domingo, 20 de dezembro de 2009

Alemanha, Ano Zero

Título original: Germania Anno Zero
País: Itália
Ano: 1947
Gênero: Drama
Duração: 78 min
Direção: Roberto Rossellini
Elenco: Edmund Moeschke, Ingetraud Hinze, Franz-Otto Krüger, Ernst Pittschau, Erich Gühne, Alexandra Manys e Hans Sangen.

Sinopse: em Berlim, após o final da 2ª Guerra Mundial, Edmund (Edmund Moeschke), um garoto de uma família muito pobre, trabalha para sustentar o pai doente, sua pequena irmã e o irmão, que não tem documentos. Um dia, ao conversar com um antigo mestre (Erich Gühne), fala do seu pai enfermo e entende ter recebido um conselho para matar seu pai, um peso morto. Ele começa a pensar na idéia.
Crítica: um marco do neo-realismo italiano, chama a atenção pela narrativa agressiva, frieza e crueldade, procurando retratar os anos insanos da segunda guerra. Rodado realmente no cenário pós-guerra, onde quase toda a cidade de Berlim havia sido destruída, o longa mostra a fome e a miséria na Alemanha após a derrota e do que o homem é capaz para se manter vivo. Na época fora muito mais impressionante, mas ainda hoje é impactante. É um pouco lento, mas tem que se levar em conta a época em que foi feito e os recuros, então, disponíveis. O filme é falado todo em alemão, o que torna mais realista.
Avaliação: **

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sábado, 19 de dezembro de 2009

Jogada de Gênio

Título original: Flash of Genius
País: EUA/Canadá
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 119 min
Direção: Marc Abraham
Elenco: Greg Kinnear, Tim Eddis, Warren Belle, Karl Pruner, Bill Lake, Dermot Mulroney, Lauren Graham, Landon Norris, Shae Norris, Steven Woodworth, Victoria Learn, Dylan Authors, Ronn Sarosiak, Gavin Kuiack e Ben Kuiak.

Sinopse: nos anos de 1960, em Detroit (Michigan), Robert Kearns (Greg Kinnear) formou uma típica família americana na esperança de alcançar o sonho americano. Professor em uma universidade local, Robert casou-se com a também professora Phyllis (Lauren Graham) e, com seus 30 e poucos anos de idade, já tinha seis filhos. Engenheiro de formação e um inventor nas horas vagas, Robert criou um dispositivo que seria utilizado em todos os carros do mundo. Para a família Kearns era como se tivessem encontrado ouro. Mas o grande desafio viria quando o jovem engenheiro foi simplesmente ignorado pelas gigantes montadoras de automóveis, sem antes se apropriarem da sua criação. Baseado em fatos reais, o filme descreve a história de um homem que desafiou a indústria automobilística americana, lutando por seus direitos e pelo seu reconhecimento.
Crítica: o filme mostra a perseverança de um homem que lutou, durante anos, contra uma empresa poderosa, para provar ser o autor de um invento. A história comove, pois Robert, obcecado por justiça, não vê parte de sua vida passar, afastando-se da esposa e filhos.
A trama prende a atenção, mas poderia ser menos extensa. As idas e vindas a tribunais tornam-se um pouco cansativas, no decorrer do thriller. Mas a atuação de Greg Kinnear, como protagonista, é o grande trunfo. Confira!
Avaliação: ***

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domingo, 13 de dezembro de 2009

A Pequena Moscou

Título original: Mała Moskwa
País: Polônia
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 113 min
Direção: Waldemar Krzystek
Elenco: Svetlana Khodchenkova, Lesław Żurek, Dmitri Ulyanov, Elena Leszczyńska, Artem Tkachenko e Jurij Ickov.

Sinopse: relata os abusos cometidos pelo Exército Soviético na cidade polonesa de Legnica, apelidada de A Pequena Moscou devido à presença, durante quase cinquenta anos (1945-1993) de uma base militar soviética, a maior da Polônia. Viera, uma jovem russa casada com Yuri, um piloto de caça, inicia um romance clandestino com Michał, um tenente polonês. O encontro acontece em 1967 quando das comemorações do 50° aniversário da Revolução de Outubro. A história de amor proibido se converte numa tragédia pessoal, que tem como pano de fundo uma tensa situação política, agravada pela invasão das tropas do Pacto de Varsóvia na Tchecoslováquia em 1968.

Crítica: o diretor dispensou o grande conteúdo histórico em prol de um romance novelesco, com atuações amadoras.
Infelizmente, técnica e produção de qualidade, desperdiçadas com uma trama fraca e arrastada.

Avaliação: **

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Do Começo ao Fim

Título original: Do Começo ao Fim
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Aluizio Abranches
Elenco: Fábio Assunção, Júlia Lemmertz, Gabriel Kaufmann, Jean Pierre Noher, Mausi Martínez, Louise Cardoso, Lucas Cotrim, Rafael Cardoso e João Gabriel Vasconcellos.

Sinopse: conta a história de Francisco e Thomás (meio irmãos) e de sua família. Anos mais tarde, quando Francisco tem 27 anos e Thomás 21, sua mãe Julieta morre repentinamente em um acidente de carro. Francisco e Thomás assumem sua paixão e tornam-se amantes.

Crítica: polêmica nem sempre significa sucesso. É o caso desse longa-metragem produzido por Aluizio Abranches.
A intenção de retratar uma forte e real história de amor não passou do papel. O problema não está no fato de ser uma relação homossexual ou entre parentes (o cineasta isenta a trama de qualquer julgamento ou preconceito), e sim na trama forçada.
Tudo é muito superficial: a interpretação, os diálogos, as situações. Nada ali convence. Parece simplesmente surreal. As declarações de amor são risíveis e os momentos íntimos são tão exagerados, que soam falsos.
Uma relação a dois ou familiar tem altos e baixos, conflitos, contradições, discussões. Faltou veracidade.
O filme não emociona e não comove. Então, sem um roteiro decente, um enredo consistente e uma direção eficiente, não existe cinema.
Avaliação: **

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Visitante

Título original: The Visitor
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Thomas McCarthy
Elenco: Richard Jenkins, Haaz Sleiman, Danai Gurira, Hiam Abbass, Marian Seldes, Maggie Moore, Michael Cumpsty, Bill McHenry, Richard Kind e Amir Arison.

Sinopse: Walter Vale (Jenkins), um professor de Economia de Connecticut, precisa ir a Nova York para uma conferência. Porém, descobre que tem um casal morando em seu apartamento: Tarek (Sleiman) e Zainab (Danai), imigrantes ilegais que tocam suas vidas normalmente na Big Apple. Após um habitual período de desentendimentos, o professor acaba propondo abrigo para eles em seu apartamento e, aos poucos, vai se envolvendo com essas pessoas e com o tambor sírio, instrumento que Tarek toca.

Crítica: o peso da idade e a situação dos imigrantes nos Estados Unidos pós 11 de setembro. Estes são os focos desse inteligente filme.
Richard Jenkins, sempre visto em papéis pequenos, brilha nessa trama e convence. Seu personagem, o professor Valter Vale é um viúvo recluso, monossilábico que empurra a vida com a barriga. Na universidade em Connecticut, leciona a mesma matéria há 20 anos e nas folgas livres tenta sem sucesso escrever um novo livro e aprender piano. O olhar vazio e o jeito seco e educado de cortar as pessoas dão a dimensão do seu isolamento. Ao ser convocado para ir numa conferência em Nova Iorque, ele não esconde a frustração.
Por sorte ele tem um apartamento na cidade que não visita há meses. Dentro dele, encontra um casal de imigrantes ilegais que foi enganado por um falso corretor que subalugou o imóvel. O nome do garoto é Tarek (Haaz Sleiman), um percussionista sírio. Sua namorada africana se chama Zainab (Danai Gurira), que ganha a vida como vendedora ambulante. Desfeito o mal entendido, Vale se compadece com os dois e os deixa ficar no apartamento por uns tempos até encontrarem um novo lar.
A amizade cresce entre ele e o simpático Tarek que o ensina os meandros da percussão. Apaixonado por música e viúvo de uma ex-pianista, o professor se encanta com o instrumento e desfruta de uma empolgação inédita. Logo os dois amigos estarão fazendo exibições pelas ruas da cidade. Até que num “mal-entendido” da polícia, o músico acaba preso pela imigração.
Nesse ponto, o diretor dá sua tacada de mestre. Sai um coadjuvante, entre outro. Após a prisão de Tarek, Mouna, interpretada pela atriz Hiam Habbas (Paradise Now), aparece no apartamento em busca de notícias do filho. A ligação de Vale com a nova hóspede é ainda mais forte e tonificante, sacudindo de vez a sua pacata existência.
Conduzido com sutileza, ‘O Visitante’ é um longa simples, porém caprichado. Tanto a dupla de jovens, quanto a dupla de veteranos mantém a regularidade das atuações. Haaz Sleiman e Danai Gurira são muito carismáticos, principalmente o ator. Hiam Habbas tem uma aparição curta, mas marcante.
A forma como o diretor une e desune as pessoas é outra virtude do filme. É muito sutil o modo como os personagens vão se transformando conforme o destino. De batucada em batucada, Vale vai pulsando suas emoções enquanto os outros perdem sua musicalidade. Da ópera ao afrobeat, a trilha musical embala com suavidade os dramas pessoais dos personagens. A crítica à maneira que o governo americano trata os imigrantes também é posta sem exageros na trama.
Um filme consistente com uma mensagem a refletir.

Avaliação: ***

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Partir

Título original: Partir
País: França
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: Catherine Corsini
Elenco: Kristin Scott Thomas, Sergi López, Yvan Attal, Bernard Blancan, Aladin Reibel, Alexandre Vidal, Daisy Broom, Berta Esquirol, Gérard Lartigau, Geneviéve Casile e Philippe Laudenbach.

Sinopse: depois de muitos anos dedicada ao casamento e aos filhos, Suzanne (Kristin Scott Thomas) resolve voltar a trabalhar como fisioterapeuta. Durante a reforma de seu consultório, ela se envolve com o responsável pelas obras, Ivan (Sergi López), um homem rústico que já esteve na prisão.

