domingo, 29 de abril de 2012

Sete Dias com Marylin (My Week with Marilyn)

País: Inglaterra/ EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 99 min
Direção: Simon Curtis
Elenco: Michelle Williams, Eddie Redmayne, Kenneth Branagh, Emma Watson, Julia Ormond, Dougray Scott, Dominic Cooper,Judi Dench e Zoë Wanamaker.

Sinopse: Colin Clark, empregado de Sir Laurence Olivier, revela a relação entre o patrão e a atriz Marilyn Monroe durante a produção do filme O príncipe encantado.

Crítica: o longa é uma adaptação do livro homônimo de Colin Clark, em que ele conta a semana que passou com Monroe. A história passa-se na década de 50 e relembra a trajetória da atriz que ali é retratada com baixa autoestima e insegura.
Não tem uma grande história ou um roteiro devastador, mas surpreende pelas excelentes atuações.
No filme, Colin tem 23 anos e é interpretado por Eddie Redmayne, que retrata com perfeição o deslumbre que a grande estrela causava nas pessoas, principalmente nos homens. O jovem, vindo de Oxford em busca de ascensão na indústria do cinema, consegue um "cargo" de assistente no set de filmagem da comédia romântica O príncipe encantado. A estrela é Monroe, no filme que marcou sua estreia no cinema britânico.
Enquanto media os conflitos entre a atriz problema, ela se atrasava para as gravações e não decorava as falas, e o ator e diretor do longa Laurence Olivier (interpretado por Kenneth Brannagh), Colin apaixona-se por Marilyn – assim como os espectadores. Michelle Williams (O segredo de Brokeback Mountain) incorpora os trejeitos, a postura corporal e o sorriso perfeito da grande atriz. Pela interpretação, Williams foi indicada ao Oscar, venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz e o título de Atriz do Ano no Hollywood Film Award.
Nessa lista entram também os coadjuvantes. Emma Watson é Lucy, assistente no estúdio e interessada em Colin. Julia Ormond interpreta Vivien Leigh, mulher de Laurence Olivier. Dougray Scott é Arthur Miller, marido de Marilyn. Dominic Cooper interpreta o fotógrafo Milton Greene. A excelente Judi Dench é Sybill Thorndike. Zoë Wanamaker é Paula Strasberg.
Quase 40 anos mais tarde, o diário de Arthur Miller foi publicado com o título The prince, the showgirl and me (O príncipe, a vedete e eu). Nele, uma semana faltava. Essas páginas foram publicadas mais tarde com o título My week with Marilyn (Minha semana com Marilyn).

Avaliação: ***

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As Idades do Amor (Manuale d'am3re)

País: Itália
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 125 min
Direção: Giovanni Veronesi
Elenco: Robert De Niro, Monica Bellucci, Riccardo Scamarcio, Laura Chiatti, Valeria Solarino, Donatella Finocchiaro, Carlo Verdone e Marina Rocco.

Sinopse: três histórias de amor (e confusões) em várias partes do mundo.

Crítica: o filme é tão ruim que até é difícil expressar quanto. A trama que deveria falar de amor torna-se ridícula por todas as situações esdrúxulas, personagens mal desenvolvidos e sem conexão alguma, e diálogos vergonhosos. Não há seriedade ao tratar do tema. Poderia ser tratado com leveza, com humor, com inteligência, com sagacidade, com eloquência, com sentimentalismo. Porém, nenhuma dessas características se encaixa aqui. A direção e o roteiro são completamente ‘trash’.
Nem Robert de Niro salva o longa que é um completo fiasco. A única parte mais bem trabalhada é a segunda história do filme.
Mas em geral tudo é surreal, enfadonho e infantil. Não há mensagem alguma. Aliás, ao término da sessão, o que se quer é esquecer o que se viu. Não vale, decididamente, o ingresso ou o tempo.

Avaliação: *

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Se Não Nós, Quem? (Wer Wenn Nicht Wir)

País: Alemanha
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 124 min
Direção: Andres Veiel
Elenco: August Diehl, Lena Lauzemis e Alexander Fehling.

Sinopse: a verdadeira história do escritor Bernward Vesper que, nos anos 1960, ataca o conformismo da sociedade alemã e confronta o pai nazista.

Crítica: um filme que aborda um tema muito importante, mas que não alcança o efeito desejado no espectador. É necessário falar sobre absurdos do passado para que eles não se repitam, revisar ações passadas para que não venham à tona novamente, no entanto devem atingir o espectador de forma clara e impactante.  
O título do longa já indica do que se trata o drama: uma geração que quer se tornar protagonista de seu momento histórico. Anos 60 e 70, o fantasma da volta dos conservadores na Alemanha Ocidental e o radicalismo de grupos políticos. O momento em que os filhos indignados dos pais que aderiram ou sucumbiram ao Führer saíram da toca.
No primeiro, o foco está no jovem estudante Bernward (August Diehl) e sua namorada Gudrun (Lena Lauzemis), amigos de faculdade. Ele quer montar uma editora para publicar autores próximos ao nazismo e condenados ao ostracismo – entre eles, seu pai. Ela pretende se tornar professora. Mas a História bate à porta dos dois e a relação aparentemente linear sofrerá reviravoltas.
O didatismo e a rigidez no roteiro prejudicam a fluidez da trama, tornando-a uma espécie de revista histórica que passa pelos principais acontecimentos entre 1950-70 (muitas imagens de arquivo), centrando atenções na contraditória geração que partiu para a luta armada para denunciar a fragilidade da democracia alemã, recém-saída dos efeitos de Hitler.
Passa a ser um filme de tese, com bons e maus momentos, cenas interessantes ao lado de outras supérfluas. As cenas de arquivo são válidas: desfile de John F. Kennedy, bombardeio norte-americano de Napalm, explosão de uma loja como contestável ato político, discurso de Malcolm X contra a discriminação racial, mas não tão pacífico como Luther King. Tudo ilustrado com mês e ano, para o espectador não se perder.
Se Não Nós, Quem?’ é a outra face da moeda que tem estampada O Grupo Baader Meinhof. Ambos baseados em passagens reais trazem personagens que se intercambiam. Vale lembrar que na década em que sexo, drogas e rock'n roll, eram a base da juventude, um movimento surgiu com alta dose de ideologia e terminou com a execução de diferentes crimes. Atentados a bomba e ações terroristas ameaçaram por anos a democracia europeia. O radicalismo dos jovens criados no período pós-nazismo liderados por Andreas Baader, Ulrike Meinhof e Gudrun Ensslin levaria até as últimas consequências a tentativa de romper um possível fascismo. Buscar os direitos do homem sem aplicar uma forma humana de protesto foi o maior erro destes jovens que, por uma revolução limpa, acabaram sujando muitas histórias com sangue.
Faltou uma mensagem que marcasse o espectador. Informação demais em pouco tempo de fita acabou dando um enfoque superficial em uma geração que não foi nada superficial.
Mas pela riqueza histórica, boas atuações e perfeita reconstituição de época (cenário e figurino), vale a pena conferir.

