sábado, 30 de setembro de 2000

Assédio

Título original: Besieged
País: França/Itália
Ano: 1998
Gênero: Drama
Duração: 92 min
Direção: Bernardo Bertolucci
Elenco: Thandie Newton, David Thewlis e Claudio Santamarí.

Sinopse: pianista inglês se apaixona por refugiada africana.
Crítica: a história é simples, com um roteiro linear. Uma descrição sim levaria-nos, a princípio, a achar que é apenas mais um filme. Mas o trabalho surpreende pelas emoções transmitidas por seus personagens. Talvez para alguns seja um pouco monótono, pois há poucos diálogos.
O filme se constrói sobre os contrastes, bastante explorados na trama. Numa mesma casa, estão a empregada africana Shandurai (Thandie Newton), que fugiu do país por motivos políticos, e um rico herdeiro europeu.
Das imagens ásperas da miserável África, somos levados a uma belíssima vila italiana onde Mr. Kinski (David Thewlis) consome seu tempo compondo e dando aulas de piano. Depois da apresentação inicial dessas contradições, as mudanças na vida dessas duas criaturas começam a acontecer. O gradual empobrecimento do europeu, a evolução de sua música, vão diminuindo a distância entre os protagonistas.
Som e fotografia quase se equiparam em importância nesse filme. Os diálogos pouco importam frente às expressões dos atores e à música. A música africana e a erudita são utilizados pelo cineasta para destacar as nuances e a aproximação entre Shandurai e Mr. Kinksi.

Avaliação: ***

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quinta-feira, 17 de agosto de 2000

O Mapa do Mundo

Título original: A Map of the World
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: Scott Elliot
Elenco: Sigourney Weaver, Julianne Moore, Chloë Sevigny, David Strathairn, Ron Lea, Dara Perlmutter, Kayla Perlmutter, Deborah Lobban, Marc Donato, Richard McMillan, Hayley Lochner, Victoria Rudiak, Brenda Robins, Colleen Williams e Sarah Rosen Fruitman.

Sinopse: Alice e Howard Goodwin (Sigourney Weaver e David Strathairn, respectivamente) se mudaram recentemente para Wiscosin. O casal se torna amigo de Theresa e Dan Collins, também seus vizinhos, chegando até a servirem de babás de seus filhos às vezes. A tragédia acontece quando Alice, distraída, descobre que a filha de Theresa se afogou em uma lagoa próxima a sua casa. Destruída pelo remorso, as coisas pioram ainda mais quando surge um garoto da vizinhança a acusando de abuso sexual. Presa e com seu marido não tendo o dinheiro suficiente para pagar sua fiança, Alice agora precisa encarar tudo de frente e se preparar para seu julgamento, enquanto seu marido e Theresa devem buscar sua própria paz interior perante os recentes acontecimentos.

Crítica: o drama que domina toda a fita fala de dor, perda, amizade, passando uma sensação de agonia ao espectador que acompanha uma sequência de tragédias na vida da protagonista, vivida por Sigourney Weaver (que já esteve melhores em outros papéis).
O ritmo lento demais arrasta a trama, tornando-a menos atrativa. David Strathairn como marido de Sigourney não convence. Quem salva um pouco o filme é a atriz Julianne Moore, como Theresa, amiga do casal.

Avaliação: **

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sábado, 1 de julho de 2000

O Absolutismo – A Ascenção de Luís XIV

Título original: La prise de pouvoir par Louis XIV
País: Drama
Ano: 1966
Gênero: Drama
Duração: 94 min
Direção: Roberto Rossellini
Elenco: Jean-Marie Patte, Raymond Jourdan, Silvagni, Katharina Renn, Dominique Vincent, Pierre Barrat, Fernand Fabre, Françoise Ponty, Joëlle Laugeois, Maurice Barrier, André Dumas, François Mirante, Pierre Spadoni, Roger Guillo e Louis Raymond.

Sinopse: retrata os primeiros anos do reinado do "Rei Sol", Luís XIV (1643-1715), o maior monarca absolutista da França. França, 1661. Com a morte do Cardeal Mazarino (Silvagni), que controlava os assuntos de Estado, o Rei Luís XIV (Jean-Marie Patte) decide que reinará sozinho, encarregando-se pessoalmente de suas relações com a nobreza e a burguesia e dispensando o Parlamento. Inicia-se assim o apogeu do Absolutismo.

