quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Apocalypto

Título original: Apocalypto
País: EUA
Ano: 2006
Gênero: Ação
Duração: 137 min
Direção: Mel Gibson
Elenco: Dália Hernandez, Mayra Serbulo, Gerardo Taracena, Raoul Trujillo e Rudy Youngblood.

Sinopse: durante o declínio do Império Maia, pouco antes da colonização européia na América Central, um pequeno grupo que vive na floresta tropical é dizimado e capturado. Jaguar Paw (Rudy Youngblood) é um dos capturados que tenta a todo custo defender sua família dos violentos ataques.

Crítica: o roteiro traz a história de Jaguar Paw, integrante de uma pequena aldeia maia em um período de decadência desta civilização. Com uma esposa grávida e um filho, Jaguar dedica seu tempo à caça e à convivência com a família, até que a comunidade é atacada por uma tribo vizinha. Após conseguir deixar sua esposa e filho em local seguro, Jaguar é levado para as instalações da outra tribo, muito mais avançada em estrutura. Agora, ele precisa escapar para se reencontrar com a família.
Apocalypto é mais um filme de grande qualidade técnica, impecável em efeitos visuais, feito para agradar a maioria do público.
O primeiro ato da obra é o que constrói a base de todo o restante. Os personagens e a relação entre os integrantes da aldeia são apresentados com o intuito de tornar o protagonista e os coadjuvantes queridos e próximos ao público. Há, inclusive, alguns momentos de humor bem colocados e nada destoantes com o tom do filme até então.
Logo em seguida, um acontecimento para causar impacto na platéia. Após uma cruel e tensa seqüência envolvendo a invasão da aldeia, Gibson e os prisioneiros são carregados a uma civilização muito mais avançada, maravilhando a platéia com um cenário estarrecedor e uma recriação magnífica da época.
Como já citado, este é um dos maiores méritos de Apocalypto. Figurino, maquiagem e cicatrizes dos personagens, rostos desconhecidos dos atores, trilha sonora, brilhante direção de arte e, claro, o fato de todo os diálogos serem falados na língua original (maia) deram autenticidade à história.
No terceiro e último ato, tudo resume-se a uma longa e empolgante cena de perseguição na selva. São cerca de 40 minutos de ação ininterrupta, onde Jaguar vira o jogo contra seus perseguidores, usando a vantagem de conhecer a floresta. Devido à identificação entre platéia e personagem, a seqüência não é cansativa, afinal o espectador está sempre torcendo para o protagonista.
Mas essa perseguição extensa acabou por deixar um vazio em outra parte do enredo: pouco se contou sobre a cultura maia e o significado de suas crenças. E seria uma ótima oportunidade para expor isso ao público.
As cenas são realmente belas e impactantes, como por exemplo, as de cima da pirâmide onde ocorrem os sacrifícios, a de Jaguar desafiando os inimigos na cachoeira e a surpreendente cena envolvendo um parto.
Com um enredo simples e belo, o excesso de sangue e atos violentos poderia ter sido poupado.
De qualquer maneira, é uma película incrivelmente filmada, com sequências de ação empolgantes e memoráveis.

Curiosidade: o título é um termo grego que significa "um novo começo".
Avaliação: ***

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