Crítica: sem problemas financeiros, casada com um médico, mãe de dois adolescentes e muito bem instalada no sul da França. Mesmo assim, Suzanne se cansa da vida burguesa tediosa, ainda mais com os filhos criados e independentes.
Suzanne decide, então, voltar a trabalhar como fisioterapeuta. A ideia é construir um consultório nos fundos da bela casa. É neste contexto que Suzanne conhece Ivan, empreiteiro da pequena obra. Atraídos e perdidamente apaixonados, estão dispostos a jogar para o alto toda e qualquer racionalidade em nome desta paixão
O tema não é exatamente uma novidade e, até por ser “clássico”, seria o menor dos problemas do longa. Mas faltou ousadia à direção. A história acaba passando sem envolver muito o espectador.
O que compensa um pouco é a excelente interpretação dos protagonistas que convencem, mesmo com um roteiro fraco.

Avaliação: **

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Abraços Partidos

Título original: Los Abrazos Rotos
País: Espanha
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 128 min
Direção: Pedro Almodóvar
Elenco: Penélope Cruz, Lluís Homar, Blanca Portillo, José Luis Gómez, Tamar Novas, Rubén Ochandiano, Marta Aledo, Kiti Manver, Rossy de Palma, Ângela Molina, Ramón Pons, Chema Ruiz, Alejo Sauras e Carmen Machi.

Sinopse: há 14 anos, o cineasta Mateo Blanco (Lluís Homar) sofreu um trágico acidente de carro, no qual perdeu simultaneamente a visão e sua grande paixão, Lena (Penélope Cruz). Sofrendo aparentemente de perda de memória, abandonou sua posição de cineasta e preservou apenas seu lado de escritor, cujo pseudônimo é Harry Caine. Um dia Diego (Tamar Novas), filho de sua antiga e fiel diretora de produção, sofre um acidente, e Harry vai em seu socorro. Quando o jovem indaga Harry sobre seus dias de cineasta, o amargurado homem diz se lembrar de detalhes marcantes de sua vida e do acidente.
Crítica: o roteiro é bom e, mais uma vez, Almodóvar surpreende. A trama, mesmo recheada de situações que se assemelham a um folhetim, em momento algum cai na pieguice. Ao contrário, segue com serenidade e de forma inteligente, aguçando a curiosidade do espectador, à medida que segredos vão sendo revelados. Além disso, ainda proporciona momentos hilários. Um dos ótimos filmes de 2009.
Avaliação: ***
*

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É Proibido Fumar

Título original: É Proibido Fumar
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Romance, comédia
Duração: 86 min
Direção: Anna Muylaert
Elenco: Glória Pires, Paulo Miklos, Marisa Orth, André Abujamra, Antonio Abujamra, Paulo César Peréio, Alice Giordano, Thogun, Lourenço Mutarelli Rafael Raposo, Paula Pretta, Marat Descartes, Marcelo Mansfield, Pitty, Aline Filócomo e Theo Werneck.

Sinopse: Baby (Glória Pires) é uma professora de violão, romântica e solitária, que deseja ardentemente viver uma grande paixão. Com a mudança de Max (Paulo Miklos), um músico de bar recém-separado, para o apartamento vizinho ao seu, Baby tem a chance de realizar seu sonho. Mas, para conquistar o amor, ela terá que abrir mão de seu mais antigo e fiel companheiro, o cigarro.

Crítica: o filme tem um bom roteiro e direção. A montagem amarra de forma sutil uma série de elementos que no começo podem parecer “tempos mortos” para mostrar a banalidade da vida. Porém, com o desenrolar dos fatos, o ritmo do filme cresce. O que parecia banal ganha tamanha importância para trama que, a cada nova aparição, nos deixa mais apreensivos. Os enquadramentos utilizados pela cineasta nos coloca dentro da ação.
A história é bastante humana, com personagens comuns e simples que podem um dia ser surpreendidos por algo ou alguém novo. Estabelece-se uma relação de empatia com os conflitos e as alegrias de seus protagonistas. Sem julgamentos e estereótipos.
Com uma grande reviravolta na vida de Baby, em meio a uma crise de abstinência de nicotina e a desconfiança de que está sendo traída, a trama progride.
Enfim, ‘É Proibido Fumar’ fala essencialmente de pessoas e as coloca em situações difíceis de resolver, revelando que podemos ser bons e maus. Há erros, acertos, desconfianças, inseguranças, mentiras e amor.
Avaliação: ***

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Mais Que O Máximo

Título original: Coco
País: França
Ano: 2009
Gênero: Comédia
Duração: 95 min
Direção: Gad Elmaleh
Elenco: Gad Elmaleh, Pascale Arbillot, Jean Benguigui, Manu Payet, Ary Abittan, Daniel Cohen, Noémie Lvovsky, Gladys Cohen, Nicolas Jouxtel, Léane Grimaud, Gérard Depardieu e Jacques Spiesser.

Sinopse: há 15 anos, Coco (Gad Elmaleh) imigrou para a França sem um tostão no bolso e, graças a uma grande invenção, tornou-se um empresário milionário. Exibido, ele adora realizar grandes eventos para se divertir ao máximo. Seu próximo alvo é a produção do bar mitzvah de seu filho Samuel (Nicolas Jouxtel). Coco deseja torná-lo o evento nacional do ano, ao contrário de sua esposa Agathe (Pascale Arbillot). De tão obsessivo em impressionar todo mundo, ele acaba afastando-se da família.
Crítica: a idéia inicial da comédia parece ser a crítica aos costumes, fazendo uma sátira interessante sobre o exagero dos novos ricos e o culto às celebridades. Mas, no decorrer do longa, o exagero de piadas, a presença maciça do protagonista, um roteiro frágil e um humor pouco contagiante tornam a história sem sustentação. Num certo ponto a doença de Coco, que seria um dos ângulos principais da trama, parece ter caído no esquecimento. E o final, já previsível, termina por decepcionar o espectador.
Avaliação: **

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Mais Tarde, Você Vai Entender

Título original: Plus Tard Tu Comprendras
País: França/Alemanha
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Amos Gitai
Elenco: Hippolyte Girardot, Jeanne Moreau, Emmanuelle Devos, Dominique Blanc, Denise Aron-Schropfer, Daniel Duval, Samuel Cohen, Mouna Soualem e Serge Moati.

Sinopse: Rivka (Jeanne Moreau), senhora judia que vive rodeada de objetos do passado, prepara o jantar para seu filho Victor (Hippolyte Girardot), enquanto acompanha na televisão o julgamento de Klaus Barbie. O ano é 1987, e o ex-líder da Gestapo, conhecido como o “açougueiro de Lyon”, finalmente enfrenta a justiça por seus crimes no Holocausto. Em seu escritório, Victor trabalha organizando os documentos e cartas que contam a história de sua família e também assiste ao julgamento. É quando Rivka reconhece na TV a voz de uma das testemunhas, a voz de um sobrevivente, que despertará emoções profundas entre mãe e filho.

Crítica: sob a perspectiva de um drama familiar, a crítica do filme é direcionada ao governo colaboracionista francês durante a ocupação nazista na Segunda Guerra e à omissão dos católicos diante do Holocausto. Rivka, uma judia que perdeu os pais num campo de extermínio, refez sua vida criando os filhos como católicos. Um deles, Viktor, tenta reconstruir a história dos avós, mas esbarra no silêncio da mãe, que se recusa a falar do passado.
A história se passa em 1987, quando ocorre o julgamento do genocida nazista, Klaus Barbie, o carniceiro de Lyon, transmitido por rádios e TV’s. Alguns depoimentos reabrirão as feridas de Rivka.
O enredo tem muito conteúdo, mas o foco se perde um pouco devido a cenas extensas e chatas demais, diálogos nem sempre consistentes e falta de objetividade. Tudo fica meio sem rumo.
Na expectativa de algo mais concreto, o espectador acaba por perder o interesse na trama. Uma direção mais cuidadosa teria impedido que isso acontecesse.

Avaliação: **

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domingo, 29 de novembro de 2009

Juízo

Título original: Juízo
País: Brasil
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: Maria Augusta Ramos
Elenco: -

Sinopse: acompanha a trajetória de jovens com menos de 18 anos diante da lei. Meninas e meninos pobres entre o instante da prisão e do julgamento por roubo, tráfico, homicídio. O documentário conduz o espectador ao instante do julgamento para desmontar os juízos fáceis sobre a questão dos menores infratores.

Crítica: mistura elementos de documentário e de ficção. A entrada da ficção é um artifício criativo para vencer uma restrição da legislação brasileira, que proíbe a exposição de menores. A cineasta recortou da cena o que seria ilícito, substituindo por outros jovens que pertencem à mesma realidade social dos infratores. O que acontece durante as audiências da II Vara Regional da Infância, da Juventude e do Idoso do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é verdadeiro, como o cenário, as histórias relatadas e os adultos presentes (juiz, promotoria, defesa e familiares). Os novos rostos entram no momento da edição, através de planos fechados filmados depois.
Não há uso de narração em off ou entrevistas. Cada “ator” busca reproduzir o que os infratores reais disseram, mas sem agir de forma falsa ou teatralizada e reagindo aos acontecimentos de acordo com a sua personalidade. Isso amplia o foco do filme, que passa a ser não apenas sobre um grupo de meninos, como de toda uma geração de jovens de comunidades carentes. Os substitutos não são infratores, contudo poderiam sim estar em seus lugares, já que todos têm uma proximidade imensa à violência.
A ideia é aproximar, o máximo possível, o espectador da realidade.

Avaliação: ***

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Um Namorado para Minha Esposa

Título original: Un Novio para Mi Mujer
País: Argentina
Ano: 2008
Gênero: Comédia
Duração: 96 min
Direção: Juan Taratuto
Elenco: Valeria Bertuccelli, Gabriel Goity e Adrián Suar.

Sinopse: Tenso (Adrián Suar) está casado com Tana (Valeria Bertuccelli) há um bom tempo, mas ultimamente sua esposa tem um humor insuportável. Ele quer a separação, mas não consegue juntar coragem para dizer a ela. Para resolver seu problema, ele contrata Cuervo para seduzir Tana.