Crítica: levando-se em conta o ano em que foi realizado (1966), podemos afirmar que o longa é bem filmado e que preocupou-se com inúmeros detalhes dos figurinos e cenários.
Com realismo, o diretor fez uma impecável reconstituição da época, mostrando episódios históricos, como a construção do Palácio de Versalhes e o cotidiano da corte real, com seus exuberantes banquetes. Uma indispensável lição de história.
Mas é claro que uma obra mais atual e com mais recursos cinematográficos seria muito bem-vinda.
Curiosidade: este DVD traz ainda um depoimento de Renzo Rossellini, colaborador e filho do cineasta.
Avaliação: ***

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segunda-feira, 5 de junho de 2000

Regras da Vida

Título original: The Cider House Rules
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Lasse Hallstron
Elenco: Tobey Maguire, Charlie Theron, Michael Caine, Delroy Lindo, Paul Rudd, Kieran Culkin, Kathy Baker, Jane Alexander e Kate Nelligan.

Sinopse: baseado no best-seller de John Irving, conta a história emocionante de Homer Wells (Tobey Maguire), um jovem criado e educado como médico em um orfanato pelo adorável doutor Wilbur Larch (Michael Caine). Homer decide, então, deixar o "lar" em busca de uma nova vida e, apenas, com apenas uma maleta nas mãos, parte para o mundo, repleto de novas atrações, aventuras e amizades, assim como tragédia, traição e perigo.
Crítica: é uma história de amor, família e honra. Ao entender a conexão entre seu futuro e seu passado, Homer Wells descobre e aceita seu verdadeiro destino. O longa, que teve boa adaptação do livro, é uma grande lição para todos, porque emociona e exemplifica ações brutais de uma sociedade que se apóia em falsos comportamentos, que prefere "fechar os olhos" quando rotula algo como inconveniente. Bela fotografia, figurino impecável e um ótimo roteiro. Mereceu as sete indicações que recebeu para o disputadíssimo Oscar.
Curiosidade: em 2000, ganhou o Oscar em duas categorias: Melhor Ator Coadjuvante (Michael Caine) e Melhor Roteiro Adaptado.
Avaliação: ****

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sexta-feira, 26 de maio de 2000

Vivendo no Limite

Título original: Bringing out the Dead
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Martin Scorcese
Elenco: Nicolas Cage, Patricia Arquette, John Goodman, Ving Rhames, Tom Sizemore, Marc Anthony e Cliff Curtis.

Sinopse: na Nova York dos anos 90, Frank Pierce (Nicolas Cage) é um paramédico, parte de uma equipe que percorre um bairro barra-pesada da cidade todas as noites em uma ambulância, socorrendo pessoas à beira da morte. O filme acompanha dois dias e duas noites na vida de Frank: a rotina pesada, cheia de violência e insanidade, o tormento das vidas que não consegue salvar, as pessoas que conhece nas ocorrências, e seus companheiros – um que o aconselha a não pensar nas mortes e violências que presenciam, outro que aproveita as situações para pregar suas crenças religiosas, e um terceiro que parece ser totalmente insensível. Vivendo em meio a tudo isso, Frank parece estar no limite do que pode suportar, à beira de um colapso emocional.

Crítica: filme menos popular de Scorcese. Uma viagem alucinante pela vida e mente perturbada do personagem, interpretado muito bem pelo Nicolas Cage, repleto de culpa por uma morte do passado. Aliás, é a atuação dele a maior sustentação da trama.
As alucinações do protagonista (atormentado pela loucura da sua profissão, pela rotina estressante e por visões de pacientes que passaram por suas mãos) são representadas por interessantes imagens. As cenas frenéticas (mostrando as ruas sujas e violentas de Nova York) aliadas à trilha sonora empolgam bastante. Mas o roteiro, repleto de metáforas e mensagens, talvez não agrade a todos.
Eu gostei. É um bom filme.

