quarta-feira, 10 de junho de 2015

A Lei da Água

País: Brasil
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 78 min
Direção: André D’Elia
Elenco: -

Sinopse: o documentário discorre sobre as florestas e como elas são importantes para os recursos hídricos do Brasil. Por meio de entrevistas com ruralistas, ambientalistas, cientistas e agricultores, o documentário relembra a votação no Congresso do Novo Código Florestal e questiona seu impacto com opiniões divergentes, além de problematizar as mudanças na legislação responsáveis por decidir o que deve ser preservado e o que pode ser desmatado nas propriedades rurais do Brasil.

Crítica: o documentário extremamente didático explica a relação entre o novo Código Florestal (aprovado pelo Congresso em 2012) e a crise hídrica brasileira.
Dá voz a agricultores, cientistas, ambientalistas, advogados, parlamentares (alguns dispensáveis, como é o caso do José Sarney Filho), que debatem sobre o impacto das novas normas, mantendo o foco na analogia entre a preservação das florestas, a produção de alimentos e a saúde dos nossos recursos hídricos. Muito já se perdeu com a degradação ambiental, afetando a ação de polinizadores e a consequente produção de alimentos.
Entre os entrevistados, Raul Silva Telles do Valle, advogado e ambientalista do Instituto Socioambiental; Antônio Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); Blairo Maggi, senador e empresário; Ivan Valente, deputado; Mário Mantovani, diretor de mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica; Omar Bitar, geólogo; Alceo Magnanini, engenheiro agrônomo e consultor ambiental.
O filme é um alerta ao cidadão brasileiro que é afetado, diariamente, pela crescente falta de água.

Avaliação: ***

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Últimas Conversas

País: Brasil
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 85 min
Direção: Eduardo Coutinho
Elenco: -

Sinopse: o cineasta Eduardo Coutinho entrevista diversos estudantes do ensino médio público no Rio de Janeiro, perguntando sobre suas vidas atuais e expectativas para o futuro. Documentarista renomado de filmes como "Cabra Marcado para Morrer", "Edifício Master", "Jogo de Cena", e o mais recente "As Canções", Coutinho morreu antes de finalizar "Últimas Conversas". O projeto foi assumido por João Moreira Salles, diretor e produtor da VideoFilmes, e pela montadora Jordana Berg. No longa, Coutinho entrevista adolescentes da rede pública de ensino do Rio. Foram filmados aproximadamente 30 jovens dos 250 inicialmente pesquisados. O material bruto tem 32 horas. O cineasta os questiona sobre vida, amor, Deus, fé e outros temas.

Crítica: pena que Coutinho não possa ter concluído esse seu último trabalho. Finalizado por outro cineasta, o filme deixa a desejar por não trazer entrevistas tão interessantes como as que já acostumamos a ver em seus excelentes documentários.
Mais dias e mais depoimentos trariam maior opção de escolha na hora da edição. Dos jovens ouvidos, poucos são os testemunhos relevantes sobre os diversos temas abordados.
A graça mesmo fica com uma criança, ao final, que senta na cadeira dos entrevistados e ilumina a tela com sua sabedoria. Nesse instante, Coutinho declara que poderia ter feito um trabalho com crianças e que irá fazê-lo, então.
O destino trágico que tirou sua vida o impediu de pôr tal projeto em prática. 

Avaliação: **

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domingo, 7 de junho de 2015

Segunda Chance (En Chance Til)

País: Dinamarca
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Susanne Bier
Elenco: Nikolaj Coster-Waldau, Ulrich Thomsen, Nikolaj Lie Kaas e Maria Bonnevie.

Sinopse: os detetives e amigos Andreas (Nikolaj Coster-Waldau) e Simon (Ulrich Thomsen) levam vidas diferentes: o primeiro é casado e pai, enquanto o segundo acabou de se divorciar e passa os dias bêbado. Tudo muda quando eles são chamados para lidar com um casal de viciados em drogas e Andreas encontra o filho dos dois chorando dentro de um armário.

Crítica: a cineasta dinamarquesa tem em seu currículo bons filmes, sempre de histórias marcantes, já tendo inclusive levado um Oscar em 2010, por “Em Um Mundo Melhor”.
“Segunda Chance” é uma trama triste, dura e muito reflexiva sobre a complexidade humana. A edição extremamente bem executada garante o suspense do início ao final.
O expectador é fisgado e fica atento a todas as ações dos personagens tentando decifrar seus enigmas.
É impossível não traçar um paralelo entre os dois homens, ambos pais, que se cruzam: um de classe média alta e com uma família aparentemente perfeita e o outro, desajustado, viciado em drogas, violento e com passagem pela polícia.
Esses dois mundos vão se interligar de uma forma incrível de onde será difícil encontrar a saída, pois tudo o que se acredita ser certo e errado não parece se encaixar na situação que eles viverão.