Avaliação: ***

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Os Vingadores (3D The Avengers)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Aventura
Duração: 142 min
Direção: Joss Whedon
Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo e Scarlett Johansson.

Sinopse: Loki retorna a Terra para dominar os humanos. No intuito de contê-lo, um grupo de pessoas com grandes habilidades são convocadas para trabalhar juntos. Essas pessoas são o Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk e Viúva Negra.

Crítica: “Os Vingadores” era um dos filmes mais aguardados e, para os fãs do gênero, valeu a espera. O trabalho do diretor é exemplar. Enredo, ação, humor e competência dos atores (todos em perfeita sintonia) garantem o sucesso da trama.
o inimigo da vez é Loki (interpretado pelo ator inglês Tom Hiddleston), irmão desobediente de Thor, que veio de Asgard para recuperar um artefato poderoso. Assim, quando ele surge de outro planeta ameaçando a segurança global, Nick Fury (Samuel L. Jackson), diretor de uma agência internacional secreta conhecida como “SHIELD”, resolve adotar um plano mirabolante e recruta uma equipe de notáveis guerreiros para livrar o mundo de um possível apocalipse provocado pelas forças do mal. Para a missão de salvamento da terra são chamados: o bilionário, playboy e excêntrico Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), o dorminhoco Capitão América (Chris Evans), o irmão do vilão desse primeiro filme dos Vingadores, Thor (Chris Hemsworth), o calmíssimo Hulk (Mark Ruffalo), o Legolas da nossa geração, Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e a linda e competente Viúva Negra (Scarlett Johansson).

Avaliação: ***

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Anjos da Lei (21 Jump Street)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 109 min
Direção: Phil Lord e Chris Miller
Elenco: Jonah Hill, Channing Tatum e Ice Cube.

Sinopse: dupla de policiais se disfarça e se infiltra em escola para combater o tráfico de drogas. Adaptação da série de tevê homônima.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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O Grilo Feliz

País: Brasil
Ano: 2001
Gênero: Animação
Duração: 80 min
Direção: Walbercy Ribas
Elenco: -

Sinopse: Grilo Feliz é um dos habitantes de um pequeno povoado da Floresta Amazônica, que se destaca dos demais por ser sensível, sábio e protetor. Além disso, o Grilo Feliz é músico e gosta de compor novas músicas com sua companheira Estrela Linda, que é a estrela mais brilhante do céu e é o alvo de Maledeto, um lagarto ambicioso que acredita que ela seja na verdade um diamante.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Flor da Neve e o Leque Secreto (Snow Flower and the Secret Fan)

País: China/EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Wayne Wang
Elenco: Bingbing Li, Gianna Jun e Vivian Wu.

Sinopse: na China do século XIX, duas amigas criam uma língua secreta para se comunicarem. Em outro momento da história, duas mulheres contemporâneas tentam entender a história de suas ancestrais.

Crítica: antes de tudo, é preciso parabenizar o belo, comovente e sensível trabalho do diretor chinês. O roteiro, picotado em várias épocas, mostra simbolismos, costumes, crenças e ritos culturais e valores do país. A trilha é ótima e bastante adequada às sequências.
A trama, ambientada no século XIX na China (em muitos momentos) é centrada na amizade ao longo do tempo entre duas meninas que desenvolvem, a partir da apresentação do mesmo por uma conhecida de ambas, o seu próprio código secreto (laotong) como uma forma de lidar com os obstáculos vividos por elas e em alguns momentos pelas rígidas regras culturais impostas às mulheres.
A história começa com um acidente logo no início e voltamos ao passado logo nas cenas seguintes para entender o que ocorrera até ali. Sophia veio da Coréia e sempre teve a vida conturbada por morar longe de sua terra, fala chinês com dificuldade e tem poucas ambições na vida, já Nina é uma jovem esforçada que vem de família humilde (seus pais se esforçam para pagar seus estudos nos melhores colégios) e tem um futuro brilhante pela frente. Um dia resolvem ser irmãs juradas (laotong) e fazem votos eternos de amizade.
As imagens são belíssimas, o figurino caprichado, o cenário repleto de boas locações e sobretudo, uma história bonita e comovente sobre a amizade.  

Avaliação: ***

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Jovens Adultos (Young Adult)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 94 min
Direção: Jason Reitman
Elenco: Charlize Theron, Patrick Wilson e Patton Oswalt.