Avaliação: ***

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sábado, 13 de maio de 2000

As Pontes de Madison

Título original: Bridges of Madison County
País: EUA
Ano: 1995
Gênero: Drama
Duração: 135 min
Direção: Clint Eastwood
Elenco: Clint Eastwood, Meryl Streep, Annie Corley, Victor Slezak, Jim Haynie, Sarah Kathryn Schmitt, Christopher Kroon, Phyllis Lyons, Debra Monk, Richard Lage, Michelle Benes, Alison Wiegert, Brandon Bobst, Pearl Faessler, R.E. 'Stick' Faessler.

Sinopse: após a morte de Francesca Johnson (Meryl Streep), uma proprietária rural do interior do Iowa, seus filhos descobrem, através de cartas que a mãe deixou, o forte envolvimento que ela teve com um fotógrafo (Clint Eastwood) da National Geographic, quando a família se ausentou de casa por quatro dias. Estas revelações fazem os filhos questionarem seus próprios casamentos.
Crítica: é uma obra que mescla um belo romance e um drama bem estruturado, mesmo tendo inserido alguns diálogos desnecessários, que a própria cena daria conta de explicar. O roteiro dá grande ênfase em um segundo núcleo que é centrado nos filhos de Francesca, já adultos, que retornam à casa da mãe para resolverem assuntos relativos ao falecimento da mesma. O filme se inicia, termina e é pontuado por constantes intervenções deste núcleo que, infelizmente, são interpretações que nada acrescentam à trama. O mérito da história é de Meryl Streep que encarna Francesca com profundidade e de Clint Eastwood. O casal gera imensa empatia logo em sua primeira cena juntos, e fazem com que seja impossível a depreciação das atitudes dos mesmos, graças em grande parte, volto a repetir, ao trabalho extraordinário dos protagonistas. A trama é impactante, pura e genuína. Prepare-se para chorar, pois o filme comove por demais. Melhor, ainda, se assistir a dois.
Avaliação: ***

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segunda-feira, 8 de maio de 2000

O Talentoso Ripley

Título original: The Talented Mr. Ripley
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Suspense
Duração: 135 min
Direção: Anthony Minguella
Elenco: Matt Damon, Jude Law, Gwyneth Paltrow, Philip Seymour Hoffman, Jack Davenport, Cate Blanchett e James Rebhorn.

Sinopse: Tom Ripley (Matt Damon) possui um dom incomum: é capaz de imitar, com perfeição, a asssinatura, a voz, o modo de se mexer, tudo numa pessoa. Graças a um casaco emprestado, conhece o empresário Herbert Greenleaf (James Redhorn), que lhe oferece mil dólares para ir à Europa trazer de volta seu filho, Dickie (Jude Law). Ripley aceita a oferta e termina por desfrutar da boa vida e da amizade de Dickie e de sua namorada Marge (Gwyneth Paltrow), tornando-se hóspede de ambos. Entretanto, desconfianças pairam sob o passado de Ripley, criando situações contrárias aos seus interesses, o que o leva a matar Dickie e assumir sua identidade.
Crítica: a quase total ausência de carisma do ator Matt Damon faz com que ele se encaixe bem no papel de um camaleão humano, que assume identidades e finge ser o que não é.
De todas as adaptações já feitas em cinema da complexa figura de Ripley, personagem amoral e assassino, essa é a mais sincera em relação a sua ambigüidade sexual. Mostra-se a paixão de Freddie Miles (o excelente Philip Seymour Hoffman) por Ripley, e este tem um contato platônico com o playboy Dickie Greenleaf (Jude Law). O comportamento sexual de Ripley é apenas um dos muitos elementos que fazem dele um dos grandes tipos da ficção moderna.
E neste filme ambientado em 1959, com belas locações em Veneza, Roma, Nápoles, Palermo e Nova York, Ripley é pivô de uma busca pela elegância narrativa. Sem meios-tons ou meio-termos, a história é contada de forma nítida e com grande intensidade.
Há uma clara preocupação com a nobreza tanto da fonte literária quanto do cenário focado, o dos bem-nascidos. Vimos a coadjuvante, Cate Blanchett, contracenando com Jude Law, às vezes tocando um saxofone, ou Damon, no piano.
Ao clima de entretenimneto, com intriga e sensualidade, soma-se a trilha sonora, embalada por jazz e música clássica.
Curiosidade: baseado em um romance policial, de 1956, de grande densidade psicológica, escrito pela autora Patricia Highsmith.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 28 de abril de 2000