Crítica: o diretor argentino já mostrou em sua carreira que consegue aliar muito bem a leveza de uma comédia com histórias palpáveis (Quem Disse Que é Fácil?).
O longa Diverte com uma história que une situações engraçadas em um enredo sincero. Todas as pessoas envolvidas em um relacionamento amoroso já passaram por crises e inseguranças, mas aqui essa situação é levada ao extremo.
Os relatos mau-humorados de Tana serão uma boa fonte de risadas para quem aprecia o humor explorado em espetáculos de stand-up comedy. Ao invés de começar as frases com "Eu não entendo...", ela usa o mote "Eu odeio pessoas que...".
Uma direção preciosa, um roteiro equilibrado e um elenco entrosadíssimo (o casal é ótimo). E o desfecho do filme é bastante inteligente, bem superior ao que costuma ocorrer nas comédias rasas.
Assista porque vale a pena.

Avaliação: ****

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sábado, 28 de novembro de 2009

Algo Que Você Precisa Saber

Título original: Quelque Chose à te Dire
País: França
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Cécile Telerman
Elenco: Mathilde Seigner, Pascal Elbé, Olivier Marchal, Charlotte Rampling, Patrick Chesnais, Sophie Cattani, Gwendoline Hamon, Laurent Olmedo, Jérôme Soubeyrand e Nathalie Cerda.

Sinopse: Mady Celliers (Charlotte Rampling) passa a maior parte do tempo falando mal de suas filhas e de seu marido, Henry (Patrick Chesnais), um ex-chefe de empresa que se transformou após a aposentadoria. Antoine (Pascal Elbé), o irmão mais velho, não consegue obter sucesso com sua empresa. Alice (Mathilde Seigner), a filha do meio, dedica-se à pintura para afastar a depressão. Já Annabelle (Sophie Cattani) é a caçula, trabalhando como enfermeira e tentando prever o futuro de sua família através das cartas. A situação da família Celliers permanece estável até o surgimento de Jacques de Parentis (Olivier Marchal), um policial solitário que acaba com a aparente harmonia.

Crítica: o filme fala sobre uma família problemática da classe alta francesa. A questão é repetir, sem criatividade e repleto de clichês, um assunto já esgotado.
A direção é medíocre, os planos são fechados e estáticos, a história é enfadonha e os personagens, superficiais. Parecem todos engessados, não conseguem dar emoção e credibilidade à atuação. Até mesmo a ótima Charlotte Rampling, aqui, está apagada.
Até o desfecho da trama é ruim. Temos a sensação de termos assistido a uma das famílias mais chatas e insuportáveis na tela de cinema para nada.

Avaliação: **

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Tempos Que Mudam

Título original: Les Temps qui Changent
País: França
Ano: 2009
Gênero: Drama, romance
Duração: 90 min
Direção: André Téchiné
Elenco: Catherine Deneuve, Gérard Depardieu, Gilbert Melki, Malik Zidi, Lubna Azabal, Tanya Lopert, Nabila Baraka, Idir Elomri, Nadem Rachati e Jabir Elomri.

Sinopse: Antoine (Gérard Depardieu) é enviado a Tânger (Marrocos) para supervisionar um canteiro de obras. Lá ele reencontra Cécile (Catherine Deneuve), com quem teve um relacionamento há 30 anos. Ela se mudou para o páis e lá se casou, enquanto que ele nunca superou o amor. Crítica: sou fã de filmes franceses, mas esse decepcionou. A história dramática possui as seguintes tramas: do filho de Cécile e de Antoine com Cécile, que tempos atrás tiveram um relacionamento, e que hoje, ambos sentem o peso do que aconteceu, principalmente Antoine (Gerard Depardieu), que ainda ama Cécile (Deneuve) e pretende reconquistá-la de todas as formas, porém, Cécile se encontra casada.
Apesar do clichê de “reconquistar o amor do passado”, o longa poderia ter sido bom, mas o romance não foi bem desenvolvido, ficou forçado e, mesmo sendo atores de peso, não convenceram.
A trama não empolga muito, a fotografia e a trilha sonora são sem graça. Não é o pior filme francês já feito, mas fica como passatempo, sem uma mensagem forte.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Vítimas da Guerra

Título original: In Transit
País: Rússia/Reino Unido
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Tom Roberts
Elenco: John Malkovich, Thomas Kretschmann, Evgueny Miranov, Vera Farmiga e John Lynch.

Sinopse: no caótico pós-Guerra, um grupo de alemães prisioneiros de guerra é enviado acidentalmente para um campo de concentração soviético para mulheres. Enquanto os guardas interrogam os oficiais da SS, eles fazem um amargo jogo de gato e rato com os prisioneiros. Ambos os grupos lentamente percebem que a situação não é o que eles pensam: preconceitos, às vezes, são armas injustas; e o amor pode ser encontrado até mesmo nos lugares mais inóspitos.
Crítica: um drama de guerra, no mínimo, inusitado. Aqui a situação é a seguinte: os prisioneiros de guerra são os nazistas e não os judeus.
Baseado em fatos reais, o filme é dirigido com sensibilidade e, num certo momento, somos comovidos pelo sofrimento desses prisioneiros, mesmo sabendo tudo o que eles fizeram.
A trama pretende mostrar que, apesar de tudo, eles também são seres humanos e têm sentimentos.
Algumas cenas são muito boas, como a que eles são liberados para uma noite de confraternização.
O bom elenco completa a obra, feita corretamente.

Avaliação: ***

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domingo, 22 de novembro de 2009

Busca Implacável

Título original: Taken
País: França
Ano: 2008
Gênero: Ação, suspense
Duração: 91 min
Direção: Pierre Morel
Elenco: Liam Neeson, Maggie Grace, Anjul Nigam, Goran Kostic, Holly Valance, Famke Janssen, Xander Berkeley, Katie Cassidy, Olivier Rabourdin, Leland Orser e Jon Gries.

Sinopse: Bryan Mills (Liam Neeson) é um ex-agente do governo, que desistiu da carreira para ficar ao lado de Kim (Maggie Grace), sua filha que mora com sua ex-mulher e seu novo marido. Ao fazer um passeio a paris com uma amiga, Kim acaba sendo seqüestrada. Bryan então começa a reunir pistas para poder encontrar e salvar sua filha.

Crítica: a história é fraca, mas garante o ritmo frenético da trama pelas sequências de ação.
Liam Neeson desempenha bem seu papel.
Enfim, diversão garantida para quem gosta de ação, sem ter que pensar muito. O filme correto.

Avaliação: ***

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Salvador

Título original: Salvador
País: Espanha/Inglaterra
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 134 min
Direção: Manuel Huerga
Elenco: Daniel Brühl, Tristán Ulloa, Leonardo Sbaraglia, Leonor Watling, Ingrid Rubio, Olalla Escribano, Carlota Olcina, Bea Segura, Andrea Ros, Joel Joan, Pau Derqui, Oriol Vila, Jordi Garcia e Simon Bellouard.

Sinopse: a história real do militante, assaltante de bancos e anarquista Salvador Puig Antich (Daniel Brühl), integrante do grupo Movimiento Ibérico de Liberación, cuja execução em 1974, a última realizada na Espanha com o método do garrote, instalou uma polêmica que ajudou a decretar o fim da ditadura franquista e o retorno da democracia ao país.

Crítica: Salvador Puig Antich foi militante político e assaltante de bancos em plena ditadura de Franco. Delatado por um integrante de seu grupo, Salvador sobreviveu à emboscada na qual foi capturado, apesar de ter recebido vários tiros. Na luta, matou também dois policiais. Encarcerado, passa a contar com a ajuda de um advogado ligado a seu grupo, que tenta livrá-lo da prisão ou, na pior das hipóteses, evitar sua pena de morte.
Toda cinebiografia costuma ser um pouco didática. "Salvador" não foge disto e cumpre bem esta função. Um pouco mais da metade do filme é usada para apresentar o militante, seus ideais de vida, como é seu grupo e os assaltos que realizam, a perseguição que sofre, sua vida na prisão. O restante é usado para mostrar a preparação para a pena de morte, que é quando a trama cresce bastante. A espera chega a ser angustiante, pois é retratada passo a passo: a luta nos tribunais, a tentativa de conseguir o perdão, a visita das irmãs, a espera até o momento de se encaminhar ao local onde será morto, a ida propriamente e, enfim, a morte.
Destaque para a ótima atuação de Daniel Brühl, que está se tornando uma estrela do cinema europeu. Espanhol de nascimento, ele também fala alemão.
Um bom filme. Vale a pena conferir.

Avaliação: ***

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sábado, 21 de novembro de 2009

Coco Antes de Chanel

Título original: Coco Avant Chanel
País: França
Ano: 2009
Gênero: Biografia, drama
Duração: 105 min
Direção: Anne Fontaine
Elenco: Audrey Tautou, Yan Duffas, Benoît Poelvoorde, Alessandro Nivola, Marie Gillain, Emmanuelle Devos, Régis Royer e Lisa Cohen.

Sinopse: após a morte da mãe, Gabrielle “Coco” Chanel é deixada pelo pai num orfanato, junto com a irmã. Na juventude, trabalha numa alfaiataria durante o dia e canta à noite num cabaré. Lá conhece o milionário Étienne Balsan, que a leva para viver com ele. É fazendo roupas para o amante que Chanel desenvolve o talento de estilista. Sem colocar limites entre a vida, o amor e o trabalho, passa a usá-las também. Mesmo vivendo apaixonadamente, sabia no entanto que nunca se casaria. Nem com o homem de sua vida, Boy Capel. Afrontando as convenções do seu tempo, Chanel inventa a mulher moderna.
Crítica: uma biografia, com narrativa linear, da infância pobre até o início do estrelato. Produção e roteiro caprichados. Audrey Tautou convence no papel de Coco. Benoît Poelvoorde está excelente como o milionário Étienne. No final, poderia ter havido um pouco mais de continuidade na história dessa grande estilista e mulher. Infelizmente, foi uma biografia um pouco resumida.
Curiosidade: ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original em 2004.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nine

Título original: Nine
País: EUA/Itália
Ano: 2009
Gênero: Musical, drama
Duração: 118 min
Direção: Rob Marshall
Elenco: Daniel Day-Lewis, Penélope Cruz, Marion Cotillard, Fergie, Kate Hudson, Judi Dench e Nicole Kidman.