Sinopse: divorciada, escritora procura ex-namorado que, agora, está casado e com filhos.

Crítica: uma história simples bem dirigida pode ser um bom filme. ‘Jovens Adultos’ é um exemplo de um trabalho primoroso. A amargurada Mavis Gary, muito bem interpretada por Charlize Theron, leva a maior parte da trama. Ela incorpora a personagem chata, inconveniente, arrogante, mal humorada e completamente perdida.
Não há alívio nem arrependimento, tampouco há um final feliz. Contudo mostra a realidade, como o ser humano vê os outros, aqui sem meias palavras ou disfarces.
De mensagem, talvez o longa retrate que a felicidade não é um pacote pronto, não existe uma receita ou fórmula para ser feliz. Pode-se ter tudo e ser feliz e, ao mesmo tempo, pode-se ter tudo e não ser. Pode-se sentir feliz com pouco ou não.
O filme tenta apresentar a vida como ela é, cheia de surpresas, altos e baixos, decepções, ilusões, situações mal resolvidas, escolhas certas ou não, relacionamentos estranhos, mágoas ocultas, enfim, uma avalanche de sentimentos bons e ruins, mas, sobretudo, humanos.
Vale a pena.

Avaliação: ***

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Diário de um Jornalista Bêbado (The Rum Diary)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Bruce Robinson
Elenco: Johnny Depp, Giovanni Ribisi, Richard Jenkins, Michael Rispoli, Aaron Eckhart e Amber Heard.

Sinopse: o jornalista Paul Kemp (Johnny Depp) deixa Nova York para trabalhar em jornal decadente de Porto Rico, onde leva vida boêmia e sem moderação.

Crítica: na trama, o jornalista americano Paul Kemp (Depp) vai a Porto Rico para trabalhar em um jornal que está caindo aos pedaços, durante os anos 1950, chefiado pelo impulsivo Lotterman (bem interpretado pelo irreconhecível Richard Jenkins, de peruca). Aos poucos, Kemp começa a entender e conhecer todo tipo de gente que mora naquela região, se metendo em muitas confusões por conta de uma paixão ardente e interesses da elite influente local.
Com um bom material humano nas mãos, o longa tinha tudo para ser um sucesso, mas não o foi. Dezenove anos depois de sua última direção no cinema (Jennifer 8 – A Próxima Vítima), o cineasta inglês Bruce Robinson tenta dar um tom de comédia à história de um jornalista que adora uma bebedeira, baseado na obra de Hunter S. Thompson, em ‘Diário de um Jornalista Bêbado’.
Perdido entre a comédia exagerada e focando a trama no alcoolismo sem limites do protagonista, perde-se o rumo. Johnny Depp até se esforça para segurar a trama, com uma boa atuação, mas com um roteiro tão ruim é impossível. Os personagens não se conectam, a história não flui. Giovanni Ribisi (como Moberg) está caricato demais e perdido em meio a tudo. Michael Rispoli (como Sala) até se sai bem. Mas Aaron Eckhart (como Sanderson) tem uma péssima atuação e não faz sentido algum na história. Aparece sem mais nem menos e em situações mal explicadas. Parece ter havido uma falta de cuidado com o personagem, já que suas pretensões se baseavam em estratégias friamente calculadas para conseguir o que deseja. Ele queria usar o jornalista bêbado Paul Kemp para escrever uma matéria parcial sobre um grupo de investidores que querem comprar uma ilha e construir um extenso resort. Manipulador, ele dá credibilidade a Kemp dizendo que ele é redator do New York Times para impressionar todos. Seria, então, apropriado enriquecê-lo ao público, que pode se perguntar: Como ele chega até Kemps? Como ele sabe que o jornalista norte-americano está em Porto Rico? O ganho da história não é revelado, de maneira clara, ao espectador.
Pior ainda é Amber Heard (Chenault), como namorada de Aaron Eckhart, num papel fraco e que nada acrescenta à história. E no seu affair com Depp não há a menor química.
O filme decepciona, falta força e harmonia entre os personagens e os acontecimentos. Ao menos, o cenário das belas praias de Porto Rico agrada.

Avaliação: **

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Americano (Americano)

País: França
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Mathieu Demy
Elenco: Mathieu Demy, Salma Hayek, Geraldine Chaplin e Carlos Bardem.

Sinopse: após a morte da mãe, homem volta à cidade natal para resolver questões de herança. Lá, decide ir ao México à procura de uma mexicana que conheceu quando criança.

Crítica: acima de tudo, um filme francês, em seu estilo mais sensível, depositando tudo no crescimento dos personagens durante a trama. Martin (Demy), em meio a uma crise conjugal, é obrigado a deixar o conforto medíocre de sua existência e viajar às pressas de Paris até Los Angeles. Sua mãe, que ele não vê há 5 anos, morreu e ele precisa cuidar do inventário e ir buscar o corpo. As lembranças da cidade, porém, são dolorosas. Martin cresceu ali e deixou todas aquelas memórias para trás. Uma carta descoberta entre as posses da mãe, no entanto, o lança em uma procura que cruza a fronteira em direção ao México, mais especificamente à caótica cidade de Tijuana. Para retratar as lembranças do passado de Martin, o diretor (filho dos cineastas dos cineastas Agnès Varda e Jacques Demy) usa imagens de um longa dirigido por sua mãe, em que aparece aos oito anos de idade. Além disso, filma os mesmos cenários empregando uma Super 16 que dá um aspecto de antigo ou de uma imagem vista numa televisão.
Há qualidade no filme, em especial nas atuações. O elenco é de peso: Geraldine Chaplin (filha de Charles Chaplin), Carlos Bardem (irmão de Javier Bardem) e Chiara Mastroianni (filha da atriz Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni), mas talvez o ritmo lento do protagonista em suas buscas e descobertas impeça uma real conexão com o espectador.
O roteiro aposta na jornada emocional, porém não é o suficiente para reter a total atenção de quem assiste à película. E o final já se torna previsível. Vale a pena conferir pela naturalidade dos atores em cena e, simplesmente, porque é uma obra francesa, nesse caso, para quem aprecia, claro.