O Mesmo Amor, A Mesma Chuva

Título original: El Mismo Amor, La Misma Lluvia
País: Argentina
Ano: 1999
Gênero: Drama, comédia, romance
Duração: 116 min
Direção: Juan José Campanella
Elenco: Ricardo Darín, Soledad Villamil, Ulises Dumont, Eduardo Blanco, Graciela Tenenbaum, Alfonso De Grazia, Mariana Richadeu, Alicia Zanca, Alejandro Buzzoni, Rodrigo De La Serna e David Masajnick.

Sinopse: Jorge (Ricardo Darín) vive de escrever contos românticos para uma revista. Aos 28 anos, ele é uma jovem promessa da literatura argentina, mas não consegue se fazer notar. Uma noite ele conhece Laura (Soledad Villamil), uma garçonete que está à espera do namorado, do qual não tem notícias desde que ele partiu para o Uruguai alguns meses antes. Jorge e Laura ficam muito unidos e a moça, ciente do grande talento do rapaz, tenta convencê-lo a partir para a literatura propriamente dita. Com o tempo a relação vai se desgastando e eles acabam rompendo.

Crítica: cinema argentino e, ainda com Ricardo Darín no elenco, é filme bom na certa.
Com fundo histórico e forte crítica política, o drama/comédia conquista o espectador à medida que se desenrola e seus personagens crescem (todos em excelente atuação).
Tudo no longa, onde é mostrada a trajetória dos dois protagonistas ao longo de duas décadas, com suas alegrias, desilusões e esperanças, está em perfeita harmonia. Faz rir, chorar e refletir.

Avaliação: ****

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sexta-feira, 21 de abril de 2000

A Múmia

Título original: The Mummy
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Aventura
Duração: 124 min
Direção: Stephen Sommers
Elenco: Brendan Fraser, Rachel Weisz, John Hannah, Arnold Vosloo, Kevin J. O'Connor, Jonathan Hyde e Oded Fehr.

Sinopse: em 1926, um grupo de arqueologistas descobre uma tumba na cidade perdida de Hamunaptra. Dentro da tumba é encontrado o corpo de Imhotep (Arnold Vosloo), o sacerdote do Faraó Seti (Aharon Ipalé), que foi mumificado vivo além de ter recebido a mais terrível das maldições por ter dormido com a amante do faraó e, movido por ciúme doentio e amor, ter matado o Faraó. No entanto, quando um dos membros da expedição lê um manuscrito que foi encontrado pelo grupo e traz Imhotep de volta à vida, ele ressurge cheio de ódio e só pensa em reencontrar sua amada e destruir todos que cruzem o seu caminho, trazendo consigo as dez pragas do Egito.
Crítica: à la Indiana Jones, o longa tem muita ação e aventura. Boas cenas, efeitos visuais impressionantes, um roteiro interessante, mas não mais que isso.
Falta criatividade à trama e o elenco é mediano. Um filme para entretenimento e diversão no final de semana.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 14 de abril de 2000

Os Últimos Passos de Um Homem

Título original: Dead Man Walking
País: EUA/Inglaterra
Ano: 1995
Gênero: Drama
Duração: 122 min
Direção: Tim Robbins
Elenco: Susan Sarandon, Sean Penn, Robert Prosky, Raymond J. Barry, R. Lee Ermey, Celia Weston e Roberta Maxwell.

