sábado, 14 de novembro de 2009

Amor Extremo

Título original: The Edge of Love
País: Inglaterra
Ano: 2008
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: John Maybury
Elenco: Keira Knightley, Cillian Murphy, Matthew Rhys, Sienna Miller, Lisa Stansfield, Anne Lambton, Camilla Rutherford e Richard Clifford.

Sinopse: baseado em histórias reais que giram em torno de duas mulheres muito a frente do seu tempo e seus amores, Caitlin (Sienna Miller) e Vera (Keira Knightley), do soldado apaixonado por Vera, William (Cillian Murphy), e do brilhante e incorrigível Dylan (Matthew Rhys) casado com Caitlin. Em meio às incertezas da guerra, promessas são quebradas e o relacionamento dos dois jovens casais se entrelaçaram de maneira perigosa e arriscada. A única coisa mais perigosa que uma guerra é o amor.

Crítica: a trama se desenvolve através do antigo caso de amor entre Dylan e Vera, enquanto Caitlin é apaixonada por Dylan e William é louco por Vera.
Numa análise geral, a história divide-se em duas partes, seja na adoção da fotografia e técnica em geral, seja na trama em si. Num primeiro momento, Vera é a cantora dos sonhos dos soldados ingleses. Ela (en)canta em locais públicos e entoa canções para o entretenimento dos sofridos soldados que lutam na guerra. É numa dessas noitadas que ela reencontra um antigo amor de adolescência, Dylan. Ele e sua atual mulher, Caitlin, são bem descolados, vivem aos tapas e beijos e ela tem ciúmes da concorrente, mas leva numa boa. Enquanto isso, o soldado William surge como um eterno apaixonado, fazendo juras de amor a Vera, balançando o coração da moça.
Nessa primeira etapa, o diretor aposta numa homenagem clara aos filmes clássicos de romance. Tem o mocinho, a mocinha e o boêmio. A mocinha deve escolher entre o amor antigo e uma nova paixão. O antigo é aventureiro, poeta e boêmio. O novo é romântico e estável na vida. Os contrastes são muito bem apresentados, especialmente na fotografia. Várias tomadas evocam filmes que até hoje não saem da cabeça dos amantes do cinema – é impossível não relacionar uma cena de beijo entre Vera e William à alguns momentos de “…E o Vento Levou”.
Os batons vermelhos, cigarros, posições lânguidas, poesias, paixão e amor são substituídas por um cenário melancólico. É assim a segunda etapa do longa, passada quase que totalmente numa paisagem desoladora no País de Gales. Claro, isso tudo reflete as situações que a própria trama impõe e como a vida dos quatro se encaminha. É o momento das poesias de Dylan tomarem um caráter mais sombrio. A sensualidade de Vera é substituída por roupas largas e menos sensuais. Infelizmente, não dá para contar o porquê da mudança – senão perde a graça – porém o diretor consegue pontuar muito bem essa transformação. Agora, tudo é mais tenso e dramático.
Um bom filme, mas não justifica o estardalhaço feito quando de seu lançamento.

Curiosidade: drama biográfico sobre Dylan Thomas (Matthew Rhys), considerado um dos maiores poetas do século XX da língua inglesa. Apesar de ter morrido ainda jovem, aos 39 anos, deixou um legado poético que o tornou um dos maiores influenciadores de toda uma geração de escritores.

Avaliação: ***

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