dia ele encontra um enorme cachorro, cujo dono (Lázaro Ramos) só aparece para recuperá-lo dias depois, quando já é tarde demais. Irado, o homem culpa Santana pelo ocorrido e trama uma cruel vingança.

Crítica: conhecido pelo trabalho no brilhante “Estômago”, mas também responsável por outros filmes não brilhantes como “Corpos Celestes” e “O Duelo”, Marcos Jorge nos apresenta “Mundo Cão”. A obra não é tão marcante quanto Estômago, contudo oferece uma narrativa bem desenvolvida.
Santana (Babu Santana) é um cara comum que vive com a esposa Dilza (Adriana Esteves) e os dois filhos. Ele trabalha recolhendo cães abandonados na rua. Segundo determinação, ele deve manter os cães por três dias no Departamento de Combate as Zoonoses. Se o dono não aparecer, o animal é sacrificado. Determinado dia, Santana e um colega de trabalho levam um cachorro para o sacrifício. Pouco tempo depois, o dono Paulinho (Lázaro Ramos) aparece e fica revoltado com a situação.
O roteiro é mesmo muito bom, repleto de reviravoltas, todas naturais e bem inseridas na trama. Há de se destacar o trabalho com os animais. Os cachorros estão presentes na trama não apenas como fonte/vítima de violência, mas também são reflexo da natureza humana. É possível vislumbrar nas atitudes dos protagonistas muitas atitudes consideradas irracionais ou selvagens.
A trama entra num jogo de vingança e violência crescente que é impactante (que ganha força com a eficiente trilha sonora) e lembra um pouco o trabalho em “Estômago”.
O elenco principal é competente, com destaque para Babu e Lázaro. O ponto fraco é o ator mirim que interpreta o filho de Santana. Essa falha acaba por interferir no desenvolvimento do núcleo familiar do protagonista, com cenas mal conduzidas e artificiais, como as interações entre Santana e os filhos. E Milhem Cortaz completa o quadro numa participação reduzida, mas boa como de costume.
Em contrapartida, os momentos de intimidade entre Santana e Esteves são bem executados, como na cena em que conversam sobre a filha que já cresceu e agora começa a se interessar em sair na noite.
Vale conferir!

Avaliação: **

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Geronimo

País: França/Espanha
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Tony Gatlif
Elenco: Céline Sallette, Rachid Yous e David Murgia.

Sinopse: Geronimo (Céline Salette) é uma professora vinda de uma família de ciganos. Ela percebe a crescente rivalidade entre turcos e ciganos na região onde mora, e faz o possível para evitar as brigas. Mas quando uma jovem turca recusa o casamento arranjado pelos pais para fugir com o namorado cigano, a sociedade fica à beira da guerra.

Crítica: filmes franceses gostam de polemizar, de levantar questionamentos, de escancarar preconceitos e de levar as pessoas a reflexões.
Em “Geronimo”, pode até ter sido essa a intenção do diretor, mas, na primeira meia hora do filme, percebemos que simplesmente a história não tem um foco.
A personagem “exemplo” da trama, vivida por Céline Salette, surge tão irreal quanto os outros ao seu redor. Ela tenta lidar com o preconceito e a rivalidade entre duas etnias (turca e cigana) que convivem na mesma cidade (o foco é um casamento arranjado, do qual a noiva foge por amor a outro) e dar um rumo a jovens delinquentes que nem sabemos o porquê de seu comportamento. Aliás, é também um tema já bastante explorado no cinema francês.
É uma trama mal conduzida, com excesso de partes musicais e que tenta apelar para o emotivo na esperança de fisgar o público. E o desenvolvimento do enredo vai ficando cada vez menos interessante.
Uma história que não tem nem porque começar ou terminar. Gira, gira e não chega a lugar algum.

Avaliação: *

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Ressurreição (Risen)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 108 min
Direção: Kevin Reynolds
Elenco: Joseph Fiennes, Tom Felton, Peter Firth e Cliff Curtis.