Sinopse: filme baseado numa história real, descrita no livro da freira Helen Prejean. Susan Sarandon está no papel de Helen, uma freira que recebe uma carta de um prisioneiro condenado à morte pedindo ajuda. Enquanto tenta que a execução seja suspensa, Helen se confronta com o horror dos crimes cometidos por Matthew Poncelet (Sean Penn), com a dor dos pais das vítimas e com a revolta da comunidade. A freira se preocupa também em dar ajuda espiritual a Matthew, confuso, aflito e com raiva. Perturbada por todos estes sentimentos intensos que vê à sua volta, ela precisa de coragem, compaixão e certeza de seus valores.
Crítica: com forte carga dramática, mas sem cair para a morbidez ou para a pieguice. A bela direção conduz o filme de forma envolvente, do início ao fim. A história do relacionamento de uma freira com um condenado provoca uma profunda análise do crime, punição e redenção.
Curiosidade: oscar de Melhor Atriz, para Susan Sarandon, em 1996.
Sean Pean recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Berlim.
Avaliação: ****

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segunda-feira, 10 de abril de 2000

Beleza Americana

Título original: American Beauty
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Drama
Duração: 122 min
Direção: Sam Mendes
Elenco: Kevin Spacey, Annette Bening, Thora Birch, Wes Bentley, Mena Suvari, Peter Gallagher, Chris Cooper, Allison Janney e Scott Bakula.

Sinopse: Lester Burnham é chefe de uma família tradicional americana que, em plena meia-idade, joga tudo para o alto e muda radicalmente seu estilo de vida. Passando por uma crise familiar, com sua esposa o traindo e sua filha em rebeldia, ele demite-se do emprego e aproxima-se da melhor amiga da filha.
Crítica: o longa destrói, definitivamente, a utopia do “sonho americano”. O filme tem situações que, apesar de parecerem bizarras e raras, acontecem em qualquer lugar, até mesmo no paraíso do Tio Sam. Kevin Spacey está perfeito no papel, aprofundando seu personagem à medida que a trama avança. Deslocado e infeliz, ele larga o emprego, começa a praticar exercícios, passa a fumar maconha e se interessa pela amiga da filha. O final é trágico, mas isso já é de se esperar devido à primeira fala do filme. Há, ainda, espaço para um vizinho – um militar enrustido e nazista. As cenas cômicas quebram um pouco o clima pesado do filme. O dilema enfrentado por Lester é comovente, pois ele abandona tudo para fazer o que realmente deseja. Deixa de lado a aparente família perfeita, o carro do ano e uma casa bonita para poder ser feliz, não se importando com o que os outros vão pensar. Enfim, vale a pena conferir como o "sonho americano" é destruído, tijolo por tijolo.
Curiosidade: levou 5 estatuetas do Oscar em 2000: Melhor Filme, Direção, Ator (Kevin Spacey), Roteiro Original e Fotografia.
Avaliação: ****

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quinta-feira, 30 de março de 2000

O Mundo de Andy

Título original: Man on the Moon

País: EUA

Ano: 1999

Gênero: Comédia

Duração: 118 min

Direção: Milos Forman

Elenco: Jim Carrey, Danny DeVito, Paul Giamatti, Courtney Love, Gerry Becker, Greyson Erik Pendry, Brittany Colonna, Leslie Lyles, Bobby Boriello, Budd Friedman e Tom Dreesen.

 

Sinopse: baseado em fatos reais, Jim Carrey retrata a vida de Andy Kaufman, considerado o mais inovador, excêntrico e cômico artista de seu tempo.


Crítica
: o filme é bem detalhista contando a trajetória do cômico e excêntrico Andy Kaufman, bem interpretado por Jim Carrey, desde a infância até a sua morte. Algumas cenas são mesmo hilárias, mas a maioria não comprova o lado humorístico tão admirado pelos fãs de Andy.

Paul Giamatti faz um papel pequeno, Danny DeVito está muito bem.

Sua vida profissional foi atribulada. Contratado pela American Broadcasting Company (ABC) para estrelar o seriado Táxi, interpretando o estrangeiro Latka Gravas, o humorista que viveu apenas 35 anos (1949-1984) quebrou todas as estruturas da comédia convencional, apresentando números vanguardistas no teatro e em eventos públicos diversos. Conquistou o sucesso absoluto ao interpretar Elvis Presley e zombar de outras personalidades. Nesse universo, interpretava personagens que escondiam sua verdadeira identidade, como o cantor Tony Clifton. Seus números irreverentes e criativos o tornaram célebre nos Estados Unidos. Fez sucesso no programa Saturday Night Live e ganhou a admiração de críticos e artistas diversos com suas performances.

