The Square - A Arte da Discórdia
País: Suécia/Alemanha/Dinamarca/França
Ano:
2017
Gênero: Comédia
dramática
Duração: 142
min
Direção: Ruben Östlund
Elenco: Claes
Bang, Elisabeth Moss e Dominic West.
Sinopse: um gerente de museu está usando de todas as
armas possíveis para promover o sucesso de uma nova instalação. Entre as
tentativas para isso, ele decide contratar uma empresa de relações públicas
para fazer barulho em torno do assunto na mídia em geral. Mas, inesperadamente,
isso acaba gerando diversas consequências infelizes e um grande embaraço.
Crítica: “The Square” é um filme marcante
pela forma como sua história é apresentada, sempre através do confronto que
gera reflexão. Se por um lado isto traz uma certa irregularidade à narrativa,
especialmente em seus trinta minutos iniciais, por outro provoca, com humor e sabedoria,
e aponta posturas típicas da elite em relação ao individualismo e à autossuficiência
que leva à arrogância.
Esse tom de sarcasmo é uma
marca do diretor sueco, também presente no ótimo Força Maior (2015).
O foco agora é a arte
contemporânea, com estranhas instalações e significados, por vezes,
indecifráveis. A crítica recai sobre o ambiente pomposo, as quantias imensas de
dinheiro e a elite intelectual. Tudo isso bem representado pelo curado do X-Royal
Museum, o individualista Christian, interpretado com competência por Claes
Bang.
Seja no âmbito profissional
ou na vida particular, ele é afrontado com diversas situações incômodas. E tudo
piora depois do roubo do seu celular e de sua carteira. Ele fará coisas e irá a
lugares até então fora de sua realidade.
A cena estrelada por um
homem-macaco em um jantar de elite é inesquecível. A performance realista passa
de engraçada a um espetáculo ameaçador e nos faz refletir até que ponto vai o
individualismo de cada um, mesmo diante de alguém em perigo.
Enfim, a relação aos dias
atuais é inegável. A invisibilidade de mendigos e desajustados que é universal;
a febre da “viralização” onde o que importa é postar e ser visto nas redes
sociais, para o bem e para o mal; a individualidade extremada; e o
questionamento sobre o que é ser civilizado ou não são os destaques do longa –
que é difícil de esquecer.
Avaliação: ****
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