Sinopse: às vésperas de um levante em Jerusalém, surgem rumores de que o Messias judeu ressuscitou. Um centurião romano agnóstico e cético (Joseph Fiennes) é enviado por Pôncio Pilatos para investigar a ressurreição e localizar o corpo desaparecido do já falecido e crucificado Jesus de Nazaré, a fim de subjugar a revolta eminente. Conforme ele apura os fatos e ouve depoimentos, suas dúvidas sobre o evento milagroso começam a sumir.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Zootopia – Essa Cidade é o Bicho (Zootopia)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Animação
Duração: 108 min
Direção: Byron Howard e Rich Moore
Elenco: Jason Bateman e Ginnifer Goodwin

Sinopse: Habitante de Zootopia, Nick Wilde, uma raposa falastrona, é acusada por um crime que não cometeu e foge. A melhor policial da cidade, uma coelha, segue seu rastro implacavelmente determinada a fazer justiça, mas os dois inimigos acabam se unindo ao se verem vítimas de uma grande conspiração.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Batman Vs Superman – A Origem da Justiça (Batman v Superman: Dawn of Justice)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Ação
Duração: 151 min
Direção: Zack Snyder
Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill e Amy Adams.

Sinopse: após os eventos de O Homem de Aço, Superman (Henry Cavill) divide a opinião da população mundial. Enquanto muitos contam com ele como herói e principal salvador, vários outros não concordam com sua permanência no planeta. Bruce Wayne (Ben Affleck) está do lado dos inimigos de Clark Kent e decide usar sua força de Batman para enfrentá-lo. Enquanto os dois brigam, porém, uma nova ameaça ganha força.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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domingo, 13 de março de 2016

A Ditadura Perfeita (La Dictadura Perfecta)

País: México
Ano: 2014
Gênero: Comédia
Duração: 98 min
Direção: Luis Estrada
Elenco: Alfonso Herrera, Tony Dalton, Damián Alcázar, Flavio Medina, Joaquín Cosio, Osvaldo Benavides, Saúl Lisazo e Joaquín Cosio.

Sinopse: “La Dictadura Perfecta” conta a história de um governador egocêntrico que busca a cadeira presidencial e de como ele utiliza a TV para distrair a opinião pública dos grandes problemas do país.

Crítica: o filme, que é uma comédia e sátira política, pode ser resumido como a realidade mexicana retratada na ficção. Foi o segundo filme de maior bilheteria no México em 2014, ultrapassando a marca de 4 milhões de telespectadores. O primeiro foi “Los Nobles: Quando os Ricos Quebram a Cara” (Nosotros los Nobles).
Vamos ao enredo: depois de mais uma das frequentes gafes cometidas pelo presidente da República, o MX TV, maior conglomerado de comunicação do México, tem que ajudar seu aliado político antes que a polêmica gere uma crise na sua imagem. Para isso, a televisão tenta desviar a atenção do povo exibindo, em horário nobre, um vídeo onde o Governador Carmelo Vargas (Damián Alcázar, excepcional em seu papel) é flagrado em um ato corrupto. Desesperado para salvar seu futuro político, Vargas decide fechar um acordo secreto com a própria emissora que o denunciou para mudar sua imagem e torná-lo a nova estrela política do país. São encarregados para a missão Carlos Rojo (Alfonso Herrera), um ambicioso produtor de televisão, e Ricardo Diaz (Osvaldo Benavides), o principal repórter da emissora. Mas para lançar esse possível novo candidato à presidência a qualquer custo, a situação pode acabar fugindo do controle.
Os mexicanos dão uma aula de cinema. Conhecidos por serem dramalhões, souberam enfatizar seus dramas e criticá-los de forma muito eficiente (longe das “tristes” comédias brasileiras machistas ou dos “besteiróis” americanos).
Mas a comicidade aqui é realista, dura, direta e cruel. As situações podem até te fazer rir, mas não demora muito até você perceber que aquilo tudo que está sendo passado não é nada mais do que a nossa própria realidade. A semelhança é inegável.
Ao retratar a história de um governador acusado de corrupção que faz um trato com a maior emissora de televisão do país, para que a mesma mude a sua imagem perante a população, vem à tona como realmente os políticos operam para manter a qualquer custo sua “carreira” política. Da mesma forma, age o quarto poder (a imprensa). Então, o foco da comédia recai sobre a mídia e seu poder de persuasão e manipulação, a postura dos cidadãos mediante aos fatos apresentados na televisão, a alienação, a violência fora de qualquer controle (há cenas muito fortes), enfim, um país sem lei e padrões morais.
O elenco (conhecido do público mexicano pelas atuações em novelas) é incrível. Todos estão perfeitamente encaixados em seus personagens e convencem, de fato.
O cenário é tipicamente (e exageradamente) mexicano.
O diretor foi original, não seguiu nenhum padrão hollywoodiano e foi extremamente feliz ao mandar seu recado: críticas pesadas (sem meias palavras) dotadas de um realismo extraordinário. Para os conhecedores da mídia mexicana, sabe-se muito bem que a produção “alfinetou” uma determinada emissora do país. E alguns dos acontecimentos mostrados aconteceram de verdade com políticos, o que torna tudo ainda mais autêntico.
Uma película que merece ser vista por todos.