Mas Kaufman não se considerava humorista e começou a realizar piadas obscuras, ininteligíveis e preconceituosas para se relacionar com o público. Muitas vezes, irritava seus espectadores com pegadinhas, além de inventar falsas histórias para a imprensa americana. Kaufman queria ser o melhor artista do mundo e, após ser demitido da ABC, passou a fazer shows em ringues de luta livre, onde desafiava mulheres. Muitos o consideraram louco durante essa fase, mas Kaufman, muito além da realidade, estava interpretando seus personagens realísticos. Chegou a ler durante horas um romance para uma plateia entediada que pagara para assisti-lo em um show de humor. Essa concepção de humor o levou ao ostracismo.

A trama flui bem, mas entedia um pouco para quem não é fã do artista.


Avaliação
: ***

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sábado, 25 de março de 2000

Um Lugar Chamado Nothing Hill

Título original: Nothing Hill
País: EUA/Reino Unido
Ano: 1999
Gênero: Comédia, romance
Duração: 124 min
Direção: Roger Michell
Elenco: Julia Roberts, Hugh Grant, Richard McCabe, Rhys Ifans, James Dreyfus, Dylan Moran, Roger Frost, Henry Goodman, Julian Rhind-Tutt, Lorelei King, John Shrapnel, Clarke Peters, Arturo Venegas, Yolanda Vazquez e Mischa Barton.

Sinopse: uma mega-estrela do cinema americano, Anna Scott (Julia Roberts, fazendo uma espécie de papel dela mesma) encontra ocasionalmente um vendedor de livros de viagem, Will Thacker (Hugh Grant), enquanto estava na Grã-Bretanha. Os dois acabam se apaixonando, mas a imprensa de fofocas e o namorado dela acabam atrapalhando seus planos.

Crítica: um bom e belo romance (que leva o nome de um bairro londrino), como poucos retratados no cinema, com um enredo simples e bem estruturado.
Os protagonistas esbanjam química e o amigo de Thacker (interpretado por Rhys Ifans), que mora com ele, rouba a cena.
Um amor, com encontros e desencontros como deve ser, permeado com doses de humor, tudo na medida certa, garantiu o sucesso desse filme que merece ser visto e revisto.

Avaliação: ****

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terça-feira, 21 de março de 2000

Cavalgada com o Diabo

Título original: Ride with the Devil
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Drama
Duração: 138 min
Direção: Ang Lee
Elenco: Tobey Maguire, Skeet Ulrich, Jewell, Jeffrey Wright, Simon Baker, Jonathan Rhys Meyers, James Caviezel, Jonathan Brandis, Tim Guiry, Matthew Faber, Mark Ruffalo, Zach Grenier, Tom Wilkinson, Margo Martindale e Celia Weston.

Sinopse: durante a Guerra Civil Americana dois jovens amigos, Jake Roedel (Tobey Maguire) e Jack Bull Chiles (Skeet Ulrich) se aliam a uma mílicia sulista na luta contra o exército abolicionista do norte do país, após Jack Bull ter seu pai assassinado. Neste grupo de rebeldes eles ficarão amigos de George Clyde (Simon Baker) e do negro livre Daniel Holt (Jeffrey Wright), e terão de participar de batalhas sangrentas em uma guerra que se anunciava perdida. No meio da jornada eles cruzarão com a viúva Sheryl Lee (a cantora Jewell) que chamará a atenção dos dois amigos.

Crítica: a boa trama desenvolve-se de maneira regular, com bons momentos nas cenas de batalhas e nos conflitos ideológicos entre os rebeldes e outros nem tanto. Após o clímar da história, que se dá aos 30 minutos do final da fita, o ritmo cai e falta emoção.
As participações da cantora Jewell, que se mostra uma atriz fraca, e de Tobey Maguire, que com sua cara e jeito de bom moço não convence como alguém que participaria voluntariamente de um conflito, são pontos negativos da película.
O destaque fica por conta do sempre competente Jeffrey Wright, que novamente interpreta com talento e sutileza o personagem do ex-escravo que oferece toda sua leadade aos amigos.
Mas pelo conteúdo histórico, vale a pena ver.