Avaliação: ****

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A Menina dos Campos de Arroz (La Rizière)

País: França/China
Ano: 2010
Gênero: Drama
Duração: 80 min
Direção: Xiaoling Zhu
Elenco: Yang Yinqiu, Xiang Chuifen, Shi Guangjin e Wu Shenming.

Sinopse: aos 12 anos de idade, A Qiu (Yang Yinqiu) mora em uma pequena cidade no sul da China, cercada por campos de arroz. Ela é criada pela avó, enquanto os pais tentam ganhar a vida na cidade grande. Com a morte da avó, os pais são obrigados a retornar à cidadezinha, mudando a vida de A Qiu.

Crítica: a trama se passa numa região montanhosa do sudoeste da China, a província de Guangxi, onde vive o povo Dong (3 milhões de pessoas). A cineasta, que vive hoje na França, é nativa da região e filmou moradores do vilarejo, que não são atores profissionais, no primeiro longa falado inteiramente na língua Dong.
A bela e cativante protagonista é A Qiu, de 12 anos, que vai narrando os fatos e o dia-a-dia da comunidade ao longo do ano. Ela vive junto aos arrozais e em função deles, mas deseja ser escritora. Estuda bastante, pois quer ir para a escola secundária. Enquanto sua melhor amiga não quer estudar e quer ser modelo para ganhar dinheiro.
As anotações de seu diário vão nos mostrando as diversas etapas da semeadura e colheita do arroz e as mudanças das estações. A luta pela sobrevivência é o mote da vida daquelas pessoas, o que se percebe quando ela informa que todo aquele trabalho dá para sustentar uma só família durante um ano.
É uma ficção totalmente inspirada, não apenas na realidade vivida pela diretora, numa espécie de autobiografia da infância e adolescência, mas uma representação da vida da maioria das pessoas da localidade. O que se vê é uma espécie de modelo-padrão da vida social, afetiva e econômica do povoado. Os pais vão em busca de sustento nas cidades (no caso, o pai trabalha em obras e a mãe como cozinheira), enquanto os avós criam os netos e trabalham com eles, desde crianças, nos arrozais. Aqui o avô constrói pagodas, além de cuidar dos arrozais com a esposa que, já bastante idosa, cuida da casa também. Mas doença e morte dos idosos podem levar a um retorno às origens, por parte dos pais, e o dilema de voltar a depender exclusivamente da renda do arroz, muito incerta e vinculada às condições climáticas, ou ir em busca de outra vida na cidade. Surgem aí mais dificuldades e preocupações, e outras opções de sobrevivência. 
A tradição se encontra com a modernidade, de alguma forma, pelo vínculo cidade-campo. Por mais distantes que sejam os povoados, as expectativas tecnológicas sempre estarão presentes, mesmo que inacessíveis à maior parte das pessoas. Um belo exemplo é dado pelo irmão menor da protagonista, que quer ganhar (a todo custo) um videogame. Já A Qiu, criada pela avó que ensina as boas maneiras a uma menina, sonha em sair dali, estudar e não depender de marido algum.
O filme é belíssimo, seja pelas paisagens exuberantes de seus arrozais e realmente ficamos sabendo como é feita essa colheita, de tradições milenares, quase que de forma documental, seja pelos personagens delicados e seus anseios.
A família se unirá para pagar os estudos de A Qiu que seguirá estudando na escola secundária. Os problemas continuam, mas o amor fala mais alto e o lado bom do ser humano também.
Para se ver e não se esquecer.

Avaliação: ****

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O Outro Homem: F.W. de Klerk e o Fim do Apartheid (The Other Man: F.W. de Klerk and the end of Apartheid)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 75 min
Direção: Nicolas Rossier
Elenco: -

Sinopse: último presidente sul-africano do regime do apartheid, Frederik Willem de Klerk foi sempre considerado um enigma. As ambiguidades de um homem que, para muitos, foi o derradeiro representante de um sistema excludente e criminoso, para outros, um traidor oportunista da minoria branca, ou ainda uma figura de astúcia política essencial no encaminhamento de uma transição inevitável emerge ao longo de entrevistas com diversas figuras que conviveram com este eloquente senhor de 78 anos.