Avaliação: ****

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10.000 Santos (Ten Thousand Saints)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 113 min
Direção: Shari Springer Berman e Robert Pulcini
Elenco: Asa Butterfield, Hailee Steinfeld, Avan Jogia, Emile Hirsch, Ethan Hawke, Julianne Nicholson, Emily Mortimer e Nadia Alexander.

Sinopse: na véspera do ano novo de 1987, Jude (Asa Butterfield) conhece Eliza (Hailee Steinfeld), uma garota de Nova York que se envolve com Teddy (Avan Jogia), o melhor amigo de Jude. Naquela noite, Teddy morre de overdose e Jude passa por um forte momento de luto, o que leva sua família a enviá-lo para morar com o pai, Les (Ethan Hawke) em Nova York. Lá, seu destino cruza com o de Johnny (Emile Hirsch), o meio irmão de Teddy, e, novamente, com o de Eliza, que engravidou naquela fatídica noite. Agora, os três jovens vão acabar se unindo para formar uma família para o filho de Teddy.

Crítica: enredo enfadonho, personagens fracos, previsibilidade, diálogos insignificantes, história extensa demais, tudo isso resume o que é o longa-metragem. Difícil crer que Ethan Hawke esteja no elenco, que já participou de filmes bem melhores, como BoyHood (2014), por exemplo.
A história, que retrata o amadurecimento e mudança para a vida adulta de adolescentes e as difíceis relações familiares e as diferenças de cada um, não consegue atrair o público (é um tema saturado no cinema, mas a principal razão é a má execução do enredo) Os 113 minutos parecem não ter fim e a narrativa não acrescenta nada a quem o assiste. Atuações ruins, diálogos desinteressantes, seja entre os adolescentes, seja do pai liberal (vivido por Hawke) com seu filho Jude.
Em um determinado momento, há uma semelhança com o filme Juno (2007), sem, no entanto, se aprofundar no tema da doação de filhos pós-parto.
A sequência de revelações e situações forçadas não oferece naturalidade à história e dá a impressão de estarem ali para criar um certo clímax que, na verdade, não ocorre.

Avaliação: *

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Nossa Irmã Mais Nova (Umimachi Diary)

País: Japão
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Hirokazu Koreeda
Elenco: Haruka Ayase, Masami Nagasawa e Kaho.

Sinopse: Sachi (Haruka Ayase), Yoshino (Masami Nagasawa) e Chika (Kaho) são irmãs e vivem juntas em uma casa que pertence à família. Apesar de não verem o pai há 15 anos, elas resolvem ir ao seu enterro e veem uma chance de manterem a lembrança do pai por meio da meia-irmã, a tímida Suzu Asano, que vai morar com as elas.

Crítica: o diretor japonês Hirokazu Koreeda, que costuma centrar os enredos de seus filmes em questões familiares, como visto em Ninguém Pode Saber (2005) e Pais & Filho (2013), ambos premiados no Festival de Cannes, aqui repete a receita, contudo com menos desenvoltura e menos intensidade.
A história acompanha a visita de três irmãs ao enterro do pai, em uma pequena cidade japonesa. Lá conhecem sua meio-irmã, ainda adolescente, por quem se encantam – apesar da sombra sempre existente de ser ela a filha da mulher que acabou com o casamento dos pais. O convite para que a jovem venha morar com elas não tarda, o que faz com que o enfoque recaia sobre a presença desta nova irmã em meio a uma dinâmica bem estabelecida pelas demais.
A trama não vai muito além disso. Acompanha esse entrosamento, mas sem conflitos ou aprofundamento em quaisquer das personagens ao lidar com tal adversidade na família. Tudo é muito leve e não faz com que o espectador tenha interesse pelo que vem adiante.
E, por vezes, ocorre o que é comum em alguns dramas japoneses: melodrama demais, o que é ainda mais enfatizado pela trilha sonora melosa.
Com o estereótipo das três irmãs adultas: jovem séria e responsável (a mais velha), a farrista (meio) e a distraída e despreocupada (caçula), o filme caminha para o previsível. E para um bom cinéfilo saber o desfecho antes do fim não é sinal de uma história cativante ou marcante.

