Mãe Rosa (Ma’Rosa)
País: Filipinas
Ano:
2017
Gênero: Drama
Duração: 110
min
Direção: Brillante
Mendoza
Elenco: Jaclyn
Jose, Julio Diaz, Felix Roco e Andi Eigenmann.
Sinopse: em Manila, cidade que é a capital da República
das Filipinas, vivem Rosa, Nestor e seus três filhos. Eles possuem uma pequena
mercearia, um negócio familiar no qual trabalham. No entanto, a aparente calma
rotineira da família e do estabelecimento comercial é apenas uma fachada para
que Rosa e Nestor possam vender metanfetamina. Certa noite, a polícia chega ao
local com o objetivo de acabar com a operação criminosa e prender Rosa e Nestor.
Crítica: filmado em um dos bairros mais pobres de
Manila (capital das Filipinas), Mãe Rosa (Jaclyn Jose) é um retrato áspero de
um país pobre, corrupto, desestruturado, marcado por todos os tipos de mazelas
sociais. Nas cenas há muitos detalhes que comprovam o grau de pobreza em
diversos aspectos.
Em estilo documentário, o
diretor opta pelo formato digital e câmera na mão para relatar um dia na
história de Rosa, mulher forte, determinada e resoluta nas suas decisões.
Casada com Nestor e mãe de 4 filhos, ela tem uma vendinha onde vende doces. O
filme começa com ela e o filho fazendo compras no supermercado e voltando para
casa em um táxi, embaixo de muita chuva.
Vale ressaltar que todas as
cenas têm um porquê, uma sequência importante para entendermos o que virá a
seguir. Adiante, percebemos que ela tem outro rendimento: a venda de metanfetamina,
ainda que em pequena escala.
Um rapaz aparece para
comprar um pouco e, logo em seguida, a polícia. Na verdade, foi uma emboscada.
Um dos seus revendedores a entregou.
Sendo levados para a
delegacia (ela e o marido), ficamos chocados com a frieza, o desrespeito e a
corrupção dos policiais. Eles pedem 200.000. Ele não tem um valor tão alto. Ela
então é obrigada a entregar seu fornecedor que também é preso. Mas mesmo com o
dinheiro encontrado com ele, os policiais ainda querem mais.
É interessante ver a união
da família. Os filhos vão até a delegacia e são incumbidos de conseguir o que
falta de qualquer maneira. Acompanhamos aí a jornada de cada um: emocionante e revoltante
ao mesmo tempo.
As atuações, em geral, são
bem naturais num ambiente em que não há justiça nem moral. Não há correção ou
punição, apenas exploração de quem já tem tão pouco.
Será preciso recomeçar do
zero. O desfecho final com a câmera junto ao rosto de Rosa tem um significado
incrível. A expressão é de dor, de arrependimento, de que terá “dar mais duro”
ainda para sobreviver. Ali não se vive, apenas se sobrevive. Duro, muito duro.
O abuso sobre o mais fraco é um tema recorrente nos filmes filipinos e
criticados com louvor.
Avaliação:
****
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