domingo, 20 de março de 2016

Conspiração e Poder (Truth)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: James Vanderbilt
Elenco: Cate Blanchett, Robert Redford, Elisabeth Moss, Grace e Dennis Quaid.

Sinopse: a produtora da CBS Mary Papes (Cate Blanchett) juntamente com o âncora Dan Rather suspeitam de que o presidente George W. Bush foi um dos muitos jovens privilegiados para não combater na Guerra do Vietnã. Armando uma exposição, os dois pretendem levar a história ao ar, mas o fato só começa uma guerra entre o poder constituído na tentativa de tirar o crédito das informações e quase leva toda a CBS News abaixo.

Crítica: o cinema tem dado maior espaço ao retrato do jornalismo vs política e sua real influência na vida das pessoas.
Recentemente, estreou “Spotlight: Segredos Revelados” (2015) denunciando a pedofilia de padres católicos e “A Ditadura Perfeita” (2014), que mostra como a mídia manipula as informações em prol de seus interesses. Portanto, lados opostos da mídia.
Em “Conspiração e Poder”, uma equipe de jornalismo investigativo e, em especial, a produtora Mary (Cate Blanchett), descobrem algo sobre a carreira militar de Bush que poderia prejudicar suas intenções de ser presidente da República. Provas são reveladas e levadas ao ar. No entanto, algum tempo depois, aparecem comentários na internet contestando a veracidade daquela notícia.
A pressa em denunciar e a não checagem devida dos documentos pôs tudo a perder. Bush foi eleito e a equipe de jornalismo desfeita, sendo todos demitidos da CBS, inclusive o famoso âncora Dan Rather (com uma atuação competente de Redford).
Política e jornalismo caminham juntos. Quem manipula quem? No decorrer da trama, percebe-se que os papeis eram falsos, entregues por alguém que, talvez, tivesse interesse de prejudicar o então candidato à presidência. Os jornalistas teriam sido usados para vender uma matéria inverídica.
O diretor da CBS, a fim de evitar mais especulações e acusações, resolve encerrar o caso. O âncora é forçado a se desculpar na TV, a equipe é desfeita e Mary tem que responder a um processo judicial. Não que tudo isso tenha ocorrido por justiça. A questão era não atrapalhar a candidatura do candidato. O interesse é o cerne da questão. Fazer as pessoas se esquecerem de cobrar a verdade é fácil. Basta oferecer uma outra notícia bombástica, um novo jeito de dar a matéria, uma nova manchete...
O jornalismo imparcial parece em extinção. Até que ponto o jornalista segue em seus questionamentos em busca da verdade e o quanto dela é revelado ao público.
A direção é excelente. Mas o filme pecou na escolha do elenco. Nem todos estavam em sintonia e, mesmo Blanchett, deixou a desejar. A cada papel, o ator tem que se reinventar para nos convencer de que é, de fato, o personagem que interpreta e se desligar de qualquer trejeito, forma de falar, de olhar, de se locomover, já visto em outro filme. Aqui, Blanchett repete a fórmula de “Carol”, e não convence como uma produtora jornalística.  
Ao final da película, surgem letreiros com informações sobre a equipe. Mary, por exemplo, desde 2004, nunca mais trabalhou em TV.

Avaliação: *** 

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