Sinopse: paixão, fantasia, desejo, amor, arte, estilo, desilusões, sonhos – a vida sempre foi um grande circo para o cineasta de renome internacional da década de 60, Guido Contini (Daniel Day-Lewis), até que ele se torna a sua própria vítima.
Crítica: num filme de gênero musical, as danças e músicas têm papel importante, claro, assim como o figurino, que aqui é impecável.
Todos os números são bastante coesos e apresentam apenas um personagem cantando, dominando a cena. Talvez isso tenha tornado o longa mais entediante, nem sempre agradando o público. Quando Kate Hudson entra em cena, por exemplo, estraga tudo. Sua parte é a pior de todas, uma música chata e forçando a barra no idioma. Está aqui outro ponto negativo: a história se passa toda na Itália, com personagens italianos e o filme é todo falado em inglês.
Day-Lewis e Penélope Cruz, numa dança sensual arrasadora, estão brilhantes em seus papéis. Fergie canta um número empolgante, cheia de charme e coreografia bem afiada.
Mas, com exceção dessas partes isoladas, o conjunto da obra não foi satisfatório.
Curiosidade: história adaptada do clássico filme de Frederico Fellini, “Oito e Meio”, em que o famoso cineasta Guido Contini (Daniel Day-Lewis) passa por uma crise de criatividade para realizar seu próximo filme, o que o leva a lidar com amores e frustrações.
Avaliação: **

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Arranca-me a Vida

Título original: Arráncame la Vida
País: México
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 107 min
Direção: Roberto Sneider
Elenco: Ana Claudia Talancón, Daniel Giménez Cacho, Joaquín Cosio, José María de Tavira, Maraina Peñalva e Irene Azuela.

Sinopse: Catalina Guzmán (Ana Claudia Talancón) busca a liberdade no ambiente machista do México, em 1930. Ela encontra em Andres Ascencio (Daniel Giménez Cacho), homem simpático e poderoso, um meio de sair de seu mundo limitado. Porém, rapidamente, descobre que, ao ligar sua vida a dele, está perdendo sua tão sonhada liberdade e acaba se apaixonando por outro homem da mesma roda de amigos de seu marido, arriscando sua vida por este amor. Adaptação do romance "Arráncame la Vida", da mexicana Ángeles Mastretta.

Crítica: filme mais caro da história do cinema mexicano, ‘Arranca-me a Vida’ conseguiu nas bilheterias do seu país recorde de público no fim de semana da sua estreia. Porém, não agradou muito fora de lá.
Ambientado nos anos de 1930 e 1940, quando o país passava por importantes mudanças políticas ainda à sombra da Revolução Mexicana. Esse é o contexto histórico em que o drama de Catalina é retratado.
A transição que começou na revolução de 1910 e tirou do poder o ditador Porfírio Diaz tenta dar mais poder aos trabalhadores. Contra eles estão os interesses políticos e econômicos dos governantes e de países como os Estados Unidos, sempre de olho na oportunidade de lucrar com os vizinhos do sul.
A película não é, de forma alguma, uma aula de história nem uma aula de dramaturgia, mas com seu jeito novelesco tem elementos suficientes para entreter o público. Poderia ser um filme menos dispendioso, mas parte da sua graça está justamente no tratamento dado ao figurino e aos cenários, todos impecáveis na reprodução.
Nitidamente, foi um filme feito para arrecadar dinheiro e agradar a maioria com sua super produção.
A trama melhora mais do meio para o final devido às possibilidades da história, não pelo trabalho de direção ou produção.

Avaliação: ***

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Bastardos Inglórios

Título original: Inglorious Basterds
Ano: 2009
País: EUA/Alemanha
Gênero: Guerra
Duração: 153 min
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Brad Pitt, Christoph Waltz, Eli Roth, B.J. Novak, Mélanie Laurent, Mike Myers, Michael Fassbender, Diane Kruger, Til Schweiger, Daniel Brühl, August Diehl, Léa Seydoux, Sylvester Groth, Omar Doom, Denis Menochet, Julie Dreyfus, Martin Wuttke, Rod Taylor e Maggie Cheung.

Sinopse: durante a Segunda Guerra Mundial, grupo de soldados americanos judeus é conhecido como "The Basterds" (os bastardos). São eles os responsáveis por espalhar o medo e o terror no Terceiro Reich, escalpelar e assassinar brutalmente os nazistas. É nesse ambiente que eles cruzam o caminho de Shosanna, uma jovem judia que tem um cinema em Paris e é alvo dos soldados.
Crítica: mesmo mantendo seu estilo, Quentin Tarantino surpreende mais uma vez, combinando histórias de opressão, infames, verídicas e heróicas da Segunda Guerra Mundial. A velha mescla de humor com sangue, que ele faz com maestria, aliada a uma trilha sonora marcante, a diálogos muito interessantes e ao elenco sublime (destaque aqui para Christoph Waltz, que vive o coronel nazista Hans Landa), tornam o longa imperdível. Apesar de fictício, é um filme que faz você não querer sair da cadeira ao término da sessão. Dá vontade de ver novamente. Eu, mesma, vi duas vezes.
Curiosidade: Leonardo DiCaprio chegou a ser cogitado para protagonizar o filme.
Christoph Waltz levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, em 2010.
Avaliação: *****

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domingo, 15 de novembro de 2009

Prince of Broadway

Título original: Prince of Broadway
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Drama, comédia
Duração: 104 min
Direção: Sean Baker
Elenco: Prince Adu, Karren Karagulian, Aiden Noesi, Keyali Mayaga, Kat Sanchez e Victoria Tate.

Sinopse: é a história de Lucky (Prince Adu), imigrante ilegal de Ghana que trabalha para Levon (Karren Karagulian), imigrante armênio dono de uma loja de produtos de moda falsificados. O conflito surge quando uma mulher apresenta um garoto a Lucky e lhe diz que ele é seu filho. Ele é obrigado a cuidar da criança quando a mãe foge. Como não sabe seu nome, começa a chamá-lo de Prince. Isso ocorre enquanto Levon luta para salvar um casamento falido.

Crítica: o filme é sobre uma grande cidade e seus imigrantes, dessa vez, Nova York.
Uma trama simples, mas bem desenvolvida que comove e diverte. Aliás, os diálogos permeados com humor aliviam o drama do personagem.
Diversos temas são abordados na história: relacionamento, adoção, imigração.
O final é bom e traz uma bela mensagem.

Curiosidade: o longa ganhou, simultaneamente, num mesmo dia, dois prêmios em dois festivais de continentes diferentes, o da audiência no Festival de Belfort e o do júri no Woodstock Film Festival.
Avaliação: ***

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sábado, 14 de novembro de 2009

Tsar

Título original: Tsar
País: Rússia
Ano: 2009
Gênero: Ficção
Duração: 116 min
Direção: Pavel Lounguine
Elenco: Pyortr Mamonov, Oleg Yankovsky e Aleksandr Domogarov.

Sinopse: 1565. Enquanto o inimigo polonês avança sobre o território russo, o czar Ivan IV, conhecido como Ivan o Terrível, sucumbe à loucura e ao misticismo. Sua milícia pessoal aterroriza o povo e a nobreza, o que provoca a renúncia do líder da Igreja Russa. Em seu lugar, Ivan entroniza seu amigo de infância, o honesto Philip. Mas os dois logo entram em confronto. Philip se opõe às ações sangrentas do czar, que acredita ser o depositário da vontade de Deus na terra. É o começo de um duelo mortal, nos planos político e espiritual.

Crítica: tendo em mãos toda uma história sobre o Czar Ivan IV, o diretor poderia ter feito um grande filme histórico. Mas, infelizmente, a trama mal estruturada acabou por parecer novelesca aos espectadores.
O roteiro ruim e uma performance indesejável do elenco prejudicaram bastante o desenvolvimento do longa, que se revelou um trabalho de amador.

Avaliação: **

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À Procura de Eric

Título original: Looking for Eric
País: Inglaterra/França/Itália/Bélgica
Ano: 2009
Gênero: Comédia, drama, esporte
Duração: 116 min
Direção: Ken Loach
Elenco: Steve Evets, Eric Cantona, Stephanie Bishop, Gerard Kearns, Stefan Gumbs, Lucy-Jo Hudson, Cole Williams, Dylan Williams, Matthew McNulty, Laura Ainsworth, Maxton Beesley, Kelly Bowland, Julie Brown, John Henshaw e Justin Moorhouse.

Sinopse: Eric Bishop é um homem de meia-idade que trabalha na central dos correios de Manchester – a cidade do time de futebol Manchester United e esporte pelo qual ele é um fanático. Mas a vida de Eric atravessa uma profunda crise: a segunda esposa não volta para casa, ainda que tenha sido libertada da prisão há alguns meses; ele está sozinho com dois enteados adolescentes que não lhe respeitam. Tudo isso somado leva Eric a entrar em pânico. Até o dia em que, como se um gênio saísse da lâmpada de Aladim, aparece na sua frente um outro Eric, o jogador de futebol francês Eric Cantona.

Crítica: o início do filme parece não ser muito animador. Começa lento, mas depois a trama flui bem e surpreende. Em parte, pela direção competente e pelo elenco de primeira, mesmo que quase completamente desconhecido.
Mesclando comédia e drama na medida certa, o filme passa uma bela mensagem de amizade que, até por caminhos estranhos, pode ser uma grande aliada nos momentos mais difíceis.
O diretor demonstrou como é possível contar uma boa história, com criatividade e originalidade.

Avaliação: ***

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Amor Extremo

Título original: The Edge of Love
País: Inglaterra
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: John Maybury
Elenco: Keira Knightley, Cillian Murphy, Matthew Rhys, Sienna Miller, Lisa Stansfield, Anne Lambton, Camilla Rutherford e Richard Clifford.

Sinopse: baseado em histórias reais que giram em torno de duas mulheres muito a frente do seu tempo e seus amores, Caitlin (Sienna Miller) e Vera (Keira Knightley), do soldado apaixonado por Vera, William (Cillian Murphy), e do brilhante e incorrigível Dylan (Matthew Rhys) casado com Caitlin. Em meio às incertezas da guerra, promessas são quebradas e o relacionamento dos dois jovens casais se entrelaçaram de maneira perigosa e arriscada. A única coisa mais perigosa que uma guerra é o amor.

