As Aventuras de Agamenon, o Repórter
País: Brasil
Ano: 2011
Gênero: Comédia
Duração: 74 min
Direção: Victor Lopes
Elenco: Hubert, Luana Piovani e Marcelo Adnet.
Sinopse: falso documentário conta a história do colunista Agamenon Mendes Pedreira, que teria nascido no fim do século XIX e estaria vivo até hoje.
Crítica: o trailer do filme não é nada animador e, após assisti-lo, confirma-se que a nossa intuição estava certa.
Arrancando poucos risos (aliás, acho que o filme é só para isso), o roteiro é uma tentativa trágica de se fazer cinema. A história que dá o mínimo suporte para todas essas brincadeirinhas infames acompanha o personagem-título, um jornalista que colabora com O Globo e que tem um senso de ética distorcido. Mesmo com a índole pouco respeitável, Agamenon acompanhou vários eventos históricos importantes durante o século XX. Esses falsos furos são mostrados pela manipulação de imagens de arquivo por efeitos visuais no estilo de Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994). Assim, Agamenon “contracena” com figuras históricas como o ditador nazista Adolf Hitler e o cientista Albert Einstein, por exemplo.
O filme aposta tanto e, erroneamente, na comicidade que se esquece de envelhecer os personagens com o passar das décadas. O protagonista é o único que muda de aparência e só porque foi exposto a altas doses de radioatividade enquanto acompanhava o bombardeio de Hiroshima.
Para tentar atrair o público, colocou-se no elenco Marcelo Adnet, do Casseta & Planeta, e Luana Piovani (nesse caso, o público masculino) que faz o papel de sempre, da ‘gostosona’. No caso de Adnet, o talento musical para paródias é explorado em apenas uma cena – que é meramente uma reciclagem do quadro Gaiola das Cabeçudas, desempenhado no programa Comédia MTV.
Outras presenças ilustres no elenco do filme são as participações de figuras públicas como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o escritor Paulo Coelho e o colunista Nelson Motta. Eles dão falsos depoimentos acerca de Agamenon em passagens pseudodocumentais inseridas no decorrer do filme quando convenientes.
Os depoimentos e as inserções históricas com imagens de arquivo são a parte documental da trama que trilha muitos outros caminhos e perde qualquer possibilidade de manter a coesão dramática. Está mais para um programa de comédia televisivo e escrachado.
Avaliação: *
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