Crítica: um ótimo documentário que traz um retrato mais íntimo de F.W, de Klerk, o último presidente branco da África do Sul, que dividiu com Mandela o Prêmio Nobel da Paz de 1993. Só esse fato já gerou polêmica, onde alguns se perguntavam se era justo ou não.
Vindo de uma família conservadora, o filme mostra como foi ocorrendo sua mudança gradativa de atuação no poder até decidir pelo fim do regime de apartheid, liberar Mandela da prisão e, por essas razões, enfrentar muitos adversários.
Entrevistas de políticos, amigos, historiadores e dele próprio ajudam a explicar quem foi esse homem que, mesmo afastado do poder, ainda vive na Cidade do Cabo, África do Sul. Qual foi seu papel, de fato, na história? Mandela teria conseguido trilhar seu caminho sem sua ajuda?

Avaliação: ***

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Os Últimos Cangaceiros

País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Documentário
Duração: 79 min
Direção: Wolney Oliveira
Elenco: Durvinha e Moreno.

Sinopse: Jovina Maria da Conceição e José Antonio Souto são dois senhores que levam uma vida bem comum pelos últimos 50 anos. O que ninguém sabe, incluindo seus filhos, é que estes nomes são falsos. A dupla, na verdade, é conhecida como Durvinha e Moreno. Eles integraram o bando de Lampião, o mais controverso e famoso líder do cangaço. A verdade só vem à tona quando Moreno, aos 95 anos, resolveu compartilhar suas lembranças com os filhos, além de sair a procura de seus parentes vivos, incluindo seu primeiro filho.

Crítica: um excelente documentário que já deveria ter sido feito há muito tempo. Para nossa sorte, ainda restaram cangaceiros para contar parte da grande história do cangaço que terminou em 1938, com a morte de Lampião na Grota de Angicos, em Sergipe.
A prisão e a tortura foram o estopim para que Antônio Ignácio da Silva deixasse Brejo Santo, no sertão do Ceará. Aderiu então às tropas de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, em 1930. No bando, seu nome virou Moreno.
Responsável por 21 mortes (pelo que ele se lembra), escapou do cerco ao grupo (feito pelos volantes, grupos de policiais disfarçados de cangaceiros, que muitas vezes eram mais brutais que os próprios cangaceiros) e fez vida nova com Durvalina Gomes de Sá, a Durvinha, integrante do bando. A moça era apaixonada por Virgílio, mas este foi morto, abrindo espaço para Moreno.
Baseado nas declarações dos dois, o documentário usa filmes clássicos sobre o cangaço – está lá a preciosidade do libanês Benjamin Abrahão (1890-1938), o único a filmar, em 1936, o bando de Lampião; fotos de arquivo; entrevistas com parentes e conhecidos do casal, historiadores, ex-policiais e ex-coiteiros (que auxiliavam o bando comprando o que precisassem na cidade); e o mais valioso, que são os depoimentos e memórias do simpático casal de cangaceiros que contam muita coisa: os ataques a fazendas e vilarejos, o medo que as pessoas tinham do grupo, o recrutamento forçado de jovens mulheres, os bailes movidos a forró, as dificuldades.
Moreno (1910-2010) e Durvinha (1915-2008) não arriscam análises sobre o que fizeram. Contam a crueza das vidas, a fome, a fuga (em 1940 deixam o sertão e andam a pé por 90 dias cerca de 1.400 km até chegar ao estado de Minas Gerais), o abandono de filhos. Embora simpático aos velhinhos, o filme não deixa de tratar do lado perverso da turma. Falam de crueldade, assaltos, matanças. Enfim, heroísmo e bandidagem andam lado a lado.
Um dos filhos, deixado com um padre chamado Frederico, lá no sertão do Ceará, é encontrado pela irmã.
No final, a família reunida comemora os 99 anos de Moreno, no ano de 2008. Nesse mesmo ano, Dona Durvinha nos deixou e Moreno, no ano de 2010.
O cangaço teria nascido como uma forma de defesa dos sertanejos diante da ineficiência do governo em manter a ordem e aplicar a lei. Mas o fato é que os bandos de cangaceiros logo se transformaram em quadrilhas que aterrorizaram o sertão, pilhando, assassinando e estuprando. Estima-se que o grupo, liderado por Lampião, chegou a matar mais de mil pessoas. No entanto, sem se aprofundar em questões políticas e sociais, o longa apenas documenta. Os nomes de todos os participantes são revelados e suas características também.
As histórias desses cangaceiros trazem colorido a um tempo em que a pobreza e a violência produziam revoltas sociais.

