As 14 Estações de Maria (Kreuzweg)
País: Alemanha
Ano:
2014
Gênero: Drama
Duração: 107
min
Direção: Dietrich
Brüggemann
Elenco: Lea van Acken,
Franziska Weisz, Florian Stetter, Anna Brüggemann, Hanns Zischler e Sven
Taddicken.
Sinopse: Maria (Lea van Acken) é uma menina de 14 anos
de uma família católica que segue com rigidez os tradicionais ensinamentos
católicos. Preocupada em agradar a todos, ela se vê em meio ao fogo cruzado:
como conciliar seus sentimentos por um colega de classe e o seu voto de pureza?
Crítica: um filme espetacular, ao estilo de “A Fita
Branca”, de Michael Haneke (2009): tenso, pesado, perturbador.
O filme separado em 14
partes, como sugere o título, recebe em cada início um texto como se fosse uma
passagem da Bíblia.
A primeira cena já é
impactante: um padre de uma igreja católica ultraortodoxa, que acusa o Vaticano
de catolicismo moderno, conversa com 6 crianças que estão prestes a fazer a
crisma.
Terminada essa discussão
sobre valores, pecados, obrigações, sacramentos e mandamentos, somos
apresentados à família da menina – uma mãe autoritária e fria, um pai omisso,
três irmãos, sendo que um deles tem 4 anos e não fala, e a babá que é em quem
Maria mais confia.
Por esse irmão com
problemas Maria está disposta a fazer um sacrifício: morrer por ele com a
esperança de que ele possa falar. Extremamente confusa e reprimida pela mãe,
ela acredita ser esse o caminho certo. O comportamento a afasta das pessoas na
escola onde apenas um menino conversa com ela e a respeita.
Ela não concorda com o
autoritarismo da mãe, porém não tem coragem de enfrentá-la.
Seu estado emocional e de
saúde torna-se cada vez mais preocupante até não ter mais volta.
O texto é muito sábio, as
atuações sublimes e o desfecho doloroso, mas real. É o resultado de tanta
repressão – um alerta para as famílias intolerantes (no tocante à religião)
quanto ao respeito, ao amor e à importância de ouvir.
Avaliação: ****
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