Mundo Cão
País: Brasil
Ano:
2014
Gênero: Drama
Duração: 100
min
Direção: Marcos
Jorge
Elenco: Lázaro
Ramos, Babu Santana e Adriana Esteves.
Sinopse: em 2007, antes de ser sancionada a lei que proíbe
o sacrifício de animais abandonados, Santana (Babu Santana) é um funcionário do
Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo que trabalha recolhendo cães de
rua. Certo dia ele encontra um enorme cachorro, cujo dono (Lázaro Ramos) só
aparece para recuperá-lo dias depois, quando já é tarde demais. Irado, o homem
culpa Santana pelo ocorrido e trama uma cruel vingança.
Crítica: conhecido pelo trabalho no brilhante “Estômago”,
mas também responsável por outros filmes não brilhantes como “Corpos Celestes”
e “O Duelo”, Marcos Jorge nos apresenta “Mundo Cão”. A obra não é tão marcante
quanto Estômago, contudo oferece uma narrativa bem desenvolvida.
Santana (Babu Santana) é um
cara comum que vive com a esposa Dilza (Adriana Esteves) e os dois filhos. Ele
trabalha recolhendo cães abandonados na rua. Segundo determinação, ele deve
manter os cães por três dias no Departamento de Combate as Zoonoses. Se o dono
não aparecer, o animal é sacrificado. Determinado dia, Santana e um colega de
trabalho levam um cachorro para o sacrifício. Pouco tempo depois, o dono Paulinho
(Lázaro Ramos) aparece e fica revoltado com a situação.
O roteiro é mesmo muito
bom, repleto de reviravoltas, todas naturais e bem inseridas na trama. Há de se
destacar o trabalho com os animais. Os cachorros estão presentes na trama não
apenas como fonte/vítima de violência, mas também são reflexo da natureza
humana. É possível vislumbrar nas atitudes dos protagonistas muitas atitudes consideradas
irracionais ou selvagens.
A trama entra num jogo de
vingança e violência crescente que é impactante (que ganha força com a eficiente
trilha sonora) e lembra um pouco o trabalho em “Estômago”.
O elenco principal é
competente, com destaque para Babu e Lázaro. O ponto fraco é o ator mirim que
interpreta o filho de Santana. Essa falha acaba por interferir no
desenvolvimento do núcleo familiar do protagonista, com cenas mal conduzidas e
artificiais, como as interações entre Santana e os filhos. E Milhem Cortaz
completa o quadro numa participação reduzida, mas boa como de costume.
Em contrapartida, os
momentos de intimidade entre Santana e Esteves são bem executados, como na cena
em que conversam sobre a filha que já cresceu e agora começa a se interessar em
sair na noite.
Vale conferir!
Avaliação: **
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