terça-feira, 9 de janeiro de 2018

The Square - A Arte da Discórdia

País: Suécia/Alemanha/Dinamarca/França
Ano: 2017
Gênero: Comédia dramática
Duração: 142 min
Direção: Ruben Östlund
Elenco: Claes Bang, Elisabeth Moss e Dominic West.

Sinopse: um gerente de museu está usando de todas as armas possíveis para promover o sucesso de uma nova instalação. Entre as tentativas para isso, ele decide contratar uma empresa de relações públicas para fazer barulho em torno do assunto na mídia em geral. Mas, inesperadamente, isso acaba gerando diversas consequências infelizes e um grande embaraço.

Crítica“The Square” é um filme marcante pela forma como sua história é apresentada, sempre através do confronto que gera reflexão. Se por um lado isto traz uma certa irregularidade à narrativa, especialmente em seus trinta minutos iniciais, por outro provoca, com humor e sabedoria, e aponta posturas típicas da elite em relação ao individualismo e à autossuficiência que leva à arrogância.
Esse tom de sarcasmo é uma marca do diretor sueco, também presente no ótimo Força Maior (2015).
O foco agora é a arte contemporânea, com estranhas instalações e significados, por vezes, indecifráveis. A crítica recai sobre o ambiente pomposo, as quantias imensas de dinheiro e a elite intelectual. Tudo isso bem representado pelo curado do X-Royal Museum, o individualista Christian, interpretado com competência por Claes Bang.
Seja no âmbito profissional ou na vida particular, ele é afrontado com diversas situações incômodas. E tudo piora depois do roubo do seu celular e de sua carteira. Ele fará coisas e irá a lugares até então fora de sua realidade.
A cena estrelada por um homem-macaco em um jantar de elite é inesquecível. A performance realista passa de engraçada a um espetáculo ameaçador e nos faz refletir até que ponto vai o individualismo de cada um, mesmo diante de alguém em perigo.
Enfim, a relação aos dias atuais é inegável. A invisibilidade de mendigos e desajustados que é universal; a febre da “viralização” onde o que importa é postar e ser visto nas redes sociais, para o bem e para o mal; a individualidade extremada; e o questionamento sobre o que é ser civilizado ou não são os destaques do longa – que é difícil de esquecer.

Avaliação: ****

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