Avaliação: ** 

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A Perseguição (The Grey)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 117 min
Direção: Joe Carnahan
Elenco: Liam Neeson, Dermot Mulroney, Frank Grillo, Joe Anderson e Nonso Anozie.

Sinopse: um grupo de petroleiros está voltando para casa após uma longa temporada de trabalho no Alasca. Uma falha mecânica acaba derrubando o avião que os transportava. Os sobreviventes lutarão contra ferimentos mortais, o intenso frio e a fome voraz. Mas o grupo não poderia nem desconfiar que a principal ameaça ainda estaria por vir.

Crítica: não é um filme perfeito, mas bem dirigido. Baseado no conto Ghost Walker (de Ian Mackenzie Jeffers), possui momentos de muita tensão, suspense, ação, situações extremas e até aprofundamento de alguns personagens.
A história cresce, assim que os personagens duros e ambiciosos vão revelando seus passados, suas lembranças, suas fraquezas, seus medos, seus desesperos e, também, suas valentias. A beleza do trabalho está em mostrar o conflito entre o homem racional e a sua parte irracional e/ou primitiva. Liam Neeson, como Ottway, convence e é o destaque da trama.
O cenário parece impossível para qualquer ser humano (local inóspito, gelado, cheio de neve por todos os lados e cercado por sujeitos durões). E, ainda assim, aquelas pessoas insistem em buscar a vida por lá. Contra todas as adversidades. Essa teimosia mostra a valentia do espírito daquelas pessoas, ou apenas uma falta extrema de alternativas? As duas respostas são válidas.

Avaliação: ***

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Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios

País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Beto Brant e Renato Ciasca
Elenco: Camila Pitanga, Gustavo Machad e Zé Carlos Machado.

Sinopse: um complicado triângulo amoroso envolve um fotógrafo, uma ex-prostituta e um pastor.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Pequenos Espiões 4 (Spy kids: all the time in the world)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Ação
Duração: 111 min
Direção: Robert Rodriguez
Elenco: Jessica Alba, Jeremy Piven e Joel McHale.

Sinopse: Marissa Cortez Wilson é uma espiã aposentada que volta a trabalhar para a agência em que atuou por muitos anos. Com um bebê, ela e os dois enteados se metem em uma grande confusão após a chegada do vilão Timekeeper.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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segunda-feira, 16 de abril de 2012

1/2 Revolução

País: Egito/Dinamarca
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 72 min
Direção: Omar Shargawi e Karim El Hakim
Elenco: -

Sinopse: no dia 24 de janeiro de 2011, o premiado cineasta egípcio Omar Shargawi desembarcou em sua terra natal vindo da Dinamarca, onde mora atualmente. Mal sabia ele que, no dia seguinte, uma revolução começaria na praça Tahrir (maior praça pública no centro de Cairo) e faria parte da série de eventos conhecida como Primavera Árabe. Ciente de que as manifestações que aconteciam a poucos metros de sua casa eram inéditas e poderiam mudar a história do país para sempre, Shargawi recrutou um amigo, o também cineasta Karim El Hakim, para documentar cenas do povo egípcio indo às ruas para pedir a deposição do ditador Hosni Mubarak.

Crítica: a maioria das cenas capturadas pela equipe, utilizando desde câmeras de mão até celulares, registra a correria quando a polícia de Mubarak tenta dispersar os manifestantes. Os protestos, que começam pacíficos, vão se tornando cada vez mais violentos ao longo dos 18 dias que durou o levante (11 dos quais foram filmados). Shargawi e El Hakim ficam visivelmente abalados ao presenciarem a morte de manifestantes, mas continuam voltando todos os dias às ruas.
As cenas dos protestos se alternam com depoimentos dos manifestantes, que reclamam principalmente da falta de cuidados básicos na saúde e de condições econômicas, além de expor o ponto de vista dos próprios diretores, que se reúnem na casa de El Hakim, ao lado da mulher, do filho pequeno e de alguns amigos.
A “aventura” acaba quando a integridade física dos cineastas é ameaçada. Eles são espancados pela polícia e fogem para não serem presos pelo governo do ditador – o que poderia significar a morte. A trupe acabou deixando o país antes da renúncia de Mubarak, que estava há 30 anos no poder. Mas permaneceu lá por tempo suficiente para fazer um registro comovente e visceral da “½ Revolução”, nome que foi dado pelos cineastas por considerarem que a revolução no Egito ainda não terminou.
O filme, mostrado no Festival É Tudo Verdade (de documentários), foi muito bem recebido pela crítica. Vale a pena conferir.

Avaliação: ***

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Montoneros, uma História (Montoneros, Una Historia)

País: Argentina
Ano: 1998
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: Andrés Di Tella
Elenco: -

Sinopse: pela história pessoal de Ana, uma ex-militante dos Montoneros, principal grupo armado argentino contra a ditadura militar do anos 70/80, reconstitui-se a memória coletiva não somente dessa organização, como do próprio país num momento de crise e fragmentação social e política.

Crítica: bem dirigido, o documentário apresenta depoimentos de diversas pessoas que participaram do movimento guerrilheiro onde expõem suas vidas, suas lembranças, suas dúvidas e questionam suas atitudes à época.
Imagens de arquivo colaboram para mostrar a brutalidade da ditadura militar. Diante de tal situação, como saber o que é certo ou não? O que fazer? Participar da resistência? Aceitar as arbitrariedades ou fugir? Esses questionamentos são respondidos por alguns dos entrevistados que tiveram suas vidas transformadas com a chegada da ditadura.