Avaliação: ***

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terça-feira, 14 de março de 2000

Clube da Luta

Título original: Fight Club
País: EUA/Alemanha
Ano: 1999
Gênero: Drama
Duração: 139 min
Direção: David Fincher
Elenco: Brad Pitt, Benicio Del Toro, Alan Ford, Dennis Farina, Vinnie Jines, Rade Sherbedgia, Jason Statham e Jason Flemyng.

Sinopse: dois homens canalizam sua agressão primitiva, transformando-a em uma chocante forma de terapia. Formam-se diversos clubes da luta clandestinos até que uma mulher entra na jogada e desencadeia uma situação rumo ao caos.
Crítica: ao contrário do que o título induz, Clube da Luta não é um filme sobre violência, nem a banaliza. É um filme sobre ideologia, com uma crítica bem ácida sobre a sociedade moderna.
Um dos melhores filmes dos últimos tempos, do tipo que não deixa você parar de pensar. Polêmico, gerou várias discussões e controvérsias, sendo designado como fascista e machista
Tudo depende do ponto de vista. O diretor quis, aqui, mostrar a explosão da violência como válvula de escape para o recalque provocado pela sociedade.
Um sujeito que acredita levar uma vida medíocre, sem sentido nenhum, tenta se encontrar e dar sentido à sua história de alguma maneira. O problema é que isso sai do controle.
O filme é perigoso no sentido de ser mal interpretado, sendo levado para a incitação ao ódio e ao vandalismo.
Mas a essência do enredo é nobre e nos conduz a tantas reflexões que podemos até chamá-lo de filosófico.
As interpretações de Edward Norton e Brad Pitt são notáveis. Assista, mas sem opiniões pré-concebidas. Depois, dê sua nota.
Avaliação: ****

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2000

Matrix

Título original: The Matrix
País: EUA
Ano: 1999
Gênero: Ficção Científica
Duração: 136 min
Direção: Larry Wachowski e Andy Wachowski.
Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburn, Carrie-Anne Moss, Hugo Weaving, Joe Pantolian, Gloria Foster, Marcus Chong, Matt Doran, Belinda McClory, Julian Arahanga e Ray Anthony Parker.

Sinopse: num futuro próximo, por volta do ano 2200, Neo (Keanu Reeves) é um programador de sistemas que tem pesadelos recorrentes, nos quais está sendo alvo de agentes poderosos e sinistros de uma entidade governamental paralela. Mas um dia descobre que tudo isso realmente está acontecendo, que a realidade não é como parece. Na verdade, os computadores tomaram conta do mundo, sugam energia de nossos corpos inertes e alimentam nossas mentes com ilusões virtuais, que acreditamos ser a realidade. E Neo é chamado por um grupo rebelde, entre eles Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), a desafiar este sistema e libertar os corpos e mentes dos humanos.
Crítica: notório por suas inovações em efeitos especiais e nas coreografias de luta, é um marco no cinema.
Mas seu verdadeiro valor é filosófico, ao explorar o tema da realidade confrontada à ilusão do cotidiano. Repleto de mensagens sutis, dentre as quais a de que a máquina jamais controlará o homem, pois seu "comportamento" é baseado em programas e programas podem ser entendidos pela complexa mente humana.
Curiosidade: em 2000, ganhou os Oscars de Melhor Montagem, Efeitos Visuais, Edição de Som e Som.
Matrix foi escrito como uma trilogia (Matrix, Matrix Reloaded, Matrix Revolutions), todos sucesso de bilheteria. Os fãs do estilo cyberpunk consideram a trilogia inteira uma obra-prima. Matrix é uma obra de arte multimídia; a história inteira do universo Matrix está presente nos 3 filmes, em 9 desenhos animados, chamados “Animatrix” (o primeiro desenho conta uma história que se passa entre o primeiro e o segundo filme da trilogia), em histórias em quadrinhos (lançadas apenas nos EUA) e no jogo “Enter the Matrix” (que completa a história do filme Matrix Reloaded).
Avaliação: ****

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