Avaliação: **

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Valente (Brave)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Aventura
Duração: 100 min
Direção: Mark Andrews
Elenco: vozes de Kelly Macdonald, Emma Thompson, Billy Connolly, Kevin McKidd e Robbie Coltrane.

Sinopse: desde os tempos antigos, as histórias de batalhas épicas e lendas místicas foram passadas através das gerações pelas montanhosas e misteriosas Terras Altas da Escócia. Em “Valente”, um conto de fadas se une a uma sombria jornada quando a corajosa Merida confronta os seus costumes, o destino e o mais feroz dos animais.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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A Série Divergente: Convergente (The Divergent Series: Allegiant)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Ação
Duração: 120 min
Direção: Robert Schwentke
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Jeff Daniels. Ansel Elgort, Miles Teller, Zoë Kravitz, Maggie Q, Naomi Watts e Octavia Spencer.

Sinopse: após a mensagem de Edith Prior ser revelada, Tris (Shailene Woodley), Quatro (Theo James), Caleb (Ansel Elgort), Peter (Miles Teller), Christina (Zoë Kravitz) e Tori (Maggie Q) deixam Chicago para descobrir o que há além da cerca. Ao chegarem lá, eles descobrem a existência de uma nova sociedade.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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domingo, 6 de março de 2016

Guerra (A War)

País: Dinamarca
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 115 min
Direção: Tobias Lindholm
Elenco: Pilou Asbæk, Tuva Novotny, Dar Salim e Søren Malling.

Sinopse: o comandante Claus Michael Pedersen (Pilou Asbæk) está parado com seus homens em Helmand, no Afeganistão. Enquanto isso, na Dinamarca, a esposa de Claus, Maria (Tuva Novotny), e seus três filhos lutam dia após dia sentindo sua falta. Em uma missão de rotina, os soldados são capturados em um fogo cruzado com o Talibã. Para salvar os seus homens, Claus toma uma decisão que fará com que ele retorne para a Dinamarca acusado de um crime de guerra.

Crítica: o cinema dinamarquês gosta de abordar temas sérios, com personagens densos de histórias conflitantes.
Aqui, o comandante Claus Michael Pedersen (Pilou Asbæk) lidera uma equipe no Afeganistão com o propósito de defender a população local dos talibãs. A pressão é grande, o clima é pesado. Um dos seus homens morre ao pisar em uma mina.
Ele precisa da ajuda das pessoas da região. Num desses contatos, ele e seus soldados ajudam uma menina que está com o braço queimado. O talibã, ao saber disso, mata a família. Ele poderia ter evitado tal tragédia, pois o pai havia ido até sua base militar implorando para ficar lá com sua família e dizendo que o talibã estava ameaçando matá-lo. Mas os mandou embora, dizendo que no dia seguinte iria até sua casa para protegê-lo e tirar os homens do talibã da área. Aqui foi o primeiro erro.
Depois, a fim de evitar que outro de seus homens morra após uma emboscada com homens do Talibã, ele comete o segundo erro: toma uma decisão (sob grande coação) que terá consequências graves e irremediáveis.
O filme é eficiente ao mostrar dois mundos diferentes, cada qual com seus problemas. Sua esposa com 3 filhos sofrendo pela sua ausência, mas levando uma vida normal, na medida do possível, e as famílias afegãs vivendo sob ameaça constante, tendo que aceitar a presença de exército estrangeiro para defendê-las. Consequentemente, pessoas inocentes são tratadas como suspeitas injustamente.
O enredo recai sobre o que é certo, sobre o que é moral, sobre o peso na consciência. Para salvar a sua própria vida e a de seus amigos é justo matar outras pessoas inocentes?
O contexto da história é construído nesse sentido e trabalha bem os personagens e seus conflitos internos. “A War” concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2016.

Avaliação: ***

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The Cut

País: Alemanha/França
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 138 min
Direção: Fatih Akın
Elenco: Tahar Rahim, Simon Abkarian e Makram Khoury.

Sinopse: Mardin. O ano é 1915. Durante uma noite, a polícia turca decide reunir todos os homens armênios na cidade. Dentre eles, o jovem ferreiro, Nazaret Manoogian (Tahar Rahim), que é separado de sua esposa e das duas filhas. Anos depois, depois de sobreviver ao terrível genocídio que se instalou no local, Nazareth descobre que suas filhas podem ainda estar vivas. Obcecado por encontrá-las, ele começa uma busca desenfreada passando por desertos e áreas isoladas, e encontrando os mais diversos tipos, desde boas almas até o pior que existe no ser humano.