Avaliação: ***

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Encontro às Cegas (Blind Date)

País: EUA/Holanda
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração:120  min
Direção: Stanley Tucci
Elenco: Stanley Tucci, Patricia Clarkson, Thijs Römer e Gerdy De Decker.

Sinopse: a história de um casal que conversa, namora e briga, tentando superar a perda de sua jovem filha. Numa série de encontro às cegas, eles fazem anúncios pessoais e fingem não se conhecer quando se encontram. Vivendo diferentes papéis, repetem a “brincadeira” várias vezes na desesperada tentativa de superar o sofrimento e reconstruir a devastada relação dos dois.

Crítica: o filme abusa da força dos diálogos e dos intensos sentimentos dos seus personagens para retratar a tristeza de um casal após uma grande perda, algo que eles tentam de todas as maneiras superar.
A atuação de Stanley Tucci, que também dirige essa versão, é memorável. Algumas situações engraçadas mesclam-se à dor do casal.
Contada de forma criativa (a narração é da filha de 5 anos, lendo seu diário), a relação dos dois é difícil.
O final é triste, mas vale a pena conferir.

Curiosidade: segundo filme de uma trilogia e remake do filme dirigido pelo diretor holandês, Theo van Gogh. Ganhou os prêmios de Melhor Ator, Atriz e Diretor da Dutch Academy Awards (o Oscar da Holanda).

Avaliação: ***

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À Toda Prova (Haywire)

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Ação
Duração: 93 min
Direção: Steven Soderbergh
Elenco: Gina Carano, Ewan Mc Gregor, Michael Fassbender, Michael Douglas, Antonio Banderas e Channing Tatum.

Sinopse: soldado de operações especiais cai em uma armadilha e planeja vingança.

Crítica: a trama de ação cumpre o que promete: intriga, aventura, suspense, politicagem e muita adrenalina.
As cenas de luta são muito bem executadas e, aqui, apesar do elenco famoso, ninguém destaca-se mais do que Gina Carano (no papel de Mallory Kane). Uma mulher altamente treinada militarmente em busca de sua inocência, após ter sido traída em uma missão.
As peças do quebra-cabeças juntam-se no final de forma coerente e, às vezes, previsivelmente.
Mas a direção de Soderbergh não deixa a desejar. Diversão garantida!

Avaliação: ***

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O Príncipe do Deserto (Black Gold)

País: França/Itália/Qatar
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 130 min
Direção: Jean-Jacques Annaud
Elenco: Tahar Rahim, Mark Strong e Antonio Banderas.

Sinopse: príncipe fica dividido entre seguir as ideias do pai conservador ou as do sogro liberal. Baseado no livro Arab, de Hans Ruesch.


Crítica: o filme poderia ser um épico do deserto, mas decepciona. Aborda a questão da exploração petrolífera por estrangeiros de forma muito superficial, o que faz a trama parecer uma simples ‘sessão da tarde’.
As belas imagens não são suficientes para segurar a atenção do espectador, que assiste a um filme fraco e extenso demais.
O melhor são as frases de efeito em alguns diálogos entre os dois governantes (Amar e Emir Nesib), interpretados por Mark Strong e Antonio Banderas, respectivamente. 

Curiosidades: mesmo diretor de ‘Círculo de Fogo’ (2001) e do clássico ‘O Nome da Rosa’ (1986).

Avaliação: ***

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À Margem do Lixo

País: Brasil
Ano: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 84 minutos
Direção: Evaldo Mocarzel
Elenco: -

Sinopse: o dia-a-dia dos catadores de papel e materiais recicláveis em São Paulo (SP). Vencedor do Prêmio Especial do Júri do Festival de Brasília (2008).

Crítica: o documentário transita muito bem pelas ruas de São Paulo a fim de retratar não somente o dia-a-dia de catadores de lixo, mas também os seus movimentos políticos a fim de regularizar e conseguir direitos à renegada categoria. Os catadores de lixo são produtos típicos da cidade de São Paulo.
Mostra as reuniões do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), deixa clara a importância do trabalho dos catadores de lixo ambientalmente, uma vez que os materiais que vendem a fim de manterem suas subsistências são recicláveis e contribuem para a preservação do meio ambiente e, também, retrata a intolerância e a rispidez com a qual são tratados todos os dias, não somente por viverem à margem da sociedade por suas funções pouco prestigiadas, como também por atrapalharem a fluidez do trânsito da metrópole que não para. Os catadores não são vistos como agentes ambientais e é essa função que o documentário sublinha. À Margem do Lixo dialoga bem com o público, tendo como base as imagens e os depoimentos de alguns personagens, tudo bem editado. Apenas "trava" um pouco ao demonstrar o processo de reciclagem de papel, plástico e alumínio, trechos que cortam a fluidez da narrativa, mas não comprometem o documentário como um todo, que levanta de forma contundente a bandeira dos catadores.

Avaliação: ***

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Xingu

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 130 min
Direção: Cao Hamburger
Elenco: João Miguel, Felipe Camargo e Caio Blat.

Sinopse: em 1940, três jovens irmãos se alistam em uma expedição rumo ao Brasil Central, dando início a uma saga desbravadora.

