sábado, 16 de junho de 2012

Moscou, Bélgica (Aanrijding in Moscou)

País: Bélgica
Ano: 2008
Gênero: Comédia dramática
Duração: 102 min
Direção: Christophe Van Rompaey
Elenco: Barbara Sarafian, Jurgen Delnaet, Johan Heldenbergh, Anemone Valcke, Sofia Ferri, Julian Borsani, Bob De Moor, Jits Van Belle e Griet van Damme.

Sinopse: Moscou é o nome de um bairro periférico de Ghent, na Bélgica, com uma densa classe trabalhadora. Matty (Barbara Sarafian), 41 anos de idade, três filhos, bate seu carro contra um caminhão no estacionamento de um supermercado. Johnny (Jurgen Delnaet), 29 anos, pula da cabine, enfurecido pelo amassado no para-choque dianteiro, gritando com Matty. Chocada com o acidente, ela responde com sarcasmo. A discussão transforma-se numa violenta briga e a polícia tem de intervir. De volta a seu apartamento, Matty está tomando um banho para se recuperar das emoções vividas, quando o telefone toca. É Johnny desculpando-se por seu comportamento anterior.

Curiosidade: estreia de Christophe Van Rompaey na direção de um longa.

Crítica: casos de amor que surgem com esbarrões, discussões de trânsito, situações atípicas, com a raiva inicial se transformando em ternura, é uma das diversas convenções das comédias românticas. No caso de ‘Moscou, Bélgica’, tudo começa assim, porém o que diferencia o humor desse filme está no que acontece depois do primeiro esbarrão.
Um dos charmes do longa está nos personagens. Não há jovens bem-sucedidos ou charmosos e sofisticados cafés e restaurantes: temos um caso de amor ambientado na classe trabalhadora, o grosso dos moradores da Moscou belga. A válvula de escape de Matty para a filha “aborrecente” e o filho introspectivo é fofocar com a colega de trabalho dos Correios. Para Johnny, esquecer as burradas do passado é pilotar seu lindo caminhão amarelo. Em vez dos personagens ideais, temos pessoas imperfeitas.
Está aí o tempero diferente e a maior qualidade do filme. Ao mostrar muito mais os defeitos do que as qualidades de seus personagens, consegue uma empatia imediata do espectador, porque soa mais real e permite a identificação do espectador com os personagens.
Por outro lado, não é nada muito transformador ou profundo; diverte, entretém e segue os mesmos clichês das produções do gênero, sobretudo, no final da trama. Mas é leve, agradável e inteligente, qualidades difíceis de serem encontradas nas comédias dramáticas, produzidas aos montes no cinema.

Avaliação: ***

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