Crítica: a trama se desenvolve através do antigo caso de amor entre Dylan e Vera, enquanto Caitlin é apaixonada por Dylan e William é louco por Vera.
Numa análise geral, a história divide-se em duas partes, seja na adoção da fotografia e técnica em geral, seja na trama em si. Num primeiro momento, Vera é a cantora dos sonhos dos soldados ingleses. Ela (en)canta em locais públicos e entoa canções para o entretenimento dos sofridos soldados que lutam na guerra. É numa dessas noitadas que ela reencontra um antigo amor de adolescência, Dylan. Ele e sua atual mulher, Caitlin, são bem descolados, vivem aos tapas e beijos e ela tem ciúmes da concorrente, mas leva numa boa. Enquanto isso, o soldado William surge como um eterno apaixonado, fazendo juras de amor a Vera, balançando o coração da moça.
Nessa primeira etapa, o diretor aposta numa homenagem clara aos filmes clássicos de romance. Tem o mocinho, a mocinha e o boêmio. A mocinha deve escolher entre o amor antigo e uma nova paixão. O antigo é aventureiro, poeta e boêmio. O novo é romântico e estável na vida. Os contrastes são muito bem apresentados, especialmente na fotografia. Várias tomadas evocam filmes que até hoje não saem da cabeça dos amantes do cinema – é impossível não relacionar uma cena de beijo entre Vera e William à alguns momentos de “…E o Vento Levou”.
Os batons vermelhos, cigarros, posições lânguidas, poesias, paixão e amor são substituídas por um cenário melancólico. É assim a segunda etapa do longa, passada quase que totalmente numa paisagem desoladora no País de Gales. Claro, isso tudo reflete as situações que a própria trama impõe e como a vida dos quatro se encaminha. É o momento das poesias de Dylan tomarem um caráter mais sombrio. A sensualidade de Vera é substituída por roupas largas e menos sensuais. Infelizmente, não dá para contar o porquê da mudança – senão perde a graça – porém o diretor consegue pontuar muito bem essa transformação. Agora, tudo é mais tenso e dramático.
Um bom filme, mas não justifica o estardalhaço feito quando de seu lançamento.

Curiosidade: drama biográfico sobre Dylan Thomas (Matthew Rhys), considerado um dos maiores poetas do século XX da língua inglesa. Apesar de ter morrido ainda jovem, aos 39 anos, deixou um legado poético que o tornou um dos maiores influenciadores de toda uma geração de escritores.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tulpan

Título original: Tulpan
País: Cazaquistão/Alemanha/Suíça/Rússia/Polônia
Ano: 2008
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 100 min
Direção: Sergey Dvortsevoy
Elenco: Askhat Kuchinchirekov, Samal Yeslyamova, Ondasyn Besikbasov, Tulepbergen Baisakalov e Bereke Turganbayev.

Sinopse: tudo o que o jovem Asa mais quer para seu futuro é virar pastor de ovelhas nas estepes do seu país, Cazaquistão. Depois de prestar o serviço militar na marinha, ele retorna para casa e faz de tudo para realizar o sonho. Porém, pelas tradições do local, só poderá trabalhar como pastor se for casado, e a única mulher disponível na aldeia é a jovem Tulpan. A garota, no entanto, não aceita o pedido de Asa, já que acha que ele tem a orelha grande demais para ser seu marido. Como ela é a sua única chance de atingir seu objetivo de vida, ele faz de tudo para convencê-la do contrário.
Crítica: misto de documentário e ficção, com uma fotografia bem marcante. O elenco mistura atores e não profissionais; esses interpretam papéis próximos às suas rotinas, com seus próprios nomes, o que torna as cenas mais naturais. Um pouco da cultura e da vida nômade dos cazaques na região é retratada. Algumas cenas exibidas foram flagrantes, como o momento em que um dos personagens tenta salvar uma ovelha durante um parto. O filme também aborda o choque entre as tradições e a modernidade, com jovens que querem partir para a cidade, mas têm dificuldade em se adaptar. O humor norteia o longa, que é uma boa surpresa, ainda mais por ser o primeiro longa do diretor Sergey Dvortsevoy.

Curiosidade: candidato do Cazaquistão ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.
Avaliação: **

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Tokyo!

Título original: Tokyo!
País: França/Japão/Alemanha/Coreia do Sul
Ano: 2009
Gênero: Comédia
Duração: 112 min
Direção: Joon-ho Bong, Leos Carax e Michel Gondry
Elenco: Yû Aoi, YosiYosi Arakawa, Jean-François Balmer, Julie Dreyfus, Ayako Fujitani, Ayumi Ito, Teruyuki Kagawa, Eimei Kanamura, Ryo Kase, Denis Lavant, Yutaka Matsushige, Nao Omori, Sohee Park, Naoto Takenaka, Satoshi Tsumabuki e Hiroshi Yamamoto.

Sinopse: três cineastas examinam a natureza nada típica e inesquecível da megalópole japonesa que não para de crescer. Gondry, Carax e Joohn-Ho dão vida a personagens que vivem nessa cidade em constante movimento... Um filme, narrado como uma grande rapsódia feito por três diretores, três histórias e o espírito da grande Tokyo!

Crítica: conta histórias diferentes na cidade de Tóquio, dando um panorama sobre sua sociedade.
O filme vem didivido em 3 partes. A primeira e a terceira são as melhores. Os diretores abusam da criatividade para criticar a modernidade e suas consequências. O elenco é muito bom, assim como as situações criadas.
No geral, a obra agrada, mas seria melhor se fossem pequenos curtas. Unidos, dariam maior dinamismo e força aos objetivos da trama.

Avaliação: ***

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

April Bride

Título original: Yomei 1-kagetsu no hanayome
País: Japão
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 126 min
Direção: Ryuichi Hiroki
Elenco: Nana Eikura, Eita, Akira Emoto, Ren Ôsugi, Ryûki Nishimoto, Satomi Tezuka, Tomorowo Taguchi, Kanji Tsuda e Misako Yasuda.

Sinopse: Chie (Nana Eikura) e Taro (Eita) se conhecem, se gostam e começam a namorar. Mas Chie quer terminar o namoro, por não querer fazer o namorado sofrer com o tratamento de quimioterapia que ela iniciará, contra o câncer de mama. Mas Taro irá provar que não a ama só na saúde. O filme é baseado em fatos reais, sobre um caso que foi acompanhado todo o país, através de depoimentos que Chie gravava para a tevê.

Crítica: inspirado na história verídica de Chie Nagashima, uma mulher com câncer de mama e de seu marido Taro Akasu, o filme mostra uma incrível história de amor e dedicação.
Apesar de apelar para o drama em alguns momentos, o que é difícil de evitar, o filme é bem produzido e conta com um bom elenco. No final dos créditos, aparece uma foto da verdadeira Chie.
Avaliação: ***

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domingo, 8 de novembro de 2009

Your Friends

Título original: Kimi no tomodachi
País: Japão
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: Ryuichi Hiroki
Elenco: -

Sinopse: adaptação do romance de Kiyoshi Shigematsu, conta a história de duas amigas: Emi e Yuka. Já adulta, Yuka conhece um jovem fotografo que se interessa por ela. Através das fotos de Yuka – ela tira fotos do céu, das “nuvens de algodão” -, o jovem começa a mexer com suas lembranças da infância e adolescência. Emi e Yuka tornaram-se amigas por uma dificuldade física em comum: a primeira tem uma doença nos rins que a impede de correr e brincar. A segunda ficou manca após um acidente de carro. O mais impressionante na amizade das duas é que começa por um sentimento de culpa: Yuka culpa Emi pelo acidente que a deixou com o problema motor.

Crítica: o filme trata de um tema pesado, mas contado por uma ótica infantil, ganha leveza e delicadeza que comovem os espectadores.
Além da história de Emi e Yuka, outros personagens entram no enredo e formam um mosaico de assuntos relacionados à amizade; rejeição; o amor que separa dois amigos; problemas de auto-afirmação que impedem que se faça uma amizade; a perda de um amigo.
A fotografia é bela. As personagens em seus momentos mais íntimos são sempre filmadas de longe, como se uma aproximação da câmera pudesse atrapalhar as revelações mais íntimas entre elas. A trilha sonora é composta por músicas pop, condizentes com o universo adolescente das protagonistas.
A direção é que peca um pouco do meio para o final quando o ritmo fica mais lento, as situações repetitivas e os diálogos enfraquecidos.
Mesmo assim, é uma história emocionante produzida pelo cinema japonês.

Avaliação: ***

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Cidadão Boilesen

Título original: Cidadão Boilesen
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 92 min
Direção: Chaim Litewski
Elenco: depoimentos de Fernando Henrique Cardoso, Jarbas Passarinho, Erasmo Dias, Helio Bicudo, Dom Paulo Evaristo Arns, Celso Amorim, entre outros.

Sinopse: um capítulo sempre subterrâneo dos anos de chumbo no Brasil, o financiamento da repressão violenta à luta armada por grandes empresários ganha contornos mais precisos neste perfil daquele que foi considerado o mais notório deles. As ligações de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do grupo Ultra, com a ditadura militar, sua participação na criação da temível Oban – Operação Bandeirantes – e acusações de que assistiria voluntariamente a sessões de tortura emergem de diversos depoimentos de personagens daquela época.
Crítica: o documentário, muito bem dirigido e filmado, mostra o lado sombrio do homem que ajudou a financiar a tortura na ditadura militar brasileira. É enriquecedor pela quantidade de informações e pelas entrevistas. Deveria ser obrigatória a sua apresentação nas escolas brasileiras. Brilhante!
Avaliação: ****

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sábado, 7 de novembro de 2009

Rastros de Justiça

Título original: Five Minutos of Heaven
País: Irlanda/Reino Unido
Ano: 2009
Gênero: Drama, policial, suspense
Duração: 90 min
Direção: Oliver Hirschbiegel
Elenco: Liam Neeson, James Nesbitt, Anamaria Marinca, Mark Davi, Diarmuid Noyes, Conor MacNeill, Juliet Crawford e Katy Gleadhill.