Crítica: um dos melhores filmes nacionais até agora, ‘Xingu’ conta a trajetória corajosa de Claudio (João Miguel, em excelente performance), Orlando (Felipe Camargo) e Leonardo (Caio Blat), os irmãos Villas-Boas, que estudaram em bons colégios, tinham bons empregos e resolveram largar tudo pela vida na mata.
Os detalhes desde os primeiros passos e os contatos iniciais com as tribos indígenas, “Xingu”, que mudaram a vida deles para sempre, são apresentados com maestria.
Descansando em redes improvisadas, fazendo fogueira, caçando animais, eles lutaram pela primeira terra indígena homologada pelo governo federal. Fato que ocorreu, em 1961, e que completou 50 anos em 2011. Até hoje, os Villas-Boas são considerados os grandes defensores dos índios no Brasil. Aliás, eles foram indicados duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
No decorrer da trama, que flui bastante natural, percebemos como os brancos mudaram a vida das tribos.
A boa atuação (com exceção de alguns coadjuvantes), a direção segura e imagens belíssimas são a garantia de um ótimo trabalho.

Avaliação: ***

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12 Horas (Gone)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Suspense
Duração: 94 min
Direção: Heitor Dhalia
Elenco: Amanda Seyfried, Daniel Sunjata, Jennifer Carpenter e Wes Bentley.

Sinopse: dois anos após escapar de serial killer, moça vê a irmã desaparecer e descobre que o pesadelo ainda não acabou.

Crítica: densenrolar chato e desfecho pra lá de insosso. Não tem emoção nem adrenalina, o que seria de se esperar num filme desse gênero. É cansativo e a interpretação de Amanda Seyfried, completamente amadora.
A história gira em torno de Jill (Seyfried), uma jovem que tem de lidar com o desaparecimento da irmã Molly (Emily Wickersham, que some misteriosamente de casa. O sumiço da irmã faz emergir em Jill os traumas de um sequestro que ninguém acredita ter acontecido. Ela afirma ter sido a única a conseguir escapar de um serial killer tempos atrás e acredita agora que sua irmã é vítima do mesmo criminoso. A polícia a ignora completamente, já que nunca houve qualquer prova de que um dia tenha sido sequestrada de fato  os tiras pensam que ela sofra de alucinações. Diante disso, Jill parte sozinha para encontrar o assassino e salvar sua irmã, se é que ela foi mesmo sequestrada.
O mote nada tem de original, mas, se pelo menos fosse bem conduzido, poderia render uma produção mediana. O problema é que a partir daí a trama é soterrada por uma avalanche de pistas falsas com a pretensão de iludir o espectador. Infelizmente, tudo é previsível demais.

Avaliação: *

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Como Agarrar meu Ex-Namorado (One for the Money)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 106 minutos
Direção: Julie Anne Robinson
Elenco: Katherine Heigl, Jason O’Mara e Daniel Sunjata.

Sinopse: mulher aceita o emprego de caçadora de recompensas. Agora, precisa capturar ex-policial foragido, com quem teve romance frustrado na adolescência.

Crítica: nesta comédia romântica, há ingredientes que fazem alguma diferença. Além do misto de humor e romance, o que se vê na tela é um “policial soft”, uma trama de investigação com pegada de série televisiva que torna a experiência até agradável.
Boa parte desse resultado positivo deve-se à atriz Ketherine Heigl (de ‘Ligeiramente Grávidos’), que dá à sua personagem um equilibrado tom que vai da ingenuidade voluntariosa a uma inadvertida valentia. Ela interpreta Stephanie Plum, jovem endividada que precisa urgentemente de trabalho. Sua última experiência foi como atendente da seção de lingerie de uma loja de departamentos, atividade nada parecida com a que pretende encarar por pura falta de opção: caçadora de recompensa. Sua tarefa é localizar e prender foragidos da justiça em troca de um pagamento oferecido pelo Estado.
Mais que dinheiro, o que a leva a aceitar seu primeiro trabalho é uma antiga questão pessoal. O sujeito que tem que “caçar” é Joe Morelli (Jason O’Mara), ex-namorado dos tempos de colégio que a abandonou sem dar explicações. Ele agora é um policial acusado de matar um traficante desarmado. Foragido, tenta provar sua inocência.
Um filme divertido, fora alguns exageros, com menos cenas de ação e mais focado no lado investigativo, policial e cômico.

Curiosidade: ‘Como Agarrar Meu Ex-Namorado’ é a primeira adaptação para o cinema de uma longa série de livros que tem como protagonista a personagem Stephanie Plum. Criação da escritora norte-americana Janet Evanovich, a publicação é sucesso de vendas nos EUA e conta com mais de 15 títulos (os quatro primeiros foram lançados no Brasil pela editora Rocco). Nesta adaptação, a direção coube a Julie Anne Robinson, que tem longa experiência dirigindo episódios de séries na TV. Isto certamente explica a levada de seriado que o filme muitas vezes tem.

Avaliação: **

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Área Q

País: EUA
Ano: 2011
Gênero: Ficção
Direção: Gerson Sanginitto
Duração: 100 min
Elenco: Isaiah Washington, Ronnie Gene Blevins e Murilo Rosa.

Sinopse: durante a busca pelo filho desaparecido, jornalista descobre misteriosos casos de contatos extraterrestres.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Anti-Heróis (The Son of No One)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 95 min
Direção: Dito Montiel
Elenco: Ray Liotta, Katie Holmes, Al Pacino, Juliette Binoche, Brian Gilbert, Channing Tatum e Jake Cherry.

Sinopse: conta a história de Jonathan White (Channing Tatum), um jovem policial designado para proteger o bairro onde ele foi criado. Ele trabalha duro todos os dias para se manter na linha e dar um futuro decente para sua mulher e filha. Mas um segredo do passado está prestes e ser revelado e desencadeará uma séria de eventos que transformarão a vida dele.