Avaliação: ***

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1989

País: Dinamarca
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: Anders Østergaard e Erzsébet Rácz
Elenco: -

Sinopse: a ascensão do jovem, Miklós Nemeth, como primeiro-ministro da Hungria, em 1989, terá efeitos imprevisíveis. Decidido a conter o rombo do orçamento nacional, ele corta as despesas do esquema de segurança das fronteiras. Ouvindo dizer que as fronteiras entre a Hungria e a Áustria estão abertas, um casal da Alemanha Oriental resolve fugir. Eles são pilhados no centro de uma guerra de bastidores dentro da Cortina de Ferro. O jovem alemão é morto. Pouco depois, cai o Muro de Berlim.

Crítica: apesar da produção televisiva, o filme tem seus méritos quanto à forma extremamente didática com que explica a transição da Hungria para uma democracia do tipo ocidental em meio ao cerco soviético.
A edição que mescla depoimentos e imagens reais é formidável. A recriação de conversas e negociações traz convencimento aos fatos da época. Uma verdadeira aula de história.

Avaliação: ***

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Essa é Minha Terra (This is My Land)

País: França
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 93 min
Direção: Tamara Erde
Elenco: -

Sinopse: realizado pela diretora israelense radicada em Paris Tamara Erde, o documentário examina de que maneira israelenses e palestinos ensinam a história de seus povos em suas respectivas escolas em Israel e na Faixa de Gaza. Acompanhando- se, ao longo de um ano letivo, as atividades de seis escolas independentes – apenas uma delas misturando alunos árabes e judeus – observa-se as dinâmicas pedagógicas e curriculares, que, quase sem exceção, limitam-se a ensinar os valores de seu próprio lado, ignorando o outro.

Crítica: o documentário foca em um ponto diferente nesse conflito já tão explorado no cinema: judeus israelenses versus palestinos. Centra a discussão no que seria a razão de todo o início de uma guerra: a educação.
Dos dois lados, as escolas são fiscalizadas pelo Estado que determinam o que deve ser ensinado, que livros devem ser usados em sala de aula e o que o professor pode ou não falar.
Alguns mais liberais tentam fugir desse cerco e mostrar a realidade, ampliar a discussão, mas são bem poucos.
Interesses estão em jogo em defesa de que a paz não venha, de que a guerra continue em detrimento de um povo ou de outro.
Professores de escolas de várias cidades (ortodoxas, não ortodoxas, mistas) são ouvidos. Os relados são muito bons. Os alunos também são questionados sobre o atual conflito e sobre o que esperam do futuro. Trechos de aulas são gravados.
O final não é otimista. Mas a verdade dita por alguns docentes revela o que, de fato, ocorre em Israel e na Palestina. 

Avaliação: ***

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O Homem que as Mulheres Amavam Demais (L'homme qu'on Aimait Trop)

País: França
Ano: 2014
Gênero: Suspense
Duração: min
Direção: André Téchiné
Elenco: Guillaume Canet, Catherine Deneuve e Adèle Haenel.

Sinopse: Nice, 1976. Renée Le Roux (Catherine Deneuve) é a dona do Palais de la Méditerranée, o último casino da Riviera Francesa que ainda não foi tomado pelo mafioso Fratoni. Renée faz o que pode para enfrentar seu rival, até que sua filha Agnès (Adèle Haenel) se apaixona por Maurice (Guillaume Canet), o conselheiro financeiro da família ligada ao inimigo. Baseado em fatos reais.

Crítica: um caso real de um crime reconstituído com certa ficção. A proposta não é inovadora, mas a direção é talentosa e foge um pouco ao comum de histórias como essas.
O cineasta toma como base o desaparecimento de Agnès Le Roux, jovem filha da proprietária de um cassino na Riviera Francesa, ocorrido em meados dos anos 1970 e até hoje sem solução.
O ritmo é lento, talvez propositadamente. Mais de metade do filme retrata a relação de interesse do advogado Maurice Agnelet (Guillaume Canet) com sua patroa Renée Le Roux (sempre extraordinária Catherine Deneuve) e, depois, seu posterior envolvimento com a filha de Renée, a impulsiva Agnès (Adèle Haenel).
O diretor se interessa menos pelos fatos e mais em percorrer as gradações que culminam na situação criminal, no comportamento e psicologia inerente aos seus personagens, surgindo aos poucos o mistério de inspiração hitckcockiana.
Agnès, recém-saída de um casamento, mergulha de cabeça num romance onde saberia que não teria nada em troca. Maurice tem um filho e várias amantes. Mas a manipulação e o poder que ele exerce sobre Agnès é sufocante.
O personagem de Maurice só cresce. De ar de bom moço, vemos na tela o aparecimento de um homem sem limites que quer, acima de tudo, dinheiro.  
Difícil de entender como um homem sem charme e desprezível pode conseguir seduzir uma mulher. Uma relação realmente estranha. Aliás, vale destacar a louvável atuação de Canet. A única crítica é quanto à maquiagem feita para envelhecê-lo; realmente artificial.
A história rende muito mais, chegando até a um julgamento em tribunal (parte essa mais acelerada da trama). Mas será que a verdade virá à tona?
Assista e confira.

Avaliação: ***

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O Desejo da Minha Alma (Hitono Nozomino Yorokobiyo)

País: Japão
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 85 min
Direção: Masakazu Sugita
Elenco: Ayane Ohmori, Nahoko Yoshimoto, Koichiro Nishi e Hiroshi Araki.

Sinopse: um grande terremoto atinge o Japão e deixa milhares de pessoas mortas e feridas. A pequena Haruna (Ayane Ohmori) e seu irmão Sotha ficam órfãos, e são acolhidos pelos tios, que cuidam muito bem deles. Mas as crianças não conseguem se acostumar à vida sem os pais.

Crítica: a trama dá-se basicamente em torno de Haruna (Ayane Ohmori) que perde seus pais após um devastador terremoto.
Tem que cuidar do seu irmão menor enquanto os parentes adultos decidem se eles irão para um orfanato ou ficarão morando com algum deles.
Por fim, decidem que ficarão morando em uma cidade vizinha com os tios. Porém, a adaptação não é fácil. A questão não é somente a nova família, é a dor que parece consumir Haruna.
Introspectiva, ela não tem forças para continuar. Arrasta-se pela vida ainda por causa do irmão com o qual se preocupa e ainda não sabe que os pais morreram.
Vai à escola, mas não presta atenção na aula, nem faz amizades. Em casa, não conversa nem se alimenta direito até que fica realmente doente.
Após ouvir uma discussão em família por causa dela e do irmão, ela o leva para longe. Partem caminhando sem destino. Pegam trem, outro trem, caminham, enquanto ela busca uma resposta, uma luz, um caminho.
A trama é lenta, bem diferente dos filmes ocidentais a que estamos acostumados. Na verdade, o diretor tenta passar como é doloroso superar uma dor que parece não ter fim. Sufocada por não poder contar a verdade ao irmão (que sempre pergunta pelos pais), ela desabafa em um choro tão real que comove até o mais frio e distante espectador. Uma cena linda, de fato. Só por ela já vale a pena assistir ao filme, que traz a dura realidade vivida pelo diretor Sugita, que aos 14 anos vivenciou o Grande Terremoto de Hanshin, em 1995.

Avaliação: **

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Romance Policial

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Policial
Duração: 98 min
Direção: Jorge Duran
Elenco: Daniel de Oliveira, Alvaro Rudolphy e Daniela Ramirez.

Sinopse: o funcionário público – e escritor nas horas vagas – Antônio (Daniel de Oliveira) viaja até o Deserto do Atacama, no Chile, em busca de inspiração para um conto. Acaba encontrando um corpo e é impedido de voltar ao Brasil. Ao se envolver com Florencia (Daniela Ramirez), uma moradora local, ele desvenda o crime e escreve sua grande obra.

Crítica: a história de “Romance Policial” se poderia passar em qualquer lugar, mas aqui encontrou no Deserto do Atacama, cercado de imponentes vulcões, o cenário ideal para uma trama de suspense.
A premissa é excelente: um autor sem inspiração que decide viajar para encontrar o que falta para iniciar o seu livro que, até então, só tem frases soltas.
Lá, com novos ares e novas pessoas, começa a desbravar a belíssima região. Antonio (Daniel de Oliveira) só não esperava encontrar um morto em pleno deserto e, mais ainda, conhecê-lo. O cadáver era do senhor que havia dado carona para ele da fronteira da Bolívia até o vilarejo de San Pedro, no Atacama.
Ao invés de denunciar o que viu, guarda o segredo e acaba virando o suspeito número 1. Mas, em seguida, descobre-se quem é o verdadeiro culpado (aliás, até cedo demais), o que quebra um pouco da expectativa.
Mais pessoas envolvidas e um passado a esconder, por parte de Florencia (Daniela Ramirez), moradora local com quem se envolve, completam o mistério.
Um dos destaques do longa é a atuação bastante convincente de Alvaro Rudolphy, que vive o delegado Martinez.
Um filme que cumpre o dever de casa, sem surpreender ou marcar.

Avaliação: **

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Enquanto Somos Jovens (While We're Young)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Comédia romântica
Duração: 97 min
Direção: Noah Baumbach
Elenco: Ben Stiller, Naomi Watts, Amanda Seyfried e Adam Driver.

Sinopse: Cornelia (Naomi Watts) e Josh Srebnick (Ben Stiller) são casados há anos. Incomodados com o envelhecimento, estão cansados da maneira conservadora como vivem. Jamie (Adam Driver) e Darby (Amanda Seyfried) se aproximam dos dois e Josh, encantado com o estilo de vida e o ânimo da dupla, sonha voltar a ser jovem.

Crítica: o diretor e roteirista Noah Baumbach (dos excelentes “Frances Ha” e “A Lula e a Baleia”) fala aqui, com leveza e humo, de envelhecimento, de ambição e de sucesso. Para tanto, faz um retrato e uma avaliação de um casamento testado pela força da rotina e do peso da juventude se esvaindo.
O roteiro nos mostra a vida pacata de Cornelia e Josh até que um casal mais jovem se aproxima e mostra como, de fato, pode-se divertir mesmo sendo um casal.
Situações engraçadas e muito sarcasmo tentam retratar a realidade da vida a dois, com um tom mais sério e menos superficial. Um filme gostoso de se apreciar.

Avaliação: ***

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Tomorrowland – Um Lugar onde Nada é Impossível

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Ficção
Duração: 130 min
Direção: Brad Bird
Elenco: Britt Robertson, George Clooney, Pierce Gagnon, Hugh Laurie, Tim McGraw e Raffey Cassidy.

Sinopse: Casey Newton (Britt Robertson) é uma adolescente com enorme curiosidade pela ciência. Um dia, ela encontra uma pequena peça que permite que se transporte automaticamente para uma realidade paralela, criada por Frank Walker (George Clooney), um ex-garoto prodígio que hoje está desiludido.

Crítica: Tomorrowland não é simplesmente um filme, mas também um produto para vender ao público o mundo mágico da Disney, ou seja, um mundo de sonhos.
Diversão e ficção científica se mesclam para ressaltar a mensagem de se consertar o planeta, onde o bem vença o mal para que exista um futuro melhor.
Mostram-se duas versões sobre esse futuro: uma pessimista, da parte de Frank Walter (Pierce Gagnon, quando criança, e George Clooney, adulto), e outra otimista de Casey Newton (Britt Robertson).
Nesse novo mundo, há a figura vilã de David Nix (Hugh Laurie) e sua robô mirim Athena, vivida por Raffey Cassidy. É ela quem manipulará os dois a fim de que “consertem” o mundo.
Em meio a robôs malvados, armas superpoderosas e invenções inusitadas, a trama antecipa muito  que vem adiante diminuindo o impacto de qualquer surpresa. Previsível e chato, é difícil assisti-lo até o final. Talvez o público adolescente tenha mais paciência.
Poucos são os momentos inspirados da história, como por exemplo, a situação atual da NASA, bem menos poderosa do que no auge da guerra fria, e o subtexto referente à manipulação da mídia, já perto do fim do filme, que encontra um paralelo com a vida real, além de algumas cenas engraçadinhas.

Avaliação: **

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Viagem do Coração (Bon Voyage)

País: França
Ano: 2003
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 114 min
Direção: Jean-Paul Rappeneau
Elenco: Gérard Depardieu, Isabelle Adjani, Peter Coyote, Virginie Ledoyen e Yvan Attal.

Sinopse: no começo da Segunda Guerra Mundial, o filme mostra como diversas camadas da sociedade francesa tentam escapar dos nazistas alemães que estão chegando ao país. No centro da história estão um atriz, um escritor e um estudante.

Crítica: tanto a cena inicial, como a final, é de pessoas se divertindo dentro do cinema. O que significa que “Viagem do Coração” é um convite a fazer o mesmo. O filme não tem um drama pesado, típico das produções sobre a ocupação nazista na França. Em vez disso, é uma história sobre pessoas tentando se adaptar a uma situação limite. Um longa-metragem comercial sim, mas com a famosa elegância francesa.
Pouco depois do início da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invade a França e ocupa Paris. Figuras importantes como parlamentares, jornalistas, médicos e intelectuais se refugiam no hotel Splendide, em Bordeaux, uma cidade livre do domínio nazista. Quando esta elite se vê obrigada a conviver com espiões e criminosos, passa a florescer toda sorte de intrigas e alianças políticas. Mas também nascem tórridos romances, como aquele vivido por um jovem que precisa escolher entre uma atriz famosa e uma estudante, enquanto se posiciona frente a questões políticas.
Um roteiro bem amarrado, diálogos inteligentes que equilibram seriedade e humor, e personagens que prendem nossa atenção. Além disso, o ritmo rápido, a trilha sonora bem escolhida, a fotografia e o cenário recriado com perfeição só somam pontos positivos ao filme que deve ser visto, porém sem muitas expectativas. 

Avaliação: ***

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Terremoto – A Falha de San Andreas (San Andreas)

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Ação, aventura
Duração: 114 min
Direção: Brad Peyton
Elenco: Dwayne Johnson, Alexandra Daddario e Archie Panjabi.

Sinopse: um terremoto atinge a Califórnia e um piloto de helicóptero terá que percorrer o estado para resgatar a sua filha.

Crítica: filmes-catástrofe geralmente, rendem milhões e milhões, por instigarem o medo e a curiosidade nas pessoas. Principalmente, quando o ponto central é o drama humano, pois torcemos pelos sobreviventes e pelo reinício de uma nova vida.
A questão é que nesta superprodução estrelada por Dwayne Johnson, que interpreta o piloto de salvamento Ray, o drama é pouco explorado, tendo em vista que não emociona o público. 
Talvez a preocupação do diretor tenha sido maior quanto aos efeitos visuais ao retratar, por exemplo, prédios, construções e represas sendo destruídas, ainda que mesmo essas cenas soem artificiais. Em situações mais difíceis, objetos simplesmente surgem, encontros inesperados acontecem, poderes sobre-humanos aparecem e pessoa feridas parecem não sentir dor. Tudo é falso e nada convincente.
No entanto vimos Ray, um sujeito que se culpa pela morte da filha e ainda sofre com o distanciamento da família e com o dia do divórcio, que se aproxima. O mundo parece desabar ao seu redor, o que literalmente acontece, quando um gigantesco terremoto atinge a Califórnia, afetando boa parte do território americano. E sua filha Blake (Alexandra Daddario), jovem e resolvida, o único elo entre o piloto e sua esposa, Emma (Carla Gugino).
Então, fora o drama familiar, não há muito o que se aproveitar do filme, repleto de clichês, falhas de roteiro e atuações medianas. Sequer há algum ator coadjuvante ou trama paralela que enriqueça a história que mostra uma tragédia e só, sem saber explorar dela o lado realmente humano que, ao menos, conseguiria comover a plateia que se envolveria ou se identificaria com as pessoas sofrendo após um grande desastre.
A luta incessante pela sobrevivência deveria ser o protagonista principal, só que incrivelmente isso não é explorado como deveria.

Avaliação: **

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Cauby – Começaria Tudo Outra Vez

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Documentário
Duração: 72 min
Direção: Nelson Hoineff
Elenco: Cauby Peixoto, Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo, Emílio Santiago e Maria Bethânia.

Sinopse: documentário que conta a história do cantor Cauby Peixoto, uma figura icônica na música brasileira. Interpretando músicas desde a Bossa Nova até o Rock’n Roll, ele é considerado o maior cantor do Brasil por grandes nomes da música brasileira, como Elis Regina e Agnaldo Rayol.

Crítica: "Cauby – Começaria Tudo Outra Vez" define bem as idas e vindas da trajetória artística de Cauby Peixoto. Em atividade desde o final dos anos 40, o cantor teve uma vida repleta de reviravoltas, em que nunca teve medo de recomeçar, como fica claro na sua tentativa de fazer uma carreira internacional cantando em inglês.
Cauby é visto um pouco como uma figura exótica, mas o filme mostra que ele foi (e é) muito mais que isso. Estamos diante de um dos maiores intérpretes da música brasileira, um artista de personalidade forte e complexo. A melhor coisa que um documentário musical pode fazer é nos ensinar coisas que não sabíamos sobre uma figura pública e é esta obra tem o potencial de mudar a visão de muita gente sobre o artista.
O diretor teve acesso a um acervo incrível de imagens de arquivo, retratando vários períodos da carreira do artista. Também teve um acesso direto ao artista, o que dá autenticidade a obra e coloca o personagem como parte ativa da narrativa. Hoineff foca toda sua atenção na trajetória profissional, mas conseguiu um acesso tão irrestrito que acabou obtendo declarações íntimas dele, que pela primeira vez fala sobre sua homossexualidade. Cauby também trata de problemas pessoais e profissionais.
O longa oferece, ainda, imagens de apresentações recentes do artista, que servem para mostrar que sua dedicação à música continua viva. Apenas uma parte talvez fosse desnecessária: quando é mostrado um fã jovem de Cauby, que sonha em conhecer o ídolo e coleciona seus discos. A ideia de colocar um garoto dos dias de hoje como apaixonado por Cauby é excelente, afinal boa parte de seus fãs fiéis são da terceira idade. No entanto, o retrato do garoto soando forçado e artificial.
Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo, Emílio Santiago e Maria Bethânia são alguns artistas brasileiros ouvidos durante o longa. Os depoimentos são interessantes e relevantes, mas a principal força da produção está mesmo em Cauby Peixoto, seja nas entrevistas recentes, seja nas performances de arquivo.

Avaliação: ***

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Até que a Sbórnia nos Separe

País: Brasil
Ano: 2014
Gênero: Animação
Duração: 85 min
Direção: Otto Guerra e Ennio Torresan Jr.
Elenco: -

Sinopse: Sbornia é um pequeno país que sempre viveu isolado do resto do mundo, cercado por um grande muro que não permite o contato com os vizinhos. Um dia, no entanto, um acidente leva à queda do muro, e logo os sbornianos começam a descobrir os costumes modernos. Dois músicos locais, Kraunus e Pletskaya, observam as reações de seus conterrâneos: enquanto alguns adotam rapidamente a cultura estrangeira, outros preferem reafirmar as tradições sbornianas e resistir ao imperialismo.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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A Espiã que Sabia de Menos (Spy)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Comédia
Duração: 114 min
Direção: Paul Feig
Elenco: Melissa McCarthy, Jason Statham, Jude Law e Rose Byrne.

Sinopse: Susan Cooper (Melissa McCarthy) é uma despretensiosa analista de base da CIA, e heroína não reconhecida por trás das missões mais perigosas da Agência. Mas quando seu parceiro (Jude Law) sai da jogada, e outro agente (Jason Statham) fica comprometido, Susan se voluntaria para se infiltrar no mundo de um traficante de armas mortais e evitar um desastre global.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Trocando os Pés (The Cobbler)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Comédia
Duração: 98 min
Direção: Thomas McCarthy
Elenco: Adam Sandler, Steve Buscemi e Dan Stevens.

Sinopse: um solitário sapateiro de Nova York (Adam Sandler) costuma consertar os sapatos de clientes experientes na arte de viver: que frequentemente tiram férias e vivem aventuras. Ao lado de seu amigo barbeiro (Steve Buscemi), ele espera a sua própria aventura, e vê a vida passar diante de seus olhos. Quando recebe uma generosa herança de família, surge a possibilidade do trabalhador assumir outro papel e ver o mundo de uma forma diferente.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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The Last Naruto – O Filme

País: Japão
Ano: 2014
Gênero: Animação
Duração: 112 min
Direção: Tsuneo Kobayashi
Elenco: Junko Takeuchi, Jun Fukuyama e Nakamura Chie.

Sinopse: a Lua está em rota de colisão com a Terra, e pode se chocar com o planeta na forma de um meteoro. Enquanto isso, Hanabi é sequestrada por um estranho homem. Cabe a Naruto, Shikamaru, Hinata, Sakura e Sai salvar Hanabi e consertar a situação.

Crítica:
Avaliação: a conferir

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Jurassic World

País: EUA
Ano: 2015
Gênero: Aventura, ação
Duração: 125 min
Direção: Colin Trevorrow
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e Nick Robinson.

Sinopse: o Jurassic Park, localizado na ilha Nublar, enfim está aberto ao público. Com isso, as pessoas podem conferir shows acrobáticos com dinossauros e até mesmo fazer passeios bem perto deles, já que agora estão domesticados. Entretanto, a equipe chefiada pela doutora Claire (Bryce Dallas Howard) passa a fazer experiências genéticas com estes seres, de forma a criar novas espécies. Uma delas logo adquire inteligência bem mais alta, logo se tornando uma grande ameaça para a existência humana.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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