Sinopse: norte da Irlanda. Alistair Little, membro do grupo paramilitar, mata o católico Jim Griffin. Duas semanas depois, Alistair e mais três envolvidos no tiroteio são presos e condenados. O crime foi testemunhado pelo irmão de Jim, Joe Griffin. Trinta anos mais tarde, após cumprir sentença, Alistair é solto e um pretexto de reconciliação com Joe surge. O que ele não sabe é que Joe tem outras intenções.
Crítica: atitudes que afetam toda uma vida. É do que trata o filme, de forma simples e objetiva, ainda que um pouco lenta.
Dois homens que buscam encontrar, ao menos, uma justificativa pelos acontecimentos. Condenados diferentemente, um pelo crime e outro pela dúvida covarde que construiuem torno de si, enfrentarão o desejo de justiça na tentativa de sanar dúvidas do passado e recomeçar uma nova etapa.
Liam Neeson e James Nesbitt fazem um excelente trabalho, aliás são toda a base da trama.

Avaliação: ***

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Polícia Adjetivo

Título original: Politist, Adjectiv
País: Romênia
Ano: 2009
Gênero: Policial, drama
Duração: 115 min
Direção: Corneliu Porumboiu
Elenco: Dragos Bucur, Vlad Ivanov, Irina Saulescu, Ion Stoica, Marian Ghenea, Cosmin Selesi, George Remes, Dan Cogalniceanu, Serban Georgevici, Costi Dita, Alexandru Sabadac, Anca Diaconu e Radu Costin.

Sinopse: Cristi é um policial que se recusa a prender um jovem que ofereceu haxixe a dois colegas de escola. O ato de oferecer drogas é punido pela lei, mas Cristi acredita que a lei irá mudar e não quer ficar com peso na consciência por condenar um jovem que ele considera somente irresponsável. Para seus superiores, porém, a palavra “consciência” tem um significado diferente.

Crítica: o debate que o filme tenta levantar é válido não somente na Romência, como em qualquer lugar do mundo.
O problema é que o roteiro não soube conduzir a trama de maneria agradável para o espectador. As cenas são muito lentas, há poucos diálogos e quase nada acontece.
Com exceção de alguns trechos engraçados e interessantes entre o policial e seu supervisor, a maior parte do filme segue arrastada e desinteressante.
Uma pena, pois o diretor tinha em mãos um bom tema a ser explorado. Com uma direção mais trabalhada e um elenco melhor, a minha nota poderia ser outra.

Avaliação: **

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O Solista

Título original: The Soloist
País: Inglaterra/EUA/França
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 117 min
Direção: Joe Wright
Elenco: Jamie Foxx, Robert Downey Jr., Catherine Keener e Rachael Harri.

Sinopse: baseado na história real do prodígio musical Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), que desenvolveu esquizofrenia no seu segundo ano na famosa Escola de Artes Performáticas Juilliard, de Nova York. Ayers acabou como sem-teto nas ruas do centro de Los Angeles, onde toca violino e violoncelo.

Crítica: por ser inspirado em fatos reais, o fime mostrou-se bastante superficial.
Creio que tenha comovido pouco, em parte pelo desempenho fraco dos atores. Esse foi o pior papel de Jamie Foxx. Bastante caricato, não convenceu como o músico esquizofrênico. Rober Downey Jr., jornalista que descobre o talento de Nathaniel, faz seu dever de casa, nada além disso.
O longa traz alguns flashbacks que revelam o passado do músico.
Uma história bela, mas com uma produção fraca.

Curiosidade: o filme é baseado no relacionamento que Ayers desenvolveu com o jornalista do Los Angeles Times, Steve Lopez.
Avaliação: **

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Procurando Elly

Título original: Darbareye Elly
País: Irã
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 119 min
Direção: Asghar Farhadi
Elenco: Taraneh Alidousti, Golshifteh Farahani, Mani Haghighi, Shahab Hosseini, Merila Zarei, Peyman Moadi, Rana Azadivar, Ahmad Mehranfar e Sabe Abar.

Sinopse: após passar anos na Alemanha, Ahmad (Shahab Hosseini) volta ao Irã e seus amigos organizam três dias de comemoração. Sem que o resto do grupo saiba, Sepideh (Golshifteh Farahani) convida para a festa a jovem Elly (Taraneh Alidoosti), professora de sua filha. Ahmad, que acabou de se separar da esposa alemã e gostaria de começar uma nova vida com uma iraniana, vê em Elly a mulher perfeita. No dia seguinte, no entanto, ela desaparece misteriosamente. O clima entre os amigos torna-se amargo e acusatório e eles iniciam uma pequena investigação para descobrir o paradeiro da moça.

Crítica: o drama é intenso e poderia se passar em qualquer lugar do mundo, com exceção de algumas cenas que denunciam a cultura “machista e discriminatória” iraniana.
O suspense é muito bem conduzido durante o filme, mantendo a atenção do espectador até o final.
Um elenco satisfatório e um roteiro que surpreende por contar uma história que pode acontecer a qualquer um.

Avaliação: ***

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Código de Conduta

Título original: Law Abiding Citizen
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Suspense, ação
Duração: 109 min
Direção: F. Gary Gray
Elenco: Jamie Foxx, Gerard Butler, Michael Gambon, Leslie Bibb, Josh Stewart, Regina Hall, Bruce McGill e Christian Stolte.

Sinopse: Clyde Shelton (Gerard Butler) tem sua mulher e filha assassinadas brutalmente, após ter sua casa invadida. Quando os assassinos são capturados, o jovem procurador Nick Rice (Jamie Foxx) assume o caso. Mas, seu chefe, obriga-o a soltar um dos suspeitos em troca do testemunho contra seu cúmplice. Dez anos depois, este homem é encontrado morto e Clyde admite a culpa. Então, ele dá um aviso a Nick: consertar o erro da justiça ou cada envolvido será morto. De sua cela, então, ele passa a orquestrar uma série de matanças que ninguém consegue prever. Agora, somente Nick pode deter as mortes.
Crítica: o início do filme é arrebatador, mostrando o assassinato cruel da esposa e filha de Clyde.
Depois, vê-se um pai revoltado com as brechas da lei e acordos de advogados que permitiram a soltura de um dos suspeitos. Ele quer fazer justiça e pensamos que se utilizará dos próprios subterfúgios que condena – falhas na lei – para por em prática sua vingança.
Mas, infelizmente, daí em diante o que assistimos é uma sequência de ação, correria e violência sem limites, em cenas surreais.
O que poderia ser uma crítica ao sistema judiciário vira apenas um filme comercial, com o único intuito de obter uma grande bilheteria.

Avaliação: ***

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Outrage

Título original: Outrage
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: Kirby Dick
Elenco: -

Sinopse: sobre políticos gays norte-americanos no armário e que patrocinam legislação antigay. Esses políticos incluem o governador da Flórida, Charlie Crist, o congressista pela Califórnia David Dreier, o ex-prefeito de Nova Iorque, Ed Koch, e o ex-congressista pela Louisiana, Jim McCrery. O filme também apresenta entrevistas com os políticos abertamente gays Barney Frank, Jim McGreevey e Tammy Baldwin.
Quando perguntado sobre a ética em revelar a orientação sexual de políticos que optaram em preservar suas vidas particulares, Dick respondeu dizendo "nosso filme toma a posição de não visar os políticos que estão no armário, mas não votam contra os gays”.

Crítica: uma acusação contra a hipocrisia de políticos que votam contra projetos em defesa dos direitos gays e fazem campanha contra as causas GLBT, porém escondem sua própria homossexualidade.
Revelando informações sobre a vida secreta de alguns dos maiores políticos americanos, o filme ainda examina os atos de cumplicidade da mídia, que muitas vezes não publica os segredos dessas autoridades.
Com depoimentos de nomes eminentes da comunidade gay, como o deputado Barney Frank e Jim McGreevey, ex-governador de New Jersey, e o escritor e ativista Larry Kramer, o documentário faz uma investigação psicológica dos políticos que levam uma dupla vida, e os critérios desiguais que a mídia utiliza na cobertura da vida sexual de figuras públicas homossexuais.
Vale a pena ver. Revelador e muito bem produzido.

Avaliação: ***

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sábado, 24 de outubro de 2009

Casamento Silencioso

Título original: Nunta Muta
País: Romênia/Luxemburgo/França
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 97 min
Direção: Horatiu Malaele
Elenco: Meda Victor, Alexandru Potocean, Valentin Teodosiu, Alexandru Bindea, Ioana Anastasia Anton, Luminita Gheorghiu, Dan Condurache, Serban Pavlu, Victor Rebengiuc, Tamara Buciuceanu, Tudorel Filimon, George Ivascu, George Mihaita, Doru Ana e Mihai Constantin.

Sinopse: em 1953, em uma vila na Romênia, o casal Mara e Iancu decidem se casar no dia 05 de março, no mesmo dia em que é anunciado a morte de uma jovem chamada Estaline, mas a festa do casal continua mesmo depois da trágica notícia.
Crítica: num bucólico cenário campestre do começo dos anos 1950, em meio a tanques de guerra e temidos soldados soviéticos, um vilarejo se mobiliza em torno do casamento de dois jovens. O assassinato de uma garota na véspera da cerimônia instaura o clima sobrenatural, diante da aparição do fantasma da falecida.
Com um narrativa excêntrica e uma história inusitada, a trama mescla comédia, drama e suspense, com direito a cenas focadas em acontecimentos surreais e em tradições culturais do país.
Como ocorre em muitos filmes europeus, um evento corriqueiro serve para retratar um importante momento histórico e é utilizado para debater conflitos delicados, o que prende a atenção do espectador.
A trama revela muitas surpresas e situações inesperadas. Originalidade é a marca desta película. Vale a pena conferir.
Avaliação: ***

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domingo, 11 de outubro de 2009

Segredos do Coração

Título original: Bestia nel cuore
País: Itália/França/Espanha
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 116 min
Direção: Cristina Comencini
Elenco: Giovanna Mezzogiorno, Alessio Boni, Stefania Rocca, Angela Finocchiaro, Giuseppe Battiston, Luigi Lo Cascio, Valerio Binasco, Francesca Inaudi e Lucy Akhurst.

Sinopse: Sabina (Giovanna Mezzogiorno) está feliz com seu trabalho e seu amor por Franco. Mas pesadelos começam a perturbá-la. Ao mesmo tempo ela descobre que está grávida. Passo a passo, Sabina lembra-se da sua infância passada numa família severa de classe média. No entanto, o maior segredo está guardado em seu coração. Ela entra em contato com seu irmão Danielle (Luigi Lo Cascio), que vive nos Estados Unidos, para tentar entender o que aconteceu no seu passado.