Crítica: o filme não vale um ingresso no cinema, talvez por essa razão tenha saído direto em DVD. A história que promete ser impactante ou reveladora com um segredo do passado na vida do policial Jonathan decepciona, do início ao fim. Mal executada, a trama não envolve, não convence, não decola e, decididamente, não agrada.
Nem Al Pacino nem Juliette Binoche (em um papel pequeníssimo) salvam o filme que não tem o menor sentido nem propósito. O único ponto positivo é a atuação do ator Jake Cherry que vive Jonathan quando criança. 
Fora isso, é uma perda total de tempo.

Avaliação: *

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Cairo 678

País: Egito
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Mohamed Diab
Elenco: Boshra, Nelly Karim, Maged El Kedwany, Nahed El Sebaï, Bassem Samra, Ahmed El Feshawy, Omar El Saeed, Sawsan Badr, Yara Goubran e Ibrahim Salah.

Sinopse: Fayza, Seba e Nelly. Três mulheres egípcias com vidas completamente diferentes se unem para combater o machismo que impera no Egito contemporâneo e que está em todos os lugares: nas ruas da cidade do Cairo, no trabalho e dentro de suas próprias casas. Determinadas, elas se unem e iniciam uma série de ataques contra os homens que ousam molestá-las. Quem são essas misteriosas mulheres que têm a coragem de enfrentar uma sociedade baseada na superioridade masculina?

Crítica: o filme iraniano ‘A Separação’ levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por mostrar um Irã que não conhecemos, não noticiado nas mídias, vidas normais de pessoas que sofrem e se deparam com seus problemas no dia-a-dia.
O longa 'Cairo 678' tem grande chance de concorrer, também, à estatueta no próximo ano. Inovador, crítico, contestador, traz à tela situações que parecem exageradas para nós, mas bastante corriqueiras no Egito. Situações em que as maiores vítimas são as mulheres, que enfrentam cotidianamente no trabalho, nas ruas, nos transportes urbanos, perante o público, na vida em geral, as piores e mais degradantes humilhações.
O alicerce do longa-metragem está na força de 3 mulheres que lutam parar virar o jogo, cada uma a seu jeito, e que acabam por se encontrar e se unir. A trama, bem dirigida e editada, e com atuações satisfatórias (com exceção de uma ou outra cena) é baseada em histórias reais. Destaque para o trabalho do ator coadjuvante, como investigador policial.
A trama é, sem dúvida, envolvente e bastante sensível. Comove o espectador que sente na pele (sobretudo, se for mulher) a ira, a revolta e a angústia das protagonistas por sentirem-se indefesas. Sofre-se junto, protesta-se junto e torce-se por um dia melhor, por uma vida mais digna e um país mais justo para todas essas mulheres.
Imperdível!!!

Avaliação: ****

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Meu Primeiro Casamento (Mi Primera Boda)

País: Comédia
Ano: 2012
Gênero: Comédia
Duração: 102 min
Direção: Ariel Winograd
Elenco: Natalia Oreiro, Daniel Hendler, Imanol Arias, Maria Alché e Martín Piroyansky.

Sinopse: Adrian (Daniel Hendler) comete um pequeno erro no dia do seu casamento e, nervoso, ele decide ocultar o fato de sua noiva. Porém, esconder as coisas o complica ainda mais, colocando em risco o casamento.

Crítica: foi o filme argentino de maior bilheteria em 2011. Reconheço que é engraçado, com diálogos críticos e inteligentes, com cenas criativas, bem melhor que as comédias brasileiras (que, aliás, não são comédias, e sim uma repetição de clichês que, erroneamente, são definidos como cômicos), mas não é para tanto.
O ator Daniel Hendler é bastante carismático, o que ajuda (provavelmente você não esquecerá suas feições).
Entre idas e vindas da trama que ocorre durante as horas preparatórias para a cerimônia de casamento e a versão de cada um sobre como tudo ocorreu, todos os personagens (além dos noivos, claro) nos são apresentados. Situações passadas são lembradas, ex-namorados reaparecem, amigos inconvenientes causam confusão e a dúvida do ‘caso ou não caso’ paira no ar. Surge até um ‘papo cabeça’ entre um rabino e um padre que, juntos, pretendem realizar o casório. O noivo é judeu não praticante e a noiva, católica não praticante.  
O que atrapalha um pouco o desenvolvimento da história é a demora em se resolver a situação e os flashbacks em excesso. Com um tempo mais dosado, a película seria menos cansativa.
De qualquer forma, vale como diversão. É uma comédia sim, não é um besteirol.  

Avaliação: ***

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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Heleno

País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 116 min
Direção: José Henrique Fonseca
Elenco: Rodrigo Santoro, Erom Cordeiro, Aline Moraes, Herson Capri, Othon Bastos, Duda Ribeiro, Henrique Juliano, Angie Cepeda e Orã Figueiredo.