Crítica: o filme tem uma excelente produção e retrata o período de 1915 até o final da Guerra em 1918 e um pouco além, acompanhando a vida do armênio Nazaret Manoogian (Tahar Rahim), um ferreiro de religião católica que vivia, tranquilamente com sua família na cidade de Mardin até a invasão turca que levou todos os homens para trabalhar em serviços forçados ou para lutarem na guerra. A Turquia aliou-se à Alemanha e ao Império Austro-Húngaro na Primeira Guerra Mundial.
O caos é lastimável: famílias desfeitas, assassinatos, estupros, fome, miséria, perda da dignidade, morte.
Apesar de passar por várias dificuldades e todo tipo de maus-tratos e quase ter morrido (só não foi porque foi salvo por um homem que o levou para a cidade de Aleppo, à época era a terceira maior cidade do Império Otomano), sobrevive à guerra. O Império Otomano se rendeu em 1918 e foi desmantelado. É aí que Nazaret recebe a notícia de que suas filhas gêmeas ainda podem estar vivas. A mãe, antes de morrer, pediu a uma família de beduínos que as salvassem.
A peregrinação em busca delas, então, se incia. Vai a bordéis e a orfanatos na Síria e no Líbano, até descobrir que partiram para Cuba. No orfanato em que ficaram por um tempo, uma professora tinha um primo que morava lá e este se encarregou de arranjar pretendentes para as meninas, mas o plano não saiu como se queria.
Nazaret parte para Cuba, trabalhando em um navio. Mas, ao achar o primo da professora, fica sabendo que haviam partido para Minneapolis (EUA) e a busca continua.
A atuação de Tahar Raghim, no papel de pai desesperado para encontrar suas filhas depois de tantos anos de solidão e sofrimento, é comovente. Os atores coadjuvantes têm também grande importância no decorrer desse filme histórico.
Uma história real de tantas pessoas que perderam seus entes numa guerra estúpida.

Avaliação: ***

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Vida (Life)

País: EUA/Reino Unido/Canadá
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Anton Corbijn
Elenco: Robert Pattinson, Dane DeHaan, Joel Edgerton e Ben Kingsley.

Sinopse: às vésperas do lançamento do filme "Vidas Amargas" (1955), James Dean (Dane DeHaan) ainda não é um ator famoso. Os estúdios têm grandes planos para transformá-lo em um astro, mas ele não se sente à vontade com a vida de festas, eventos e autógrafos. O fotógrafo Dennis Stock (Robert Pattinson), apostando no sucesso iminente de James Dean, pede para fotografá-lo em um ensaio para a revista Life, mas recebe apenas respostas negativas. Um dia, para fugir da promoção de "Vidas Amargas", Dean esconde-se na fazenda de sua família, e leva o novo amigo Stock junto dele. Neste local, o fotógrafo registra as imagens mais famosas de toda a carreira do ator. 

Crítica: o longa aborda uma fase interessante e pouco conhecida da vida de James Dean: antes da sua fama na carreira artística.
E parte dela só chegou ao nosso conhecimento devido à determinação de Dennis Stock em fotografá-lo.
James Dean esquivava-se do assédio e não parecia ter certeza do que queria. Fala pouco. Era mais introspectivo. A sua intimidade só foi, enfim, registrada, quando Dennis o acompanhou a uma viagem a Indiana, onde nasceu. Lá passou alguns dias com o futuro astro e a sua família.
A narrativa é um pouco lenta e as coisas demoram para acontecer. Pattinson convence como o pouco experiente fotógrafo, mas com boas intuições. Já Dane DeHaan não foi a melhor escolha para viver James Dean.
Ao final do filme, os letreiros informam sobre a morte precoce do ator, aos 24 anos, em um acidente de carro, dois dias antes da estreia do filme que o consagraria no mundo do cinema: Juventude Transviada (Título original: Rebel Without a Cause). O fotógrafo fez carreira na Agência Magnum e morreu em 2010, aos 81 anos.

 Avaliação: **

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Meu Amigo Hindu

País: Brasil
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: min
Direção: Hector Babenco
Elenco: Willem Dafoe, Maria Fernanda Cândido, Bárbara Paz e Reynaldo Gianecchini.