Crítica: forte e ousado. Uma boa trama, com uma interpretação convincente de Giovanna Mezzogiorno. Destaque também para Stefania Rocca (Emília) e Luigi Lo Cascio.
Além da história central da protagonista, os enredos paralelos são interessantes e abordam várias situações comuns às relações humanas.
Vale a pena conferir.
Avaliação: ***

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domingo, 4 de outubro de 2009

Schubert – A Casa das Três Meninas

Título original: Das Dreimäderlhaus
País: Alemanha
Ano: 1958
Gênero: Arte
Duração: 97 min
Direção: Ernst Marischka
Elenco: Jane Wyman, Rock Hudson, Barbara Rush, Agnes Moorehead e Otto Kruger.

Sinopse: Viena, início do século XIX. Um grupo de artistas boêmios vive todo o glamour da capital da música mundial. Entre eles, um jovem tímido se destaca pela extraordinária musicalidade e talento: Franz Schubert. Suas geniais composições são admiradas por todos e a bela Hannerl insiste em ter aulas de piano com ele. Schubert se apaixona pela aluna, para quem compõe uma terna canção de amor. Mas ele precisará enfrentar um forte rival: o cantor Schober.

Crítica: sendo uma película de 1958, o som e as interpretações têm outra qualidade. À época, as atuações eram bastante teatrais e até infantis.
Válido no filme é a música eterna do grande compositor, que tinha Beethoven como seu maior ídolo.
Bastante tímido e inseguro, compões inúmeras canções e sinfonias.
Seu talento merecia uma abordagem cinematográfica nova e mais completa. Mesmo tendo morrido aos 35 anos, sua obra é extensa: mais de mil peças em 15 anos de produção.

Avaliação: **

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sábado, 3 de outubro de 2009

Salve Geral

Título original: Salve Geral
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Sérgio Rezende
Elenco: Andréa Beltrão, Denise Weinberg, Lee Thalor, Eucir de Souza, Kiko Mascarenhas, Michel Gomes, Giulio Lopes, Guilherme Sant'anna, Taiguara Nazareth, Bruno Perillo e Chris Couto.

Sinopse: Lúcia (Andréia Beltrão) é uma viúva de classe média que sonha em tirar o filho Rafael (Lee Thalor), de 18 anos, da prisão. Em suas frequentes visitas à penitenciária ela conhece Ruiva (Denise Weinberg), advogada do Professor (Bruno Perillo), líder do Comando. As duas ficam amigas e logo Lúcia é usada em missões ligadas à organização criminosa. Precisando do dinheiro, ela aceita realizar as tarefas. Paralelamente o Comando passa por uma luta interna pelo poder, ampliada pelo confronto dos prisioneiros com o sistema carcerário. Quando o governo decide transferir, de uma só vez, centenas de presos para penitenciárias de segurança máxima no interior do estado, o Comando envia a ordem para que seus integrantes realizem uma série de ataques em pleno Dia das Mães, deixando a cidade de São Paulo sitiada.

Crítica: retrata a vida de Lúcia (Andréa Beltrão, que está muito bem no papel), que quer, a qualquer custo, retirar da cadeia o seu filho Rafa, que assassinou uma pessoa em uma confusão.
Essa é a temática abordada, tendo como pano de fundo os preparativos e os atentados do PCC, no dia das mães, em 2006. A força da trama está em retratar o drama humano de uma mãe que é capaz de tudo para ver um filho fora das grades, até mesmo transitar numa linha-tênue entre legalidade e ilicitude.
Já quanto aos ataques do PCC, isso fica em segundo plano. A falha do filme é, em alguns momentos, parecer enaltecer advogadas e bandidos que jogam do mesmo lado.
Mas a direção de Sérgio Rezende é segura e os atores estão bem (destaque para Denise Weinberg como a ruiva). Enfim, um bom longa.

Avaliação: ***

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Hiroshima – A Humanidade e o Horror

Título original: Hiroshima
País: Inglaterra
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 92 min
Direção:
Elenco: -

Sinopse: a dramática história da 1ª bomba atômica e seu impacto no mundo. Às 8h15 da manhã de 06/08/1945, a primeira bomba atômica foi jogada na cidade japonesa de Hiroshima. Uma aposta científica, tecnológica, militar e política que se confirmaria como o momento definitivo do século XX.

Crítica: muito bem produzido com imagens de arquivo, novos recursos de efeitos visuais e reconstituições dramatizadas baseadas em relatos de testemunhas, Hiroshima coloca a explosão da bomba atômica em seu contexto histórico e político e apresenta sem rodeios as consequências terríveis de um ataque nuclear.
Excelente!!!

Avaliação: ****

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sábado, 26 de setembro de 2009

Goodbye Solo

Título original: Goodbye Solo
País: EUA
Ano: 2008
Gênero: Comédia, drama
Duração: 91 min
Direção: Ramin Bahrani
Elenco: Souleymane Sy Savane, Red West, Diana Franco Galindo, Lane "Roc" Williams, Mamadou Lam, Carmen Leyva.

Sinopse: na Carolina do Norte, dois homens iniciam uma improvável amizade que irá transformar suas vidas para sempre. Solo é um taxista senegalês em busca de uma vida melhor para sua jovem família. William, seu passageiro, é um típico homem do sul, já idoso, que carrega alguns arrependimentos. Durante duas semanas, numa viagem de táxi pelo interior, os dois homens percebem que, apesar de suas diferenças, precisam um do outro mais do que conseguem admitir.

Crítica: são duas Américas que se encontram naquele táxi da cena inicial do filme. Uma é a antiga, representada pelo velho William (Red West), tipicamente de origem sulista, branca e conservadora. A outra é a nova América, dos imigrantes, ali representada pelo taxista Solo (Souleymane Sy Savane), natural do Senegal, e também por sua esposa de origem hispânica.
Mas não é este multiculturalismo emergente nos EUA o tema principal do filme, que conquistou no Festival de Veneza de 2008 o prêmio da Crítica Internacional. Ele só está no fundo de um tocante retrato que o diretor faz das relações humanas, exemplificadas na construção da amizade entre os dois protagonistas.
De um roteiro que não cede à tentação de sentimentalismos baratos ou de lições de auto-ajuda surge uma história que mostra de modo sutil como diferentes maneiras de encarar a vida e o próprio mundo influenciam, decisivamente, nos caminhos que tomamos.
Solo é um taxista que veio aos Estados Unidos buscar uma melhor condição de vida para ele e para sua família, visando o tal “sonho americano” no qual os milhões de imigrantes do país acreditam. Vivendo na Carolina do Norte, ele tem o desejo de “subir na vida” e, para isso, quer se tornar comissário de bordo, razão pela qual estuda arduamente para o teste de admissão. Apesar das dificuldades encontradas no caminho, ele sempre olha a vida de forma otimista.
Já William é um senhor da classe média americana que acredita já ter perdido todos os sentidos para seguir vivendo. Quando ele propõe, para alguns dias depois, uma corrida de 1000 dólares, só de ida, para a região montanhosa onde se encontra a conhecida Blowing Rock, o taxista senegalês logo supõe que aquilo se trata de um suicídio pré-agendado e busca, a qualquer custo, persuadi-lo a desistir.
A força da trama está mesmo nas atuações intensas e humanas dos atores principais. Ambos passam em suas expressões a exata proporção de como se sentem por dentro. Mais forte ainda é uma cena no final em que, através somente de olhares, é dito tudo.
Mesmo assim, por ser uma película lenta e com diálogos escassos, pode não agradar a todos.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vicky Cristina Barcelona

Título original: Vicky Cristina Barcelona
País: Espanha/EUA
Ano: 2008
Gênero: Comédia, romance
Duração: 96 min
Direção: Woody Allen
Elenco: Javier Bardem, Rebecca Hall, Scarlett Johansson, Penelope Cruz, Patricia Clarkson, Chris Messina e Christopher Evan Welch.

Sinopse: duas jovens americanas, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson) viajam para Barcelona para passar as férias de verão. Vicky é sensível e está com casamento marcado, já Cristina é uma aventureira tanto emocionalmente como sexualmente. Durante uma exposição de arte, ambas se encantam pelo pintor Juan Antonio (Javier Bardem), que as convida mais tarde, durante um jantar, para uma viagem. O que elas não sabiam é que o galante sedutor mantém um relacionamento problemático com sua ex-esposa Maria Elena (Penélope Cruz). E as coisas ainda ficam piores porque as duas, cada uma de sua forma, se interessam por ele, dando início a um complicado "quadrado" amoroso.
Crítica: uma comédia cheia de vida, divertida e uma liberal celebração ao amor e a todas as suas configurações. E o visual do Mediterrâneo, garantido pela excelente fotografia, é mais um atrativo para assistir ao longa.
Curiosidade: Penélope Cruz ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, em 2009.
Avaliação: ***

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domingo, 20 de setembro de 2009

O Equilibrista

Título original: Man on Wire
País: EUA/Reino Unido
Ano: 2008
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: James Marsh
Elenco: Philippe Petit, Annie Allix, Jean-Louis Blondeau, David Forman, Barry Greehouse, Ardis Campbell, David Demato, David Roland Frank e Aaron Haskell.

Sinopse: em 07 de agosto de 1974, o jovem francês Philippe Petit andou durante uma hora sobre um cabo de ferro suspenso entre as duas torres do World Trade Center, em Nova York, sem qualquer equipamento ou rede de segurança. Imediatamente depois, foi preso junto com um grupo de cúmplices, com quem planejou o “golpe” em segredo por oito meses. Retomando materiais de arquivo, o filme reencena o engenhoso trabalho do grupo e entrevista todos os envolvidos neste que ficou conhecido como "o crime artístico do século".