Sinopse: Heleno de Freitas era o príncipe da era de ouro do Rio de Janeiro nos anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho cheio de glamour e promessas. Bonito, charmoso e refinado nos salões elegantes e um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol (craque do Botafogo). Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos. Mas a guerra à sífilis e as desventuras de sua vida desviaram seu destino numa jornada de glória e tragédia. Inspirado no livro "Nunca Houve um Homem como Heleno", do jornalista Marcos Eduardo Neves.
Crítica: o longa tem um produção caprichada e leva a assinatura de Rodrigo Santoro, que também atua como o protagonista. Todo filmado em preto-e-branco no intuito de conduzir o espectador aos anos 40, conta com uma direção eficiente, cenas bem editadas, com direito a flashbacks, detalhes precisos que às vezes expressam mais que palavras e diálogos diretos e inteligentes. Além de um cenário perfeito e uma trilha sonora envolvente.
Faltou somente uma abordagem da relação com a sua família (da mãe apenas ouvimos sua voz ao telefone) e da sua infância. Não é mostrado, por exemplo, como um rapaz de família rica foi para no futebol. Fora essas lacunas, o longa resgata a contento a história de Heleno.
A atuação de Santoro é densa, apaixonante, com certeza, seu melhor trabalho no cinema até hoje O ator destaca-se mais ainda na parte final, quando Heleno, extremamente fragilizado pela sífilis e já apresentando sinais de demência, definha internado num hospital psiquiátrico de Barbacena (SP).
Da glória à ruína (nos 39 anos da vida intensa e curta do craque), tudo é retratado, sem esconder, sem omitir e sem julgar. O elenco está afinadíssimo, com exceção de Othon Bastos que, na minha opinião, nunca deveria ter feito filme algum. Não interpreta, apenas dita um texto decorado, sem emoção alguma.
Não é uma obra sobre futebol nem voltado aos amantes da bola. A produção é centrada nas relações humanas e seus dramas cotidianos. Vale a pena cada sequência, do início ao fim. O Brasil poderia produzir mais filmes assim. Talvez faltem talentos que alicercem uma trama, como é o caso aqui de Rodrigo Santoro.

Avaliação: ****

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segunda-feira, 2 de abril de 2012

A Dançarina e o Ladrão (El Baile de la Victoria)

País: Espanha
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Fernando Trueba
Elenco: Ricardo Darín, Abel Ayala e Miranda Bondenhorfer.

Sinopse: depois de serem anistiados com a chegada da democracia no Chile, o jovem Angel e o veterano Vergara têm objetivos diferentes. O primeiro quer se vingar, e o outro quer recuperar a família. Mas seus caminhos se cruzam com o da jovem Victoria.

Crítica: o ditado ‘sempre há uma primeira vez’ aplica-se perfeitamente aqui. É o primeiro filme ruim a que assisto com Ricardo Darín no elenco. Não por ele, que atua bem como sempre. Mas o roteiro é tão ‘sem pé nem cabeça’ que nem seu talento salva.
A história não atrai, não cativa, não envolve. A direção é amadora ao extremo e não fez nenhum esforço para dirigir melhor seus atores. O argentino Abel Aayla é uma lástima no papel de Angel.
Tudo soa estranho, inapropriado, desinteressante, perdido, do início ao fim. Até a trilha sonora é lamentável. Ao final, você se pergunta qual era o propósito do longa.
Agora, é torcer para que Ricardo Darín acerte no próximo trabalho.

Avaliação: * 

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Um Método Perigoso (A Dangerous Method)

País: Reino Unido/Alemanha/Canadá/Suíça)
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 99 min
Direção: David Cronenberg
Elenco: Michael Fassbender, Viggo Mortensen e Keira Knightley.

Sinopse: mostra a relação de Carl Jung (Michael Fassbender) e Sigmund Freud (Viggo Mortensen), o nascimento da psicanálise e a relação polêmica de ambos com uma paciente.

Crítica: quem for assistir ao filme achando que é uma biografia de Freud se decepcionará. A história, na verdade, fala mais de Carlos Jung, muito bem interpretado por Michael Fassbender. Mortensen também se sai bem como Freud, o que já não se pode dizer de Keira Knightley, como a paciente Sabina Spielrein. Sua performance é um pouco exagerada e as expressões faciais não convencem.
Mas a boa história de uma determinada fase da vida de Freud e de Jung não é bem conduzida. A narrativa arrasta-se um pouco e não prende a atenção do espectador como deveria.
Faltam detalhes e acontecimentos capazes de preencher a duração do longa. Ao invés de aprofundar-se nos pensamentos de Freud e sua repercussão na época (preconceito), o diretor optou pela superficialidade dos fatos, apenas pincelando-os. Isso não foi o suficiente para tornar a trama envolvente e atraente.
Vale a pena assistir pela boa atuação dos protagonistas e porque tudo sobre Freud é sempre interessante.

Avaliação: ***

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Fúria de Titãs 2 (Wrath of the Titans)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Ação
Duração: 99 min
Direção: Jonathan Liebesman
Elenco: Sam Worthington, Bill Nighy, Ralph Fiennes, Liam Neeson, Rosamund Pike, Toby Kebbell, Danny Huston, Édgar Ramírez, Matt Milne e George Blagden.

Sinopse: a trama começará dez anos depois do primeiro filme. Após derrotar o monstro Kraken, Perseu (Sam Worthington), o semideus filho de Zeus (Liam Neeson), tenta levar uma vida calma de pescador e criar sozinho o seu filho de dez anos, Helius. Enquanto isso, uma luta por supremacia opõe os deuses, enfraquecidos pela falta de crença dos homens, e os titãs, liderados por Cronos.
Perseu não pode mais ignorar a sua participação nessa luta, quando Hades (Ralph Fiennes) e Ares (Édgar Ramírez) fazem um trato com Cronos para capturar Zeus. O poder dos titãs aumenta à medida que Zeus perde os seus, e o inferno do Tártaro, onde os titãs eram mantidos presos, ameça se alastrar pela Terra. Resta a Perseu, ao lado de Andromeda (Rosamund Pike), do semideus Agenor (Toby Kebbell) e do deus caído Hefesto (Bill Nighy) invadir o submundo, resgatar Zeus e salvar o mundo.

Crítica: roteiro e boas atuações são quase tudo num filme e aqui faltam esse dois quesitos. A história é frágil, desconecta, e as interpretações são terríveis (ninguém salva).
O excesso de imagens, sons e efeitos só fez piorar o trabalho. Talvez o diretor tenha achado que isso bastasse, mas não basta.
Quase nada de mitologia e efeitos demais, como tem sido nos últimos longas do gênero. 

Avaliação: **

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