Sinopse: Diego (Willem Dafoe) é um cineasta diagnosticado com câncer terminal, cuja única chance de sobrevivência é se submeter a um transplante de medula óssea experimental, que apenas é realizado nos Estados Unidos. Assim, ele parte para Washington mas antes decide se casar e se despedir dos amigos. Já no hospital, ele conhece um menino hindu de apenas oito anos, que também está internado. Logo Diego passa a vivenciar com ele aventuras fantasiosas, inspiradas no cinema, que ajudam a suportar a dura realidade que os cerca.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Terra dos Cartéis (Cartel Land)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Documentário
Duração: 100 min
Direção: Matthew Heineman
Elenco: -

Sinopse: o documentário coloca questões políticas e pessoas através dos vigilantes dos dois lados da fronteira entre EUA e México que lutam contra os ferozes cartéis de drogas mexicanos. Com acesso sem precedentes, o documentário faz profundos questionamentos sobre a ilegalidade, a quebra da ordem e se os cidadãos podem combater violência com violência.

Crítica: o filme aborda um fato pouco conhecido do cartel de drogas mexicanos: a existência de grupos de defesa que lutam contra essa ameaça que está aterrorizando as pessoas no México e levando o país ao colapso.
Na fronteira americana (próxima à cidade de Tucson), americanos armados patrulham a área interceptando os coiotes que tentam atravessar os imigrantes ilegais e, na fronteira mexicana, o Dr. Mirelles inicia o movimento do Grupo de Defesa, após ver várias mortes no lugar onde vive. Famílias inteiras assassinadas brutalmente (inclusive bebês). A vida ali não vale nada.
Por razões distintas, mas com o mesmo objetivo, esses homens lutam dos dois lados para dar um fim ao tráfico. No lado mexicano, a situação é mais dramática ainda, pois a corrupção parece ser a lei que comanda tudo. Policiais vendidos, políticos inescrupulosos. A população está à mercê da sorte. Não há um Estado para protegê-la. Não há em quem confiar. É nesse ambiente que os Grupos de Defesa ganham espaço. Armam-se, conversam com as pessoas nas cidades, explicam o movimento, ganham adeptos e começam a defender as pessoas, buscando os assassinos e conseguindo capturá-los – tudo por conta própria. A questão é que, quando entregues à polícia, eles são soltos novamente.
Além disso, com o grupo crescendo, a atenção se volta para o D. Mirelles (que é médico, de fato): imprensa e políticos. A inveja faz com que surjam traidores e as ameaças a ele e à sua família tornam-se reais. O Estado finge preocupação com a situação e cria uma nova corporação policial, convocando os homens que antes eram do Grupo de Defesa. Bem armados e com um emprego, foi fácil convencê-los.
O desfecho é duro e não demonstra esperança alguma. Os homens que defendiam a população dos traficantes, vestindo a camisa de Grupo de Defesa, passaram a traficar. O dinheiro corrompe.
O erro do documentário (que concorreu ao Oscar) está na execução. A edição não é das melhores e a câmera utilizada dá um aspecto bastante amador ao filme. Mas, de qualquer forma, o propósito de denúncia faz com que valha a pena assisti-lo.

Avaliação: **

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A Bruxa (The Witch)

País: EUA/Canadá
Ano: 2015
Gênero: Terror
Duração: 92 min
Direção: Robert Eggers
Elenco: Anya Taylor Joy, Ralph Ineson e Kate Dickie.

Sinopse: Nova Inglaterra, década de 1630. William e Katherine levam uma vida cristã com suas cinco crianças, morando á beira de um deserto intransitável. Quando o filho recém-nascido dela desaparece e colheita falha, a família se transforma em outra. Por trás de seus piores medos, um mal sobrenatural se esconde no bosque ao lado.
Crítica:
Avaliação: a conferir

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Os Reis do Iê, Iê, Iê (A Hard Day’s Night)

País: Reino Unido
Ano: 1964
Gênero: Musical
Duração: 90 min
Direção: Richard Lester
Elenco: John Lennon, Paul McCartney e Ringo Starr.

Sinopse: o ano é 1964 e a Beatlemania está no seu auge. Os quatro rapazes de Liverpool estão a ponto de mudar o mundo da música - se conseguirem deixar o quarto do hotel onde estão hospedados. Enfrentando produtores nervosos, fãs histéricos e parentes problemáticos, Paul, John, George e Ringo buscam de todas as maneiras se divertir e ao mesmo tempo cumprir seus compromissos firmados.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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