Crítica: o documentário revela parte da trajetória artísticas de Petit, desde suas primeiras peripécias – indo de um lado ao outro da catedral de Notre-Dame, em Paris, até sua máxima experiência – nas torres gêmeas norte-americanas. O atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, que pôs fim ao famoso complexo nova-iorquino, é propositalmente ignorado no longa. Li muitas críticas a isso, mas, ao meu ver, achei um grande acerto, pois o documentário é sobre um crime artístico, não sobre os fatídicos atentados.
Ele, que ficou conhecido por atravessar os lugares mais improváveis do mundo, é retratado como um aventureiro voraz, daqueles que nunca desistem de seus objetivos. Quando mais jovem, e isso é revelado na fita, ele viu em algum veículo que seriam construídos dois grandes prédios nos Estados Unidos. A partir daí, se deleitar pelo WTC passou a ser uma de suas metas na vida. Nisso o documentário acerta em cheio, já que mostra com propriedade todas as idas e vindas do grupo em busca de sua meta. Também recebem destaque especial as dificuldades na hora de executar o plano: como burlar a segurança? Como fazer o cabo ir de um prédio ao outro? Tudo isso é bem detalhado, sempre com a ajuda de elementos ficcionais para recordar alguns momentos. Tão detalhado que se torna um pouco cansativo.
E na travessia das torres gêmeas, que é o grande clímax da história, há infelizmente pouco material visual. As imagens não são muito boas porque tudo o que faziam era de forma escondida e, portanto, um crime.
O acontecimento atraiu muitos curiosos nas ruas de Nova York. Afinal, não é todo dia que se vê um equilibrista atravessando prédios.

Curiosidade: vencedor do Oscar de Melhor Documentário, em 2009.
Avaliação: ****

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domingo, 13 de setembro de 2009

Uma Prova de Amor

Título original: My Sister’s Keeper
País: EUA
Ano: 2009
Gênero: Drama
Duração: 106 min
Direção: Nick Cassavetes
Elenco: Abigail Breslin, Cameron Diaz, Jason Patric, Thomas Dekker, Sofia Vassilieva, Joan Cusack e Alec Baldwin.

Sinopse: a pequena Anna (Abigail Breslin) não é doente, mas bem que poderia estar. Por treze anos, ela foi submetida a inúmeras consultas médias, cirurgias e transfusões para que sua irmã mais velha Kate (Sofia Vassilieva) pudesse, de alguma forma, lutar contra a leucemia que a atingiu ainda na infância. Anna foi concebida para que sua medula óssea prorrogasse os anos de vida de Kate, papel que ela nunca contestou... até agora. Tal como a maioria dos adolescentes, ela está começando a questionar quem ela realmente é. Mas, ao contrário da maioria dos adolescentes, ela sempre teve sua vida definida de acordo com as necessidades da irmã. Então, Anna toma uma decisão que seria impensável para a maioria, uma atitude que irá abalar sua família.
Crítica: o melodrama é extremamente exagerado em alguns pontos, cenas e diálogos, mas consegue se manter singelo e profundo em tantos outros momentos.
O cineasta mantém um vício que o persegue desde “Diário de Uma Paixão”: em certa hora da trama, ele se perde e começa a explorar demasiadamente o drama vivido pelas pessoas. No caso de “Uma Prova de Amor”, o simples fato de uma criança sofrer desde pequena com uma doença implacável já torna o caso delicado por si só.
O roteiro também contempla o drama de todas as pontas da família. Do trabalho pesado de Brian como bombeiro e que se esforça para sustentar uma família grande, do problema de dislexia do menino Jesse, passando ainda pelo fardo de uma mãe que não mede esforço e, muitas vezes, é cega ao tentar dissecar as situações que encontra pela frente, o filme abarca tudo.
Claro, a questão maior, e que é o mote para o longa, é a briga judicial pela liberdade de escolha dos usos que se faz do próprio corpo, mesmo que para isso a própria irmã saia prejudicado – obviamente, como já se pode perceber desde o trailer, a questão é muito mais profunda do que imaginamos e só será revelada no final. Mas o filme consegue, em um certo grau, mostrar na tela cenas que focam a atenção especificamente em cada personagem.
A trama envolve e se divide, sendo narrada por vários “protagonistas”, desde a própria Anna, até a maior vítima de tudo, Kate.
As atuações estão do bom ao excelente, tendo a pequena e talentosíssima Abigail Breslin num momento mágico de atuação; até Cameron Diaz consegue se sair bem, sabendo ser histérica quando é preciso e calma quando lhe é mais conveniente.
A direção ainda triunfa ao não explorar demasiadamente o caso judicial e as cenas do tribunal, deixando o drama mesmo para a relação entre os familiares e como tudo aquilo afeta a vida de cada um.
O longa é tocante, mas ainda faltou algo.

Avaliação: ***

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sábado, 12 de setembro de 2009

O Nome Dela é Sabine

Título original: Elle s’appelle Sabine
País: França
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 85 min
Direção: Sandrine Bonnaire
Elenco: -

Sinopse: a atriz Sandrine Bonnaire narra a história da irmã Sabine, que é autista, através de imagens filmadas ao longo de 25 anos. Sandrine testemunha o momento atual de Sabine, que depois de uma estadia infeliz num hospital psiquiátrico, passa a viver numa estrutura adaptada a ela. E, dessa forma, numa casa na região de Charente, na França, reencontra a felicidade. A partir desse episódio, o documentário mostra a penúria e o despreparo de algumas instituições especializadas e as dramáticas consequências que podem causar aos doentes.

Crítica: o documentário é composto de dois momentos. O primeiro sublinha a juventude de Sabine, registrada em vários vídeos de família. Nessas imagens de arquivo, seu olhar esbanja vivacidade. Ela dança e toca piano, vai à praia e viaja aos EUA. A segunda Sabine é captada no presente, em uma instituição especializada (aberta graças à "notoriedade" da autora do filme). Agora ela é outra: gorda, dispersa, cansada e insegura. Ainda assim, ao que parece, Sabine já melhorou bastante desde que deixou o hospício, onde ficou por 5 anos. Sandrine costura esses dois períodos com uma pontual narração em off descritiva, sem adjetivos. O filme não se interessa em expor misérias ou questionar a veracidade de um diagnóstico. Tampouco se empenha em críticas ao tratamento psiquiátrico na França. E embora a culpa seja aqui algo palpável, não tem como propósito culpabilizar seja a família ou alguma instituição. A intenção é de outra ordem.
Sandrine soube sabiamente não pôr seu filme a serviço do sentimentalismo. Muito pelo contrário, é a sua frieza (estranhamente afetiva) que nos acorda para as dores dessa história. O tipo de olhar proposto ao espectador neste filme vai na direção contrária ao oferecido, por exemplo, pelos reality shows. Embora gire em torno de questões pessoais, ‘O Nome Dela é Sabine’ não está a serviço de uma expressão narcísica. Não há invasão de privacidade, mas cumplicidade. Sandrine nos chama para mais perto, nos convida a acompanhar o filme, não sua intimidade. Envolve-nos, por intermédio da carga afetiva aplicada ao filme e que o realizador procura tornar nossa.
O final é desconcertante. Sabine vê imagens do que talvez tenha sido o momento mais feliz de sua vida: uma viagem com a irmã à Nova York. Ela se reconhece jovem e bonita, e chora, “de alegria”, diz ela.

Avaliação: ***

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Uma Canção de Amor

Título original: Le Chant des Mariées
País: França/Tunísia
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Karin Albou
Elenco: Lizzie Brocheré, Olympe Borval e Simon Abkarian.

Sinopse: em 1942, na Tunísia, em plena Segunda Guerra, o exército nazista toma as ruas e coopta os muçulmanos a se colocar contra os judeus franceses. A rivalidade já natural entre os tunisianos nativos, de maioria islâmica, e os franceses colonizadores acaba inflamada pela tensão da guerra. No meio disso tudo há a amizade de duas garotas, a judia Myriam (Lizzie Brocheré) e a islâmica Nour (Olympe Borval), cujos casamentos em breve acontecerão, ambos em condições dramáticas – daí o título original da coprodução entre França e Tunísia, "o canto dos casados".

Crítica: a película aborda as relações de gênero com um olhar feminino e sensível. A diretora, em seu segundo longa-metragem, mostra-se capaz de abordar com sutileza e sem qualquer dose de moralismo ou de militância feminista a realidade da mulher que vive num mundo que a oprime e limita. Ela já havia tratado da questão feminina na comunidade judaica de Paris, no seu primeiro longa "A Pequena Jerusalém" (2005).
A Segunda Guerra só existe no filme para despertar um problema anterior a ela. Aliás, é por isso que a maioria das tropas nazistas só é filmada de costas, marchando, à distância. As botas são um mero acompanhamento sonoro de dramas outros, seculares.
A história tem um ritmo lento e faltam planos de transição, salta-se rapidamente de um evento a outro e, por vezes, eles não se fixam.
Contudo, a mensagem da diretora é clara. Em meio a tantos dogmas e tantas divisões sociais, falta quem, como Myriam e Nour, mesmo levadas a grandes mudanças de vida, que as colocarão em polos opostos, encare a religião. A amizade, posta à prova, precisará de muito empenho e confiança mútua para resistir a tantas intempéries, superar os preconceitos e prevalecer a solidariedade.
Avaliação: **

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Um Lugar ao Sol

Título original: Um Lugar ao Sol
País: Brasil
Ano: 2009
Gênero: Documentário
Duração: 71 min
Direção: Gabriel Mascaro
Elenco: -

Sinopse: moradores de luxuosas coberturas de prédios abrem seus apartamentos para revelar anseios, desejos, reflexões, incertezas e medos e promover um debate sobre visibilidade, insegurança, status e poder.

Crítica: o inteligente documentário inova ao enfocar o seleto universo dos moradores de coberturas de prédios classe A das cidades de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Todos belos, saudáveis e cheios de dentes, onde a favela é uma realidade distante.
O cineasta escancara o abismo sociocultural brasileiro, exibindo a necessidade de muitos em morar acima de tudo. Literalmente. Ao se distanciar do nível da rua, é visível - e risível - a forma como vários destes moradores se colocam acima do bem e do mal diante deste complexo painel de meandros sociais, chamado Brasil. Há até o depoimento de uma moradora que acha lindo o riscado colorido que as balas perdidas deixam nos céus, quando há confrontos armados entre os morros.
Sóbrio, simples e sem nem nenhum tipo de espetacularização, o filme mostra que o maior espetáculo da humanidade continua sendo o próprio Homem. Mesmo quando ele se deslumbra e perde o senso do próprio ridículo ao ser seduzido por uma câmera de cinema.

Curiosidade: o filme foi exibido em mais de 40 festivais internacionais, entre eles os de Los Angeles, Miami, Cartagena, Munique e Toulouse.

Avaliação: ***

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