terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Mãe Rosa (Ma’Rosa)

País: Filipinas
Ano: 2017
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Brillante Mendoza
Elenco: Jaclyn Jose, Julio Diaz, Felix Roco e Andi Eigenmann.

Sinopse: em Manila, cidade que é a capital da República das Filipinas, vivem Rosa, Nestor e seus três filhos. Eles possuem uma pequena mercearia, um negócio familiar no qual trabalham. No entanto, a aparente calma rotineira da família e do estabelecimento comercial é apenas uma fachada para que Rosa e Nestor possam vender metanfetamina. Certa noite, a polícia chega ao local com o objetivo de acabar com a operação criminosa e prender Rosa e Nestor. 

Crítica: filmado em um dos bairros mais pobres de Manila (capital das Filipinas), Mãe Rosa (Jaclyn Jose) é um retrato áspero de um país pobre, corrupto, desestruturado, marcado por todos os tipos de mazelas sociais. Nas cenas há muitos detalhes que comprovam o grau de pobreza em diversos aspectos.
Em estilo documentário, o diretor opta pelo formato digital e câmera na mão para relatar um dia na história de Rosa, mulher forte, determinada e resoluta nas suas decisões. Casada com Nestor e mãe de 4 filhos, ela tem uma vendinha onde vende doces. O filme começa com ela e o filho fazendo compras no supermercado e voltando para casa em um táxi, embaixo de muita chuva.
Vale ressaltar que todas as cenas têm um porquê, uma sequência importante para entendermos o que virá a seguir. Adiante, percebemos que ela tem outro rendimento: a venda de metanfetamina, ainda que em pequena escala.
Um rapaz aparece para comprar um pouco e, logo em seguida, a polícia. Na verdade, foi uma emboscada. Um dos seus revendedores a entregou.
Sendo levados para a delegacia (ela e o marido), ficamos chocados com a frieza, o desrespeito e a corrupção dos policiais. Eles pedem 200.000. Ele não tem um valor tão alto. Ela então é obrigada a entregar seu fornecedor que também é preso. Mas mesmo com o dinheiro encontrado com ele, os policiais ainda querem mais.
É interessante ver a união da família. Os filhos vão até a delegacia e são incumbidos de conseguir o que falta de qualquer maneira. Acompanhamos aí a jornada de cada um: emocionante e revoltante ao mesmo tempo.
As atuações, em geral, são bem naturais num ambiente em que não há justiça nem moral. Não há correção ou punição, apenas exploração de quem já tem tão pouco.
Será preciso recomeçar do zero. O desfecho final com a câmera junto ao rosto de Rosa tem um significado incrível. A expressão é de dor, de arrependimento, de que terá “dar mais duro” ainda para sobreviver. Ali não se vive, apenas se sobrevive. Duro, muito duro. O abuso sobre o mais fraco é um tema recorrente nos filmes filipinos e criticados com louvor. 

Avaliação: ****

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