sábado, 16 de junho de 2012

Deus da Carnificina (Carnage)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 80 min
Direção: Roman Polanski
Elenco: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz e John C. Reilly.

Sinopse: em Nova York, o casal Nancy e Alan Cowan vai até a casa de Penelope e Michael. O motivo do encontro: o filho do primeiro casal agrediu o filho do segundo. Eles tentam resolver o assunto dentro das normas da educação e civilidade, mas, aos poucos, cada um perde o controle diante da situação.

Crítica: Roman Polanski surpreende com uma obra diferente do estilo dos seus últimos trabalhos. Um pouco à la Woody Allen, toda a trama é marcada por inteligentes, fortes, precisos diálogos, que expõem e criticam toda a hipocrisia humana, tão cheia de defeitos, mas que se nega a vê-los ou reconhecê-los.  
No início, tem-se a impressão de que será um filme chato, mas de repente tudo ganha um caminho, uma forma e a trama cresce até o clímax, claro que em grande parte pela atuação estupenda de seus personagens. Não há um protagonista, cada um deles representa o que a vida é, o que o mundo é, o que somos. O grande foco é, simplesmente, a humanidade. 
Reunidos, a princípio para discutir a educação dos filhos e tentar resolver uma briga de escola, aos poucos, as atenções se direcionam para a vida pessoal e profissional dos casais e a convencional polidez do início cede lugar a embates virulentos que por muito pouco não descambam para agressões físicas.
O longa, baseado na peça teatral God of Carnage, de Yasmina Reza (que também assina o roteiro ao lado do diretor), com exceção da breve cena da briga dos meninos, que se passa num parque, é todo ambientado dentro da sala de estar do casal formado por John C. Reilly e Jodie Foster, pais do filho agredido. É neste ambiente, em meio a conversas sobre culturas, tipos de educação, remédios, hamster e indigestões estomacais, que o destempero vai tomando conta do cenário. Só mesmo uma direção competente de Roman Polanski para dar dinâmica a uma narrativa que prende a atenção do espectador até o final, que é sublime.
O único defeito do longa é ser enxuto demais.

Avaliação: *** 

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