quinta-feira, 5 de abril de 2012

Heleno

País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 116 min
Direção: José Henrique Fonseca
Elenco: Rodrigo Santoro, Erom Cordeiro, Aline Moraes, Herson Capri, Othon Bastos, Duda Ribeiro, Henrique Juliano, Angie Cepeda e Orã Figueiredo.

Sinopse: Heleno de Freitas era o príncipe da era de ouro do Rio de Janeiro nos anos 40, quando a cidade era um cenário de sonho cheio de glamour e promessas. Bonito, charmoso e refinado nos salões elegantes e um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol (craque do Botafogo). Heleno tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos. Mas a guerra à sífilis e as desventuras de sua vida desviaram seu destino numa jornada de glória e tragédia. Inspirado no livro "Nunca Houve um Homem como Heleno", do jornalista Marcos Eduardo Neves.
Crítica: o longa tem um produção caprichada e leva a assinatura de Rodrigo Santoro, que também atua como o protagonista. Todo filmado em preto-e-branco no intuito de conduzir o espectador aos anos 40, conta com uma direção eficiente, cenas bem editadas, com direito a flashbacks, detalhes precisos que às vezes expressam mais que palavras e diálogos diretos e inteligentes. Além de um cenário perfeito e uma trilha sonora envolvente.
Faltou somente uma abordagem da relação com a sua família (da mãe apenas ouvimos sua voz ao telefone) e da sua infância. Não é mostrado, por exemplo, como um rapaz de família rica foi para no futebol. Fora essas lacunas, o longa resgata a contento a história de Heleno.
A atuação de Santoro é densa, apaixonante, com certeza, seu melhor trabalho no cinema até hoje O ator destaca-se mais ainda na parte final, quando Heleno, extremamente fragilizado pela sífilis e já apresentando sinais de demência, definha internado num hospital psiquiátrico de Barbacena (SP).
Da glória à ruína (nos 39 anos da vida intensa e curta do craque), tudo é retratado, sem esconder, sem omitir e sem julgar. O elenco está afinadíssimo, com exceção de Othon Bastos que, na minha opinião, nunca deveria ter feito filme algum. Não interpreta, apenas dita um texto decorado, sem emoção alguma.
Não é uma obra sobre futebol nem voltado aos amantes da bola. A produção é centrada nas relações humanas e seus dramas cotidianos. Vale a pena cada sequência, do início ao fim. O Brasil poderia produzir mais filmes assim. Talvez faltem talentos que alicercem uma trama, como é o caso aqui de Rodrigo Santoro.

Avaliação: ****

0 comentários:

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP