segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Conduta de Risco

Título original: Michael Clayton
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 119 min
Direção: Tony Gilroy
Elenco: George Clooney, Tom Wilkinson, Tilda Swinton, Sydney Pollack e Pamela Gray.

Sinopse: Michael Clayton (George Clooney) é um ex-promotor público que agora trabalha para um grande escritório de advogados em Nova York. Descontente com seu trabalho, seu divórcio e seu fracasso financeiro, ele se envolve com o caso de um processo coletivo contra uma corporação, que fabrica produtos agrícolas que podem ameaçar a saúde de seus usuários.
Crítica: “Conduta de Risco” traz de volta os thrillers políticos da década de 70. Trata-se de uma história sobre ética profissional e social e a linha que não deveria separar as duas, cuidadosamente elaborada pelo roteirista Tony Gilroy, em seu primeiro trabalho também como diretor.
Com excelentes diálogos, permeados com ácidos comentários e críticas, e personagens marcantes, interpretados por elenco competente, a tensão é constante no filme, quase sem direito à trégua.
A montagem não-linear, e sim com grandes blocos de flashbacks e apresentações desencontradas de personagens, é proposital para que entendamos todos os jogadores em campo. E, no momento de suas revelações, é que o filme empolga mais ainda.
Curiosidade: em 2008, levou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Tilda Swinton).
Avaliação: ****

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domingo, 9 de dezembro de 2007

XXY

Título original: XXY
País: Argentina/França/Espanha
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 86 min
Direção: Lucía Puenzo
Elenco: Ricardo Darín, Inés Efron, Valeria Bertucelli, Germán Palacios, Carolina Pelleritti, Martin Piroyansky, Guillermo Angelelli, César Troncoso, Jean Pierre Reguerraz, Ailín Salas, Luciano Nóbile e Lucas Escariz.

Sinopse: Alex (Inés Efron) é hermafrodita, ou seja, tem características sexuais masculinas e femininas. Tentando fugir dos médicos que desejam corrigir a ambigüidade genital da criança, seus pais a levaram para um vilarejo no Uruguai. Eles estão convencidos de que uma cirurgia deste tipo será uma violência ao corpo de Alex. Até que, um dia, a família recebe a visita de um casal de amigos, que leva consigo o filho adolescente. É quando Alex, que está com 15 anos, e o jovem, de 16, sentem-se atraídos um pelo outro.
Crítica: XXY aborda, em um roteiro enxuto e sem sensacionalismos ou pieguices, um assunto difícil: o hermafroditismo. O olhar feminino da diretora para a questão dos gêneros sexuais e suas ambigüidades nos oferece um denso contato com a realidade de quem tem que se decidir por um sexo. Os problemas da protagonista, áspera e esquiva, afloram na tela naturalmente, graças à excelente interpretação de Inés Efron, que mantém a delicadeza do feminino e, ao mesmo tempo, sabe expor a agressividade do mundo masculino. A figura do pai (Ricardo Darín) também é bastante decisiva no longa. Sem apontar soluções ou respostas prontas, que soariam moralistas, Lucía propõe uma reflexão sobre a sexualidade dos adolescentes. O filme é imperdível!
Curiosidade: é o primeiro longa-metragem de Lucía Poenzo, e recebeu o Prêmio da Crítica no Festival de Cannes de 2007. Lucía é filha de Luís Puenzo, que conquistou um Oscar de filme estrangeiro em 1986 pelo drama político “A história oficial”.
Avaliação: *****

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A Era da Inocência

Título original: L'Âge des Ténè
País: Canadá
Ano: 2007
Gênero: Comédia, drama, fantasia
Duração: 104 min
Direção: Denys Arcand
Elenco: Marc Labrèche, Diane Kruger, Sylvie Léonard, Caroline Néron, Rufus Wainwright, Macha Grenon, Emma de Caunes, Didier Lucien, Rosalie Julien, Jean-René Ouellet, André Robitaille, Hugo Giroux, Christian Bégin, Thierry Ardisson, Laurent Baffie e Bernard Pivot.

Sinopse: o filme funciona como a terceira parte de uma trilogia formada por O Declínio do Império Americano e As Invasões Bárbaras. Mostra o que acontece, na época atual, depois que o Império (EUA) desabou e vieram as invasões bárbaras (os imigrantes): a idade das trevas teria uma epidemia global que deixava inúmeras vítimas (como a peste negra na Era Medieval) e as guerras santas. Para o diretor, já começaram quando os EUA invadiram o Iraque.

Crítica: a trama gira em torno do apagado funcionário público do Departamento de Direitos Civis, Jean-Marc Leblanc (vivido por Marc Labrèche), que enfrenta, diariamente, uma rotina que está esgotando toda a sua energia.
Em casa, sua vida familiar é nula. Ele quase não fala com a mulher Sylvie (Sylvie Léonard), uma agressiva e bem-sucedida corretora de imóveis. Suas duas filhas adolescentes preferem o som de seus Ipods a qualquer conversa com o pai.
No trabalho, Jean-Marc frustra-se por sua impossibilidade de solucionar os inúmeros problemas de uma verdadeira multidão, que procura a repartição todos os dias.
Enfim, o diretor usa esse contexto para ironizar as instituições públicas canadenses, retratando-as como imensas estruturas inoperantes. Como fizera em 'As Invasões Bárbaras', ele novamente faz um retrato negativo dos hospitais, desta vez usando como pretexto a doença da mãe de seu protagonista.
No auge da insatisfação existencial, Jean-Marc escapa mentalmente para fantasias mirabolantes com uma top model (Diane Kruger, de Tróia). Ele se imagina transformado num homem másculo, poderoso, que protagoniza as mais incríveis aventuras. Essas são as partes mais hilárias do longa.
Num dia em que arrisca uma aventura na vida real, Jean-Marc envolve-se com uma bela mulher, Béatrice (Macha Grenon). Logo descobre que ela faz parte de um grupo de pessoas que se fantasiam de personagens históricos (no caso dela, da rainha Beatriz de Savóia) e encenam torneios idênticos aos medievais, com cavalos e tudo.
Além das instituições governamentais, a mídia também é criticada. Impossível pensar que foi por acaso que criou a personagem de Karine, jornalista ninfomaníaca e corrupta interpretada com malícia por Emma de Caunes.
Uma curiosidade para os espectadores de língua portuguesa será ver, numa brevíssima cena, um exemplar do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, nas mãos do protagonista. Segundo o diretor, a história literária adequa-se ao clima de sonho que caracteriza o protagonista.
Um filme inteligente que mescla humor e fantasia para mostrar as contradições da modernidade.
Muito bom!!!

Avaliação: ***

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Sicko – SOS Saúde

Título original: Sicko
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Duração: 113 min
Direção: Michael Moore
Elenco: Michael Moore, Reggie Cervantes, John Graham, William Maher e Linda Peeno.

Sinopse: um painel do deficiente sistema de saúde americano. A partir do perfil de cidadãos comuns, somos levados a entender como milhões de vidas são destruídas por um sistema que, no fim das contas, só beneficia a poucos endinheirados. Ali vale a lógica de que, se você quer permanecer saudável nos Estados Unidos, é bom não ficar doente. E, depois de examinar como o país chegou a esse estado, o filme visita uma série de países com sistema de saúde público e eficiente, como Cuba e Canadá.

Crítica: Michael Moore divide opiniões. Polêmico, ele sempre atrai milhares de pessoas ao cinema. Esse documentário é um dos melhores que ele já fez.
Mesmo que ele seja tendencioso e imparcial no que denuncia, temos que admitir a importância do seu trabalho. Nada escapa à sua aguçada ironia: indústria bélica, governo Bush, segurança, capitalismo, sistema de saúde.
Aqui, Moore aponta o sistema americano de saúde como um dos piores. Para provar, percorre hospitais, ouve pessoas, busca respostas, levanta dados, apresenta documentos comprobatórios e, claro, denuncia os interesses corporativos, a omissão de socorro e a corrupção governamental.
Funcionários orientados a buscar brechas para lesar o associado, a ponto de uma empresa ter um bônus oficial para o examinador que negar mais solicitações. Pessoas endividadas porque tiveram o azar de ficar doentes. Pessoas mortas pelo excesso de burocracia. E até mesmo um hospital com um inventivo método de expulsão de pacientes que não têm como pagar pela internação. Inúmeras infrações que retratam a mais pura realidade.
E, ainda, para concluir, visita Cuba e Canadá só para revelar como o sistema público de saúde é eficiente nesses países.
Tudo contado com grande sarcasmo, um humor negro inconfundível e uma edição de imagens, que só mesmo o cineasta poderia fazer.
Simplesmente imperdível!!!

Avaliação: ****

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sábado, 24 de novembro de 2007

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford

Título original: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Ação, drama
Duração: 159 min
Direção: Andrew Dominik
Elenco: Brad Pitt, Mary-Louise Parker, Brooklynn Proulx, Dustin Bollinger, Casey Affleck, Sam Rockwell, Jeremy Renner, Sam Shepard, Garret Dillahunt, Paul Schneider, Joel McNichol, James Defelice, J.C. Roberts, Darrell Orydzuk e Jonathan Erich Drachenberg.

Sinopse: Jesse James (Brad Pitt) foi o mais notório fora-da-lei da América. Enquanto planejava mais um de seus grandes assaltos, descobre que seus inimigos, ávidos por glória e fortuna, haviam se lançado numa corrida em sua captura. Quando Jesse declara guerra a todos eles, Robert Ford (Casey Affleck) entra em sua lendária gangue. O que ele não sabe é que o novo membro do grupo também tem um plano para matá-lo.

Crítica: com um clima vitoriano e de pós-guerra Civil, o longa é visualmente grandioso, assim como suas vastas e inabitadas paisagens que retratam um velho-oeste sob uma perspectiva diferente dos velhos filmes de cowboy a que estamos acostumados a ver. O seu ritmo mais lento pode decepcionar quem estiver esperando uma história de faroeste.
Para narrar a lenda do mais famoso fora-da-lei norte-americano Jesse James e de seu admirador e assassino Robert Ford, o cineasta criou um drama psicológico, abordando os limites do comportamento humano frente a sentimentos tão controversos como a adoração, a inveja, o ressentimento, a desconfiança.
Robert Ford, um jovem membro da Gangue de Jesse James tinha 19 anos, na época em que assassinou friamente seu ídolo. Um misto de medo, de idolatria ou um desejo de reconhecimento, de notoriedade? Um pouco de tudo. São as hipóteses levantadas pelo escritor Ron Hansen, em seu livro de mesmo nome.
Com Brad Pitt no papel de Jesse e Casey Affleck como Robert, a história, baseada nos acontecimentos que antecedem ao crime, ganha profundidade e dramaticidade. Pitt encarna o fora-da-lei com sensibilidade, impondo a melancolia e carisma do herói. Jesse era conhecido como um jovem de 34 anos com um estado de espírito imprevisível. Alguém que conseguia impor terror nos homens da lei e em seus próprios comparsas, apenas com sua presença. Nada e ninguém passavam por ele desapercebidos. Atualizado com as notícias que circulavam na época, era um homem que estava sempre interagindo com os moradores de sua localidade e constantemente mudando de casa com sua família.
Quanto a Robert Ford, a história o retrata como um covarde que matou o homem mais procurado do país, dentro de sua própria casa, ao lado de sua família, atirando pelas costas. Um “peso” que carregou por muitos anos. Arrependimento ou satisfação? Casey Affleck, em uma bela e sensível interpretação como Ford, consegue desvendar esta dúvida. Com seu olhar inocente e triste, mesclado a um ar meio pernóstico, ele nos causa a impressão de ser um homem inseguro, um tolo admirador de Jesse James.
Não é uma obra-prima, mas a bela fotografia e trilha sonora, o roteiro cuidadoso e o elenco eficiente já são boas razões para assistir à trama.

Avaliação: ***

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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Edith Piaf – Um Hino ao Amor

Título original: La Môme
País: França
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 140 min
Direção: Olivier Dahan
Elenco: Marion Cotillard, Sylvie Testud, Pascal Greggory, Emmanuelle Seigner, Jean-Paul Rouve, Caroline Sihol, Marc Barbé, Catherine Allégret, Jean-Pierre Martins, Elisabeth Commelin, Clotilde Courau, Pauline Burlet, Manon Chevallier e Gérard Depardieu.

Sinopse: o fime conta a vida da extraordinária cantora francesa, Edith Piaf (Marion Cottilard). Abandonada pela mãe, foi criada pela avó, dona de um bordel na Normandia. Dos 3 aos 7 anos de idade fica cega, recuperando-se milagrosamente. Mais tarde vive com o pai alcoólatra, a quem abandona aos 15 anos para cantar nas ruas de Paris. Em 1935 é descoberta por um dono de boate e neste mesmo ano grava seu primeiro disco. A trajetória sofrida é coroada com o sucesso internacional. Fama, dinheiro, amizades, mas também a constante vigilância da opinião pública.
Crítica: o filme é brilhante, só não merecendo a nota máxima por ter sido enxuto demais em algumas partes, prejudicando o entendimento dos acontecimentos. A vida de Piaf foi curta, mas intensa e forte. A interpretação de Marion Cotillard é louvável.
Avaliação: ****

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terça-feira, 20 de novembro de 2007

Meu Melhor Amigo

Título original: Mon Meilleur Ami
País: França
Ano: 2006
Gênero: Comédia
Duração: 94 min
Direção: Patrice Leconte
Elenco: Daniel Auteuil, Dany Boon, Julie Gayet, Julie Durand, Henri Garcin, Jacques Mathou, Marie Pillet, Élisabeth Bourgine e Audrey Marnay.

Sinopse: François Coste (Daniel Auteuil) é um comerciante de antiguidades, que se dedica intensamente ao trabalho. Na comemoração do seu aniverário sua sócia, Catherine (Julie Gayet), diz que ele não possui amigos, o que os demais presentes concordam. François nega e diz que tem vários amigos, o que gera um desafio proposto por Catherine: ele tem 10 dias para apresentar seu melhor amigo, caso contrário ela ficará com o valioso vaso grego que ele possui. François aceita e passa a buscar, desesperadamente, alguém para ser seu melhor amigo.

Crítica: uma trama simples, mas inteligente. Leve, mas profunda. De forma sensível, o cineasta (mesmo de Lumière e Companhia) retratou a importância da amizade e como, na correria do cotidiano, esquecemos de valorizá-la.
O elenco está afinadíssimo e as situações e diálogos são bastante engraçados.
Vale a pena ver!

Avaliação: ***

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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Leões e Cordeiros

Título original: Lions for Lambs
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama político
Duração: 91 min
Direção: Robert Redford
Elenco: Robert Redford, Meryl Streep, Tom Cruise, Peter Berg, Michael Peña, Derek Luke, Andrew Garfield, Louise Linton e Tracy Dali.

Sinopse: o senador Jasper Irving (Tom Cruise) pretende lançar sua nova "estratégia completa" para a guerra dos Estados Unidos no Afeganistão e, para divulgá-la, precisa convencer a jornalista Janine Roth (Meryl Streep). Simultaneamente o dr. Stephen Malley (Robert Redford), um professor idealista, tenta convencer Todd (Andrew Garfield), um de seus alunos mais promissores, a mudar o curso de sua vida. Ao mesmo tempo Ernest (Michael Peña) e Arian (Derek Luke) são soldados que estão lutando nas montanhas geladas do Afeganistão, buscando se lembrar do porquê de terem se alistado no exército americano.

Crítica: a película não busca apresentar soluções, busca somente discutir idéias e conceitos. Não julga, apenas incentiva a reflexão por parte do espectador.
O debate ocorre em três frentes. O senador Jasper Irving (Tom Cruise) pretende vender sua mais nova estratégia na guerra contra o terror à jornalista Janine Roth (Meryl Streep). O professor idealista Stephen Malley (Robert Redford) tenta convencer um de seus alunos mais promissores (Andrew Garfield) a mudar o curso de sua vida. E dois rapazes (Derek Luke e Michael Peña) combatem nas montanhas cobertas de neve do Afeganistão, desejando dar sentido a suas vidas ao se alistassem no exército americano. Nessas simples tramas, o longa discute questões como idealismo x pragmatismo, comprometimento x utopia e ambição pelo poder x responsabilidade da imprensa.
Não é uma grande obra, mas é bastante incisiva no que propõe: levantar debates sobre o porquê da guerra.
As melhores cenas são, impreterivelmente, entre Cruise e Streep. Sem papas na língua, a dupla cria um "sistema" de manipular e deixar ser manipulado que deixa sempre em dúvida a intenção de cada um. Este enfrentamento gera os questionamentos mais intensos e é onde vai mais longe em sua veia crítica, deixando claro a importância da mídia em "vender" a guerra contra o terror para a população dos Estados Unidos.

Avaliação: ***

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quinta-feira, 4 de outubro de 2007

À Procura da Vingança

Título original: Seraphim Falls
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Drama, suspense
Duração: 97 min
Direção: David Von Ancken
Elenco: Pierce Brosnan, Liam Neeson, Angie Harmon, Anjelica Huston, Jimmi Simpson e Nate Mooney.

Sinopse: o filme se passa após o fim da guerra civil americana. O Coronel Morsman Carver está na sua última missão: matar Gideon não importa até onde essa jornada o leve. A perseguição de Carver começa com um tiro que fere Gideon. Com muita raiva e determinação, a perseguição implacável por montanhas geladas e pastos os leva para além dos códigos de civilização.

Crítica: não é um faroeste tradicional; fala de caráter, desejo de vingança e perdão. Sem mocinhos nem vilões, apenas dois homens com o terrível peso da lembrança do passado, aterrorizado pelo que fizeram e pelo que buscam fazer.
A história retrata basicamente a sede de vingança dos dois protagonistas, não há muita profundidade além disso. Mas a atuação deles é excelente.
Algumas cenas simbólicas chamam a atenção, como a do índio, que vende água, e da vendedora de elixir, que encontram Carver e Gideon no meio do deserto.
Bom filme!

Avaliação: ***

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terça-feira, 2 de outubro de 2007

Sem Fim À vista

Título original: No End in Sight
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Duração: 102 min
Direção: Charles Ferguson
Elenco: Campbell Scott, Gerald Burke, Ali Fadhil, Omar Fekeiki, Robert Hutchings, Paul Hughes, Marc Garlasco, James Bamford, George Tenet, Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Paul Wolfowitz, Colin Powell, Samantha Power e Faisal Al-Istrabadi.

Sinopse: conta, cronologicamente, o fiasco da invasão americana no Iraque, mostrando especialmente as decisões tomadas na primavera de 2003 – e o pano de fundo, bem como o perfil daqueles que tomaram tais decisões, logo após a queda de Saddam. O filme mostra que não havia um plano de ocupação, tampouco estratégias adequadas para invadir o país e tropas suficientes. Dividido em capítulos (da história até as consequências), traz depoimentos de jornalistas, acadêmicos, soldados, militares de patentes e ex-funcionários do governo Bush, incluindo aqueles que estiveram em Bagdá em 2003.

Crítica: um das melhores abordagens sobre a guerra do Iraque, instigando reações furiosas no espectador. De maneira didática e bastante informativa, entrevista diplomatas, militares e políticos envolvidos na “reconstrução” do Iraque “pós”-guerra mostrando porque o país está como está. O documentário revela ainda uma série de decisões equivocadas que minaram a sociedade iraquiana, designando para a região pessoas que sequer conheciam a situação. A previsão é pessimista, mas real. O título não poderia ser mais apropriado.

Avaliação: ****

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Gesto Obsceno

Título original: Tnu'a Meguna
País: Israel
Ano: 2006
Gênero: Comédia, drama
Duração: 95 min
Direção: Tzahi Grad
Elenco: Ya'ackov Ayali, Ania Bukstein, Tal Grushka, Rivka Michaeli, Keren Mor, Asher Tzarfati e Gal Zaid.

Sinopse: Michael Klienhouse (Gal Zaid) é um homem comum, casado e pai de um filho. Um dia, conduzindo sua família de carro, fecha o seu vizinho Dreyfus (Asher Tzarfati) no trânsito. Sua esposa, Tamar (Keren Mor), faz um gesto obsceno para Dreyfus, que revida jogando deliberadamente seu automóvel contra o de Michael, quase atingindo a mulher. O mal-entendido é levado às autoridades por Michael, que desconhecia as conexões de Dreyfus, violento veterano de guerra. Recusando-se a ceder diante do poder, Michael enfrenta um verdadeiro pesadelo.

Crítica: Michael Klienhouse está depressivo há meses. Não consegue ser o pai e esposo que gostaria, nem encontra forças para escrever o livro que planejava. Seu apático estado de espírito, porém, altera-se depois de um acidente de trânsito incomum. Um instante de violência injustificável. Certamente uma experiência traumática, mas que se transforma no estopim necessário para mudanças positivas na vida do protagonista. Essas são as linhas gerais de “Gesto Obsceno”.
O diretor israelense tem um objetivo claro, o filme é também um protesto”. Após o acidente, Michael vai várias vezes pedir auxílio à polícia, que sugere esquecer o ocorrido. “O sistema é falho, a polícia está de mãos atadas", dizem a ele. Michael terá então que buscar sozinho alguma compensação para seu dano material e psicológico.
A trama, com bastante fluidez e num ritmo adequado, passa-se durante uma semana e intercala a narrativa com datas importantes do calendário israelense, como o memorial do soldado e o da independência. O Estado de Israel hoje convive com atentados suicidas e fronteiras instáveis. Um dia-a-dia violento que coopera para o despertar do medo e da paranóia, sentimentos que Michael sentirá na pele ao longo da história. Por isso, “Gesto Obsceno” sugere algo além de uma simples indignação pessoal, reflete o cansaço de todo um país.
Se fosse resumir o filme em uma única linha, seria algo do tipo “Um Dia de Fúria” ambientado em Israel.
Recomendo!

Avaliação: ***

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terça-feira, 25 de setembro de 2007

O Caminho de San Diego

Título original: El Camino de San Diego
País: Argentina
Ano: 2006
Gênero: Comédia
Duração: min
Direção: Carlos Sorin
Elenco: Ignacio Benítez, Carlos Wagner La Bella, Paola Rotela, Silvina Fontelles, Miguel González Colman, José Armónico, Toti Rivas e Marisa Córdoba.

Sinopse: a ação acontece na selva do noroeste argentino. Ali, em uma cabana precária, vive Tati Benítez (Ignacio Benítez) com sua família. Tati perdeu seu trabalho e ajuda Silva (Miguel González Colman), um velho escultor para quem busca troncos, ramas e raízes que podem servir-lhe para fazer suas obras. Em troca recebe uma porcentagem pelas vendas que consegue realizar entre os poucos turistas que chegam ao mercado da cidade vizinha. Como a maioria dos argentinos, Tati tem adoração por Diego Armando Maradona. As paredes de sua casa estão cobertas de fotos de seu ídolo, e guarda, como o tesouro mais precioso, o ingresso do jogo em que o viu em plena ação. Apesar de sua dramática situação econômica, Tati não perde seu espírito jovial. Além disso tem outra razão para seu otimismo: encontrou uma gigantesca raiz de timbó (uma árvore típica da região) com uma silhueta que ele acha parecida a Maradona, a qual tentará entregar pessoalmente a Diego. A notícia do ingresso de Diego na Clínica Suíço, na Argentina de Buenos Aires, por um problema cardíaco, é motivo suficiente para que Tati inicie assim sua grande aventura.

Crítica: o filme é bastante criativo e espirituoso, com um enredo que ganha ritmo com os acontecimentos que afloram, as situações engraçadas durante a trajetória de Tati até Buenos Aires e os diálogos inteligentes.
A fotografia mostra um cenário argentino pouco conhecido. O protagonista está bem à vontade em seu papel, demonstrando perfeitamente uma das marcas registradas do país – o fanatismo pelo futebol.
Com ótimas cenas, embaladas com uma dose de humor, o filme vale a pena ser visto.

Curiosidade: do mesmo diretor de ‘A Janela’ e ‘O Cachorro’.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O Vigarista do Ano

Título original: The Hoax
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 116 min
Direção: Lasse Hallström
Elenco: Richard Gere, Alfred Molina, Hope Davis, Marcia Gay Harden, Stanley Tucci, Julie Delpy, Eli Wallach, John Carter, Christopher Evan Welch, Zeljko Ivanek, David Aaron Baker, Peter McRobbie, John Bedford Lloyd, Okwui Okpokwasili e Stuart Margolin.

Sinopse: um ambicioso escritor Clifford Irving (Richard Gere) tenta se firmar no mercado. Há muito tempo ele procura sem sucesso uma grande história para contar, até que decide criar uma sobre alguém real. Ele procura uma grande editora e diz que foi procurado por Howard Hughes, o excêntrico milionário que todos querem conhecer, para que escreva sua autobiografia. Mas há um problema, ele jamais esteve perto de conhecer Hughes e tudo o que escreveu é uma mentira. Conta com a propalada reclusão de Hughes, que não é visto ou fala em público há mais de uma década, e seu pouco contato com a realidade para manter a farsa. A editora aceita a proposta e publica seu livro em 1970, que logo se torna um best-seller. No entanto, para manter as mentiras escritas ele precisa inventar outras e, para manter esta situação, precisa contar com a ajuda de seu amigo Dick Susskind (Alfred Molina) e a esposa dele, a artista Edith Irving (Marcia Gay Harden).
Crítica: baseado em fatos reais e adaptado a partir do livro escrito pelo próprio personagem principal, Clifford Irving, ‘O Vigarista do Ano’ é um trabalho decente que nos remete a outras comédias recentes como Os Vigaristas e Prenda-me Se For Capaz. É o cidadão comum tentando conquistar o sonho americano através de atos ilícitos.
O elenco competente é um quesito relevante. Richard Gere, como o escritor Cliffor Irving, tem uma interpretação sólida e convincente. Clifford é quase um esquizofrênico, que tentava entrar na mente de Hughes em busca de material para seu falso livro. Ele mente a tal ponto que passa a acreditar nas suas próprias invenções, algo terrivelmente compulsivo. Os demais atores, principalmente Alfred Molina e Marcia Gay Harden, também garantem riqueza aos textos.
A recriação da década de 1970, com uma fotografia envelhecida (dá um tom mais realista), bem cuidada e um acabamento primoroso, é excelente.
As melhores cenas são as entre Richard Gere e Alfrede Molina, em completa sintonia.
O desenrolar da trama até a descoberta da fraude e o escândalo que deixou o escritor famoso segue um bom ritmo e prende a atenção do espectador.
Uma bela obra!
Avaliação: ****

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terça-feira, 28 de agosto de 2007

Pátria Proibida

Título original: God Grew Tired of Us
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Documentário
Duração: 86 min
Direção: Christopher Dillon Quinn e Tommy Walker
Elenco: Panhter Bior, John Bul Dau e Daniel Abol Pach.

Sinopse: John, Daniel e Panter são apenas três das mais de 25.000 crianças órfãs da sangrenta guerra civil, que atravessaram descalças o sul do deserto do Saara, em busca de um refúgio das constantes doenças, ataques de animais selvagens, fome e dos rebeldes. Essas crianças com idades entre 3 e 13 anos conseguiram sobreviver e formaram uma nova unidade familiar, chegando ao campo de refugiados das Nações Unidas no Quênia. Para a maioria a jornada terminava ali, mas para John, Daniel, Panter (da tribo Dinka, do sul do Sudão) e outros 3.800 sobreviventes uma nova jornada acabava de começar. Escolhidos por programas de apoio aos refugiados do Sudão, deverão se mudar para a América para iniciarem uma vida nova.
Crítica: o documentário acompanha a saída dos meninos desde a África até os primeiros anos de permanência na América. Daniel Abol Pach e Panther Bior vão viver em Pitsburg, e John Bul Dau em Siracusa, Nova Iorque.
Regularizados seus papéis, começam a trabalhar e a enviar dinheiro para ajudar os que ficaram na África. Panther, por exemplo, trabalha num restaurante chique.
A adaptação é muito difícil. Tudo é diferente. A vida é mais isolada, as pessoas apenas trabalham e eles, sozinhos, ficam um pouco desorientados. Mas sabem também que não podem voltar, que no Sudão a vida está pior.
Um deles é o porta-voz dos Meninos Perdidos do Sudão, grupo criado para reunir os imigrantes sudaneses nos Estados Unidos e discutir seus problemas e aspirações. Já são 23 espalhados pelo país.
O filme é belo e retrata com humanidade e simplicidade a transformação na vida dessas pessoas, mas que orgulham-se de suas raízes.
Mostra como abraçaram a oportunidade que tiveram e a solidariedade para com seus parentes, enviando ajuda, mesmo estando tão longe.
Avaliação: ***

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sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O Ódio

Título original: La Haine
País: França
Ano: 1995
Gênero: Drama
Duração: 97 min
Direção: Mathieu Kassovitz
Elenco: Vincent Cassel, Hubert Koundé e Said Taghmaoui.

Sinopse: um dia na vida de três jovens que moram no mesmo conjunto habitacional miserável em Paris. Eles pertencem a etnias diferentes, mas são muito amigos: Vinz (Vincent Cassel) é judeu, Hubert (Hubert Koundé) é negro e Said (Said Taghmaoui), descendente de árabe. Suas vidas são rodeadas de violência, drogas e intolerância. Eles acabam de passar uma noite terrível. Os jovens da vizinhança tiveram um confronto violento com a polícia, e um amigo do trio está hospitalizado, entre a vida e a morte, por causa de excessos numa sessão de torturas cometida pelos policiais. Enfurecidos, os três rapazes vagam pela vizinhança, sem nada para fazer e sem destino, cometendo pequenos delitos, invadindo festas burguesas ou encontrando amigos ao acaso. Um deles tem um revólver carregado. Eles pensam em matar um policial, caso o amigo hospitalizado morra.
Crítica: feito em preto e branco, a trama mostra os conflitos étnicos franceses, a realidade degradada da periferia, a vida sem perspectiva dos jovens ou o forte desejo de sair daquele mundo podre e violento. Os personagens estão sempre a ponto de explodir, a vida é uma arma engatilhada que pode disparar a qualquer momento, temos que tentar sobreviver enquanto podemos, mesmo que na seja por muito tempo.
Agressivo, rústico e estiloso, tenta compor um retrato profundo e o mais abrangente possível da juventude dos subúrbios de Paris. É um filme universal porque tematiza com excelência o cotidiano da juventude contemporânea de baixa renda – uma multidão de jovens cheios de agressividade reprimida, sem qualquer perspectiva de futuro. E é local porque mostra, com muita propriedade, o confuso quadro étnico e racial que permeia todas as capitais européias, invariavelmente habitadas por descendentes de povos colonizados pelas grandes potências. Um cenário propício para o crescimento surdo de diversos preconceitos, todos prestes a explodir.
O diretor utiliza técnicas do cinema verité (câmera na mão, imagens em preto-e-branco), mas acrescenta às cenas montagem veloz, truques visuais com câmera dividida e efeitos sonoros que aumentam a sensação geral de nervosismo.
Não é uma obra perfeita, porém tem um roteiro firme, surpresas arrojadas no decorrer da trama e atuações brilhantes e despojadas de um elenco pouco conhecido. Sem dúvida, um filme de grande relevância cultural, gênero bem extinto no cinema atual. Não perca!
Avaliação: ****

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Wesh, Wesh, o que foi?

Título original: Wesh Wesh, qu´est-ce qui se passe?
País: França
Ano: 2002
Gênero: Drama
Duração: 83 min
Direção: Rabah Ameur-Zaimèche
Elenco: Ahmed Hammoudi, Brahin Ameur Zaimèche e Rabah-Ameur Zaimèche.

Sinopse: após ter cumprido uma dupla sentença na prisão, Kamel volta para seu bairro, Cité des Bosquets, e com a ajuda de sua família tenta se reinserir na sociedade e no trabalho.
Crítica: o filme mostra a revolta dos jovens com a decomposição da comunidade do bairro, vista pelos olhos do jovem Kamel, que se sente impotente diante de tal situação.
A trama transcorre lentamente, sem muitos acontecimentos. É um filme assistível, mas faltou maior aprofundamento no roteiro.
Avaliação: **

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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Banquete do Amor


Título original: Feast of Love
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Romance, drama
Duração: 102 min
Direção: Robert Benton
Elenco: Morgan Freeman, Greg Kinnear, Radha Mitchell, Billy Burke, Selma Blair, Alexa Davalos, Toby Hemingway, Stana Katic, Erika Marozsán e Jane Alexander.

Sinopse: baseado no romance de Charles Baxter, conta a história de uma pequena comunidade no Oregon em que os moradores vivem intrigas amorosas. Um professor e escritor local chamado Harry Stevenson (Morgan Freeman) testemunha tudo de perto. Intrigas entre jovens e velhos, entre pais e amantes, entre o dócil e o selvagem, entre humanos e animais, Harry observa admirado como o amor mistifica, fere, devasta, inspira, faz exigências insanas e molda profundamente as vidas de cada um ao seu redor, incluindo-se aí, ele próprio.

Crítica
: um belo romance abordando as várias facetas do amor, na vida de diferentes pessoas.
Sensível, comovente e convincente. Um roteiro bem produzido com excelentes atuações.

Curiosidade
: do mesmo diretor de 'Kramer vs. Kramer' e 'Revelação'.

Avaliação
: *** 

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segunda-feira, 16 de julho de 2007

Iluminados

Título original: Iluminados
País: Brasil
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Duração: 100 min
Direção: Cristina Leal
Elenco: Dib Lutfi, Edgar Moura, Fernando Duarte, Mário Carneiro, Pedro Farkas e Walter Carvalho.

Sinopse: um documentário de longa metragem que revela o olhar sobre a fotografia de cinema pelas lentes de alguns dos maiores profissionais da recente cinematografia brasileira. Dib Lutfi, Edgar Moura, Fernando Duarte, Mario Carneiro, Pedro Farkas e Walter Carvalho imprimem um pouco de sua história como fotógrafos e refletem sobre seus trabalhos, dos diretores, do seu cinema em particular e do que a sétima arte representa para o mundo.

Crítica
: a direção foi muito feliz nesse documentário. De forma interessante e didática mostra o outro lado da câmera, todo o preparo antes de uma cena pronta, inúmeros detalhes que nem imaginamos serem tão preciosos.
A proposta é dar o mesmo script para cada um dos cineastas e, a partir daí, cada um constrói a sua cena. Nesse trabalho pessoal, há o movimento preferido da câmera, posicionamento dos objetos em cena e dos atores, iluminação e equipamento.
O resultado é excelente! Pode ser uma inspiração para futuros fotógrafos/cinegrafistas/cineastas.

Avaliação
: ***

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quinta-feira, 12 de julho de 2007

A Última Noite

Título original: A Prairie Home Companion
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Comédia
Duração: 105 min
Direção: Robert Altman
Elenco: Meryl Streep, Maya Rudolph, Lindsay Lohan, John C. Reilly, Woody Harrelson, Kevin Kline, Lily Tomlin, Virginia Madsen e Tommy Lee Jones.

Sinopse: baseado no programa de rádio ao vivo 'A Prairie Home Companion', o mais popular dos EUA, a obra mostra a sua última apresentação. Entre os personagens que passam pelos microfones do programa, temos os caubóis-cantores Lefty (Woody Harrelson) e Dusty (John C. Reilly), a cantora country Yolanda Johnson (Meryl Streep) e o apresentador.

Crítica: um filme engraçadinho, cativante, mas sem muito brilho.
Conta a história de um programa de rádio, gravado ao vivo num teatro na pequena cidade de St. Paul, no estado americano de Minessota. Apesar desse tipo de programa já ter acabado há pelo menos 50 anos, A Prairie Home Companion resistiu ao tempo e continua sendo transmitido todo sábado à noite. Porém, a rádio foi comprada por um conglomerado texano, que pretende transformá-lo num estacionamento. O filme é, portanto, a última noite do programa, mas nem público nem artistas dão muita bola para o fato – simplesmente ignoram a notícia.
Com esse conteúdo, o filme poderia ter sido melhor, mas decepcionou. O elenco é fraco, com exceção de Lili Tomlin e Merryl Streep que simplesmente arrasam como a dupla de irmãs cantoras caipiras, ladeadas pelos ótimos Woody Harrelson e John C. Reilly. Todos cantam muito bem, sem dublagem, canções cafonérrimas de letras engraçadas, leem cartas dos fãs no ar e fazem propaganda de anunciantes fictícios.
As piadas são sem graça e o estilo improvisação, que era o ponto forte dos programas de rádio, não convenceu aqui.

Curiosidade: o criador e apresentador do programa, Garrison Keillor, é o responsável pelo roteiro do projeto.
Avaliação: **

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sábado, 7 de julho de 2007

O Mundo de Luc Jacquet

Título original: The World of Luc Jacquet
País: França
Ano: 2006
Gênero: Documentário
Duração: 162 min
Direção: Luc Jacquet
Elenco: -

Sinopse: em uma compilação de quatro longas, o cineasta Luc Jacquet oferece uma experiência cinematográfica que irá levar o espectador ao mundo dos animais selvagens da Antártida. Nesta aventura, serão revelados diversos mistérios da natureza e suas criaturas maravilhosas, como o leão marinho, o pingüim, o lobo marinho, a foca-leopardo, entre tantas outras.

Crítica: as imagens são incríveis, captando detalhes e acompanhando a vida de algumas espécies. Os títulos são: O Carrapato e o Pássaro; Uma Praia Cheia de Pingüins; A Primavera das Focas de Weddell; e 4. A Parte da Foca Leopardo. O segundo e o terceiro, na minha opinião, são os melhores.
O filme é extremamente elucidativo e encantador.

Avaliação: ***

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segunda-feira, 2 de julho de 2007

O Agente da Estação

Título original: The Station Agent
País: EUA
Ano: 2003
Gênero: Drama
Duração: 88 min
Direção: Thomas McCarthy
Elenco: Patricia Clarkson, Michelle Williams, Bobby Cannavale, Peter Dinklage e Paul Benjamin.

Sinopse: o anão Fin (Peter Dinklage ) cansa da vida da cidade quando seu único amigo e colega de trabalho morre e vai morar no campo, onde pensa que não será importunado com olhares curiosos. O que ele não esperava era fazer amizade com uma artista que está passando por uma tragédia pessoal e um latino bem humorado, vendedor de cachorro-quente.

Crítica: protagonizado pelo anão mais famoso de Hollywood, o filme tem um excelente roteiro e um elenco de primeira. Todos estão incrivelmente bem entrosados na trama.
Um enredo simples, original e bem dirigido com uma ótima lição de vida. A história gira em torno da adaptação de Fin na pequena e adorável cidade e, principalmente, em torno da importância de cada um desses personagens na vida uns dos outros. É na diferença que as pessoas se tornam iguais umas às outras, independente de problemas físicos, mentais ou espirituais. Há vários momentos significativos, que exigem uma certa sensibilidade do espectador, porém sem jamais apelar para clichês ou dramalhões.
A película ganhou alguns prêmios, entre eles: o BAFTA de melhor roteiro original e o prêmio do público – “Drama” e o prêmio especial do júri, no Sundance Film Festival.
Vale a pena conferir.

Avaliação: ***

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domingo, 1 de julho de 2007

Depois do Casamento

Título original: Efter Brylluppet
País: Dinamarca/Suécia
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Susanne Bier
Elenco: Mads Mikkelsen, Rolf Lassgard, Sidse Babett Knudsen, Stine Fischer Christensen, Christian Tafdrup e Mona Malm.

Sinopse: Jacob Petersen (Mads Mikkelsen) luta para manter em funcionamento um orfanato, localizado numa das regiões mais pobres da Índia. A instituição corre o risco de fechar, até que Jacob é chamado de volta à Dinamarca para falar com um rico empresário, que deseja fazer uma doação para o local. Enquanto isso, em Copenhagen, Jorgen (Rolf Lassgard) vive uma vida feliz com sua esposa e filhos. Rolf é um perspicaz homem de negócios e um pai devotado, mas que às vezes comete indelicadezas quando o assunto envolve questões de família. Isso acontece quando Jorgen falta ao encontro que havia marcado com Jacob, para poder discutir detalhes do casamento de sua filha. Jacob, pressionado pela situação financeira do orfanato, quer resolver a questão da doação o quanto antes, mas Jorgen prefere deixar tudo para depois do casamento.
Crítica: indicado ao Oscar por melhor filme estrangeiro, é um belo e denso drama que prende a atenção do espectador durante toda sua extensão. Intrigante, os personagens são moldados de uma maneira fantástica, construindo suas personalidades e revelando suas relações.
É sincero e tocante por retratar pessoas comuns, que acabam se refletindo em nós mesmos. O filme fala sobre pecados do passado que voltam a assombrar, sobre os nossos segredos que nunca ficam enterrados para sempre. E, depois do casamento (conforme diz o título), a vida de cinco pessoas desmoronam completamente, conforme começam a questionar seus passados, suas escolhas e com o objetivo de construir um futuro melhor.
Todos os atores têm um desempenho esplêndido, até mesmo nas cenas mais dramáticas.
Com ótimos diálogos e muitas cenas emocionalmente cruas, é uma trama que deixa marcas. Assista e comprove.
Avaliação: ***

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sábado, 23 de junho de 2007

Adeus, Meninos

Título original: Au Revoir les Enfants
País: França
Ano: 1987
Gênero: Drama
Duração: 103 min
Direção: Louis Malle
Elenco: Gaspard Manesse, Raphael Fejto, Francine Racette, Stanislas Carré de Malberg, Philippe Morier-Genoud, François Berléand, François Négret, Peter Fitz, Pascal Rivet, Benoît Henriet, Richard Lebouef, Xavier Legrand e Irène Jacob.

Sinopse: França, inverno de 1944. Julien Quentin (Gaspard Manesse) é um garoto de 12 anos que frequenta o colégio Sr. Jean-de-la-Croix, que enfrenta grandes dificuldades devido a 2ª Guerra Mundial. Lá ele se torna o melhor amigo de Jean Bonnett (Raphael Fejto), um introvertido colega de classe que Julien, posteriormente, descobre ser judeu. A tragédia chega à escola quando a Gestapo invade o local, prendendo Jean, outros dois alunos e ainda o padre responsável pelo colégio.
Crítica: conduzido com extrema sensibilidade, mostra, por meio da amizade de dois garotos, as opressões sociais, a discriminação do anti-semitismo, o horror da guerra e a insensatez humana. Questionador, passa-nos a visão e a sensação que esses jovens no estágio de criança/adolescente vivenciam, durante a ascensão do nazismo nos anos 40. Numa situação bastante peculiar, a história se passa dentro de um seminário durante a Segunda Guerra Mundial. O drama, quase tragédia, é envolvente: são cruéis as tensões vividas pelos personagens, ainda mais para o menino que é judeu. Este vive uma inexprimível situação de pânico, está ali com nome falso e como foragido. O outro protagonista, de religião católica, junta sua forte personalidade e conquista seu colega perseguido. Não mais sozinho, encontra amizade e companhia, tudo que já tinha perdido de vista, até mesmo em relação à família com paradeiro desconhecido. Mas, infelizmente, os judeus ali escondidos são descobertos e levados pelos alemães. Os diálogos têm forte senso crítico. Um belíssimo filme, sem dúvida.
Avaliação: ****

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sexta-feira, 15 de junho de 2007

Vitus

Título original: Vitus
País: Suíça
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 106 min
Direção: Fredi M. Murer
Elenco: Fabrizio Borsani, Teo Gheorghiu, Julika Jenkins, Urs Jucker, Bruno Ganz, Eleni Haupt, Kristina Lykowa, Tamara Scarpellini, Daniel Rohr, Norbert Schwientek, Heidy Forster, Daniel Fueter e Livia S. Reinhard.

Sinopse: Vitus é um garoto superdotado, que parece vindo de outro planeta. Ele tem o ouvido muito apurado, toca piano como um virtuoso e estuda enciclopédias desde os cinco anos de idade. Seus pais antecipam um futuro brilhante para ele. Esperam que ele se torne um exímio pianista. Mas o pequeno gênio prefere brincar com seu excêntrico avô na oficina dele, construindo planadores. Ao fazer um vôo numa das engenhocas, um dramático salto dará a Vitus o controle da própria vida.

Crítica
:
Avaliação: a conferir 

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terça-feira, 12 de junho de 2007

O Resgate de um Campeão


Título original: Resurrecting the Champ
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 112 min
Direção: Rod Lurie
Elenco: Samuel L. Jackson, Josh Hartnett, Kathryn Morris, Dakota Goyo, Alan Alda,   Rachel Nichols, Teri Hatcher, Kristen Shaw, Nixk Sandow, David Paymer e Peter Coyote.

Sinopse: o repórter esportivo Erik (Josh Hartnett), salva um sem-teto e acredita que ele seja Bob Satterfield (Samuel L. Jackson), uma lenda do boxe, que todos acreditavam estar morto. Assim, surge para o jovem a oportunidade de uma grande matéria, resgatando a história de um campeão. Esta jornada do ambicioso repórter transforma-se em uma viagem pessoal, na qual ele reexaminará sua própria vida e seu relacionamento com a família.

Crítica
: bem produzido, com direito a mocinhos e lições de moral sobre o que é politicamente correto – o estilo hollywoodiano. Aborda questões como família, educação, escolhas, carreira e ética.
Segue à risca a receita de um filme blockbuster. Atuações boas (a de Samuel Jackson poderia ser melhor) e algumas sequências com diálogos mais afiados.

Avaliação
: *** 

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quinta-feira, 7 de junho de 2007

Não por Acaso

Título original: Não por Acaso
País: Brasil
Ano: 2007
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Philippe Barcinski
Elenco: Rodrigo Santoro, Leonardo Medeiros, Cássia Kiss, Letícia Sabatella e Graziella Moretto.

Sinopse: Ênio (Leonardo Medeiros) é um engenheiro de trânsito que, operando sinais, busca comandar o fluxo dos automóveis da cidade de São Paulo. Sua mania de controle reflete-se também em sua vida doméstica. O encontro com a filha, Bia (Rita Batata), faz com que ele se sinta sem o controle de tudo. Pedro (Rodrigo Santoro) é dono de uma marcenaria especializada na construção de mesas de sinuca. Meticuloso, possui uma visão peculiar do jogo de sinuca. Um acidente faz com que a vida de ambos tome rumos surpreendentes.
Crítica: um excelente filme foi visto por poucos, infelizmente. A história, que trata da importância que alguns minutos podem fazer em nossas vidas, poderia se passar em qualquer lugar do mundo. Pela primeira vez, um filme brasileiro feito sem mostrar as mazelas do país, e sim uma trama comum, de pessoas comuns, que pode acontecer com qualquer um e a qualquer momento. A narrativa envolve e, em seu contexto, ainda mostra duas profissões pouco conhecidas e uma bela fotografia da cidade de São Paulo. Recomendadíssimo!
Avaliação: ***

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O Mestre da Vida

Título original: Local Color
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: George Gallo
Elenco: Armin Mueller-Stahl, Trevor Morgan, Ray Liotta, Charles Durning, Samantha Mathis, Tom Adams, Nancy Casemore, Julie Lott, Taso Papadakis, Ron Perlman, Diana Scarwid, David Sheftell e David Sosna.

Sinopse: John Talla (Trevor Morgan) é um talentoso e problemático estudante de artes de 18 anos que quer se tornar um grande artista. Ao conhecer Nicoli Seroff (Armin Mueller-Stahl), um genial pintor, ele insiste para que o velho mestre o ensine a pintar. Mas Seroff não só desistiu da arte, mas também da vida e quer ficar em paz. No entanto, Seroff convida John para passar uma temporada em sua casa da Pensilvânia. Juntos, eles dão um ao outro um precioso presente: o estudante aprende a ver o mundo através dos olhos do talentoso mestre e o mestre aprende a ver a vida atrvés dos olhos da inocência novamente.

Crítica
: baseado em uma história verídica, o filme convence, especialmente pelas ótimas atuações (Armim Mueller-Stahl está excelente) do elenco e pelos diálogos extremamente inteligentes e críticos.
O roteiro é perfeito no direcionamento das sequências (cada uma melhor que a outra) e a trama nos conduz a boas reflexões.
Além disso, ainda é um filme que transpira cultura. E a mensagem final não poderia ser melhor. Confira!  

Avaliação
: ****

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sexta-feira, 1 de junho de 2007

Zodíaco

Título original: Zodiac
País: EUA
Ano: 2007
Gênero: Suspense policial
Duração: 158 min
Direção: David Fincher
Elenco: Jake Gyllenhaal, Robert Downey Jr., Mark Ruffalo, Anthony Edwards, Clea DuVall, Adam Goldberg, Dermot Mulroney e Chloë Sevigny.

Sinopse: história baseada numa investigação real sobre um serial killer que agiu em São Francisco (EUA) durante o final da década de 1960, deixando mensagens enigmáticas para os policiais que investigavam sua identidade obsessivamente. Robert Graysmith (Jake Gyllenhaal) é um tímido cartunista editorial que descobre a intenção oculta do assassino; David Toschi (Mark Ruffalo) e William Armstrong (Anthony edwards) são os detetives do caso; e Paul Avery (Robert Downey Jr.), o repórter que também trabalha na investigação.
Crítica: bom, mas infelizmente foi um fracasso de bilheteira. Prolongado demais, excesso de detalhes (o diretor é um perfeccionista ao extremo) e um final inconcluso não colaboraram muito.
A quantidade de informações cansa um pouco. O espectador precisa ficar atento às datas, pois o filme começa em 1969 e vai saltando os anos até 1984, seguindo os quatro assassinatos e todas as cartas que o serial killer enviou para os jornais.
Na primeira hora de projeção, o filme é excelente. Isso porque, com San Francisco em pânico, vários loucos assumem a identidade do assassino e o serial killer podia estar em qualquer lugar, ou seja, a polícia luta contra um inimigo intangível, invisível e impalpável, que poderia estar em quatro cidades. As polícias batem cabeça (são tantas pistas e supeitos), a tecnologia deficiente na época não ajuda e a manipulação pela mídia só faz piorar. E é quando o diretor, utilizando-se de fotografias e imagens antigas, molda a cidade inteira em seu labirinto de terror, detalhando o crescimento fisico e econômico atrelado à escalada da violência, produzindo uma comunicação direta com o público. Faz de San Francisco uma personagem da película. Essa parte é brilhante.
Porém, do meio em diante, quando a solução para o desfecho começa a surgir, o longa decepciona.
Um filme mais enxuto teria agradado mais. Porém, vale conferir, já que baseado em fatos reais, sempre emociona.
Avaliação: ***

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quarta-feira, 23 de maio de 2007

Dreamgirls – Em Busca de Um Sonho

Título original: Dreamgirls
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Drama, musical
Duração: 131 min
Direção: Bill Condon
Elenco: Jamie Foxx, Eddie Murphy, Danny Glover, Anika Noni Rose, Jennifer Hudson, Keith Robinson, Beyoncé Knowles, Hinton Battle, Sharon Leal, Loretta Devine e John Lithgow.

Sinopse: baseado num musical da Broadway, a história fala de um trio de cantoras negras, Effie White, Deena Jones e Lorrell Robinson, três amigas de Detroit, que, nos anos de 1960, criam o grupo The Dreamettes e tornam-se as mais populares artistas do soul. Nem tudo será um sonho na carreira das moças, sobretudo quando entra em cena o inescrupuloso empresário Curtis Taylor Jr. (Jamie Foxx), que controla o grupo com mão de ferro e ainda se casa com uma das integrantes.
Crítica: um musical que tem um ótimo início, frenético, situando rapidamente a história das três moças. A trilha sonora é realmente de excelente qualidade, assim como toda a edição de arte e o figurino.
Mas do meio para o final, o ritmo cai e o enredo dramático já não prende tanto a atenção do espectador que gosta de musicais.
A melhor interpretação é a de Eddie Murphy. Os demais soaram superficiais em seus papéis.
Um filme para entretenimento somente.
Avaliação: **

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sábado, 19 de maio de 2007

O Amor Não Tira Férias

Título original: The Holiday
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Comédia, romance
Duração: 137 min
Direção: Nancy Meyers
Elenco: Cameron Diaz, Kate Winslet, Jude Law, Jack Black, Eli Wallach, Rufus Sewell e Edward Burns.

Sinopse: Amanda (Cameron Diaz) é uma produtora americana que descobre a infidelidade de seu namorado (Burns), depois de levar na cara que a falta de sexo comprometia a relação. Iris (Kate Winslet) é uma jornalista inglesa que teve um caso com um de seus colegas (Rufus Sewell) e ainda é apaixonada por ele, que anuncia seu casamento com outra. Duas mulheres infelizes em dois continentes. Pela internet, aceitam trocar, por um tempo, suas casas, a fim de espairecer a mente. A primeira fica num chalé aconchegante, no meio do frio, conhecendo o simpático Graham (Jude Law). A outra, por sua vez, vai para a mansão da americana no calor californiano; uma mudança realmente impactante. Lá, vira amiga do engraçado Miles (Jack Black).

Crítica: o cinema está repleto de comédias insossas e essa é mais uma. A história até tenta incutir em seus personagens o aprendizado e o amadurecimento que vêm com o sofrimento, a dor ou perda de um grande amor e a importância da auto-estima.
Porém, a falta de entrosamento dos personagens e os diálogos e situações ruins não ajudaram. Kate Winslet é a melhorzinha, mas seu talento está bem acima disso. Não entendo porque atuar em um filme do gênero.
Sem graça e completamente previsível, a fita (que deveria ter ido direto para as locadoras de DVD) deve ser vista somente se você não tiver mesmo nada para fazer.

Avaliação: **

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terça-feira, 1 de maio de 2007

Jogando Sujo

Título original: Played
País: Reino Unido
Ano: 2006
Gênero: Ação, aventura
Duração: 107 min
Direção: Sean Stanek
Elenco: Mick Rossi, Imran Ahktar, George Berg, Patrick Bergin, Sile Bermingham, Gabriel Byrne, Val Kilmer, Pipo Chiu, Roy Dotrice, Adam Fogerty, Aaron Gallagher, John Jones, Steve Jones, Sean Power, Anthony LaPaglia e Vinnie Jones.

Sinopse: depois que um assalto dá errado, Ray Burns (Mick Rossi), um ladrão de aluguel, volta às ruas. Procurando acertar as contas, ele precisa voltar ao jogo pela última vez para derrubar seus inimigos. Neste cruel olhar do submundo do crime em Londres, Ray vai aprender da pior maneira a não ser vítima do jogo sujo.

Crítica: mesmo com um elenco de peso, o filme ficou abaixo das expectativas. Roteiro e enredo fracos.

Avaliação: **

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Antes da Lua Cheia

Título original: Niwemang

País: Irã/Iraque/Austrália/França

Ano: 2006

Gênero: Comédia, drama

Duração: 107 min

Direção: Bahman Ghobadi

Elenco: Ismail Ghaffari, Allah Morad Rashtiani, Farzin Sabooni, Kambiz Arshi e Sadiq Behzadpoor.

 

Sinopse: após a queda de Saddam Hussein, Mamo (Ismail Ghaffari), um renomado músico curdo, recebe autorização para realizar um concerto no Iraque. Um de seus filhos avisa que o ancião de sua aldeia previu que algo terrível aconteceria a ele antes da próxima lua cheia, caso continuasse a viagem. Mesmo avisado ele persiste na sua jornada, já que foi impedido de tocar durante os últimos 35 anos. Ao mesmo tempo, o músico quer que uma mulher aceite entrar para o grupo, mas ela perdeu a força de sua voz, assim como a autoconfiança.


Crítica
: em “Antes da Lua Cheia”, o diretor revela as dificuldades culturais do Irã diante de seu regime opressor – o filme se passa entre as fronteiras do Irã, Iraque e Turquia – deixando nas entrelinhas a resistência daquele povo contra o governo, a burocracia que o envolve e a limitação da liberdade imposta.

A paisagem desoladora que ambienta a história contrasta diretamente com a excentricidade dos seus personagens. Apoiado por elementos surreais e certa dose de humor negro, Ghobadi constrói uma história um tanto monótona, e com críticas sutis. Os diálogos não são o forte do roteiro; ao contrário, são demasiado longos e desinteressantes.

Portanto, quem escolher assistir a “Antes da Lua Cheia” baseando-se na filmografia do diretor, pode se decepcionar. O longa não leva à reflexão como “Tempo de Embebedar Cavalos” (2000) nem às lágrimas como o excelente “Tartarugas Podem Voar” (2004). O que há é um paralelo entre a celebração da vida e da morte, infelizmente, sem alcançar a densidade esperada.

Ao término da trama, tem-se a impressão de perdemos algo pelo caminho. Nem mesmo a aparição da personagem misteriosa Niwemang, interpretada por Golshifteh Farahani (do ótimo “Procurando Elly”), salva a história.


Avaliação
: **

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segunda-feira, 30 de abril de 2007

Armênia

Título original: Le Voyage en Arménie
País: França
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 125 min
Direção: Robert Guédiguian
Elenco: Marcel Bluwal, Ariane Ascaride, Gérard Meylan, Chorik Grigorian, Pascal Chamassian, Marion Chamassian, Gilbert Baronian, Jalil Lespert, Jean-Pierre Darroussin, Chorik Grigorian, Romen Avinian, Simon Abkarian, Serge Avedikian, Kristina Hovakimian e Madeleine Guédiguian.

Sinopse: Barsam (Marcel Bluwal) tem sérios problemas cardíacos e quando descobre a doença parte para sua terra natal, Armênia. Sua filha (Ariane Ascaride, com quem não se dá muito bem, é também sua médica e vai procurá-lo nesse país em que nunca esteve, preocupada com sua família. Ao chegar, faz amizades, envolve-se com problemas alheios, assume responsabilidades, embora insista em dizer que não se envolve com questões de origem e identidade.
Crítica: o longa de Guédiguian, evidentemente, não trata da viagem de Barsam, mas sim de Anna – que aos poucos entrará em contato com o mundo que só conhecia pelas fotografias de família. Em Paris, a cultura armênia não mais sobrevive. A personagem de Anna é anti-carismática, impaciente e exigente como uma boa francesa e passará por todas as lições que lhe cabem.
É o clássico filme-painel que enfileira cenas ilustrativas da situação da Armênia. Passa-se pela multiplicação dos postos de gasolina, boates escusas, restaurantes típicos, exageros de salão de beleza, favelas, precários postos de saúde, vilarejos autossustentados. Ao fundo, sempre, o Monte Ararat, símbolo do país.
Para resumir a Armênia, o diretor apostou em dois típicos personagens: o homem de negócios sem escrúpulos, que representa o armênio desnacionalizado; e o rude porém charmoso militar, que representa o armênio enraizado na noção de nação.
Mas o roteiro perde-se durante o seu desenvolvimento e a história não se sustenta, com cenas e interpretações fracas. A busca da filha pelo pai doente parece esquecida durante a trama.
Avaliação: **

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quinta-feira, 19 de abril de 2007

Quem Matou o Carro Elétrico?

Título original: Who Killed the Eletric Car?
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Documentário
Duração: 92 min
Direção: Chris Paine
Elenco: -

Sinopse: em 1996, ele surgiu nas estradas da Califórnia. Era o carro mais rápido e mais eficiente já construído. Funcionava à eletricidade, não emitia poluentes e colocou a tecnologia americana no topo da indústria automotiva. Mas muita gente grande ficou realmente incomodada e esses carros foram destruídos. Especialistas, consumidores, ambientalistas, políticos, diretores envolvidos e até estrelas de cinema deram suas versões. Quem Matou o Carro Elétrico? é a verdadeira autópsia que revela os culpados deste crime contra a humanidade e a tecnologia.

Crítica: com depoimentos de peso (celebridades e entendidos do assunto) e imagens impactantes, o documentário prova como os interesses econômicos e políticos estão acima do bem-estar social.
Retrata o quão cruel pode ser as escolhas de poucos, detentores do poder, acabando por moldar o destino de todo um planeta, e como estamos longe de um mundo mais ecológico.
Bastante esclarecedor e realista. Assista!

Avaliação: ***

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quinta-feira, 12 de abril de 2007

Você e Eu

Título original: Toi et Moi

País: França

Ano: 2006

Gênero: romance

Duração: 90 min

Direção: Julie Lopez-Corval

Elenco: Chantal Lauby, Eric Berger, Jonathan Zaccai, Julie Depardieu e Marion Cotillard.

 

Sinopse: redatora de foto-novela para a revista "Você e Eu", Ariane tende a escrever sua vida amorosa e a de sua irmã Lena, reinventando-as um pouco. No entanto, suas vidas não têm nada de novela: Ariane fica presa a Farid, que não se interessa por ela, e Lena está entediada com seu namorado, François. Mas e se Ariane se entregasse ao amor de Pablo, o belo operário que trabalha no prédio? E se Lena se apaixonasse por Mark, o violinista prodígio que acaba de conhecer? Entre realidade e foto-novela, as duas irmãs encontrarão por fim o grande amor?


Crítica
: a princípio, parece mais uma comédia romântica como entre tantas que estamos acostumados a ver. No entanto, à medida que a trama se desenvolve, levanta questionamentos e dúvidas sobre o que é real e o que é fictício na nossa vida amorosa.

Uma história simples com um bom roteiro.


Avaliação
: ***

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sábado, 7 de abril de 2007

As Leis de Família

Título original: Derecho de Familia
País: Argentina
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: Daniel Burman
Elenco: Daniel Hendler, Arturo Goetz, Eloy Burman, Julieta Díaz e Adriana Aizemberg.

Sinopse: Ariel Perelman (Daniel Hendler) é advogado como seu pai (Arturo Goetz), mas seguiu um caminho diferente na profissão. Enquanto seu pai representa uma série de pequenos clientes e tem uma vida alegre, ele trabalha como defensor público e dá aulas em uma universidade. Sua vida é organizada, mas sem grandes emoções. Até que conhece Sandra (Julieta Díaz), uma de suas alunas, por quem se apaixona. Quando ela deixa o curso, ele passa a frequentar as aulas de Pilatos que ela ministra, apenas para ficar ao seu lado.

Crítica: uma obra profunda, abordando a relação entre pai e filho, onde o filho, de algum modo, tem seu amadurecimento emocional prejudicado por conta de um conflito mal-resolvido. Os diálogos inteligentes são valorizados por interpretações afinadas.
O mais divertido no filme é a recusa daquilo que o narrador conta; a contradição entre a voz em off e a realidade objetiva dos fatos. O silêncio e o não-dito dão a beleza da trama.
Bom elenco, roteiro inteligente e bela fotografia. Enfim, uma película correta e sincera, só faltando talvez um pouco mais de emoção.

Avaliação: ***

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quinta-feira, 5 de abril de 2007

Filhos do Paraíso

Título original: Bacheha-Ye aseman / Children of Heaven
País: Irã
Ano: 1997
Gênero: Drama, ficção científica, romance
Duração: 88 min
Direção: Majid Majidi
Elenco: Mohammad Amir Naji, Amir Farrokh Hashemian, Bahare Seddiqi, Nafise Jafar-Mohammadi, Fereshte Sarabandi, Kamal Mirkamiri, Behzad Rafi e Dariush Mokhtari.

Sinopse: Ali (Amir Farrokh Hashemian) é um menino de 9 anos proveniente de uma família humilde e que vive com seus pais e sua irmã, Zahra (Bahare Seddiqi). Um dia ele perde o único par de sapatos da irmã e, tentando evitar a bronca dos pais, passa a dividir seu próprio par de sapatos com ela, com ambos revezando-o. Enquanto isso, Ali treina para obter uma boa colocação em uma competição de corrida para que com o prêmio em dinheiro possa comprar um novo par de sapatos para a irmã.
Crítica: o longa comove e traz muitas reflexões sobre valores hoje esquecidos, como solidariedade, respeito, amizade e amor. Revela que, mesmo num ambiente de tanta pobreza, a força dos vínculos afetivos e a permanência dos valores familiares, podem ajudar no enfrentamento das dificuldades, criando perspectivas para um futuro melhor. Os atores mirins são excelentes e a história, que cresce no decorrer de tantos acontecimentos, surpreende.
Curiosidade: concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1998.
Avaliação: ****

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sábado, 31 de março de 2007

Maria Antonieta

Título original: Marie-Antoinette
País: EUA/França
Ano: 2006
Gênero: Drama
Duração: 122 min
Direção: Sofia Coppola
Elenco: Kirsten Dunst, Jason Schwartzman, Rip Torn, Judy Davis, Asia Argento, Marianne Faithfull, Asia Argento, Rose Byrne, Shirley Henderson, Molly Shannon, Jean-Christophe Bouvet, André Oumansky, Guillaume Gallienne, Aurore Clément, Jean-Paul Scarpitta, Lucien Rolland, Mary Nighty, Clementine Poidatz, Rip Torn e Jason Schwartzman.

Sinopse: a princesa austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é enviada ainda adolescente à França para se casar com o príncipe Luís XVI (Jason Schwartzman), como parte de um acordo entre os países. Na corte de Versalles ela é envolvida em rígidas regras de etiqueta, ferrenhas disputas familiares e fofocas insuportáveis, mundo em que nunca se sentiu confortável. Praticamente exilada, decide criar um universo à parte dentro daquela corte, no qual pode se divertir e aproveitar sua juventude. Só que, fora das paredes do palácio, a revolução não pode mais esperar para explodir.
Crítica: a diretora dá um tom intimista para contar a turbulenta vida da monarca malvada favorita da história, Maria Antonieta. A jovem princesa destinada a sofrer que se casou com o indiferente Rei Luís XVI. Sentindo-se isolada numa corte real recheada de escândalos e intrigas, Maria Antonieta desafia a realeza e os plebeus ao viver como uma estrela do rock, o que serviu apenas para selar seu destino. A narrativa é diferente, mas não agradou a maioria.
O filme não tem a intenção didática de contar uma história e muito menos se ater a diálogos reais. Na verdade, a diretora quer instigar nossa imaginação. E isso é o que decepcionou. O longa parece feito para adolescentes, esquecendo de retratar o momento histórico. Nesse caso, com a ausência de dados mais consistentes, poderia também ter sido mais curto.
A trilha sonora é de mau gosto, inconsonante com a história. Já o figurino e a parte técnica estão impecáveis. E a cena final é inteligente. Sem apelar, sem som e sem palavras, bastou para demonstrar o declínio dos monarcas franceses.
Curiosidade: a diretora Sofia Copolla ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original em 2004.
Avaliação: ***

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